Em que ficou a regra da Watchtower relativa aos 3 anos?

por Convidado Dom Fev 26 2012, 12:00

O título deste tópico pode parecer estranho - Em que ficou a regra da Watchtower relativa aos 3 anos? mas este assunto tem sido objecto de discussão e análise em distintos fóruns e nos últimos dias tem merecido de novo a atenção em Espanha.

Decidi por isso mesmo reportá-lo aqui para análise e discussão.

No Ministério do Reino de Fevereiro de 1973 em português, aparecia a seguinte pergunta que mereceu a resposdta correspondente do CG:

● O que se quer dizer com “há alguns anos atrás” na página 169, parágrafo dois, do livro “Organização”?

Indica mais de um ou dois anos. Pode-se observar que não se diz “há muitos anos atrás”. De modo que não se trata dum número específico de anos, porém, mais provavelmente de dois ou três anos. Não se pretende que um irmão volte para trás ao passado distante para suscitar erros dos quais se arrependeu há anos atrás e que evidentemente lhe foram perdoados por Jeová e que não pratica agora. Em muitos casos, os erros ocorreram antes de a “Sentinela” trazer à atenção o que as Escrituras dizem sobre tal conduta errada.
Se um irmão tiver servido fielmente já por alguns anos e tiver visto a evidência das bênçãos de Jeová sobre ele, por que deveria agora ter de renunciar ao seu cargo? Se tiver agora o conceito correto sobre a conduta e se der o conselho correto, deve poder continuar a servir. Se o corpo local de anciãos observar que ele goza do respeito da congregação e tem mostrado possuir as qualificações corretas durante os últimos dois ou três anos, ele poderá continuar no seu cargo de serviço.
Deve uma transgressão ser trazida à atenção pública depois de muitos anos? O livro (página 168), sob “Repreensão Pública”, cita 1 Timóteo 5:20 e menciona a repreensão dos que confessam ter cometido mais de uma ofensa. Mas, na realidade, tem que ver com acontecimentos recentes. A versão “Interlinear” (em inglês) fala dos que estão “pecando”, algo que está em progresso na ocasião. Portanto, se tiver havido arrependimento já há alguns anos atrás, três anos ou mais, e se tiver cessado de pecar assim, e ele for respeitado na congregação, não é necessário agora repreender publicamente alguém que cometeu mais de uma ofensa “já há alguns anos atrás”.

Já viram que resposta mais atabalhoada e rebuscada?

Randalls Watters, Barbara Anderson e Bill Bowen entre outros já analisaram esta questão em diferentes momentos, relacionando-a com os diferentes casos de pedofilia conhecidos/cometidos no interior da Organização.

É sabido que o livro "Organização Para Pregar o Reino e Fazer Discípulos" é de 1972 e o mesmo já sofreu duas actualizações, mas quem tem frequentado as Escolas para Anciãos têm sido admoestados a anotar à margem dos seus manuais as mesmas directivas constantes do livro "Organização" de 1972, embora a política pareça ter sido radicalmente alterada em 2005.

Portanto, a questão que se levanta é: Quando efectivamente foi anulada esta regra dos 3 anos e que regra se encontra actualmente em vigor, se é que existe alguma?

De que forma a regra actualmente em vigor continua a proteger aqueles que internamente seguem a "pecar deliberadamente" com actos de pedofiliua, movendo-se de congregação em congregação - claro, sempre numa perspectiva de ajudar as mesmas, demosntrando ser uma pessoa muito "espiritual"?

IT

por **António Madaleno** Dom Fev 26 2012, 13:33

Por uma carta relativamente recente, essa regra não aplica a casos de imoralidade sexual.

por Convidado Dom Fev 26 2012, 13:45

TJ Curioso escreveu:Por uma carta relativamente recente, essa regra não aplica a casos de imoralidade sexual.

A que carta te referes?

E, mesmo que não se aplique aos casos de imoralidade sexual, qual é a a regra agora?

IT

por **António Madaleno** Dom Fev 26 2012, 15:41

Vou tentar encontrá-la!

por Convidado Dom Fev 26 2012, 22:06

Enquanto aguardamos pela carta que TJ Curioso poderá encontrar com a nova "luz" obtida por parte do CG relativamente à imoralidade sexual como estando excluida da regra dos 3 anos, surge aqui uma constantação que poderá vir a ter a mesma aplicação relativamente à última orientação.

Vejamos:

1) No livro Organização de 1972, é assinalada a necessidade de eliminar o homem da sua posição de "autoridade" na congregação se ele cometeu um sério erro uns anos antes e o ocultou;
2) No entanto, uns meses depois o Ministério do Reino vem esclarecer melhor e PERMITIR que um homem nessas circunstâncias permaneça no cargo se cumpre com certos critérios.

Que orientação estranha dá o "espírito santo" de Jeová a esta gentuza de tempos a tempos!

IT

por **Regis Medina** Seg Fev 27 2012, 01:30

Tem que avisar o espirito santo de não beber antes de dirigir a organização TJ.
Mais de um seculo de perigosa direção alcoolizada, ceifando vidas sem apreenderem o carro de Jeová.
Quem percebe tem de abrir a porta e sair rolando. affraid

por Convidado Ter Fev 28 2012, 00:35

Ainda relacionado com a questão do "tempo" em que o CG é pródigo em pôr e dispor a seu belo prazer, vejamos uma carta dirigida a todo o Corpo de Anciãos nas Congregações, com data de 15 de Dezembro de 2011 (em espanhol):
Em que ficou a regra da Watchtower relativa aos 3 anos? CartaEspanhol-15-12-2011

Em que ficou a regra da Watchtower relativa aos 3 anos? CartaEspanhol-15-12-2011

Bom, que diz o parágrafo citado no livro "Pastoreiem o Rebanho de Deus", edição de 2010, já obsoleto, pelo menos este parágrafo?

A prática arraigada de ver ou ler, talvez por anos, formas repulsivas de pornografia sexualmente degradante. Esse tipo de pornografia talvez inclua tortura sádica, cenas de sexo com uma pessoa amarrada, estupro em bando, tortura de mulheres ou pornografia infantil. Poderá envolver também insolência se o transgressor promover esse tipo de material, por exemplo, por incentivar outros a vê-lo, dando assim evidência de uma atitude descarada. - w06 15/7 p. 31.

Reparem que a carta reduziu o tempo a algo ambíguo. O termo e o tempo agora não são anos, mas sim "um tempo considerável".
Quanto tempo é "um tempo considerável"?
Um mês? Dois meses? 10 meses? 1 ano? 10 anos?????????????

Vejam, como em tão pouco tempo, o espírito santo muda de novo de opinião.

Depois, notem o seguinte preciosismo desnecessário na carta:

- relações homossexuais (entre pessoas do mesmo sexo). Conhecem outro tipo de relações homossexuais que não seja com pessoas do mesmo sexo?

Enfim... o CG, vulgo Corpo Desgovernado no seu melhor!

IT

por **Regis Medina** Ter Fev 28 2012, 01:03

"Depois, notem o seguinte preciosismo desnecessário na carta:

- relações homossexuais (entre pessoas do mesmo sexo). Conhecem outro tipo de relações homossexuais que não seja com pessoas do mesmo sexo?

Enfim... o CG, vulgo Corpo Desgovernado no seu melhor!

IT

Quando eu lia as encadernações dos anos 50, 60 na biblioteca de meu sogro, ficava admirado com a firmeza e ousadia na forma de falar e acusar o que na visão TJ era errado.
Não tinha enrolação e ambiguidade nas sentenças, a Watchtower aparentava ser uma organização corajosa.

Se pegar essas encadernações e ir seguindo o estilo de redação do "Escravo" ditas dirigidas por espirito santo, se chega a conclusão que outro espirito passou a orientar.
A redação desde final de 75 começou a ser cada vez mais covarde, dissimulada, dúbia e incrivelmente esquecida.
Essa é a marca da Watchtower da atualidade.

por **erreve** Ter Fev 28 2012, 11:30

Vi este tópico agora! affraid

Me surpreende o ponto a que a ACTJ chegou para incutir na mente de seus crentes os preconceitos e frustrações de seus líderes.

Tirando uns poucos que, de fato, são mentalmente doentes, a maioria das ações condenadas pela liderança das TJs (ver filmes pornográficos, sadomasoquismo etc.) é fruto da repressão sexual promovida por eles mesmos, com esse falso puritanismo. Me lembra o período Rutherford.

São tão puros, mas tão puros, que preferem fazer em casa, às escondidas, com seus filhinhos ou com os filhos de amigos, aquilo que, não houvesse tal repressão poderiam fazer com adultos, como pessoas normais e sadias. Resulta em perversão sexual a repressão sexual que o puritanismo religioso impõe a seus rebanhos.

Quanto mais regras proibitivas eles criam, maiores desvios serão encontrados nos meandros ocultos e obscuros que sua membresia, para onde, com toda a certeza, ela acaba se voltando para obter o alívio da pressão sexual.

Mas, voltando ao ponto levantado inicialmente pelo Investigando, a regra dos 3 anos não seria uma maneira deles justificar a aceitação e nomeação de anciãos e Servos ministeriais pedófilos que há muitos anos teriam sido descobertos por tal prática?

Seria mesmo bom, ver a informação que o TJ CUrioso trará...

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