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Excertos de literatura, Poesias e Pensamentos.

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Excertos de literatura, Poesias e Pensamentos. - Página 4 Empty Re: Excertos de literatura, Poesias e Pensamentos.

Mensagem por António Madaleno Dom Abr 07 2013, 20:37

A CHAMA SAGRADA

Os anjos, arcanjos e querubins mais elevados na escala angélica estavam começando a ficar preocupados com a situação trágica do nosso mundo. A humanidade passava por muitas guerras, fome, doenças, sofrimento, desespero e vazio espiritual. Foi então que decidiram recrutar anjos iniciantes para dar conta de realizar todo o trabalho do plano divino na Terra. Mas antes de estrear suas tarefas nas plêiades angélicas do bem, os anjos nascentes deveriam passar por uma prova a fim de demonstrarem suas capacidades. Analogamente aos estudos humanos, uma espécie de prova final para poder cursar a série seguinte.

Um dos anjos iniciantes deveria então atravessar uma provação, uma iniciação ao reino angélico, que o faria galgar ao status de Anjo do Senhor. Ele estava ansioso por se tornar logo um anjo e começar sua jornada no bem, mas antes precisava provar a sua glória e sabedoria. Após o início da provação, vários arcanjos, serafins e querubins se reuniram e invocaram o gênio do fogo, que trazia a chama sagrada para o aspirante a anjo. Os anjos pediram ao aspirante que colocasse suas mãos em forma de concha e estivesse pronto para receber o fogo divino.

Nesse momento, o Gênio do fogo concedeu uma parcela do fogo sagrado ao aspirante, sem que a chama do gênio se apagasse. O gênio foi embora e os anjos disseram: “Esta chama representa a luz da sabedoria, que ilumina as trevas e dá alento a vida espiritual das almas. Agora vá seguindo o teu caminho e faça o uso desta chama sagrada, desta luz divina, como você achar melhor”.

O aspirante a anjo viu uma estrada se abrindo a sua frente e foi seguindo por um caminho bastante escuro. Esse caminho representava boa parte da atmosfera espiritual do nosso mundo; um clima escuro, pesado e hostil. Mesmo percorrendo esse caminho de trevas, ele sentia-se bem e orientado, pois enxergava tudo a sua volta graças a chama que carregava em suas mãos. Foi então percorrendo por estradas e vales, e no caminho começaram a aparecer várias pessoas necessitadas, carentes e em sofrimento, lhe pedindo um pouco da luz que ele carregava em suas mãos. Conforme as pessoas iam passando e pedindo luz, ele ia dando um pouquinho da chama sagrada a cada alma carente. Conforme ia prosseguindo, mais e mais pessoas vinham a ele e pediam um pouco da chama em suas mãos.

No entanto, o anjo observou que, após algum tempo, quanto mais dava o fogo sagrado que iluminava seu caminho, mais a chama ia diminuindo de tamanho. O anjo aspirante deu mais algumas porções de luz e agora caminhava com uma pequena faísca, e quase não podia ver o caminho. As trevas começavam a tomar conta de tudo, e ele sentiu um certo temor. Então iniciou-se um diálogo interno “Devo dar a última faísca de luz que ainda possuo? Não seria melhor guardar essa porção luminosa para que eu também não mergulhe nessa escuridão aterradora?”. Com a possibilidade de perder sua última partícula do fogo, que o aquecia e iluminava nas densas trevas que percorria, ele começou a cogitar ficar com a faísca, mas ainda estava em dúvida.

Este dilema foi sufocando o aspirante conforme ele seguia sua jornada. De repente, surgiu uma velha senhora a sua frente, e lhe pediu a luz que sobrara. O anjo titubeou, refletiu, lembrou-se dos ensinamentos espirituais, e num ato de sacrifício, deu sua última parcela do fogo, o último ponto luminoso que restara. Ficou então em escuridão total.

Eis que, dentro de si mesmo, começou a brilhar uma chama, a mesma chama sagrada que havia recebido do gênio do fogo na presença dos anjos. Sentiu uma espécie de calor sutil em seu peito, e notou que o fogo, que antes estava em sua mão, começara a nascer de dentro dele; seu próprio interior era a fonte da chama sagrada. Nesse momento, tudo a sua volta começou a ficar maravilhosamente iluminado e aquecido.

Percebeu então que, ao seu redor, estava rodeado de um coro repleto de centenas de anjos que acompanhavam todos os seus passos, do início ao fim desta jornada. O aspirante entendeu que os anjos jamais o abandonaram, mas estiveram ali o tempo todo, zelando por ele e observando suas reações diante do desafio imposto. O Anjo do Senhor proferiu as seguintes palavras:

- Venceste a prova do egoísmo e entregaste tudo o que lhe restava da chama sagrada da sabedoria para quem lhe pediu, mesmo tendo a impressão que ficaria sem ela. Se o egoísmo tivesse vencido, cairias neste vale escuro e ficarias sem luz, tal é o estado de boa parte da humanidade. Confiaste em Deus e provaste a ti mesmo que se entrega completamente no caminho do bem, jamais fica desassistido e sem luz. A chama sagrada que antes era exterior a ti, agora arde em teu próprio interior, pois demonstraste a superação diante do egoísmo que impera em quase toda a humanidade. Observe que todos nós, anjos, arcanjos e todas as hostes celestiais, possuímos uma chama sagrada em nosso coração. Da mesma forma que uma vela, ao acender outra vela, não perde a sua chama, também os seres humanos e os anjos, quando transmitimos nossa luz, não a perdemos, ao contrário – a luz só se expande. Vamos acendendo a luz de cada pessoa com eles. Quanto mais damos sabedoria e amor, mais eles se intensificam. A sabedoria e o amor são diferentes das coisas materiais. Quando damos um objeto a alguém, ficamos sem ele. Mas quando doamos amor e sabedoria, não os perdemos. Agora possuis algo que nenhum ladrão pode roubar; que ninguém pode destruir; que as correntezas do tempo não degradam. Podem levar tudo de ti, até mesmo tua vida física, mas a sabedoria e o amor, jamais pode ser perdida. Cuida apenas, como disse Jesus, em não dar pérolas aos porcos. Mas distribua tua luz entre todos, sempre dentro de capacidade individual de cada pessoa em acolhê-la. Agora finalmente és um anjo na Terra.

(Hugo Lapa)


"Não me calarei perante a perversidade de homens que se colocam como deuses entre os demais e que tentam silenciar aqueles que lhes fazem frente."
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Mensagem por Filino Rupro Ter Abr 09 2013, 12:42

Resumindo:
O Amor nunca se esgota, mesmo quando o damos a toda a gente que dele necessite!



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Mensagem por António Madaleno Ter Abr 09 2013, 13:35

Filino Rupro escreveu:Resumindo:
O Amor nunca se esgota, mesmo quando o damos a toda a gente que dele necessite!

Sem dúvida! Quanto mais dermos amor, mais ele cresce dentro de nós. Wink


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Mensagem por mjp Ter Abr 09 2013, 13:44

TJ Curioso escreveu:A CHAMA SAGRADA

Os anjos, arcanjos e querubins mais elevados na escala angélica estavam começando a ficar preocupados com a situação trágica do nosso mundo. A humanidade passava por muitas guerras, fome, doenças, sofrimento, desespero e vazio espiritual. Foi então que decidiram recrutar anjos iniciantes para dar conta de realizar todo o trabalho do plano divino na Terra. Mas antes de estrear suas tarefas nas plêiades angélicas do bem, os anjos nascentes deveriam passar por uma prova a fim de demonstrarem suas capacidades. Analogamente aos estudos humanos, uma espécie de prova final para poder cursar a série seguinte.

Um dos anjos iniciantes deveria então atravessar uma provação, uma iniciação ao reino angélico, que o faria galgar ao status de Anjo do Senhor. Ele estava ansioso por se tornar logo um anjo e começar sua jornada no bem, mas antes precisava provar a sua glória e sabedoria. Após o início da provação, vários arcanjos, serafins e querubins se reuniram e invocaram o gênio do fogo, que trazia a chama sagrada para o aspirante a anjo. Os anjos pediram ao aspirante que colocasse suas mãos em forma de concha e estivesse pronto para receber o fogo divino.

Nesse momento, o Gênio do fogo concedeu uma parcela do fogo sagrado ao aspirante, sem que a chama do gênio se apagasse. O gênio foi embora e os anjos disseram: “Esta chama representa a luz da sabedoria, que ilumina as trevas e dá alento a vida espiritual das almas. Agora vá seguindo o teu caminho e faça o uso desta chama sagrada, desta luz divina, como você achar melhor”.

O aspirante a anjo viu uma estrada se abrindo a sua frente e foi seguindo por um caminho bastante escuro. Esse caminho representava boa parte da atmosfera espiritual do nosso mundo; um clima escuro, pesado e hostil. Mesmo percorrendo esse caminho de trevas, ele sentia-se bem e orientado, pois enxergava tudo a sua volta graças a chama que carregava em suas mãos. Foi então percorrendo por estradas e vales, e no caminho começaram a aparecer várias pessoas necessitadas, carentes e em sofrimento, lhe pedindo um pouco da luz que ele carregava em suas mãos. Conforme as pessoas iam passando e pedindo luz, ele ia dando um pouquinho da chama sagrada a cada alma carente. Conforme ia prosseguindo, mais e mais pessoas vinham a ele e pediam um pouco da chama em suas mãos.

No entanto, o anjo observou que, após algum tempo, quanto mais dava o fogo sagrado que iluminava seu caminho, mais a chama ia diminuindo de tamanho. O anjo aspirante deu mais algumas porções de luz e agora caminhava com uma pequena faísca, e quase não podia ver o caminho. As trevas começavam a tomar conta de tudo, e ele sentiu um certo temor. Então iniciou-se um diálogo interno “Devo dar a última faísca de luz que ainda possuo? Não seria melhor guardar essa porção luminosa para que eu também não mergulhe nessa escuridão aterradora?”. Com a possibilidade de perder sua última partícula do fogo, que o aquecia e iluminava nas densas trevas que percorria, ele começou a cogitar ficar com a faísca, mas ainda estava em dúvida.

Este dilema foi sufocando o aspirante conforme ele seguia sua jornada. De repente, surgiu uma velha senhora a sua frente, e lhe pediu a luz que sobrara. O anjo titubeou, refletiu, lembrou-se dos ensinamentos espirituais, e num ato de sacrifício, deu sua última parcela do fogo, o último ponto luminoso que restara. Ficou então em escuridão total.

Eis que, dentro de si mesmo, começou a brilhar uma chama, a mesma chama sagrada que havia recebido do gênio do fogo na presença dos anjos. Sentiu uma espécie de calor sutil em seu peito, e notou que o fogo, que antes estava em sua mão, começara a nascer de dentro dele; seu próprio interior era a fonte da chama sagrada. Nesse momento, tudo a sua volta começou a ficar maravilhosamente iluminado e aquecido.

Percebeu então que, ao seu redor, estava rodeado de um coro repleto de centenas de anjos que acompanhavam todos os seus passos, do início ao fim desta jornada. O aspirante entendeu que os anjos jamais o abandonaram, mas estiveram ali o tempo todo, zelando por ele e observando suas reações diante do desafio imposto. O Anjo do Senhor proferiu as seguintes palavras:

- Venceste a prova do egoísmo e entregaste tudo o que lhe restava da chama sagrada da sabedoria para quem lhe pediu, mesmo tendo a impressão que ficaria sem ela. Se o egoísmo tivesse vencido, cairias neste vale escuro e ficarias sem luz, tal é o estado de boa parte da humanidade. Confiaste em Deus e provaste a ti mesmo que se entrega completamente no caminho do bem, jamais fica desassistido e sem luz. A chama sagrada que antes era exterior a ti, agora arde em teu próprio interior, pois demonstraste a superação diante do egoísmo que impera em quase toda a humanidade. Observe que todos nós, anjos, arcanjos e todas as hostes celestiais, possuímos uma chama sagrada em nosso coração. Da mesma forma que uma vela, ao acender outra vela, não perde a sua chama, também os seres humanos e os anjos, quando transmitimos nossa luz, não a perdemos, ao contrário – a luz só se expande. Vamos acendendo a luz de cada pessoa com eles. Quanto mais damos sabedoria e amor, mais eles se intensificam. A sabedoria e o amor são diferentes das coisas materiais. Quando damos um objeto a alguém, ficamos sem ele. Mas quando doamos amor e sabedoria, não os perdemos. Agora possuis algo que nenhum ladrão pode roubar; que ninguém pode destruir; que as correntezas do tempo não degradam. Podem levar tudo de ti, até mesmo tua vida física, mas a sabedoria e o amor, jamais pode ser perdida. Cuida apenas, como disse Jesus, em não dar pérolas aos porcos. Mas distribua tua luz entre todos, sempre dentro de capacidade individual de cada pessoa em acolhê-la. Agora finalmente és um anjo na Terra.

(Hugo Lapa)

Só agora consegui ler o texto com a atenção que percebi que ele merecia.

A ti, obrigado pelo texto.

Ao texto,

Amén.
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Mensagem por Fidel Apostate Ter Abr 09 2013, 13:54

Amén!



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Mensagem por mjp Qua Abr 10 2013, 00:20

A Única Crítica é a Gargalhada

A única crítica é a gargalhada! Nós bem o sabemos: a gargalhada nem é um raciocínio, nem um sentimento; não cria nada, destrói tudo, não responde por coisa alguma. E no entanto é o único comentário do mundo político em Portugal. Um Governo decreta? gargalhada. Reprime? gargalhada. Cai? gargalhada. E sempre esta política, liberal ou opressiva, terá em redor dela, sobre ela, envolvendo-a como a palpitação de asas de uma ave monstruosa, sempre, perpetuamente, vibrante, e cruel – a gargalhada! Política querida, sê o que quiseres, toma todas as atitudes, pensa, ensina, discute, oprime – nós riremos. A tua atmosfera é de chalaça.


Eça de Queirós, in 'Uma Campanha Alegre'


Tenhamos, todos, esta arte da gargalhada! Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir

E sim, IT, esta nossa nação, quase com nove séculos de História, com momentos altos e bem altos, baixos e bem baixos, feita de gente nobre, corajosa e séria e também de gentalha cobarde, velhaca e traidora, sobreviverá a esta corja que a vende a retalho, a hipoteca e parasita. Nove séculos é muito peso para tão fraca gente deitar abaixo.

Para esses, os que pensam que nos vendem e nos vencem... Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir
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Mensagem por mjp Qua Abr 10 2013, 11:52

O Nobre Patriotismo dos Patriotas


Há em primeiro lugar o nobre patriotismo dos patriotas: esses amam a pátria, não dedicando-lhe estrofes, mas com a serenidade grave e profunda dos corações fortes. Respeitam a tradição, mas o seu esforço vai todo para a nação viva, a que em torno deles trabalha, produz, pensa e sofre: e, deixando para trás as glórias que ganhámos nas Molucas, ocupam-se da pátria contemporânea, cujo coração bate ao mesmo tempo que o seu, procurando perceber-lhe as aspirações, dirigir-lhe as forças, torná-la mais livre, mais forte, mais culta, mais sábia, mais próspera, e por todas estas nobres qualidades elevá-la entre as nações. Nada do que pertence à pátria lhes é estranho: admiram decerto Afonso Henriques, mas não ficam para todo o sempre petrificados nessa admiração: vão por entre o povo, educando-o e melhorando-o, procurando-lhe mais trabalho e organizando-lhe mais instrução, promovendo sem descanso os dois bens supremos - ciência e justiça.
Põem a pátria acima do interesse, da ambição, da gloríola; e se têm por vezes um fanatismo estreito, a sua mesma paixão diviniza-os. Tudo o que é seu o dão à pátria: sacrificam-lhe vida, trabalho, saúde, força, o melhor de si mesmo. Dão-lhe sobretudo o que as nações necessitam mais, e o que só as faz grandes: dão-lhe a verdade. A verdade em tudo, em história, em arte, em política, nos costumes. Não a adulam, não a iludem; não lhe dizem que ela é grande porque tomou Calecute, dizem-lhe que é pequena porque não tem escolas. Gritam-lhe sem cessar a verdade rude e brutal. Gritam-lhe: - «Tu és pobre, trabalha; tu és ignorante, estuda; tu és fraca, arma-te! E quando tiveres trabalhado, estudado e armado, eu, se for necessário, saberei morrer contigo!» Eis o nobre patriotismo dos patriotas.

Eça de Queirós, in 'Notas Contemporâneas'
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Mensagem por Sara Mel Qua Abr 10 2013, 14:12

mjp escreveu:O Nobre Patriotismo dos Patriotas


Há em primeiro lugar o nobre patriotismo dos patriotas: esses amam a pátria, não dedicando-lhe estrofes, mas com a serenidade grave e profunda dos corações fortes. Respeitam a tradição, mas o seu esforço vai todo para a nação viva, a que em torno deles trabalha, produz, pensa e sofre: e, deixando para trás as glórias que ganhámos nas Molucas, ocupam-se da pátria contemporânea, cujo coração bate ao mesmo tempo que o seu, procurando perceber-lhe as aspirações, dirigir-lhe as forças, torná-la mais livre, mais forte, mais culta, mais sábia, mais próspera, e por todas estas nobres qualidades elevá-la entre as nações. Nada do que pertence à pátria lhes é estranho: admiram decerto Afonso Henriques, mas não ficam para todo o sempre petrificados nessa admiração: vão por entre o povo, educando-o e melhorando-o, procurando-lhe mais trabalho e organizando-lhe mais instrução, promovendo sem descanso os dois bens supremos - ciência e justiça.
Põem a pátria acima do interesse, da ambição, da gloríola; e se têm por vezes um fanatismo estreito, a sua mesma paixão diviniza-os. Tudo o que é seu o dão à pátria: sacrificam-lhe vida, trabalho, saúde, força, o melhor de si mesmo. Dão-lhe sobretudo o que as nações necessitam mais, e o que só as faz grandes: dão-lhe a verdade. A verdade em tudo, em história, em arte, em política, nos costumes. Não a adulam, não a iludem; não lhe dizem que ela é grande porque tomou Calecute, dizem-lhe que é pequena porque não tem escolas. Gritam-lhe sem cessar a verdade rude e brutal. Gritam-lhe: - «Tu és pobre, trabalha; tu és ignorante, estuda; tu és fraca, arma-te! E quando tiveres trabalhado, estudado e armado, eu, se for necessário, saberei morrer contigo!» Eis o nobre patriotismo dos patriotas.

Eça de Queirós, in 'Notas Contemporâneas'

Falámos de Eça e foste buscar o que ele tão magnificamente dizia há perto de 150 anos.... engraçado não é? Mais ou menos século e meio! e o texto é profundamente actual!

D.


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Mensagem por mjp Qua Abr 10 2013, 14:38

DL escreveu:
mjp escreveu:O Nobre Patriotismo dos Patriotas


Há em primeiro lugar o nobre patriotismo dos patriotas: esses amam a pátria, não dedicando-lhe estrofes, mas com a serenidade grave e profunda dos corações fortes. Respeitam a tradição, mas o seu esforço vai todo para a nação viva, a que em torno deles trabalha, produz, pensa e sofre: e, deixando para trás as glórias que ganhámos nas Molucas, ocupam-se da pátria contemporânea, cujo coração bate ao mesmo tempo que o seu, procurando perceber-lhe as aspirações, dirigir-lhe as forças, torná-la mais livre, mais forte, mais culta, mais sábia, mais próspera, e por todas estas nobres qualidades elevá-la entre as nações. Nada do que pertence à pátria lhes é estranho: admiram decerto Afonso Henriques, mas não ficam para todo o sempre petrificados nessa admiração: vão por entre o povo, educando-o e melhorando-o, procurando-lhe mais trabalho e organizando-lhe mais instrução, promovendo sem descanso os dois bens supremos - ciência e justiça.
Põem a pátria acima do interesse, da ambição, da gloríola; e se têm por vezes um fanatismo estreito, a sua mesma paixão diviniza-os. Tudo o que é seu o dão à pátria: sacrificam-lhe vida, trabalho, saúde, força, o melhor de si mesmo. Dão-lhe sobretudo o que as nações necessitam mais, e o que só as faz grandes: dão-lhe a verdade. A verdade em tudo, em história, em arte, em política, nos costumes. Não a adulam, não a iludem; não lhe dizem que ela é grande porque tomou Calecute, dizem-lhe que é pequena porque não tem escolas. Gritam-lhe sem cessar a verdade rude e brutal. Gritam-lhe: - «Tu és pobre, trabalha; tu és ignorante, estuda; tu és fraca, arma-te! E quando tiveres trabalhado, estudado e armado, eu, se for necessário, saberei morrer contigo!» Eis o nobre patriotismo dos patriotas.

Eça de Queirós, in 'Notas Contemporâneas'

Falámos de Eça e foste buscar o que ele tão magnificamente dizia há perto de 150 anos.... engraçado não é? Mais ou menos século e meio! e o texto é profundamente actual!

D.

Lembrei-me dele a respeito da nossa conversa, de facto.
Ele é muito mordaz nas críticas que fazia à sociedade da época. Hoje está actual... infelizmente.

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Mensagem por António Madaleno Qui Abr 11 2013, 11:04

Vamos lá a ter um pouco mais de orgulho. Wink



"Não me calarei perante a perversidade de homens que se colocam como deuses entre os demais e que tentam silenciar aqueles que lhes fazem frente."
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Mensagem por mjp Sex Abr 12 2013, 10:36


Hinos de vida de portugueses e para portugueses... a sério!






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Mensagem por mjp Sex Abr 12 2013, 10:49

E já agora, de um não português, mas mais um hino à liberdade, à coragem e ao amor, que bem nos pode dar jeito para os dias que vão correndo.


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Mensagem por Sara Mel Sex Abr 12 2013, 14:07

mjp escreveu:
Hinos de vida de portugueses e para portugueses... a sério!







MJp, não conhecia e gostei....

ias gostar do espectáculo dos "Poetas" do Rodrigo Leão.... foge ao tema, mas é poesia! Smile

Esta que aqui deixo, ouvi e chorei!



D.


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Mensagem por mjp Sex Abr 12 2013, 14:43

DL escreveu:
mjp escreveu:
Hinos de vida de portugueses e para portugueses... a sério!







MJp, não conhecia e gostei....

ias gostar do espectáculo dos "Poetas" do Rodrigo Leão.... foge ao tema, mas é poesia! Smile

Esta que aqui deixo, ouvi e chorei!



D.


Não conhecias????? E eu que estava quase a começar a simpatizar contigo... Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir
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Mensagem por Sara Mel Sex Abr 12 2013, 15:00

mjp escreveu:
DL escreveu:
mjp escreveu:
Hinos de vida de portugueses e para portugueses... a sério!







MJp, não conhecia e gostei....

ias gostar do espectáculo dos "Poetas" do Rodrigo Leão.... foge ao tema, mas é poesia! Smile

Esta que aqui deixo, ouvi e chorei!



D.


Não conhecias????? E eu que estava quase a começar a simpatizar contigo... Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir

Pronto: vou ser má: tenho que ser!!!

Eu ainda não dobrei os 40 pá! O menino já dobrou os 50. é natural que tenha algumas lacunas na minha cultura geral (não obstante serem ínfimas Smile )! Sim, também eu não tenho a mania, sou mesmo superior! Morrer a rir

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Mensagem por mjp Sex Abr 12 2013, 15:04

DL escreveu:
Esta que aqui deixo, ouvi e chorei!



D.


Confesso-te que Herberto Hélder não me diz muito... sem querer ser antipático, mas também sem ser hipócrita, que também não sou, este texto até se ouve bem. Agora penso que o poema podia ser melhor declamado. O texto merecia um melhor declamador... é uma opinião minha, claro.
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Mensagem por mjp Sex Abr 12 2013, 15:08

DL escreveu:
mjp escreveu:
DL escreveu:
mjp escreveu:
Hinos de vida de portugueses e para portugueses... a sério!







MJp, não conhecia e gostei....

ias gostar do espectáculo dos "Poetas" do Rodrigo Leão.... foge ao tema, mas é poesia! Smile

Esta que aqui deixo, ouvi e chorei!



D.


Não conhecias????? E eu que estava quase a começar a simpatizar contigo... Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir

Pronto: vou ser má: tenho que ser!!!

Eu ainda não dobrei os 40 pá! O menino já dobrou os 50. é natural que tenha algumas lacunas na minha cultura geral (não obstante serem ínfimas Smile )! Sim, também eu não tenho a mania, sou mesmo superior! Morrer a rir

D.

Pronto, pronto, eu compreendo muito bem as lacunas... do ensino... democrático... pós... 25A.

Claro que és superior! És das poucas que me dás troco por aqui... Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir
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Mensagem por Sara Mel Sex Abr 12 2013, 15:08

mjp escreveu:
DL escreveu:
Esta que aqui deixo, ouvi e chorei!



D.


Confesso-te que Herberto Hélder não me diz muito... sem querer ser antipático, mas também sem ser hipócrita, que também não sou, este texto até se ouve bem. Agora penso que o poema podia ser melhor declamado. O texto merecia um melhor declamador... é uma opinião minha, claro.

Ora como vivemos numa democracia a tua opinião é aceite Smile

é próprio Herberto Helder a declamá-lo! (acho eu)


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Mensagem por mjp Sex Abr 12 2013, 15:24

É posível que seja ele a declamá-lo. Sabes que há quem defenda que ele merecia uma nomeação para o Nobel da literatura. Confesso, só li alguns textos... não conheço a obra, mas pelos textos acho-o muito comum. Quero dizer, ele é bom, pelo que li, mas comum no sentido de não trazer nada de verdadeiramente novo. Mas isto são só coisas que ouço de passagem, sem ter uma opinião formada a respeito.

Olha, agora estou a ler um livro de um amigo meu e teu colega, que exerce aqui em Faro, com o título " A Cidade Tráida". Passa-se em Faro, tem situações reais, vividas por ele e com conhecimento dele e estou a achar interessante... ele escreve muito bem; entre o kafka e o Sartre... é preciso ter algum estômago.
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Mensagem por mjp Seg Abr 15 2013, 16:05

O Ter Deveres

O ter deveres, que prolixa coisa!
Agora tenho eu que estar à uma menos cinco
Na Estação do Rossio, tabuleiro superior — despedida
Do amigo que vai no "Sud Express" de toda a gente
Para onde toda a gente vai, o Paris ...

Tenho que lá estar
E acreditem, o cansaço antecipado é tão grande
Que, se o "Sud Express" soubesse, descarrilava...

Brincadeira de crianças?
Não, descarrilava a valer...
Que leve a minha vida dentro, arre, quando descarrile!...

Tenho desejo forte,
E o meu desejo, porque é forte, entra na substância do mundo.

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

Bem, esta tarde já me baldei demais aos deveres... "rais partam mais ós deveres".
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Mensagem por Sara Mel Seg Abr 15 2013, 16:12

mjp escreveu:O Ter Deveres

O ter deveres, que prolixa coisa!
Agora tenho eu que estar à uma menos cinco
Na Estação do Rossio, tabuleiro superior — despedida
Do amigo que vai no "Sud Express" de toda a gente
Para onde toda a gente vai, o Paris ...

Tenho que lá estar
E acreditem, o cansaço antecipado é tão grande
Que, se o "Sud Express" soubesse, descarrilava...

Brincadeira de crianças?
Não, descarrilava a valer...
Que leve a minha vida dentro, arre, quando descarrile!...

Tenho desejo forte,
E o meu desejo, porque é forte, entra na substância do mundo.

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

Bem, esta tarde já me baldei demais aos deveres... "rais partam mais ós deveres".

Descarrilar de vez enquanto nunca fez mal nenhum... bem pelo contrário!

D.


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Mensagem por António Madaleno Seg Abr 15 2013, 23:41

São pequenas as coisas com que aprendemos muito: num dia de verão, eu estava na praia, espiando duas crianças na areia. Trabalhavam muito, construindo um castelo de areia molhada com torres, passarelas e passagens internas. Quando estavam perto do final do projeto, veio uma onda e destruiu tudo, reduzindo o castelo a um monte de areia e espuma.

Achei que as crianças iriam cair no choro, depois de tanto esforço e cuidado. Mas tive uma surpresa: em vez de chorar, elas correram para a praia, fugindo da água, rindo, de mãos dadas e começaram a construir outro castelo.

Compreendi que havia recebido ali uma importante lição: tudo em nossas vidas, todas as coisas que gastam tanto de nosso tempo e de nossa energia para construir, tudo é passageiro, tudo é feito de areia; o que permanece é só o relacionamento que temos com as outras pessoas. Mais cedo ou mais tarde, uma onda virá e destruirá ou apagará o que levamos tanto tempo para construir. E quando isso acontecer, somente aquele que tiver as mãos de outro alguém para segurar será capaz de rir e recomeçar.

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Mensagem por mjp Seg Abr 15 2013, 23:59

" Aprendi com o Mestre dos Mestres que a arte de pensar é o tesouro dos sábios. Aprendi um pouco mais a pensar antes de reagir, a expor - e não impor - minhas ideias e a entender que cada pessoa é um ser único no palco da existência.

Aprendi com o Mestre da Sensibilidade a navegar nas águas da emoção, a não ter medo da dor, a procurar um profundo significado para a vida e a perceber que nas coisas mais simples e anônimas se escondem os segredos da felicidade.

Aprendi com o Mestre da Vida que viver é uma experiência única, belíssima, mas brevíssima. E, por saber que a vida passa tão rápido, sinto necessidade de compreender minhas limitações e aproveitar cada lágrima, sorriso, sucesso e fracasso como uma oportunidade preciosa de crescer.

Aprendi com o Mestre do Amor que a vida sem amor é um livro sem letras, uma primavera sem flores, uma pintura sem cores. Aprendi que o amor acalma a emoção, tranquiliza o pensamento, incendeia a motivação, rompe obstáculos intransponíveis e faz da vida uma agradável aventura, sem tédio, angústia ou solidão. Por tudo isso Jesus Cristo se tornou, para mim, um Mestre Inesquecível"


Augusto Cury









Quem nos separará do amor de Cristo?


A pergunta do apóstolo não possui resposta. É da vida espiritual, de união com o amado que ele se refere. E pode a alma, após ter experimentado a presença viva de Deus em si, separar-se Dele?

Na caminhada que a alma traça rumo à intimidade com Deus certamente irá enfrentar tribulação, angústias, perseguição, fome, nudez, perigo e até espada, pois está escrito: Por amor a ti somos entregues à morte o dia inteiro, somos tratados como gado destinado ao matadouro (sal. 43,3).

E não há outra forma de aproximar-se do Amado. Antes precisamos nos distanciar das nossas paixões e vícios, quer dizer: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro, ou seja, por amor de ti me renuncio todos os dias, por amor de ti morro para mim mesmo para possuir a tua vida.

Creio que, renunciando-me a cada dia, todas aquelas dificuldades serão superadas de forma que eu me torne vencedor pela virtude daquele que nos amou.

E assim nem as alturas e nem os abismos, nem qualquer criatura irá apartar-nos do amor de Deus, porque ao buscar a intimidade com Jesus, que é testemunha do amor de Deus, se a conseguirmos, não precisaremos de mais nada.

Texto acima retirado deste link:

https://sites.google.com/site/comunidadearsdei/textos/quem_nos_separara_do_amor_de_cristo
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Mensagem por Sara Mel Qua Abr 17 2013, 19:27

TJ Curioso escreveu:São pequenas as coisas com que aprendemos muito: num dia de verão, eu estava na praia, espiando duas crianças na areia. Trabalhavam muito, construindo um castelo de areia molhada com torres, passarelas e passagens internas. Quando estavam perto do final do projeto, veio uma onda e destruiu tudo, reduzindo o castelo a um monte de areia e espuma.

Achei que as crianças iriam cair no choro, depois de tanto esforço e cuidado. Mas tive uma surpresa: em vez de chorar, elas correram para a praia, fugindo da água, rindo, de mãos dadas e começaram a construir outro castelo.

Compreendi que havia recebido ali uma importante lição: tudo em nossas vidas, todas as coisas que gastam tanto de nosso tempo e de nossa energia para construir, tudo é passageiro, tudo é feito de areia; o que permanece é só o relacionamento que temos com as outras pessoas. Mais cedo ou mais tarde, uma onda virá e destruirá ou apagará o que levamos tanto tempo para construir. E quando isso acontecer, somente aquele que tiver as mãos de outro alguém para segurar será capaz de rir e recomeçar.

autor desconhecido

é mesmo.... muito bom!

D.


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Mensagem por mjp Qui Abr 18 2013, 14:40

Duas Espécies de Génio

Há duas espécies de génio: um que, antes de mais, fecunda e quer fecundar outros, e outro que prefere ser fecundado e parir. E da mesma maneira há entre os povos geniais aqueles a quem coube o problema feminino da gravidez e a missão secreta de formar, amadurecer e aperfeiçoar - os gregos, por exemplo, foram um povo desta espécie, assim como os franceses - ; e outros que têm de fecundar e ser a causa de novas ordens de vida, - como os judeus, os romanos e talvez, perguntando-se com toda a modéstia, os alemães? - povos atormentados e extasiados com febres desconhecidas e irresistivelmente impelidos para fora de si próprios, apaixonados e ávidos de raças estranhas (aqueles que se «deixam fecundar» -) e, com tudo isso, ávidos de domínio, como tudo o que se sabe cheio de força geradora e, por conseguinte, escolhido «pela graça de Deus». Estas duas espécies procuram-se como o homem e a mulher; mas também se dão mal mutuamente, - como o homem e a mulher.

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