Jó - O pior livro da Bíblia?
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Jó - O pior livro da Bíblia?
O escritor da epístola de Tiago diz a respeito deste personagem bíblico: “Vocês ouviram falar da perseverança de Jó, e viram o resultado que Jeová proporcionou; viram que Jeová tem grande compaixão e é misericordioso”. (Tiago 5:11)
Tiago dirigia-se a uma audiência judaica, que conhecia a história de Jó. Este livro estava incluído na Septuaginta grega que era a fonte de referencias de Jesus de Nazaré e dos seus discípulos imediatos. Não sabemos se os judeus em geral no primeiro século encaravam o livro de Jó como material lendário ou como história real; a título comparativo, Judas (v. 9 e v.14) cita eventos a partir de fontes apócrifas (Ascenção de Moisés e 1 Enoque) como se fossem factos históricos, e também o autor de 2 Pedro faz muitas referencias a 1 Enoque como se de factos históricos se tratassem. É, pois, plausível, que os discípulos de Jesus de Nazaré encarassem Jó como material factual e histórico.
Muitas religiões cristãs, entra as quais se contam as Testemunhas de Jeová, encaram todos os livros do canon protestante como “Escrituras Sagradas”, e nessas se inclui o livro de Jó. Para as Testemunhas de Jeová, a história de Jó não é um mero poema alegórico, mas uma história real, factual, literal. Diz o livro Estudo Prespicaz das Escrituras: “Durante sua estada de 40 anos em Midiã, Moisés pode ter tido acesso aos fatos sobre a provação de Jó, e ele provavelmente soube do resultado da vida de Jó quando Israel chegou perto de Uz, a caminho para a Terra da Promessa, em 1473 AEC.” (it2 p. 562)
Na realidade, a maior parte dos peritos concorda que Jó terá sido composto por volta do século VI AEC, um pouco antes da escrita do livro de Ezequiel, que o cita e baseia-se em material de folclore do Levante com mais de mil anos á época em que foi escrito.
Que grandes lições retiram os leitores do livro de Jó? Tiago escolheu o único ângulo positivo possível: a perseverança do Jó face a terríveis tragédias que lhe sobrevieram e acerca das quais ele desconhecia a origem.
Na realidade, dificilmente outro livro da Bíblia coloca Deus numa luz tão negativa. Senão, vejamos:
a) O livro de Jó dá a entender que a prosperidade de um indivíduo é dada por Deus, não importando quanto trabalho e engenho esse indivíduo tenha colocado nos seus esforços. O Diabo afirmou que Deus protegeu os negócios de Jó, a sua família e os seus bens. “Tu abençoaste o trabalho das suas mãos e os rebanhos dele se espalham pela terra”, acusou Satanás. E Deus não negou que tenha sido assim. Ou seja, Deus não dá uma justa oportunidade a cada pessoa. Quanto maior a devoção, maior a bênção material. É uma espécie de evangelho da prosperidade da Idade do Bronze.
b) O livro de Jó mostra que Deus permite o acesso de criaturas maléficas á sua corte celestial. Por duas vezes Satanás acede á corte celestial de Yahweh como se fosse a coisa mais normal do universo. Ao invés de acabar com a maldade, Deus consente e convive com ela.
c) Deus é o verdadeiro instigador das calamidades que sucederam a Jó. É Deus que provoca Satanás, afrontando-o – duas vezes - com o exemplo de Jó. Satanás limita-se a responder á provocação de Deus com um desafio.
d) Deus negoceia com o mal. Ao invés de recusar o desafio de Satanás, Deus negoceia os termos em que o desafio será jogado. Numa primeira fase, Jó sera pessoalmente poupado a contrariedades; numa segunda fase, Jó poderá ser atingido, e apenas a sua vida deverá ser poupada. Os termos da negociação são propostos por Deus, não pelo Diabo, que se limita a aceitá-los.
e) Deus na realidade faz uma aposta com o Diabo, jogando nessa aposta muitas vidas inocentes que não têm a menor idéia do que se passa nem daquilo em que estão envolvidas. E é suposto Deus ser justo?
f) Jó é apresentado como o único personagem que realmente importa. O que dizer dos dez filhos de Jó e dos seus servos que são mortos e que nada têm a ver com o assunto?
g) As Testemunhas de Jeová afirmam que Satanás desafiou Deus a respeito da integridade de todo o ser humano e que o livro de Jó “prova” isso. Pergunte-se: Onde se encontra na Bíblia tal desafio? Nem na Bíblia, nem nos Apócrifos. É uma invenção. O desafio diz apenas respeito á pessoa de Jó.
h) Jó desespera por respostas: Ele é acusado pelos seus falsos amigos de ser um pecador em secreto e que Deus o estava a punir pela sua iniquidade. Porque, Segundo os seus amigos, Deus não pune os justos. Jó suplica repetidamente a Deus que o declare justo. O quarto amigo, Eliú, repreende severamente a Jó porque está mais preocupado com a sua justiça do que com a justiça de Deus. Mal sabe Jó que está a ser usado por Deus como peão numa aposta desprezível com o Diabo. Na verdade, ele está a ser punido precisamente por ser justo.
i) Quando Deus decide intervir, não é para esclarecer Jó sobre o que estava envolvido na sua tragédia pessoal, nem para o elogiar pela sua integridade. Ao invés disso, Deus vangloria-se do seu poder e sabedoria e humilha e repreende Jó: Quem pensas tu que és para questionar os meus caminhos, seu verme insignificante?
Finalmente, como se isso fosse resolver todos os problemas, Deus faz com que Jó venha novamente a adquirir ainda mais prosperidade material do que antes (acabando por dar razão a Satanás…) e dando-lhe outros dez filhos. O que acontece com os outros dez inocentes que morreram? E o que acontece com os muitos servos de Jó que foram mortos durante o saque dos bens de Jó? Nem uma palavra.
Tiago estava muito errado. O Deus de Jó não é nem misericordioso nem mostra compaixão. O Deus retratado no livro de Jó é um crápula que brinca com a vida de inocentes, está apenas preocupado consigo mesmo, e negoceia com o mal em vez de acabar com ele.
Eden
Tiago dirigia-se a uma audiência judaica, que conhecia a história de Jó. Este livro estava incluído na Septuaginta grega que era a fonte de referencias de Jesus de Nazaré e dos seus discípulos imediatos. Não sabemos se os judeus em geral no primeiro século encaravam o livro de Jó como material lendário ou como história real; a título comparativo, Judas (v. 9 e v.14) cita eventos a partir de fontes apócrifas (Ascenção de Moisés e 1 Enoque) como se fossem factos históricos, e também o autor de 2 Pedro faz muitas referencias a 1 Enoque como se de factos históricos se tratassem. É, pois, plausível, que os discípulos de Jesus de Nazaré encarassem Jó como material factual e histórico.
Muitas religiões cristãs, entra as quais se contam as Testemunhas de Jeová, encaram todos os livros do canon protestante como “Escrituras Sagradas”, e nessas se inclui o livro de Jó. Para as Testemunhas de Jeová, a história de Jó não é um mero poema alegórico, mas uma história real, factual, literal. Diz o livro Estudo Prespicaz das Escrituras: “Durante sua estada de 40 anos em Midiã, Moisés pode ter tido acesso aos fatos sobre a provação de Jó, e ele provavelmente soube do resultado da vida de Jó quando Israel chegou perto de Uz, a caminho para a Terra da Promessa, em 1473 AEC.” (it2 p. 562)
Na realidade, a maior parte dos peritos concorda que Jó terá sido composto por volta do século VI AEC, um pouco antes da escrita do livro de Ezequiel, que o cita e baseia-se em material de folclore do Levante com mais de mil anos á época em que foi escrito.
Que grandes lições retiram os leitores do livro de Jó? Tiago escolheu o único ângulo positivo possível: a perseverança do Jó face a terríveis tragédias que lhe sobrevieram e acerca das quais ele desconhecia a origem.
Na realidade, dificilmente outro livro da Bíblia coloca Deus numa luz tão negativa. Senão, vejamos:
a) O livro de Jó dá a entender que a prosperidade de um indivíduo é dada por Deus, não importando quanto trabalho e engenho esse indivíduo tenha colocado nos seus esforços. O Diabo afirmou que Deus protegeu os negócios de Jó, a sua família e os seus bens. “Tu abençoaste o trabalho das suas mãos e os rebanhos dele se espalham pela terra”, acusou Satanás. E Deus não negou que tenha sido assim. Ou seja, Deus não dá uma justa oportunidade a cada pessoa. Quanto maior a devoção, maior a bênção material. É uma espécie de evangelho da prosperidade da Idade do Bronze.
b) O livro de Jó mostra que Deus permite o acesso de criaturas maléficas á sua corte celestial. Por duas vezes Satanás acede á corte celestial de Yahweh como se fosse a coisa mais normal do universo. Ao invés de acabar com a maldade, Deus consente e convive com ela.
c) Deus é o verdadeiro instigador das calamidades que sucederam a Jó. É Deus que provoca Satanás, afrontando-o – duas vezes - com o exemplo de Jó. Satanás limita-se a responder á provocação de Deus com um desafio.
d) Deus negoceia com o mal. Ao invés de recusar o desafio de Satanás, Deus negoceia os termos em que o desafio será jogado. Numa primeira fase, Jó sera pessoalmente poupado a contrariedades; numa segunda fase, Jó poderá ser atingido, e apenas a sua vida deverá ser poupada. Os termos da negociação são propostos por Deus, não pelo Diabo, que se limita a aceitá-los.
e) Deus na realidade faz uma aposta com o Diabo, jogando nessa aposta muitas vidas inocentes que não têm a menor idéia do que se passa nem daquilo em que estão envolvidas. E é suposto Deus ser justo?
f) Jó é apresentado como o único personagem que realmente importa. O que dizer dos dez filhos de Jó e dos seus servos que são mortos e que nada têm a ver com o assunto?
g) As Testemunhas de Jeová afirmam que Satanás desafiou Deus a respeito da integridade de todo o ser humano e que o livro de Jó “prova” isso. Pergunte-se: Onde se encontra na Bíblia tal desafio? Nem na Bíblia, nem nos Apócrifos. É uma invenção. O desafio diz apenas respeito á pessoa de Jó.
h) Jó desespera por respostas: Ele é acusado pelos seus falsos amigos de ser um pecador em secreto e que Deus o estava a punir pela sua iniquidade. Porque, Segundo os seus amigos, Deus não pune os justos. Jó suplica repetidamente a Deus que o declare justo. O quarto amigo, Eliú, repreende severamente a Jó porque está mais preocupado com a sua justiça do que com a justiça de Deus. Mal sabe Jó que está a ser usado por Deus como peão numa aposta desprezível com o Diabo. Na verdade, ele está a ser punido precisamente por ser justo.
i) Quando Deus decide intervir, não é para esclarecer Jó sobre o que estava envolvido na sua tragédia pessoal, nem para o elogiar pela sua integridade. Ao invés disso, Deus vangloria-se do seu poder e sabedoria e humilha e repreende Jó: Quem pensas tu que és para questionar os meus caminhos, seu verme insignificante?
Finalmente, como se isso fosse resolver todos os problemas, Deus faz com que Jó venha novamente a adquirir ainda mais prosperidade material do que antes (acabando por dar razão a Satanás…) e dando-lhe outros dez filhos. O que acontece com os outros dez inocentes que morreram? E o que acontece com os muitos servos de Jó que foram mortos durante o saque dos bens de Jó? Nem uma palavra.
Tiago estava muito errado. O Deus de Jó não é nem misericordioso nem mostra compaixão. O Deus retratado no livro de Jó é um crápula que brinca com a vida de inocentes, está apenas preocupado consigo mesmo, e negoceia com o mal em vez de acabar com ele.
Eden
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Re: Jó - O pior livro da Bíblia?
Deus é complacente e permissivo. O sofrimento de Jó não o afastou de Deus, mas o aproximou Dele.
Deus permite que o pecado demonstre seu verdadeiro caráter. Para que os seres humanos, os anjos e os habitantes de outros mundos consigam ver a verdadeira face do pecado, será necessário um TEMPO suficiente.
O ser humano tem muita dificuldade em compreender este conflito cósmico.
Deus permite que o pecado demonstre seu verdadeiro caráter. Para que os seres humanos, os anjos e os habitantes de outros mundos consigam ver a verdadeira face do pecado, será necessário um TEMPO suficiente.
O ser humano tem muita dificuldade em compreender este conflito cósmico.
Kristy123- Moderador
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Re: Jó - O pior livro da Bíblia?
Kristy123 escreveu:Deus é complacente e permissivo. O sofrimento de Jó não o afastou de Deus, mas o aproximou Dele.
Deus permite que o pecado demonstre seu verdadeiro caráter. Para que os seres humanos, os anjos e os habitantes de outros mundos consigam ver a verdadeira face do pecado, será necessário um TEMPO suficiente.
O ser humano tem muita dificuldade em compreender este conflito cósmico.
Kristy, pega nas duas primeiras frases e substitui "de Jó", na segunda frase, por "aquele menino de dois anos, com cancro".
"Deus é complacente e permissivo. O sofrimento de Jó não o afastou de Deus, mas o aproximou Dele. "
"Deus é complacente e permissivo. O sofrimento daquele menino de dois anos, com cancro, não o afastou de Deus, mas o aproximou Dele. "
Tendo em conta que a complacência pode ser definida por "Inclinação para concordar frequentemente com outra pessoa com a intenção de satisfazer a mesma ou de ser agradável", então o que temos nós aqui afinal Kristy?
Referências usadas: https://www.lexico.pt/complacencia/
Convidado- Convidado
Re: Jó - O pior livro da Bíblia?
Kristy123 escreveu: O ser humano tem muita dificuldade em compreender este conflito cósmico.
Pelo simples facto de que essa suposição é ilógica, irracional, já para não falar em imoral. Isso torna-a extremamente dificil de assimilar.
Não é o "pecado" que mostra o carácter de uma pessoa.
Se um tsunami revela o lado corajoso e humanitário de alguém, em que medida é que isso se deve ao pecado?
EdenOne- Moderador
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Re: Jó - O pior livro da Bíblia?
O livro de Jó deveria ser chamado: Haja paciência.
Desde sempre os donos das religiões usaram técnicas manipulativas para atribuir à vontade divina tudo o que de mal ou bom acontece aos seus crédulos. E sempre inventaram historietas para entreter e consolar os “créus” e para explicar o porquê do sofrimento humano. Jó é usado como um exemplo de paciência em face das adversidades.
Por acaso alguém conhece onde fica ou ficava a terra de Uz? (Gostava de lá ir comer um dia destes). Alguém sabe com certeza quem escreveu este livro? Alguém sabe a época em os acontecimentos registados neste livro aconteceram?
O livro começa com : “aconteceu haver na terra de Uz um homem cujo nome era Jó”. Faz lembrar aquelas histórias que contam às crianças começando com: “era uma vez…”.
Sendo o livro um dos chamados livros de sabedoria, a maioria dos estudiosos entendem que, em vez de serem diálogos literais, foi antes um ambiente criado, como quem inventa uma peça de teatro com diálogos para explicar as razões do sofrimento humano e a sabedoria divina na História.
Mas há muitos problemas com a história, além dos já apresentados no início deste tópico entre os quais estes:
Deus estendeu os céus como um espelho? Deve ser um espelho bem grosso!
Jó era paciente? Leia-mos o capitulo 3:
Depois disto abriu Jó a sua boca, e amaldiçoou o seu dia.
E Jó, falando, disse:
Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um homem!
Converta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça sobre ele a luz.
Contaminem-no as trevas e a sombra da morte; habitem sobre ele nuvens; a escuridão do dia o espante!....
Jó 3:1-26
Haja Paciência para ler historietas para embalar crianças!
Desde sempre os donos das religiões usaram técnicas manipulativas para atribuir à vontade divina tudo o que de mal ou bom acontece aos seus crédulos. E sempre inventaram historietas para entreter e consolar os “créus” e para explicar o porquê do sofrimento humano. Jó é usado como um exemplo de paciência em face das adversidades.
Por acaso alguém conhece onde fica ou ficava a terra de Uz? (Gostava de lá ir comer um dia destes). Alguém sabe com certeza quem escreveu este livro? Alguém sabe a época em os acontecimentos registados neste livro aconteceram?
O livro começa com : “aconteceu haver na terra de Uz um homem cujo nome era Jó”. Faz lembrar aquelas histórias que contam às crianças começando com: “era uma vez…”.
Sendo o livro um dos chamados livros de sabedoria, a maioria dos estudiosos entendem que, em vez de serem diálogos literais, foi antes um ambiente criado, como quem inventa uma peça de teatro com diálogos para explicar as razões do sofrimento humano e a sabedoria divina na História.
Mas há muitos problemas com a história, além dos já apresentados no início deste tópico entre os quais estes:
Então Deus não sabia por onde andava Satanás?Jó 1:7 - ”Então o Senhor disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por ela”.
Como é que é? Então nada de Céu, Inferno, Purgatório ou ressurreição? E Jó sabia isso? Grande novidade!Jó 7:9 - “ Assim como a nuvem se desfaz e passa, assim aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir”.
Jó 14:10-12 – “12 Assim o homem se deita, e não se levanta; até que não haja mais céus, não acordará nem despertará de seu sono. Quem dera que me escondesses na sepultura, e me ocultasses até que a tua ira se fosse; e me pusesses um limite, e te lembrasses de mim! Morrendo o homem, porventura tornará a viver?
Ou Jó era muito ignorante ou aquele que inspirou a escrever não falou verdade. Este último devia saber o que fez.Jó 9:6 – “O que sacode a terra do seu lugar, e as suas colunas estremecem”.
Baldes cheios de leite? O que serão estes baldes cheios de leite no jovem que morre?Jó 21:23,24 – “ Um morre na força da sua plenitude, estando inteiramente sossegado e tranquilo. Com seus baldes cheios de leite, e a medula dos seus ossos umedecida”.
Boa! Quando cair geada, já sei que é o sopro de Deus a fazer das suas.Jó 37:10 – “Pelo sopro de Deus se dá a geada, e as largas águas se congelam”.
Jó 37:18 – “Ou estendeste com ele os céus, que estão firmes como espelho fundido?
Deus estendeu os céus como um espelho? Deve ser um espelho bem grosso!
Mentira! http://www.saudeanimal.com.br/2015/11/24/avestruz/Jó 39:13-17 – “A avestruz bate alegremente as suas asas, porém, são benignas as suas asas e penas? Ela deixa os seus ovos na terra, e os aquenta no pó, E se esquece de que algum pé os pode pisar, ou que os animais do campo os podem calcar. Endurece-se para com seus filhos, como se não fossem seus; debalde é seu trabalho, mas ela está sem temor, Porque Deus a privou de sabedoria, e não lhe deu entendimento.
Jó era paciente? Leia-mos o capitulo 3:
Depois disto abriu Jó a sua boca, e amaldiçoou o seu dia.
E Jó, falando, disse:
Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um homem!
Converta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça sobre ele a luz.
Contaminem-no as trevas e a sombra da morte; habitem sobre ele nuvens; a escuridão do dia o espante!....
Jó 3:1-26
Haja Paciência para ler historietas para embalar crianças!
hocosi- Moderador
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Re: Jó - O pior livro da Bíblia?
Hocosi,
É interessante que tenhas mencionado este texto:
Jó 7:9 - “ Assim como a nuvem se desfaz e passa, assim aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir”.
Jó 14:10-12 – “12 Assim o homem se deita, e não se levanta; até que não haja mais céus, não acordará nem despertará de seu sono. Quem dera que me escondesses na sepultura, e me ocultasses até que a tua ira se fosse; e me pusesses um limite, e te lembrasses de mim! Morrendo o homem, porventura tornará a viver?
As Testemunhas de Jeová usualmente citam Jó como sendo um exemplo de alguém que tinha esperança numa ressurreição. Na realidade, o contexto mostra precisamente o contrário! Embora Jó DESEJASSE que houvesse uma ressurreição, na realidade ele não cria que tal fosse possível.
Mais um exemplo da desonestidade das Testemunhas de Jeová.
Eden
É interessante que tenhas mencionado este texto:
Jó 7:9 - “ Assim como a nuvem se desfaz e passa, assim aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir”.
Jó 14:10-12 – “12 Assim o homem se deita, e não se levanta; até que não haja mais céus, não acordará nem despertará de seu sono. Quem dera que me escondesses na sepultura, e me ocultasses até que a tua ira se fosse; e me pusesses um limite, e te lembrasses de mim! Morrendo o homem, porventura tornará a viver?
As Testemunhas de Jeová usualmente citam Jó como sendo um exemplo de alguém que tinha esperança numa ressurreição. Na realidade, o contexto mostra precisamente o contrário! Embora Jó DESEJASSE que houvesse uma ressurreição, na realidade ele não cria que tal fosse possível.
Mais um exemplo da desonestidade das Testemunhas de Jeová.
Eden
EdenOne- Moderador
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Re: Jó - O pior livro da Bíblia?
vocês levam tudo tão à letra
quem garante por exemplo que os judeus andaram 40 anos pelo deserto até chegar à terra prometida após a saída do Egipto ?
Nota :
Eden, isto não é Hijack
quem garante por exemplo que os judeus andaram 40 anos pelo deserto até chegar à terra prometida após a saída do Egipto ?
Nota :
Eden, isto não é Hijack
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Re: Jó - O pior livro da Bíblia?
As Testemunhas de Jeová levam a Biblia ao pé da letra. Toda a sua teologia é construída sobre a premissa protestante da "sola scriptura".
EdenOne- Moderador
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Re: Jó - O pior livro da Bíblia?
EdenOne escreveu:As Testemunhas de Jeová levam a Biblia ao pé da letra. Toda a sua teologia é construída sobre a premissa protestante da "sola scriptura".
eu sei disso
mas eu estava-me a referir a vocês, EX
é que parece que vocês mantêm o mesmo hábito, eu interpreto essas coisas de maneira totalmente diferente, eu mais tarde digo-te como
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Re: Jó - O pior livro da Bíblia?
Altar escreveu:vocês levam tudo tão à letra
quem garante por exemplo que os judeus andaram 40 anos pelo deserto até chegar à terra prometida após a saída do Egipto ?
Nota :
Eden, isto não é Hijack
Apesar de fugir do tema a resposta é: Ninguém.
É assim:
- Para os que acreditam que a Bíblia contêm a verdade e os homens escreveram conforme eram movidos pelo Espirito Santo o que lá diz basta.
- Para os que acham que é preciso algo mais, a travessia ainda carece de alguma comprovação para ganhar veracidade.
A explicação que a Bíblia dá é a de que os israelitas tiveram de vaguear esse tempo todo como punição. Apenas os filhos dos israelitas poderiam entrar na "terra prometida".
As questões são:
- Porque os arqueólogos até agora não encontraram um único vestígio de Moisés e de seus seguidores; nenhuma sepultura, objeto ou inscrição foi encontrado.
- Qual a localização do Monte Sinai, onde Moisés teria recebido os dez mandamentos de Deus? Como, mesmo sendo o mais importante local para a história religiosa de Israel, o Monte Sinai não tem sido um lugar regular de peregrinação e um centro de culto ao longo da história de Israel?
- Até nome da montanha aparece de duas formas: Horeb e Sinai.
E no entanto vários escritos se referem a esta travessia como sendo de 40 anos.
Salmo 95 versículo 10, que diz “Quarenta anos estive desgostado com esta geração, e disse: É um povo que erra de coração, e não tem conhecido os meus caminhos”
Mas a história é outra:
O SIGNIFICADO BÍBLICO DO NÚMERO 40
Na mentalidade dos povos antigos, os números tinham um sentido simbólico. Com relação ao número 40 ele indica um tempo necessário de preparação para algo novo que ainda vai chegar:
- 40 dias e 40 noites do dilúvio;
- 40 dias e 40 noites passa Moisés no Monte Sinai;
- 40 anos foi o tempo de peregrinação pelo deserto;
- Jesus jejuou 40 dias e 40 noites antes de começar o seu ministério;
- A Ascensão de Jesus acontece 40 dias depois da Ressurreição;
- Quando alguém errava, era corrigido com 40 chibatadas.
https://www.gotquestions.org/Portugues/numerologia-biblica.html
hocosi- Moderador
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Re: Jó - O pior livro da Bíblia?
Altar escreveu:EdenOne escreveu:As Testemunhas de Jeová levam a Biblia ao pé da letra. Toda a sua teologia é construída sobre a premissa protestante da "sola scriptura".
eu sei disso
mas eu estava-me a referir a vocês, EX
é que parece que vocês mantêm o mesmo hábito, eu interpreto essas coisas de maneira totalmente diferente, eu mais tarde digo-te como
Tu, Altar, és muito engraçado. Então tu podes interpretar como bem entenderes os textos bíblicos, não segundo uma lógica plausível e verdadeira, mas a TUA interpretação. Nós "EX" temos que nos amoldar às interpretações dos outros, ou também temos direito à nossa?
hocosi- Moderador
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Re: Jó - O pior livro da Bíblia?
Olá,
Respondendo ao Vermute Rossi: O que temos aqui afinal? Então temos aqui um grande molho de bróculos.
"Deus é complacente e permissivo. O sofrimento daquele menino de dois anos, com cancro, não o afastou de Deus, mas o aproximou Dele. "
Sobre a análise do sofrimento de Jó, de Jú, de Jé, do menino de dois anos com cancro ou do meu próprio sofrimento, eu consigo estabelecer tudo por um nível de igual!
Eu então te direi, que considero como válida esta frase: ""Deus é complacente e permissivo. O meu próprio sofrimento não me afastou de Deus, mas o aproximou Dele."
Como eu nunca vou conseguir saber, se esta história de Jó foi real, factual, fictícia ou simbólica, a relevância desta descoberta passa para mim para terceiro plano, ou seja, não se torna muito relevante em saber.
Mas no que nesta história seria relevante perceber? Independente de todas as perdas, sofrimentos, mortes, desgostos, etc. que alguém tem na sua própria vida, nunca devemos desistir! Não devemos atribuir a culpa aos outros que nos rodeiam e muito menos a Deus, que está muito longe de nós, porque o rejeitamos voluntariamente.
Porque em primeiro lugar, quando uma pessoa deixa de acreditar em Deus, também não deve deixar de ser coerente consigo próprio, pelo que também não deve, ao que acontece de "bem" ou de "mal" no mundo, atribuir essa culpa a um Deus que considera inexistente. Logo, com uma "não-existência" de Deus, nem o "bem" ou o "mal" existiriam e a vida humana era como se fosse "neutra" e sem qualquer existência destes valores opostos, que são tão vincados e sedentes de serem justificados.
Esta análise parece muito convincente. Mas eu sou irreverente e não fiquei convencida.
Eu vejo esta força cósmica, que nós chamamos de Deus, de uma forma diferente e muito mais abstracta e não a personalizo dessa forma.
Se Tiago mencionou a história de Jó, no sentido de evidenciar a perseverança do Jó, então não vejo impedimento nenhum em falar sobre sermos perseverantes.
Com certeza, que o carácter de uma pessoa e os seus valores morais, não têm nada a haver com o "pecado".
Eu também vou de mão dada com a ciência, que é tão lógica e racional. Mas nesse caminho, de lado a lado, em determinada altura vocês param!
Porque a ciência de hoje, não tem resposta para tudo e fica calada. O que racionalmente e logicamente, vos coloca em silêncio.
Mas a ciência vai ao lado da fé e aqueles que não se calam e têm fé, conseguem ir um pouco mais longe!
E vai ser a própria Ciência que vai dar razão à fé!!!
Nada é mau, quando se consegue ver o bem: E eu não vejo mal nisto:
Sim, Deus dá abundância e é pelo nosso planeta terra que isso tudo acontece. (o mau uso da terra e as suas consequências, è da responsabilidade do ser humano)
Sim, Deus convive com os seus maiores adversários e inimigos.
Sim, Deus deixa-se provocar e é complacente e permissivo em deixar fazer o que tu próprio queres fazer.
Sim, Deus não recusa desafios, para consigas provar a ti próprio, se serás capaz de os concluír.
Sim, Deus é misericordioso e mostra compaixão, mesmo para aqueles que o rejeitam, porque a salvação é para todos. (misericórdia imerecida)
Sim, Deus negoceia e brinca com a vida de inocentes e só está preocupado consigo mesmo, desde que eu ainda não tenha percebido, que afinal foi ELE PRÓPRIO MORREU POR NÓS TODOS !
Talvez ainda não tenha acabado com este sofrimento, porque ainda está à espera de nós!
Até lá, podem desprezá-lo ou não!
Ele está disposto a negociar contigo hoje!
PS: o Jó de Uz não podia saber nada de uma ressurreição!!!
Respondendo ao Vermute Rossi: O que temos aqui afinal? Então temos aqui um grande molho de bróculos.
"Deus é complacente e permissivo. O sofrimento daquele menino de dois anos, com cancro, não o afastou de Deus, mas o aproximou Dele. "
Sobre a análise do sofrimento de Jó, de Jú, de Jé, do menino de dois anos com cancro ou do meu próprio sofrimento, eu consigo estabelecer tudo por um nível de igual!
Eu então te direi, que considero como válida esta frase: ""Deus é complacente e permissivo. O meu próprio sofrimento não me afastou de Deus, mas o aproximou Dele."
Como eu nunca vou conseguir saber, se esta história de Jó foi real, factual, fictícia ou simbólica, a relevância desta descoberta passa para mim para terceiro plano, ou seja, não se torna muito relevante em saber.
Mas no que nesta história seria relevante perceber? Independente de todas as perdas, sofrimentos, mortes, desgostos, etc. que alguém tem na sua própria vida, nunca devemos desistir! Não devemos atribuir a culpa aos outros que nos rodeiam e muito menos a Deus, que está muito longe de nós, porque o rejeitamos voluntariamente.
Porque em primeiro lugar, quando uma pessoa deixa de acreditar em Deus, também não deve deixar de ser coerente consigo próprio, pelo que também não deve, ao que acontece de "bem" ou de "mal" no mundo, atribuir essa culpa a um Deus que considera inexistente. Logo, com uma "não-existência" de Deus, nem o "bem" ou o "mal" existiriam e a vida humana era como se fosse "neutra" e sem qualquer existência destes valores opostos, que são tão vincados e sedentes de serem justificados.
Esta análise parece muito convincente. Mas eu sou irreverente e não fiquei convencida.
Eu vejo esta força cósmica, que nós chamamos de Deus, de uma forma diferente e muito mais abstracta e não a personalizo dessa forma.
Se Tiago mencionou a história de Jó, no sentido de evidenciar a perseverança do Jó, então não vejo impedimento nenhum em falar sobre sermos perseverantes.
Com certeza, que o carácter de uma pessoa e os seus valores morais, não têm nada a haver com o "pecado".
Eu também vou de mão dada com a ciência, que é tão lógica e racional. Mas nesse caminho, de lado a lado, em determinada altura vocês param!
Porque a ciência de hoje, não tem resposta para tudo e fica calada. O que racionalmente e logicamente, vos coloca em silêncio.
Mas a ciência vai ao lado da fé e aqueles que não se calam e têm fé, conseguem ir um pouco mais longe!
E vai ser a própria Ciência que vai dar razão à fé!!!
Nada é mau, quando se consegue ver o bem: E eu não vejo mal nisto:
Sim, Deus dá abundância e é pelo nosso planeta terra que isso tudo acontece. (o mau uso da terra e as suas consequências, è da responsabilidade do ser humano)
Sim, Deus convive com os seus maiores adversários e inimigos.
Sim, Deus deixa-se provocar e é complacente e permissivo em deixar fazer o que tu próprio queres fazer.
Sim, Deus não recusa desafios, para consigas provar a ti próprio, se serás capaz de os concluír.
Sim, Deus é misericordioso e mostra compaixão, mesmo para aqueles que o rejeitam, porque a salvação é para todos. (misericórdia imerecida)
Sim, Deus negoceia e brinca com a vida de inocentes e só está preocupado consigo mesmo, desde que eu ainda não tenha percebido, que afinal foi ELE PRÓPRIO MORREU POR NÓS TODOS !
Talvez ainda não tenha acabado com este sofrimento, porque ainda está à espera de nós!
Até lá, podem desprezá-lo ou não!
Ele está disposto a negociar contigo hoje!
PS: o Jó de Uz não podia saber nada de uma ressurreição!!!
Kristy123- Moderador
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Re: Jó - O pior livro da Bíblia?
hocosi escreveu:
Tu, Altar, és muito engraçado. Então tu podes interpretar como bem entenderes os textos bíblicos, não segundo uma lógica plausível e verdadeira, mas a TUA interpretação. Nós "EX" temos que nos amoldar às interpretações dos outros, ou também temos direito à nossa?
LOL
óbvio que sim, toda a gente tem direito à sua
como hei-de explicar ?!
vocês sendo ex-TJ mesmo tendo opiniões agora desligadas da comunidade continuam a ter inconscientemente o mesmo rumo de raciocínio, uns mais que outros
aconteceria-me o mesmo se eu fosse ex-Católico
tu dizes :
O livro de Jó deveria ser chamado: Haja paciência.
eu diria :
O livro de Jó deveria ser chamado: Haja perseverança na fé.
---
não quero ser chato nem hijacker, estás interessado que continue ?
Altar- Membros
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Re: Jó - O pior livro da Bíblia?
Altar escreveu: tu dizes :
O livro de Jó deveria ser chamado: Haja paciência.
eu diria :
O livro de Jó deveria ser chamado: Haja perseverança na fé.
---
não quero ser chato nem hijacker, estás interessado que continue ?
Meu amigo, por mim estás à vontade. Mas sabes que falar de fé com quem não tem não é fácil. Da mesma maneira falar de factos contraditórios da fé com quem tem fé também não é fácil, pois como disse Car Sagan: "O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida".
hocosi- Moderador
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Re: Jó - O pior livro da Bíblia?
O paradoxo de Jó é este:
Seja a história real ou fictícia (e eu julgo haver bons motivos para crer que é inteiramente fictícia) ela foi reduzida a escrito com a intenção de ensinar lições de moral bem reais. Não se pode aceitar a perseverança de Jó sem ter de aceitar também a idéia de um Deus crápula, que brinca a seu bel-prazer com a vida e morte dos humanos e que faz apostas com o mal.
Se a intenção do escritor do livro de Jó era ensinar a lição: Persevera perante a adversidade, não estás a ser punido pelos teus pecados, há mais envolvido do que tu podes saber, e os caminhos de Deus são insondáveis e inquestionáveis. Permanece fiel a Deus e ele te recompensará.
No entanto, juntamente com esta "lição", o autor retratou um Deus moralmente execrável, que realmente não merece ser adorado.
Já agora, um á-parte a respeito do Satanás retratado no livro de Jó: Para os judeus da era do Primeiro Templo, Satanás é um anjo ao serviço de Yahweh, não um inimigo figadal. O papel de Satanás é uma espécie de Promotor Público, que acusa os justos perante Deus e questiona as acções de Deus, no sentido de o manter escrutinado. Por esse motivo o escritor do livro de Revelação diz que, quando Satanás é expulso dos céus, se canta: "Foi lançado para baixo o acusador dos nossos irmãos" - um resquício das antigas tradições judaicas.
Seja a história real ou fictícia (e eu julgo haver bons motivos para crer que é inteiramente fictícia) ela foi reduzida a escrito com a intenção de ensinar lições de moral bem reais. Não se pode aceitar a perseverança de Jó sem ter de aceitar também a idéia de um Deus crápula, que brinca a seu bel-prazer com a vida e morte dos humanos e que faz apostas com o mal.
Se a intenção do escritor do livro de Jó era ensinar a lição: Persevera perante a adversidade, não estás a ser punido pelos teus pecados, há mais envolvido do que tu podes saber, e os caminhos de Deus são insondáveis e inquestionáveis. Permanece fiel a Deus e ele te recompensará.
No entanto, juntamente com esta "lição", o autor retratou um Deus moralmente execrável, que realmente não merece ser adorado.
Já agora, um á-parte a respeito do Satanás retratado no livro de Jó: Para os judeus da era do Primeiro Templo, Satanás é um anjo ao serviço de Yahweh, não um inimigo figadal. O papel de Satanás é uma espécie de Promotor Público, que acusa os justos perante Deus e questiona as acções de Deus, no sentido de o manter escrutinado. Por esse motivo o escritor do livro de Revelação diz que, quando Satanás é expulso dos céus, se canta: "Foi lançado para baixo o acusador dos nossos irmãos" - um resquício das antigas tradições judaicas.
EdenOne- Moderador
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Re: Jó - O pior livro da Bíblia?
hocosi escreveu:
Meu amigo, por mim estás à vontade.
ahhh, assim está bem, posso divagar
hocosi escreveu:
Mas sabes que falar de fé com quem não tem não é fácil. Da mesma maneira falar de factos contraditórios da fé com quem tem fé também não é fácil, pois como disse Car Sagan: "O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida".
concordo e muito
se todas as pessoas questionassem, como disse Carl Sagan, não haveria terroristas...enfim
agora voltando ao tema do tópico
eu disse :
O livro de Jó deveria ser chamado: Haja perseverança na fé.
isto porque a bíblia deve ser interpretada como um todo, uma revelação progressiva da imagem de Deus
este último Domingo a leitura do evangelho foi sobre uma mulher cananeia que gritava em alta voz :
"Compadece-te de mim, senhor Filho de David! Minha filha está terrivelmente atormentada por um espírito maligno!".
e Jesus nada, parecia que não ouvia
e ela a continuar a gritar, e a gritar, até que os discípulos foram interceder junto de Jesus dizendo :
"Despede-a por que vem gritando atrás de nós"
e mesmo assim Jesus respondeu aos discípulos :
"Não fui enviado senão às ovelhas que se perderam da casa de Israel".
e continuou o seu cominho
porém a obstinada mulher continuou a gritar e a gritar até se prostar aos pés de Jesus dizendo :
"Ajuda-me, Senhor!"
e Jesus teve a mais incrível e inusitada resposta, escandalosa talvez, quando disse :
Ele respondeu "Não é convém tirar o pão dos filhos e lança-lo aos cachorrinhos".
mas ela manteve-se firme na fé, manteve a sua perseverança na fé em Deus mesmo sendo estrangeira e não eleita, apesar de todas as adversidades replicou :
"Sim, senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem das mesas de seus donos".
e Jesus, que certamente a estava a usar para demonstrar a fé dos gentios, respondeu rendido :
"Ó mulher, é grande tua fé! Seja feito conforme o teu desejo"
perseverança na fé alguém entende ?! manter a confiança em Deus apesar de todas as adversidades
Eu entendo Jesus como fazendo parte de Deus, logo eu consigo conectar estes capítulos da bíblia,
há uma mensagem simbólica em Jó nos antigos e há uma mensagem real de Jesus no novo testamento
Deus nunca deixa de atender e ouvir, mas o que Ele deseja é que sejamos perseverantes na fé, não é tipo : prontos, parti uma unha, vou abandonar Deus....
quanto aos 40 dias, vou responder depois
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