Executado por injecção letal um TJ
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Executado por injecção letal um TJ
Anthony Rozelle Banks foi declarado culpado pelo assassinato em primeiro grau de Sun 'Kim' Travis em 1979, sendo condenado à morte.
"Não posso expressar o sentimento pelas coisas terríveis que fiz. Saber que acabei com vidas e que feri os seus familiares causa-me grande dor.", disse Banks.
'Esta condenação justifica-se... ", acrescentou Banks.
"No entanto, uma coisa boa que fiz na minha vida foi tornar-me Testemunha de Jeová e por isso estou eternamente agradecido." disse finalmente Banks.
Na altura da execução esteve presente o ancião da congregação de Anthony Banks.
Fonte: http://www.dailymail.co.uk/news/article-2417902/Anthony-Rozelle-Banks-Oklahoma-executes-Jehovahs-Witness-rape-murder.html
Até a mim me vieram as lágrimas aos olhos!!!!
IT
"Não posso expressar o sentimento pelas coisas terríveis que fiz. Saber que acabei com vidas e que feri os seus familiares causa-me grande dor.", disse Banks.
'Esta condenação justifica-se... ", acrescentou Banks.
"No entanto, uma coisa boa que fiz na minha vida foi tornar-me Testemunha de Jeová e por isso estou eternamente agradecido." disse finalmente Banks.
Na altura da execução esteve presente o ancião da congregação de Anthony Banks.
Fonte: http://www.dailymail.co.uk/news/article-2417902/Anthony-Rozelle-Banks-Oklahoma-executes-Jehovahs-Witness-rape-murder.html
Até a mim me vieram as lágrimas aos olhos!!!!
IT
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Re: Executado por injecção letal um TJ
Ainda estou a limpar as lágrimas...
Por cá também temos alguns que se arrependem e se tornam sacristãos.
Por cá também temos alguns que se arrependem e se tornam sacristãos.
Ana Cláudia- Membros
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Re: Executado por injecção letal um TJ
Por mais que nos custe, não podemos desvalorizar as mudanças que ocorrem num indíviduo quando aceita uma determinada fé, seja ela o cristianismo, budismo, etc. Penso que este tipo de pessoas andam sem rumo nesta vida e muitas são mesmo iníquas por natureza ou devido à sua experiência de vida (abusos e traumas físicos e emocionais podem contribuir para isso).
Embora acredite que a pena de morte em determinados casos justifica-se, ainda assim, também acredito que é possível o ser humano encontrar o perdão nos outros e em Deus, desde que mude definitivamente o que tem mau dentro de si.
A isso as Escrituras chamam de "dar meia-volta" ou "conversão".
Embora acredite que a pena de morte em determinados casos justifica-se, ainda assim, também acredito que é possível o ser humano encontrar o perdão nos outros e em Deus, desde que mude definitivamente o que tem mau dentro de si.
A isso as Escrituras chamam de "dar meia-volta" ou "conversão".
Re: Executado por injecção letal um TJ
Eu sempre achei o denominado processo de conversão ou dar meia-volta conversa vazia e sem sentido!TJ Curioso escreveu:...também acredito que é possível o ser humano encontrar o perdão nos outros e em Deus, desde que mude definitivamente o que tem mau dentro de si.
A isso as Escrituras chamam de "dar meia-volta" ou "conversão".
Este processo para todos os movimentos religiosos cristãos ou não, nada mais significa do que tornar-se mais um membro ou seguidor de determinada doutrina e nada mais, pois ninguém em sã consciência pensa que será fácil identificar um "convertido" como tal.
Durante algum tempo eu fui encarado para o movimento jeovista um "convertido"!
Obviamente que hoje todos têm uma outra visão do meu ser... deixei de ser um "convertido". Passei a fazer parte do grupo dos iníquos...
Mas, voltando ao comentário do meu amigo TJ Curioso, o que significa alguém mudar definitivamente o que existe de mau dentro de si mesmo?
Como é que alguém consegue ter algo de mau dentro de si mesmo sem se dar conta desse facto?
Ou será quer a existência do "mau" e do "bom" (dependendo dos pontos de vista de cada um) em doses adequadas é que fará de cada um de nós um ser melhor?
Deixo estas questões porque em certa medida elas sempre assolaram o meu espírito.
Hoje estou muito dado à filosofia! São dias!!!
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Última edição por Investigando a Torre em Qui Set 12 2013, 18:52, editado 1 vez(es)
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Re: Executado por injecção letal um TJ
Este tipo continuou a ter maus gostosInvestigando a Torre escreveu:.
"No entanto, uma coisa boa que fiz na minha vida foi tornar-me Testemunha de Jeová e por isso estou eternamente agradecido." disse finalmente Banks.
T
É pá uns morrem outros ficam assim...
Re: Executado por injecção letal um TJ
Concordo contigo TJ Curioso.TJ Curioso escreveu:Por mais que nos custe, não podemos desvalorizar as mudanças que ocorrem num indíviduo quando aceita uma determinada fé, seja ela o cristianismo, budismo, etc. Penso que este tipo de pessoas andam sem rumo nesta vida e muitas são mesmo iníquas por natureza ou devido à sua experiência de vida (abusos e traumas físicos e emocionais podem contribuir para isso).
Embora acredite que a pena de morte em determinados casos justifica-se, ainda assim, também acredito que é possível o ser humano encontrar o perdão nos outros e em Deus, desde que mude definitivamente o que tem mau dentro de si.
A isso as Escrituras chamam de "dar meia-volta" ou "conversão".
Condenados que se encontram no corredor da morte por vezes encontram na religião um local onde se podem tentar redimir ou sentir redimidos.
Neste caso, o condenado virou estudante TJ (sem ser batizado, claro) e encontrou paz de espirito. Ainda bem, visto que todos merecemos uma 2ª oportunidade.
Todavia, penso o seguinte: do ponto de vista da STV cada vez que um morador rejeita a mensagem ele estará condenado no Armagedom. Ou seja:
- as TJ não pregam as "boas novas", pregam e isso sim, as "boas novas da morte"... e ainda por cima ficam contentes com a morte de qualquer um que se qualifique íniquo pelos parâmetros da Torre.
O mais triste é que as proprias TJ sabem disso. Numa mente distorcida, cada porta que não se abre é um candidato à morte no Armagedom.
Penso que estamos de acordo quando digo que toda TJ fanática sente que tem o ónus da vida e da morte na mão. Tudo em nome de "Jeová", o Único que realmente não tem culpa desta trapalhada humana que se chama Testemunhas de Jeová. Elas são como um filho do Deus Verdadeiro que poderia ter tudo mas não tem por ser rebelde e arrogante. Que eu saiba o último que agiu assim chamava-se Satanás!!!
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Re: Executado por injecção letal um TJ
Olha que este ficou assim e ainda por cima morreu....ellipsis escreveu:Este tipo continuou a ter maus gostosInvestigando a Torre escreveu:.
"No entanto, uma coisa boa que fiz na minha vida foi tornar-me Testemunha de Jeová e por isso estou eternamente agradecido." disse finalmente Banks.
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Ana Cláudia- Membros
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Re: Executado por injecção letal um TJ
Um assassino pode deixar de o ser, pode arrepender-se, pode converter-se, pode entender que matar é errado, pode reorganizar a sua noção de "bom" e "mau", o problema é a sinceridade e a percepção dos outros.Investigando a Torre escreveu:
Mas, voltando ao comentário do meu amigo TJ Curioso, o que significa alguém mudar definitivamente o que existe de mau dentro de si mesmo?
Como é que alguém consegue ter algo de mau dentro de si mesmo sem se dar conta desse facto?
Ou será quer a existência do "mau" e do "bom" (dependendo dos pontos de vista de cada um) em doses adequadas é que fará de cada um de nós um ser melhor?
Deixo estas questões porque em certa medida elas sempre assolaram o meu espírito.
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IT
A noção de "bom" e "mau" pode variar mas não creio que possa variar muito, até porque acho que para se ser julgado é preciso ter noção do bem e do mal, não estamos a falar de pessoas com distúrbios psiquiátricos.
Não acredito que existam pessoas que não tenham o "mau" dentro de si, aquele diabinho que lhes sussurra de vez em quando por oposição ao anjinho no ombro contrário.
Um exemplo: o Vale e Azevedo agora é sacristão da capela da prisão e até já faz peças de teatro. E acreditamos que o homem mudou? (o exemplo é rasca mas foi o que me lembrei...)
Ana Cláudia- Membros
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Re: Executado por injecção letal um TJ
O Vale e Azevedo virou sacristão a ver se consegue as esmolas da capela!!! O homem tem olho e nariz pro dinheirinho ....Atena escreveu:Um assassino pode deixar de o ser, pode arrepender-se, pode converter-se, pode entender que matar é errado, pode reorganizar a sua noção de "bom" e "mau", o problema é a sinceridade e a percepção dos outros.Investigando a Torre escreveu:
Mas, voltando ao comentário do meu amigo TJ Curioso, o que significa alguém mudar definitivamente o que existe de mau dentro de si mesmo?
Como é que alguém consegue ter algo de mau dentro de si mesmo sem se dar conta desse facto?
Ou será quer a existência do "mau" e do "bom" (dependendo dos pontos de vista de cada um) em doses adequadas é que fará de cada um de nós um ser melhor?
Deixo estas questões porque em certa medida elas sempre assolaram o meu espírito.
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A noção de "bom" e "mau" pode variar mas não creio que possa variar muito, até porque acho que para se ser julgado é preciso ter noção do bem e do mal, não estamos a falar de pessoas com distúrbios psiquiátricos.
Não acredito que existam pessoas que não tenham o "mau" dentro de si, aquele diabinho que lhes sussurra de vez em quando por oposição ao anjinho no ombro contrário.
Um exemplo: o Vale e Azevedo agora é sacristão da capela da prisão e até já faz peças de teatro. E acreditamos que o homem mudou? (o exemplo é rasca mas foi o que me lembrei...)
Índigo- Colaborador
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Re: Executado por injecção letal um TJ
Ele vai a todas as que tenham luz,,,,é que assim com luz ele consegue ver melhor as moedinhas,,,Como a mulher do Luis Filipe Vieira é Tj deve de o ir visitar á prisão,tambem para muda-lo para a seita,,,,já o estou a ver na contabilidade do betel de Alcabideche.Índigo escreveu:O Vale e Azevedo virou sacristão a ver se consegue as esmolas da capela!!! O homem tem olho e nariz pro dinheirinho ....Atena escreveu:Um assassino pode deixar de o ser, pode arrepender-se, pode converter-se, pode entender que matar é errado, pode reorganizar a sua noção de "bom" e "mau", o problema é a sinceridade e a percepção dos outros.Investigando a Torre escreveu:
Mas, voltando ao comentário do meu amigo TJ Curioso, o que significa alguém mudar definitivamente o que existe de mau dentro de si mesmo?
Como é que alguém consegue ter algo de mau dentro de si mesmo sem se dar conta desse facto?
Ou será quer a existência do "mau" e do "bom" (dependendo dos pontos de vista de cada um) em doses adequadas é que fará de cada um de nós um ser melhor?
Deixo estas questões porque em certa medida elas sempre assolaram o meu espírito.
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A noção de "bom" e "mau" pode variar mas não creio que possa variar muito, até porque acho que para se ser julgado é preciso ter noção do bem e do mal, não estamos a falar de pessoas com distúrbios psiquiátricos.
Não acredito que existam pessoas que não tenham o "mau" dentro de si, aquele diabinho que lhes sussurra de vez em quando por oposição ao anjinho no ombro contrário.
Um exemplo: o Vale e Azevedo agora é sacristão da capela da prisão e até já faz peças de teatro. E acreditamos que o homem mudou? (o exemplo é rasca mas foi o que me lembrei...)
Dream5- Membros
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Re: Executado por injecção letal um TJ
É natural. Conversão não significa dar-meia volta no sentido que lhe atribuem as TJ.Investigando a Torre escreveu:
Eu sempre achei o denominado processo de conversão ou dar meia-volta conversa vazia e sem sentido!
Posto o problema a este nível de análise, não posso deixar de concordar.Este processo para todos os movimentos religiosos cristãos ou não, nada mais significa do que tornar-se mais um membro ou seguidor de determinada doutrina e nada mais, pois ninguém em sã consciência pensa que será fácil identificar um "convertido" como tal.
Muita pergunta de uma só vez... e só agora percebi que estavas a falar com o TJC... olha, com o trabalho que já tive em citações, agora continuo... Voltamos à conversão. Ou melhor, eliminemos primeiro um aspecto: só um ser amoral ( tipo psicopata ou algo do género, não exerce sobre si próprio uma censura moral sobre os seus actos). Ninguém, por sua vez, muda interiormente de forma tão completa que possa afirmar que erradicou de si o mal. É ler S. Paulo: " o mal que não quero é o que pratico e o bem que quero é o que não faço..." etc, etc, etc,...Mas, voltando ao comentário do meu amigo TJ Curioso, o que significa alguém mudar definitivamente o que existe de mau dentro de si mesmo?
Como é que alguém consegue ter algo de mau dentro de si mesmo sem se dar conta desse facto?
Ou será quer a existência do "mau" e do "bom" (dependendo dos pontos de vista de cada um) em doses adequadas é que fará de cada um de nós um ser melhor?
Mas já me meti numa conversa que não me era dirigida. Peço desculpa aos dois.
Última edição por mjp em Qui Set 12 2013, 22:56, editado 1 vez(es)
mjp- Forista desativado
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Re: Executado por injecção letal um TJ
Não consigo resistir em perguntar-te: para ti, em que caso(s) se justifica a pena de morte?TJ Curioso escreveu:
Embora acredite que a pena de morte em determinados casos justifica-se (...)
Se quiseres responder, agradeço.
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Re: Executado por injecção letal um TJ
mjp escreveu:Não consigo resistir em perguntar-te: para ti, em que caso(s) se justifica a pena de morte?TJ Curioso escreveu:
Embora acredite que a pena de morte em determinados casos justifica-se (...)
Se quiseres responder, agradeço.
mjp meu Amigo, os teus comentários são sempre oportunos e já agora, também estou curioso em saber da parte do TJ Curioso quais os casos de pena de morte "justificáveis"...mjp escreveu:Mas já me meti numa conversa que não me era dirigida. Peço desculpa aos dois.
Talvez um dos casos mais flagrantes que assola o meu espírito neste momento, seria a hipótese de aplicar a pena de morte a todos os membros do Corpo Desgovernado TJ que ao longo dos anos têm sustentado o massacre de vítimas inocentes através da recusa das transfusões de sangue. Que tal?
Num país como os Estados Unidos onde a pena de morte é aplicável em alguns Estados, não seria "justificável" condenar estes sujeitos desta forma?
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Re: Executado por injecção letal um TJ
Defendo com unhas e dentes o princípio da inviolabilidade da vida humana. A vida humana é uma questão de valor absoluto que não admite excepções sob que pretexto for ou em função de que outro princípio for. Todos os outros princípios se lhe submetem... mesmo os do Estado. A demonstração académica desta verdade leva tempo e também não é para aqui chamada... é mais um corolário de formulações filosófico/jurídicas que propriamente uma decisão temporal ou política: daí a sua natureza absoluta.Investigando a Torre escreveu:
Talvez um dos casos mais flagrantes que assola o meu espírito neste momento, seria a hipótese de aplicar a pena de morte a todos os membros do Corpo Desgovernado TJ que ao longo dos anos têm sustentado o massacre de vítimas inocentes através da recusa das transfusões de sangue. Que tal?
Num país como os Estados Unidos onde a pena de morte é aplicável em alguns Estados, não seria "justificável" condenar estes sujeitos desta forma?
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mjp- Forista desativado
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Re: Executado por injecção letal um TJ
Quero deixar claro que não defendo a pena de morte, mas só simplesmente entendo que em casos muito específicos esta se justifica. Aliás, o próprio apóstolo Paulo mencionou que o governo "leva a espada; pois é ministro de Deus, vingador para expressar furor para com o que pratica o que é mau".mjp escreveu:Não consigo resistir em perguntar-te: para ti, em que caso(s) se justifica a pena de morte?TJ Curioso escreveu:
Embora acredite que a pena de morte em determinados casos justifica-se (...)
Se quiseres responder, agradeço.
Penso que é fácil rejeitar a pena de morte, quando são os outros que são vítimas de um ato violento e assassino de alguém criminoso ou violento. Agora diz-me mjp, e espero que não leves a mal o exemplo que vou dar.
Imagina que o teu filho, um rapaz cheio de vigor e vida pela frente, se vê confrontado com uma pessoa destas. Uma pessoa que não tem o menor pudor de "por dá cá aquela palha" ou com motivações absolutamente gratuitas, espancá-lo até à morte ou até mesmo, antes disso, violá-lo e torturá-lo de forma a dar azo aos seus prazeres e devaneios. Imagina teres na tua frente o corpo sem vida do teu filho, alvo de tal violência gratuita e maldade pura.
Achas mesmo que o autor de tal situação, não merece a morte, desde que seja provada sem sombra de dúvida que foi ele o autor?
Se a vida é sagrada e é um princípio inviolável (claro que é), não estamos perante uma situação extrema em que a justiça exigiria que àquele que violou a santidade da vida (matando), seja-lhe retirada a sua própria existência?
Qual o pai ou mãe, amigo ou amiga, parente, etc., não gostaria de ver tal pessoa morta? Será que perpetuar a vida de tal pessoa serve a justiça em relação ao acto hediondo que foi praticado?
Deixo isto apenas para reflexão...
Re: Executado por injecção letal um TJ
Como deves imaginar, nada tenho mais a reflectir sobre este caso. Já o estudei sobejamente; já li todas as formulações a este respeito; já analisei todos os pontos de vista prós e contra a pena de morte; e, refiro-me, não só do ponto de vista da Filosofia do Direito, como do ponto de vista das diversas Teorias do Estado desde o estado laico até ao estado teocrático.TJ Curioso escreveu:Quero deixar claro que não defendo a pena de morte, mas só simplesmente entendo que em casos muito específicos esta se justifica. Aliás, o próprio apóstolo Paulo mencionou que o governo "leva a espada; pois é ministro de Deus, vingador para expressar furor para com o que pratica o que é mau".mjp escreveu:Não consigo resistir em perguntar-te: para ti, em que caso(s) se justifica a pena de morte?TJ Curioso escreveu:
Embora acredite que a pena de morte em determinados casos justifica-se (...)
Se quiseres responder, agradeço.
Penso que é fácil rejeitar a pena de morte, quando são os outros que são vítimas de um ato violento e assassino de alguém criminoso ou violento. Agora diz-me mjp, e espero que não leves a mal o exemplo que vou dar.
Imagina que o teu filho, um rapaz cheio de vigor e vida pela frente, se vê confrontado com uma pessoa destas. Uma pessoa que não tem o menor pudor de "por dá cá aquela palha" ou com motivações absolutamente gratuitas, espancá-lo até à morte ou até mesmo, antes disso, violá-lo e torturá-lo de forma a dar azo aos seus prazeres e devaneios. Imagina teres na tua frente o corpo sem vida do teu filho, alvo de tal violência gratuita e maldade pura.
Achas mesmo que o autor de tal situação, não merece a morte, desde que seja provada sem sombra de dúvida que foi ele o autor?
Se a vida é sagrada e é um princípio inviolável (claro que é), não estamos perante uma situação extrema em que a justiça exigiria que àquele que violou a santidade da vida (matando), seja-lhe retirada a sua própria existência?
Qual o pai ou mãe, amigo ou amiga, parente, etc., não gostaria de ver tal pessoa morta? Será que perpetuar a vida de tal pessoa serve a justiça em relação ao acto hediondo que foi praticado?
Deixo isto apenas para reflexão...
Como disse acima, o princípio da inviolabilidade da vida humana não é um simples princípio que emana da Filososofa do Direito enquanto uma das suas mais elevadas e nobres fontes. É, também, um princípio que decorre da Ética e da Moral, enquanto objectos de estudo da Filosofia.
É, em última análise, se quiseres, um princípio que emana e salta à evidência dos próprios princípios e valores do Cristianismo que, como já aqui neste fórum tenho defendido, é a raiz primeira e última da concepção de todos os estados do ocidente civilizado no que aos valores do Homem e da vida em sociedade dizem respeito. Como sabes, os estados europeus há muito que aboliram a pena de morte ou a deixaram cair na sua aplicação prática - Portugal foi o segundo, após um qualquer principado europeu de cujo nome agora não me recordo -, o que automaticamente revogou e aboliu a pena de morte através dos princípios ligados e decorrentes do Direito Consuetudinário ( usos e costumes enquanto fonte de Direito). No mundo ocidental, só alguns estados dos USA a aplicam ainda (com monstruosos erros processuais de forma de substância e de matéria de facto, o que já tem levado ao cadasfalso mais inocentes do que muitos julgam) e, fora isso, no ocidente, assim ao sabor das teclas, não me recordo de mais nenhum.
Agora, uma reflexão que te proponho, que ainda não vi escrita em lado nenhum, mas que, como sempre, e para grande frustação minha acabo sempre por vir um dia a encontrar escrito por alguém que se me antecipou, e que se prende com a natureza do estado laico que aplica a pena de morte; resumindo muito sinteticamente, que se um dia escrever um livro, não será sobre estes assuntos: um estado laico, metamorfoseia-se em teocrático quando aplica a pena de morte.
Qualquer um! E porquê? Porque ao sobrepor-se a um princípio absoluto como o da vida humana, eleva-se a uma posição superior ao Homem, como qualquer deus que, acima do próprio Homem, chama a si o Direito de decidir sobre a vida e o destino que só ao Homem, enquanto ser que se quer livre e independente dos deuses (espero que percebas a fronteira que traço aqui entre a Cidade de Deus e a Cidade do Homem) só a si mesmo lhe é inerente, e própria da sua condição de ser livre e senhor de decidir sobre si, sobre as suas acções e, por maioria de razão, sobre a sua própria vida; - consequentemente, não posso deixar de defender o direito à eutanásia, desde que devidamente acautelada na sua regulamentação jurídica para que não haja lugar a erróneas interpretações sobre a vontade do declarante. Como vês, estes assuntos abrem um mundo de outros, igualmente apaixonantes, mas que depois ninguém mais segue ou lhes pega.
Voltando ao tema: ora um estado laico, social e de direito democrático (alguém conhece uma alternativa melhor? Eu não.) jamais pode avocar a si o papel de deus algum, sob pena de metamorfosear a sua natureza laica, numa de traços indisfarçavelmente teocráticos, e negar na prática os princípios sobre os quais constrói a sua legitimidade democrática, social e laica.
Cai por terra, neste ponto, a razão para invocar a pena de morte em casos "especiais", isto sem sequer invocar da minha parte o princípio da aplicação geral e abstracta na génese da formulação de qualquer lei; por outras palavras, não se pode legislar nos casos de Direito Penal, no género: no caso de alguém nestas e nestas circunstâncias... mas sempre: quem. Ou seja e ainda, é proíbido escolher excepções a quem a lei se aplica ou se deixa de aplicar. (mesmo assim é o que se sabe... )
Posto isto, assim em traços gerais e genéricos, pois são muitos os aspectos e as matérias que dele decorrem e nele incorrem, passo à tua proposta directa de reflexão que, não me leves também a mal, foi feita através de um exemplo que, embora já esperado, não pôde deixar de me perturbar, pois como pai que também és, poderias ter escolhido um exemplo um pouco mais suave. Mas pronto, percebo a tua boa intenção e respondo-te com esta reflexão: que jamais, por muito dolorosa que seja uma experiência pessoal, eu me permita confundir um conceito como o de Justiça, pelo vil e baixo sentimento de vingança. E se, como homem, poderia cair na torpe, sórdida e vil armadilha desse sentimento, como cristão, como também tu, sei que Deus nos defenderia de tal acto e que, preferiríamos certamente a morte decorrente de tal lancinante dor, que descer ao nível da perpetração da vingança, quer por nossas próprias mãos, quer através de um deus/estado que de tal sórdida e vil tarefa se incumbisse.
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Re: Executado por injecção letal um TJ
mjp à parte das questões filosóficas e jurídicas que enuncias e que certamente não sou ninguém para rebater visto não ter conhecimentos a essa altura, apenas reflito sobre aquilo que sinto e entendo com respeito ao papel de um Estado ou Poder Estatal para aplicar a lei com respeito à pena de morte.
Do ponto de vista estritamente bíblico, a pena de morte como penalidade por um acto criminoso, em que uma vida é tirada propositadamente, é um direito dado por Deus, conforme as palavras do apóstolo Paulo (que citei anteriormente). Aliás, já a Lei Mosaica previa essa mesma lei extrema no caso de um assassino intencional, havendo as cidades de refúgio como salvaguarda para casos em que o assassinato não fosse proposital e onde seria administrada justiça à medida da situação.
Não considero que um Estado se torne teocrático aquando na aplicação da pena de morte, porque essa mesma aplicação não se rege por princípios religiosos, mas sim com base legal estritamente laica (o que não acontece, por exemplo, em estado teocráticos islâmicos em que a lei do Estado se funde com a Lei religiosa).
Quando afirmas que a execução de um assassino, é uma vingança em contraponto, por exemplo, à lei atual de prisão por cerca de 25 anos (em Portugal), pergunto:
Não é uma qualquer penalidade dada por um tribunal de justiça, uma "vingança" institucionalizada, que segue determinadas regras e procedimentos, exatamente para que a população em geral não "faça justiça (execute) pelas próprias mãos"?
Sendo assim, quando um tribunal (como nos EUA), atribui uma sentença de morte a um assassino, não está ele também a aplicar justiça (vingança), segundo determinadas regras e procedimentos estabelecidos?
Qual a justiça (vingança) que melhor serve a um caso de homícidio frio e calculista? Uma sentença de no máximo 25 anos (raramente cumprida se houver bom comportamento e amnistias) ou a pena de morte?
Mais uma vez escrevo isto apenas para reflexão, fazendo um pouco o papel "advogado do Diabo" neste tema.
Do ponto de vista estritamente bíblico, a pena de morte como penalidade por um acto criminoso, em que uma vida é tirada propositadamente, é um direito dado por Deus, conforme as palavras do apóstolo Paulo (que citei anteriormente). Aliás, já a Lei Mosaica previa essa mesma lei extrema no caso de um assassino intencional, havendo as cidades de refúgio como salvaguarda para casos em que o assassinato não fosse proposital e onde seria administrada justiça à medida da situação.
Não considero que um Estado se torne teocrático aquando na aplicação da pena de morte, porque essa mesma aplicação não se rege por princípios religiosos, mas sim com base legal estritamente laica (o que não acontece, por exemplo, em estado teocráticos islâmicos em que a lei do Estado se funde com a Lei religiosa).
Quando afirmas que a execução de um assassino, é uma vingança em contraponto, por exemplo, à lei atual de prisão por cerca de 25 anos (em Portugal), pergunto:
Não é uma qualquer penalidade dada por um tribunal de justiça, uma "vingança" institucionalizada, que segue determinadas regras e procedimentos, exatamente para que a população em geral não "faça justiça (execute) pelas próprias mãos"?
Sendo assim, quando um tribunal (como nos EUA), atribui uma sentença de morte a um assassino, não está ele também a aplicar justiça (vingança), segundo determinadas regras e procedimentos estabelecidos?
Qual a justiça (vingança) que melhor serve a um caso de homícidio frio e calculista? Uma sentença de no máximo 25 anos (raramente cumprida se houver bom comportamento e amnistias) ou a pena de morte?
Mais uma vez escrevo isto apenas para reflexão, fazendo um pouco o papel "advogado do Diabo" neste tema.
Re: Executado por injecção letal um TJ
Meus Amigos,
Se não existe nenhuma possibilidade de enraizar a ética no absoluto, todas as reflexões são inúteis e a lógica não existe.
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Se não existe nenhuma possibilidade de enraizar a ética no absoluto, todas as reflexões são inúteis e a lógica não existe.
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Re: Executado por injecção letal um TJ
Investigando a Torre escreveu:Meus Amigos,
Se não existe nenhuma possibilidade de enraizar a ética no absoluto, todas as reflexões são inúteis e a lógica não existe.
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Estava eu a pensar, entre outras coisas, em como responder ao argumento paulino do TJC e tu resolves o problema com uma simplicidade brilhante!
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Re: Executado por injecção letal um TJ
Vou pedir-te licença para me apropriar deste teu argumento, nalgumas conversas particulares. Posso?
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Re: Executado por injecção letal um TJ
Se formos a ver bem, isso aplica-se a (quase) tudo...Investigando a Torre escreveu:Meus Amigos,
Se não existe nenhuma possibilidade de enraizar a ética no absoluto, todas as reflexões são inúteis e a lógica não existe.
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Re: Executado por injecção letal um TJ
Mas claro! Ou tens por ponto de partida uma fonte em si mesmo não contraditória, ou relativisas tudo, em função de uma subjectividade alietória, ao sabor de... interesses, modas, políticas, enfim, ao sabor de tudo menos da verdade. Os perigos decorrentes de uma subjectivisação geral do mundo e da vida é de uma perigosidade incalculável, na medida em que nada se tem por adquirido como verdade, em lado nenhum e sobre nada podes aplicar um raciocínio lógico. O que serve como verdade aqui, não se aplica ali. Se reflectires um pouco, verás que esta é a têndencia do mundo de hoje: a "democratização" da verdade. Destino: caos, em última e derradeira análise neste fio de pensamento. Mas como se deixa de ter a lógica enraízada num primado tido como absoluto, o caos deixa de ter sentido de caos e tudo é caos e nada é caos, pois deixa-se de ter uma referência para o que é caos e o que não é.TJ Curioso escreveu:Se formos a ver bem, isso aplica-se a (quase) tudo...Investigando a Torre escreveu:Meus Amigos,
Se não existe nenhuma possibilidade de enraizar a ética no absoluto, todas as reflexões são inúteis e a lógica não existe.
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IT, vou mesmo usar, com ou sem teu consentimento, este teu primado. Eu pago-te os direitos de autor.
mjp- Forista desativado
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Re: Executado por injecção letal um TJ
A isso chama-se Relativismo.mjp escreveu:
Mas claro! Ou tens por ponto de partida uma fonte em si mesmo não contraditória, ou relativisas tudo, em função de uma subjectividade alietória, ao sabor de... interesses, modas, políticas, enfim, ao sabor de tudo menos da verdade. Os perigos decorrentes de uma subjectivisação geral do mundo e da vida é de uma perigosidade incalculável, na medida em que nada se tem por adquirido como verdade, em lado nenhum e sobre nada podes aplicar um raciocínio lógico. O que serve como verdade aqui, não se aplica ali. Se reflectires um pouco, verás que esta é a têndencia do mundo de hoje: a "democratização" da verdade. Destino: caos, em última e derradeira análise neste fio de pensamento. Mas como se deixa de ter a lógica enraízada num primado tido como absoluto, o caos deixa de ter sentido de caos e tudo é caos e nada é caos, pois deixa-se de ter uma referência para o que é caos e o que não é.
Re: Executado por injecção letal um TJ
O relativismo só tem lógica debaixo do primado dos valores absolutos, pois como resulta fácil de perceber, a liberdade individual não pode entrar em oposição com o valor absoluto que a legitimiza pela lógica.TJ Curioso escreveu:A isso chama-se Relativismo.mjp escreveu:
Mas claro! Ou tens por ponto de partida uma fonte em si mesmo não contraditória, ou relativisas tudo, em função de uma subjectividade alietória, ao sabor de... interesses, modas, políticas, enfim, ao sabor de tudo menos da verdade. Os perigos decorrentes de uma subjectivisação geral do mundo e da vida é de uma perigosidade incalculável, na medida em que nada se tem por adquirido como verdade, em lado nenhum e sobre nada podes aplicar um raciocínio lógico. O que serve como verdade aqui, não se aplica ali. Se reflectires um pouco, verás que esta é a têndencia do mundo de hoje: a "democratização" da verdade. Destino: caos, em última e derradeira análise neste fio de pensamento. Mas como se deixa de ter a lógica enraízada num primado tido como absoluto, o caos deixa de ter sentido de caos e tudo é caos e nada é caos, pois deixa-se de ter uma referência para o que é caos e o que não é.
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Re: Executado por injecção letal um TJ
Vejam bem onde já vai a discussão à volta do "grito do morto"!!!mjp escreveu:IT, vou mesmo usar, com ou sem teu consentimento, este teu primado. Eu pago-te os direitos de autor.
Fico contente por ter proporcionado este debate e como é óbvio, podes utilizar esta minha reflexão sem o pagamento de quaisquer direitos autorais.
Depois pagas... mais um café!
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