Aborto, sim ou não?
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Aborto, sim ou não?
Vindo do tópico sobre a eutanásia, resolvi abrir este especialmente por causa do final do texto que o Hocosi partilhou:
" Não pensemos que a matança calculada dos velhos é tão absurda como parece, porque uma geração que já aceitou prontamente a ideia do aborto como mecanismo eficiente e moralmente neutro do lado do nascimento, aceitará prontamente a eutanásia ‘terapêutica’ como mecanismo para acabar com o excesso de população, do lado da morte. Quão irónico seria, se os que agora advogam a matança de crianças por nascer pelo aborto fossem eles mesmos mortos por “eutanásia ‘terapêutica’”, se tal medida fosse adoptada no futuro!" (http://hcslidda.blogspot.pt/2012/02/direito-de-matar-ou-direito-de-morrer.html )
A minha posição pessoal é simples, sou a favor. Obviamente sou a favor em determinadas circunstancias: malformações graves, gravidez resultante de violação, graves alterações psicológicas da mãe motivadas pela gravidez e risco de vida para a mãe.
Obviamente que cada um de nós pode ter uma noção diferente de malformação grave, para uns a trissomia 21 pode estar dentro desta discrição e para outros não. Tudo é discutível.
Também podemos discutir se, como diz a lei portuguesa, é até ás 12 semanas (salvo erro) que se pode ou antes ou depois...
Há quem levante a questão de que seres não conscientes devem ser tratados diferentemente de seres conscientes, mas acho que esta é uma questão mais filosófica que não me sinto habilitada para tratar.
No geral estou bastante de acordo com a lei portuguesa, apenas a questão de subsidiarmos os abortos me faz uma certa confusão mas isso é outro assunto.
Aos cristãos dos forum: sei que são, obviamente, contra o aborto. Por razões bíblicas, a vida tem de ser considerada como sagrada. Mas admitem excepções a esta regra como com a eutanásia? Quais?
" Não pensemos que a matança calculada dos velhos é tão absurda como parece, porque uma geração que já aceitou prontamente a ideia do aborto como mecanismo eficiente e moralmente neutro do lado do nascimento, aceitará prontamente a eutanásia ‘terapêutica’ como mecanismo para acabar com o excesso de população, do lado da morte. Quão irónico seria, se os que agora advogam a matança de crianças por nascer pelo aborto fossem eles mesmos mortos por “eutanásia ‘terapêutica’”, se tal medida fosse adoptada no futuro!" (http://hcslidda.blogspot.pt/2012/02/direito-de-matar-ou-direito-de-morrer.html )
A minha posição pessoal é simples, sou a favor. Obviamente sou a favor em determinadas circunstancias: malformações graves, gravidez resultante de violação, graves alterações psicológicas da mãe motivadas pela gravidez e risco de vida para a mãe.
Obviamente que cada um de nós pode ter uma noção diferente de malformação grave, para uns a trissomia 21 pode estar dentro desta discrição e para outros não. Tudo é discutível.
Também podemos discutir se, como diz a lei portuguesa, é até ás 12 semanas (salvo erro) que se pode ou antes ou depois...
Há quem levante a questão de que seres não conscientes devem ser tratados diferentemente de seres conscientes, mas acho que esta é uma questão mais filosófica que não me sinto habilitada para tratar.
No geral estou bastante de acordo com a lei portuguesa, apenas a questão de subsidiarmos os abortos me faz uma certa confusão mas isso é outro assunto.
Aos cristãos dos forum: sei que são, obviamente, contra o aborto. Por razões bíblicas, a vida tem de ser considerada como sagrada. Mas admitem excepções a esta regra como com a eutanásia? Quais?
Ana Cláudia- Membros
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Re: Aborto, sim ou não?
Quando TJ era contra o aborto, todavia, acho que conscientemente não era assim, mas tentava não pensar nisso. Era contra e pronto.
Hoje, tenho a mesma forma de pensar da Atena. Por isso faço das palavras dela as minhas.
Atena escreveu:
A minha posição pessoal é simples, sou a favor. Obviamente sou a favor em determinadas circunstancias: malformações graves, gravidez resultante de violação, graves alterações psicológicas da mãe motivadas pela gravidez e risco de vida para a mãe.
Hoje, tenho a mesma forma de pensar da Atena. Por isso faço das palavras dela as minhas.
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Re: Aborto, sim ou não?
Esta é a minha opinião e vale o que vale.
O aborto é a interrupção de uma gravidez. O aborto pode ser espontâneo ou induzido. A interrupção da gravidez pode ser feita em Portugal até às 10 semanas de gestação, desde que realizado em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido. O aborto ilegal ou clandestino é um caso de saúde pública.
A lei de 2007, em Portugal, permite que a mulher interrompa a gravidez até às 10 semanas de gestação, desde que o solicite.
Nem sempre foi assim. Até 1984, era de todo impossível abortar legalmente.
Entre 1984 a 1997, legalizou-se o aborto mas apenas nos casos em que as mulheres corriam perigo de vida ou em casos de lesão duradoura física ou psíquica, resultantes de malformação fetal ou quando a gravidez resultava de uma violação.
A partir de 1997, houve um alargamento do prazo em situações de malformação fetal ou violação.
Desde 2007 e mediante “consulta pública” através de referendo, a mulher tem o direito de abortar até às 10 semanas de gestação, caso o entenda necessário.
Os métodos de indução do aborto podem ser químicos (combinação de um antiprogestativo com uma prostaglandina) embora haja o perigo de hemorragia, ou cirúrgicos (remoção do conteúdo interino por aspiração e curetagem).
A Ciência diz-nos que a partir da concepção, temos um novo ser vivo e que por isso o aborto consiste em matar deliberadamente um ser humano.
Posição semelhante tem a religião e a Igreja, aliando o factor religioso de atentado contra a vida humana (“não matarás”), para se manifestar de todo contra o aborto.
O tema do aborto é sempre polémico e causa controvérsia.
Há instituições a favor do aborto e instituições contra o aborto.
Por um lado, temos quem considere que a vida humana é o mais importante, isto em relação ao feto.
Por outro, o mais importante é o do direito à liberdade de escolha da mulher em causa.
A UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) é a favor do aborto, utilizando verbas para apoiar programas a favor do aborto, distribuição de contraceptivos e esterilização no Terceiro Mundo.
Também há mulheres que abortam por imposição de terceiros e não por vontade própria ou então deixam-se influenciar. Tem de haver mais informação sobre o aborto e as suas implicações (físicas, psicológicas, sociais e económicas), no acto e pós-aborto.
Só através de informação e formação não só para as mulheres mas também para os casais, as mulheres poderão optar na sua decisão, entre abortar ou não.
Melhor será utilizar métodos contraceptivos, do que depois remediar com a interrupção voluntária da gravidez (sendo que nenhum método é 100 % eficaz) mas também tem de se evitar um determinado “espírito de leviandade”, no sentido de que há quem não utilize nenhum método contraceptivo e depois, perante situações de gravidez, se valha frequentemente do aborto, tornando-o numa prática recorrente. Mais vale prevenir do que remediar.
Eu, pessoalmente sou contra o aborto, por motivos éticos e morais.
Entendo que quando não se deseja ter filhos, a contracepção é a solução mais indicada. O uso do preservativo, além de aumentar a eficácia em conjunto com outro contraceptivo, evita o contágio de doenças sexualmente transmissíveis.
A pílula do dia seguinte, não sendo propriamente um método de contracepção, é no entanto, uma situação de recurso.
Não significa que se me visse confrontado com essa decisão, não optasse por o fazer, até porque, teria ou melhor, teríamos de considerar todos os prós e contras.
Mais do que isso, é também a vida e a saúde da mulher que está em causa, nalguns casos. Afinal, não só da vida que se está a gerar se trata, mas também a da pessoa que está a gerar essa vida.
Penso que é aqui que a Igreja falha, visa apenas a vida do feto e esquece-se da mãe.
Entendo que com tudo isto, sou a favor da lei em vigor em Portugal sobre a legalização do aborto. As mulheres são livres de poderem optar por aquilo que entendem como melhor para si. Se o aborto fosse proibido em Portugal, continuar-se-ia a fazê-lo na clandestinidade, ilegalmente e sem o mínimo de condições com todas as consequências nefastas que acarretam.
Este sim, é o ónus da questão, se a vontade prevalece acima de leis ou não, então que se faça em condições, não só proporciona um aborto em condições de menor risco, como deixa de haver menos pessoas curiosas “metidas a parteiras”.
Mesmo assim, não acabam os abortos clandestinos, por variadíssimas razões, tanto assim, que o “fruto proibido é o mais apetecido”.
Abraços e Beijos
O aborto é a interrupção de uma gravidez. O aborto pode ser espontâneo ou induzido. A interrupção da gravidez pode ser feita em Portugal até às 10 semanas de gestação, desde que realizado em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido. O aborto ilegal ou clandestino é um caso de saúde pública.
A lei de 2007, em Portugal, permite que a mulher interrompa a gravidez até às 10 semanas de gestação, desde que o solicite.
Nem sempre foi assim. Até 1984, era de todo impossível abortar legalmente.
Entre 1984 a 1997, legalizou-se o aborto mas apenas nos casos em que as mulheres corriam perigo de vida ou em casos de lesão duradoura física ou psíquica, resultantes de malformação fetal ou quando a gravidez resultava de uma violação.
A partir de 1997, houve um alargamento do prazo em situações de malformação fetal ou violação.
Desde 2007 e mediante “consulta pública” através de referendo, a mulher tem o direito de abortar até às 10 semanas de gestação, caso o entenda necessário.
Os métodos de indução do aborto podem ser químicos (combinação de um antiprogestativo com uma prostaglandina) embora haja o perigo de hemorragia, ou cirúrgicos (remoção do conteúdo interino por aspiração e curetagem).
A Ciência diz-nos que a partir da concepção, temos um novo ser vivo e que por isso o aborto consiste em matar deliberadamente um ser humano.
Posição semelhante tem a religião e a Igreja, aliando o factor religioso de atentado contra a vida humana (“não matarás”), para se manifestar de todo contra o aborto.
O tema do aborto é sempre polémico e causa controvérsia.
Há instituições a favor do aborto e instituições contra o aborto.
Por um lado, temos quem considere que a vida humana é o mais importante, isto em relação ao feto.
Por outro, o mais importante é o do direito à liberdade de escolha da mulher em causa.
A UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) é a favor do aborto, utilizando verbas para apoiar programas a favor do aborto, distribuição de contraceptivos e esterilização no Terceiro Mundo.
Também há mulheres que abortam por imposição de terceiros e não por vontade própria ou então deixam-se influenciar. Tem de haver mais informação sobre o aborto e as suas implicações (físicas, psicológicas, sociais e económicas), no acto e pós-aborto.
Só através de informação e formação não só para as mulheres mas também para os casais, as mulheres poderão optar na sua decisão, entre abortar ou não.
Melhor será utilizar métodos contraceptivos, do que depois remediar com a interrupção voluntária da gravidez (sendo que nenhum método é 100 % eficaz) mas também tem de se evitar um determinado “espírito de leviandade”, no sentido de que há quem não utilize nenhum método contraceptivo e depois, perante situações de gravidez, se valha frequentemente do aborto, tornando-o numa prática recorrente. Mais vale prevenir do que remediar.
Eu, pessoalmente sou contra o aborto, por motivos éticos e morais.
Entendo que quando não se deseja ter filhos, a contracepção é a solução mais indicada. O uso do preservativo, além de aumentar a eficácia em conjunto com outro contraceptivo, evita o contágio de doenças sexualmente transmissíveis.
A pílula do dia seguinte, não sendo propriamente um método de contracepção, é no entanto, uma situação de recurso.
Não significa que se me visse confrontado com essa decisão, não optasse por o fazer, até porque, teria ou melhor, teríamos de considerar todos os prós e contras.
Mais do que isso, é também a vida e a saúde da mulher que está em causa, nalguns casos. Afinal, não só da vida que se está a gerar se trata, mas também a da pessoa que está a gerar essa vida.
Penso que é aqui que a Igreja falha, visa apenas a vida do feto e esquece-se da mãe.
Entendo que com tudo isto, sou a favor da lei em vigor em Portugal sobre a legalização do aborto. As mulheres são livres de poderem optar por aquilo que entendem como melhor para si. Se o aborto fosse proibido em Portugal, continuar-se-ia a fazê-lo na clandestinidade, ilegalmente e sem o mínimo de condições com todas as consequências nefastas que acarretam.
Este sim, é o ónus da questão, se a vontade prevalece acima de leis ou não, então que se faça em condições, não só proporciona um aborto em condições de menor risco, como deixa de haver menos pessoas curiosas “metidas a parteiras”.
Mesmo assim, não acabam os abortos clandestinos, por variadíssimas razões, tanto assim, que o “fruto proibido é o mais apetecido”.
Abraços e Beijos
"A estupidez humana é a única coisa que dá uma ideia do infinito"
Ernest Renan
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Re: Aborto, sim ou não?
Bem, devo desde logo dizer que sou a favor!
Agora, há que fazer uma questão:
A partir de quando é que se considera aborto? A partir da fecundação? A partir da nidação?
Agora, há que fazer uma questão:
A partir de quando é que se considera aborto? A partir da fecundação? A partir da nidação?
joeeandrade- Mensagens : 84
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Re: Aborto, sim ou não?
joeeandrade escreveu:Bem, devo desde logo dizer que sou a favor!
Agora, há que fazer uma questão:
A partir de quando é que se considera aborto? A partir da fecundação? A partir da nidação?
Nem na comunidade cientifica há acordo na resposta á tua pergunta.
Até se pode considerar aborto o uso da pílula do dia seguinte, isto se quisermos ser mais "fundamentalistas".
Ana Cláudia- Membros
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Re: Aborto, sim ou não?
Atena escreveu:
Até se pode considerar aborto o uso da pílula do dia seguinte, isto se quisermos ser mais "fundamentalistas".
Conheci uma TJ que era contra a pílula. Por isso nunca tomou, dizia que era pecado
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Re: Aborto, sim ou não?
ellipsis escreveu:Atena escreveu:
Até se pode considerar aborto o uso da pílula do dia seguinte, isto se quisermos ser mais "fundamentalistas".
Conheci uma TJ que era contra a pílula. Por isso nunca tomou, dizia que era pecado
TJ não conheci nenhuma, mas conheço um casal católico que não usa a pílula (nem qualquer outro contraceptivo) pelo mesmo motivo. Resultado: acho que já são 4 filhos... e trabalhinho até mais não porque são muitas bocas para alimentar.
Ana Cláudia- Membros
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Re: Aborto, sim ou não?
Obviamente ninguém é favor do aborto, só porque sim!!!
Eu sou sempre a favor da vida, mas existem situações em que as coisas não são tão "a preto e branco". Há zona cinzentas e estas dentro de alguns parâmetros que tem que estar taxativamente elencados na lei, tem que ter o regime de excepção e ser-lhe permitido o aborto.
Portanto quando a pergunta exige um sim ou não eu tenho que dizer sim!!
D.
Eu sou sempre a favor da vida, mas existem situações em que as coisas não são tão "a preto e branco". Há zona cinzentas e estas dentro de alguns parâmetros que tem que estar taxativamente elencados na lei, tem que ter o regime de excepção e ser-lhe permitido o aborto.
Portanto quando a pergunta exige um sim ou não eu tenho que dizer sim!!
D.
Sara Mel
Sara Mel- Sócio APVIPRE
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Re: Aborto, sim ou não?
Não me considero fundamentalista neste assunto e estou de acordo com o aborto, de acordo com o que foi falado aqui, tendo em conta as possíveis situações mais extremas.
Considero por isso, que tirar uma vida humana (independente do seu estágio de desenvolvimento) é um "pecado" ou crime aos olhos de Deus e dos homens, quando feita de forma leviana, ou só porque "sim".
A Atena mencionou as seguintes:
1º malformações graves,
2º gravidez resultante de violação
3º graves alterações psicológicas da mãe motivadas pela gravidez
4º risco de vida para a mãe
Destas considero, sem qualquer margem para dúvida, a 1ª e a 4ª. Quanto à 2ª e 3ª tenho algumas reservas.
Considero por isso, que tirar uma vida humana (independente do seu estágio de desenvolvimento) é um "pecado" ou crime aos olhos de Deus e dos homens, quando feita de forma leviana, ou só porque "sim".
A Atena mencionou as seguintes:
1º malformações graves,
2º gravidez resultante de violação
3º graves alterações psicológicas da mãe motivadas pela gravidez
4º risco de vida para a mãe
Destas considero, sem qualquer margem para dúvida, a 1ª e a 4ª. Quanto à 2ª e 3ª tenho algumas reservas.
"Não me calarei perante a perversidade de homens que se colocam como deuses entre os demais e que tentam silenciar aqueles que lhes fazem frente."
Re: Aborto, sim ou não?
O aborto é um tema extremamente sensível!
Para mim, a vida dá-se a partir do momento em que existe a fecundação, mas como já foi dito, nem a medicina sabe bem definir... portanto sou contra o aborto só porque sim, para mim os únicos motivos excepcionais são os mencionados pelo TJ Curioso:
- Violação
- Más formações genéticas
- Risco de vida para a mãe
De resto não concordo.. neste momento existe imensos contraceptivos e com tanta informação faz-me confusão como ainda se tem filhos tão levianamente.. e depois somos nós que pagamos as borradas! Mas isto já são outras conversas
Para mim, a vida dá-se a partir do momento em que existe a fecundação, mas como já foi dito, nem a medicina sabe bem definir... portanto sou contra o aborto só porque sim, para mim os únicos motivos excepcionais são os mencionados pelo TJ Curioso:
- Violação
- Más formações genéticas
- Risco de vida para a mãe
De resto não concordo.. neste momento existe imensos contraceptivos e com tanta informação faz-me confusão como ainda se tem filhos tão levianamente.. e depois somos nós que pagamos as borradas! Mas isto já são outras conversas
RM- Membros
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Re: Aborto, sim ou não?
Eu sou a favor nos casos que indicou a Atena.
Ter um filho que não vai poder ter uma vida normal por malformação, deficiência que pode ser antevista, não é vida nem para a criança (que não poderá ter uma vida normal) nem os pais podem usufruir a maravilha que é ter uma criança!
Acho que dar vida a uma criaça é uma grande responsabilidade, quando não se está predisposta a criar, amar, a fazer sacrifícios, a criança é que vai sofrer!
Agora também não concordo com o abortar só porque sim!!
Ter um filho que não vai poder ter uma vida normal por malformação, deficiência que pode ser antevista, não é vida nem para a criança (que não poderá ter uma vida normal) nem os pais podem usufruir a maravilha que é ter uma criança!
Acho que dar vida a uma criaça é uma grande responsabilidade, quando não se está predisposta a criar, amar, a fazer sacrifícios, a criança é que vai sofrer!
Agora também não concordo com o abortar só porque sim!!
Elektra
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Re: Aborto, sim ou não?
TJ Curioso escreveu:
1º malformações graves,
2º gravidez resultante de violação
3º graves alterações psicológicas da mãe motivadas pela gravidez
4º risco de vida para a mãe
Destas considero, sem qualquer margem para dúvida, a 1ª e a 4ª. Quanto à 2ª e 3ª tenho algumas reservas.
Compreendo as tuas reservas e em relação ao ponto 4 nem irei argumentar porque entendo perfeitamente, em relação ao ponto 2 já não consigo ser tão compreensiva.
Se calhar é mais fácil para as mulheres entenderem isto (estou a generalizar, aviso já para não haver complicações), eu nunca conseguiria criar um filho que me lembrasse a cada instante da sua existência um acto de violência da dimensão de uma violação.
Aceito que seja matar um ser humano, mas como eu conceber este ser humano?
Ana Cláudia- Membros
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Re: Aborto, sim ou não?
ellipsis escreveu:Atena escreveu:
Até se pode considerar aborto o uso da pílula do dia seguinte, isto se quisermos ser mais "fundamentalistas".
Conheci uma TJ que era contra a pílula. Por isso nunca tomou, dizia que era pecado
Eu tb conheco uma ... mas o raciocinio dela é que me chocou!
Quando era católica tomava a pilula. Depois quando se tornou TJ deixou de tomar porque segundo a biblia "os filhos são uma herança de Deus"!
Resultado: pimba uma catrefada de filhos. Como são uma familia com poucos recursos, foi aconselhada pela médica a tomar a pilula. Mas nem pensar!!!! Preferiu ir à faca e laquear a trompas!! Assim já não interfere com a vontade divina!!!!!!! Que mentalidade ....
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Índigo- Colaborador
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Re: Aborto, sim ou não?
Desiludida escreveu:
Eu tb conheco uma ... mas o raciocinio dela é que me chocou!
Quando era católica tomava a pilula. Depois quando se tornou TJ deixou de tomar porque segundo a biblia "os filhos são uma herança de Deus"!
Resultado: pimba uma catrefada de filhos. Como são uma familia com poucos recursos, foi aconselhada pela médica a tomar a pilula. Mas nem pensar!!!! Preferiu ir à faca e laquear a trompas!! Assim já não interfere com a vontade divina!!!!!!! Que mentalidade ....
Então mas qual é a diferença entre tomar a pilula e laquear as trompas, no que á vontade de deus diz respeito?
Ana Cláudia- Membros
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Re: Aborto, sim ou não?
Atena escreveu:Desiludida escreveu:
Eu tb conheco uma ... mas o raciocinio dela é que me chocou!
Quando era católica tomava a pilula. Depois quando se tornou TJ deixou de tomar porque segundo a biblia "os filhos são uma herança de Deus"!
Resultado: pimba uma catrefada de filhos. Como são uma familia com poucos recursos, foi aconselhada pela médica a tomar a pilula. Mas nem pensar!!!! Preferiu ir à faca e laquear a trompas!! Assim já não interfere com a vontade divina!!!!!!! Que mentalidade ....
Então mas qual é a diferença entre tomar a pilula e laquear as trompas, no que á vontade de deus diz respeito?
Exactamente Atena!!!
Com a laqueação, já a vontade divina é respeitada!
Ora pergunta que se segue:
Se deus quisesse que removesses as trompas, não as teria colocado....Parece que ofendeu o altíssimo, já que foi mexer em alguém que o dito criou e os filhos deixaram de ser herança!!!
D.
Sara Mel
Sara Mel- Sócio APVIPRE
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Re: Aborto, sim ou não?
Atena escreveu:TJ Curioso escreveu:
1º malformações graves,
2º gravidez resultante de violação
3º graves alterações psicológicas da mãe motivadas pela gravidez
4º risco de vida para a mãe
Destas considero, sem qualquer margem para dúvida, a 1ª e a 4ª. Quanto à 2ª e 3ª tenho algumas reservas.
Compreendo as tuas reservas e em relação ao ponto 4 nem irei argumentar porque entendo perfeitamente, em relação ao ponto 2 já não consigo ser tão compreensiva.
Se calhar é mais fácil para as mulheres entenderem isto (estou a generalizar, aviso já para não haver complicações), eu nunca conseguiria criar um filho que me lembrasse a cada instante da sua existência um acto de violência da dimensão de uma violação.
Aceito que seja matar um ser humano, mas como eu conceber este ser humano?
Atena
Como mulher e mãe eu não faria o aborto no caso de violação.
Compreendo o que sentes ao dizer que não conseguirias criar um filho que tem lembrasse da violação.
Mas para mim um filho é sempre nosso. Uma parte de nós, independentemente de quem seja o pai da criança, e em que circunstãncias foi gerado o filho!
O amor a um filho é a forma mais pura do amor. Um amor incondicional, um amor eterno. Para mim essa criança apesar de não ter sido nem planeada, nem desejada, e muito menos feita com amor, seria uma parte de mim! Uma continuação da minha pessoa ... Para mim seria o demonstrar de que apesar da violência a que fui sujeita, teria uma compensação, poder gerar uma vida dentro de mim!
Sempre pensei assim, não só por causa da religião mas porque conheci no meu circuito um caso de violação. Vi na prática um exemplo de amor na sua plenitude. Acredito que aqui haja alguém no fórum que conheça este caso!
Uma jovem deficiente foi violada e em resultado da violação ela engravidou. Por motivos religiosos não foi feito o aborto, embora a mãe da jovem na altura ter sido pressionada pelos médicos para que fosse feito o aborto tendo em conta as circunstâncias e a deficiencia da filha.
Mas a mãe da jovem responsabilizou-se que cuidaria da neta como se de uma filha se tratasse! A gravidez apesar de ser de risco decorreu normalmente...
Nasceu um bebé saudavel. Quando ainda menina contaram-lhe que a mulher que ela pensava ser a sua irmã mais velha era na realidade a sua mãe. Apartir daí, vi uma das demonstrações de amor mais lindas na minha vida. Aquela menina passou a cuidar e proteger a sua mãe como se a mãe fosse filha dela. Hoje, aquela menina é uma mulher, e a relação que ela tem com a mãe é tão especial que olhando para elas eu penso: aquela mulher apesar de deficiente e de ter sofrido uma violação na adolescência, foi abençoada com uma filha que irá cuidar sempre dela!
Convivendo com este caso especifico eu sempre pensei que se algum dia me acontecesse o mesmo, eu optaria por ter o bebé!
Mas lá está será sempre um assunto muito delicado!
Última edição por Desiludida em Qua Jan 16 2013, 23:37, editado 1 vez(es)
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Re: Aborto, sim ou não?
Atena escreveu:Desiludida escreveu:
Eu tb conheco uma ... mas o raciocinio dela é que me chocou!
Quando era católica tomava a pilula. Depois quando se tornou TJ deixou de tomar porque segundo a biblia "os filhos são uma herança de Deus"!
Resultado: pimba uma catrefada de filhos. Como são uma familia com poucos recursos, foi aconselhada pela médica a tomar a pilula. Mas nem pensar!!!! Preferiu ir à faca e laquear a trompas!! Assim já não interfere com a vontade divina!!!!!!! Que mentalidade ....
Então mas qual é a diferença entre tomar a pilula e laquear as trompas, no que á vontade de deus diz respeito?
Lá está, não há diferença!
Pois por isso é que fiquei chocada com o raciocinio medíocre dessa mulher!!!!
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Índigo- Colaborador
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Re: Aborto, sim ou não?
Atena escreveu:Compreendo as tuas reservas e em relação ao ponto 4 nem irei argumentar porque entendo perfeitamente, em relação ao ponto 2 já não consigo ser tão compreensiva.
Se calhar é mais fácil para as mulheres entenderem isto (estou a generalizar, aviso já para não haver complicações), eu nunca conseguiria criar um filho que me lembrasse a cada instante da sua existência um acto de violência da dimensão de uma violação.
Aceito que seja matar um ser humano, mas como eu conceber este ser humano?
Atena, percebo o complexo problema emocional que se apresenta à mulher que é violada e que engravida. Eu não digo que do ponto de vista estritamente pessoal ela não tenha o desejo de fazer o aborto. A questão que coloco é:
Será que o ser humano no ventre da mulher tem culpa? Embora não seja desejado, ele ainda é um ser humano inocente que também não tem qualquer culpa do que aconteceu.
Se a nossa lei não exige a morte do violador, será justo tornar o inocente ser no ventre, o alvo de uma tal justiça definitiva?
Para além disso, um aborto é um ato violento para o corpo da mulher. Ora, a juntar à violação junta-se outro acto de agressão - o aborto.
Mas temos de ter consciência que segundo estudos, tais gravidezes são, felizmente, muitíssimo raras. A prática do aborto corresponde a outras razões, muitas delas motivadas por questões sociais e económicas.
Tudo o que escrevi, serve apenas para reflexão e não como uma palavra final sobre o assunto.
"Não me calarei perante a perversidade de homens que se colocam como deuses entre os demais e que tentam silenciar aqueles que lhes fazem frente."
Re: Aborto, sim ou não?
Desiludida, primeiro quero dizer-te que gosto muito de ti! Porque agora vou discordar de quase cada palavra que escreveste. Desculpa!
Não sei se tens filhos. Tens? Eu tenho 2 e são fruto de amor, felizmente. E na minha opinião as circunstancias são importantes.
Uma compensação? Como? Não consigo conceber! Não consigo! Compensar uma violação???
Para mim seria sempre um intruso no meu próprio corpo.
Portanto o resumo desta historia será o seguinte: Enganaram-na a criança sobre quem era a mãe e ainda tem de cuidar da mãe? Maior desorganização mental era difícil. Os filhos precisam de ter pais, quando são transformados em pais dos próprios pais ficam psicologicamente desorganizados.
Alem disso a mãe é deficiente (mental? assumirei que sim correndo o risco de estar errada) como é que pode tomar a decisão? Tomam a decisão por ela? E isso é justo? Se eu fosse muito insensível, que não sou apesar de poder parecer agora, perguntava se não terá sido uma enorme segurança para essa avó garantir que há quem cuide da filha quando ela não puder.?
Desiludida, não te zangues comigo! Sei que estou a falar de uma historia que não conheço e que até pode ter um resultado perfeito e todos serem muito felizes, mas tens noção que as questões que coloco são reais, não tens?
Desiludida escreveu:
Atena
Como mulher e mãe eu não faria o aborto no caso de violação.
Compreendo o que sentes ao dizer que não conseguirias criar um filho que tem lembrasse da violação.
Mas para mim um filho é sempre nosso. Uma parte de nós, independentemente de quem seja o pai da criança, e em que circunstãncias foi gerado o filho!
Não sei se tens filhos. Tens? Eu tenho 2 e são fruto de amor, felizmente. E na minha opinião as circunstancias são importantes.
Desiludida escreveu:O amor a um filho é a forma mais pura do amor. Um amor incondicional, um amor eterno. Para mim essa criança apesar de não ter sido nem planeada, nem desejada, e muito menos feita com amor, seria uma parte de mim! Uma continuação da minha pessoa ... Para mim seria o demonstrar de que apesar da violência a que fui sujeita, teria uma compensação, poder gerar uma vida dentro de mim!
Uma compensação? Como? Não consigo conceber! Não consigo! Compensar uma violação???
Para mim seria sempre um intruso no meu próprio corpo.
Desiludida escreveu:Sempre pensei assim, não só por causa da religião mas porque conheci no meu circuito um caso de violação. Vi na prática um exemplo de amor na sua plenitude. Acredito que aqui haja alguém no fórum que conheça este caso!
Uma jovem deficiente foi violada e em resultado da violação ela engravidou. Por motivos religiosos não foi feito o aborto, embora a mãe da jovem na altura ter sido pressionada pelos médicos para que fosse feito o aborto tendo em conta as circunstâncias e a deficiencia da filha.
Mas a mãe da jovem responsabilizou-se que cuidaria da neta como se de uma filha se tratasse! A gravidez apesar de risco decorreu normalmente...
Nasceu um bebé saudavel. Quando ainda menina contaram-lhe que a mulher que ela pensava ser a sua irmã mais velha era na realidade a sua mãe. Apartir daí, vi uma das demonstrações de amor mais lindas na minha vida. Aquela menina passou a cuidar e proteger a sua mãe como se a mãe fosse filha dela. Hoje, aquela menina é uma mulher, e a relação que ela tem com a mãe é tão especial que olhando para elas eu penso: aquela mulher apesar de deficiente e de ter sofrido uma violação na adolescência, foi abençoada com uma filha que irá cuidar sempre dela!
Convivendo com este caso especifico eu sempre pensei que se algum dia me acontecesse o mesmo, eu optaria por ter o bebé!
Mas lá está será sempre um assunto muito delicado!
Portanto o resumo desta historia será o seguinte: Enganaram-na a criança sobre quem era a mãe e ainda tem de cuidar da mãe? Maior desorganização mental era difícil. Os filhos precisam de ter pais, quando são transformados em pais dos próprios pais ficam psicologicamente desorganizados.
Alem disso a mãe é deficiente (mental? assumirei que sim correndo o risco de estar errada) como é que pode tomar a decisão? Tomam a decisão por ela? E isso é justo? Se eu fosse muito insensível, que não sou apesar de poder parecer agora, perguntava se não terá sido uma enorme segurança para essa avó garantir que há quem cuide da filha quando ela não puder.?
Desiludida, não te zangues comigo! Sei que estou a falar de uma historia que não conheço e que até pode ter um resultado perfeito e todos serem muito felizes, mas tens noção que as questões que coloco são reais, não tens?
Ana Cláudia- Membros
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Data de inscrição : 16/05/2012
Idade : 41
Re: Aborto, sim ou não?
TJ Curioso escreveu:
Atena, percebo o complexo problema emocional que se apresenta à mulher que é violada e que engravida. Eu não digo que do ponto de vista estritamente pessoal ela não tenha o desejo de fazer o aborto. A questão que coloco é:
Será que o ser humano no ventre da mulher tem culpa? Embora não seja desejado, ele ainda é um ser humano inocente que também não tem qualquer culpa do que aconteceu.
Se a nossa lei não exige a morte do violador, será justo tornar o inocente ser no ventre, o alvo de uma tal justiça definitiva?
Para além disso, um aborto é um ato violento para o corpo da mulher. Ora, a juntar à violação junta-se outro acto de agressão - o aborto.
Mas temos de ter consciência que segundo estudos, tais gravidezes são, felizmente, muitíssimo raras. A prática do aborto corresponde a outras razões, muitas delas motivadas por questões sociais e económicas.
Tudo o que escrevi, serve apenas para reflexão e não como uma palavra final sobre o assunto.
TJC,
apesar da paixão que coloco na discussão deste tema concordo em absoluto com esta tua ultima frase. Eu falo do que sinto e penso agora, se acontecer comigo poderei fazer o oposto, acho que ter a capacidade de reconhecer um erro e mudar de ideias é uma enorme virtude!
Eu acho que o violador também deveria ter uma pena que em nada se assemelha com a que a nossa lei prevê.
Entendo perfeitamente o teu argumento apesar de não concordar.
Ana Cláudia- Membros
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Data de inscrição : 16/05/2012
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Re: Aborto, sim ou não?
Atena escreveu:Desiludida, primeiro quero dizer-te que gosto muito de ti! Porque agora vou discordar de quase cada palavra que escreveste. Desculpa!
Não tens que pedir desculpas por expressares a tua opinião!
Atena escreveu:Desiludida escreveu:O amor a um filho é a forma mais pura do amor. Um amor incondicional, um amor eterno. Para mim essa criança apesar de não ter sido nem planeada, nem desejada, e muito menos feita com amor, seria uma parte de mim! Uma continuação da minha pessoa ... Para mim seria o demonstrar de que apesar da violência a que fui sujeita, teria uma compensação, poder gerar uma vida dentro de mim!
Uma compensação? Como? Não consigo conceber! Não consigo! Compensar uma violação???
Para mim seria sempre um intruso no meu próprio corpo.
Aqui dou-te razão pela tua reação. A palavra "compensação" não foi a mais correcta... Mas para mim um filho, apesar da violação nunca seria um intruso, visto que ele não teria culpa!
Atena escreveu:Desiludida escreveu:Sempre pensei assim, não só por causa da religião mas porque conheci no meu circuito um caso de violação. Vi na prática um exemplo de amor na sua plenitude. Acredito que aqui haja alguém no fórum que conheça este caso!
Uma jovem deficiente foi violada e em resultado da violação ela engravidou. Por motivos religiosos não foi feito o aborto, embora a mãe da jovem na altura ter sido pressionada pelos médicos para que fosse feito o aborto tendo em conta as circunstâncias e a deficiencia da filha.
Mas a mãe da jovem responsabilizou-se que cuidaria da neta como se de uma filha se tratasse! A gravidez apesar de risco decorreu normalmente...
Nasceu um bebé saudavel. Quando ainda menina contaram-lhe que a mulher que ela pensava ser a sua irmã mais velha era na realidade a sua mãe. Apartir daí, vi uma das demonstrações de amor mais lindas na minha vida. Aquela menina passou a cuidar e proteger a sua mãe como se a mãe fosse filha dela. Hoje, aquela menina é uma mulher, e a relação que ela tem com a mãe é tão especial que olhando para elas eu penso: aquela mulher apesar de deficiente e de ter sofrido uma violação na adolescência, foi abençoada com uma filha que irá cuidar sempre dela!
Convivendo com este caso especifico eu sempre pensei que se algum dia me acontecesse o mesmo, eu optaria por ter o bebé!
Mas lá está será sempre um assunto muito delicado!
Portanto o resumo desta historia será o seguinte: Enganaram-na a criança sobre quem era a mãe e ainda tem de cuidar da mãe? Maior desorganização mental era difícil. Os filhos precisam de ter pais, quando são transformados em pais dos próprios pais ficam psicologicamente desorganizados.
Alem disso a mãe é deficiente (mental? assumirei que sim correndo o risco de estar errada) como é que pode tomar a decisão? Tomam a decisão por ela? E isso é justo? Se eu fosse muito insensível, que não sou apesar de poder parecer agora, perguntava se não terá sido uma enorme segurança para essa avó garantir que há quem cuide da filha quando ela não puder.?
Aqui Atena acho que não leste bem. Eu escrevi que contaram ainda quando era menina a verdade sobre a verdadeira mãe. E ela foi criada pelos avós! Quantas crianças são felizes mesmo sendo criados pelos avós???
[/quote]Atena escreveu:
Desiludida, não te zangues comigo! Sei que estou a falar de uma historia que não conheço e que até pode ter um resultado perfeito e todos serem muito felizes, mas tens noção que as questões que coloco são reais, não tens?
Porque haveria de me zangar contigo!!! Já me conheces pessoalmente e sabes que não mordo!
P.S. Também gosto muito de ti!
Vamos trabalhar juntos para manter neste fórum um ambiente limpo e amigável. Bons comentários!
Índigo- Colaborador
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Re: Aborto, sim ou não?
Desiludida,eu penso que ninguem faz filhos para fazer abortos.
Nunca na vida aceitaria gravidez que fosse fruto de uma violaçao.
Ambas, nao seriamos felizes,a criança realmente nao tem culpa.
E o meu "eu"?
Eu estou de acordo em tudo que a Tena mencionou.
Nunca na vida aceitaria gravidez que fosse fruto de uma violaçao.
Ambas, nao seriamos felizes,a criança realmente nao tem culpa.
E o meu "eu"?
Eu estou de acordo em tudo que a Tena mencionou.
pipoca- Membros
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Re: Aborto, sim ou não?
pipoca escreveu:
Eu estou de acordo em tudo que a Tena mencionou.
Fui promovida a produto para a incontinência...
Ana Cláudia- Membros
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Re: Aborto, sim ou não?
Esta é uma questão sobre a qual não consigo dizer sim nem não. Mesmo nos casos de violação, malformações do feto, risco de vida para a mãe.
A mãe que decida, embora o pai também tenha obviamente direito a opinar mas não a decidir.
Reparo que os casos sobre os quais vocês se estão a pronunciar, são os que já eram contemplados na lei antiga, e nesses apesar de algumas reservas e diferentes opiniões, a vossa "tolerância" é maior. Tolerância não será o termo mais adequado, mas à falta de melhor, creio que me faço entender.
Mas e nos outros casos? Independentemente das razões inteiores de cada uma, a interrupção voluntária da gravizez (IVG) é apenas uma questão de opção, objectivamente.
Acho a história que a Desiludida contou verdadeiramente maavilhosa, um exemplo de verdadeiro amor. Eu diria que são as voltas inexplicáveis que a vida dá e que fazem com valha a pena esta ser vivida. Milagre, destino, compensação, dizia a Desiludida, o que podemos chamar-lhe não sei. Uma criança que foi uma verdadeira dádiva e com direito à vida, independentemente da forma como foi concebida.
Volto a dizer que não digo sim nem não, em caso nenhum. E por isso, parece-me muito bem a lei que temos. O que não está certo é que pessoas que nem sei como definir usem a IVG como método contraceptivo e ainda por cima mais de uma vez, como em alguns casos tem acontecido.
Aos 35 anos, idade a partir da qual em Portugal, qualquer mulher pode fazer uma amniosintese, eu fiz uma. E até ter o resultado tentei não pensar no que faria se de acordo com o resultado, o meu filho tivesse trissomia 21 ou outra alteração genética. Teria o mesmo direito à vida, disso não duvido. De que forma é que isso mudaria os meus sentimentos por ele? Como é que seria o seu futuro? Quem pode ter certezas? Não sei ... Vocês sabem?
A mãe que decida, embora o pai também tenha obviamente direito a opinar mas não a decidir.
Reparo que os casos sobre os quais vocês se estão a pronunciar, são os que já eram contemplados na lei antiga, e nesses apesar de algumas reservas e diferentes opiniões, a vossa "tolerância" é maior. Tolerância não será o termo mais adequado, mas à falta de melhor, creio que me faço entender.
Mas e nos outros casos? Independentemente das razões inteiores de cada uma, a interrupção voluntária da gravizez (IVG) é apenas uma questão de opção, objectivamente.
Acho a história que a Desiludida contou verdadeiramente maavilhosa, um exemplo de verdadeiro amor. Eu diria que são as voltas inexplicáveis que a vida dá e que fazem com valha a pena esta ser vivida. Milagre, destino, compensação, dizia a Desiludida, o que podemos chamar-lhe não sei. Uma criança que foi uma verdadeira dádiva e com direito à vida, independentemente da forma como foi concebida.
Volto a dizer que não digo sim nem não, em caso nenhum. E por isso, parece-me muito bem a lei que temos. O que não está certo é que pessoas que nem sei como definir usem a IVG como método contraceptivo e ainda por cima mais de uma vez, como em alguns casos tem acontecido.
Aos 35 anos, idade a partir da qual em Portugal, qualquer mulher pode fazer uma amniosintese, eu fiz uma. E até ter o resultado tentei não pensar no que faria se de acordo com o resultado, o meu filho tivesse trissomia 21 ou outra alteração genética. Teria o mesmo direito à vida, disso não duvido. De que forma é que isso mudaria os meus sentimentos por ele? Como é que seria o seu futuro? Quem pode ter certezas? Não sei ... Vocês sabem?
“Quem come do fruto do conhecimento é expulso de algum paraíso.” - Melanie Klein
MariaL- Membros
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Data de inscrição : 12/05/2012
Idade : 50
Localização : Lisboa
Re: Aborto, sim ou não?
Tenho seguido esta discussão com atenção, mas para lá da minha própria opinião sobre o assunto, que não passará disso mesmo "a minha própria opinião" e a este respeito existem muitas, não contribuindo em nada para que cada um tome a sua própria decisão sobre cada caso em particular, deixo de seguida um quadro que ilustra as consequências que pode ter para a mulher em primeira instância, tomar uma decisão tão radical como seja a da IVG.
Contribuído.
IT
Contribuído.
IT
Convidado- Convidado
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