Uma nova geração está ai!

Não meus amigos, não se trata do centésimo entendimento da "geração que não passará". Hoje venho falar doutra geração e pedir a vossa opinião sobre ela! Trata-se da nova geração de testemunhas! Aqueles que farão o futuro da orga (ou não).

Falando com a minha namorada, ela disse pertencer a essa nova "geração" que não quer ir para o betel nem ser missionários e viver em barracas algures na América Central. Não querem ser pioneiros regulares, se o forem uma vez por ano em Março e com muito sacrifício já é uma sorte. Querem ir para a faculdade, as raparigas filhas de anciãos preferem os motoqueiros mundanos aos servos ministeriais e anciãos betinhos e sem tesão (esta frase é da minha namorada e ela pediu me para a meter aqui). Restam apenas alguns que querendo destaque, tornam-se aexcepção a regra.

Qual é a vossa opinião? As coisas mudaram de há uns anos para cá?

GOD BLESS YOU AND THE INTERNET

Há já algum tempo que se vem discutindo em fóruns estrangeiros o aparecimento desta nova geração de TJ. Alguns até mesmo a designam em inglês de "conscious class" ou classe de conscenciosos… aqueles que dão mais importância à sua consciência do que àquilo que é dito da tribuna ou das publicações como orientação a cumprir.

Essa nova classe está apercebida, cada vez mais, dos erros da religião e não pactuam mais com muitas das coisas que consideram erradas. Nota-se isso no aumento de anciãos e servos ministeriais que acedem a estes fóruns, participam neles e contam o que se passa nos bastidores da Org.

Até mesmo, trazem à luz do dia documentos confidenciais de forma a expôr a hipocrisia e duplos critérios desta organização religiosa.

Acreditem, muita gente está a acordar do sono e a net, sem dúvida é um fator decisivo para isso.

TJ Curioso escreveu:
Acreditem, muita gente está a acordar do sono e a net, sem dúvida é um fator decisivo para isso.

Não tenho dúvidas quanto a isso e não se limita às TJs!!!
Mas quando despertarem também se aperceberão de que não mais precisam de qualquer religião para serem pessoas espirituais.

Um abraço.

Na minha congregação na facha etária 15-18 anos essa mentalidade é notória assumem que querem ir para a universidade, ao dar uma vista de olhos pelo facebook de alguns ve-se que são alegres mais relaxados e abertos( em contraste com o semblante taciturno com que se apresentam no sal ão)

mas ha também o lado oposto um jovem enteado de ancião arrogante mal educado e sectário.

Não concordo.

Metade dos companheiros de crença da minha antiga congregação, nascidos na década de 70 , foi para a faculdade. Pela simples razão de terem percebido que o saber não ocupa lugar, que serem instruídos não os desviaria de adorar a Deus se assim quisessem, por terem familiares não TJ que os incentivavam e outros por desejarem uma profissão que só poderiam ter com formação superior. Não vejo qual é o drama. Muitos, incluindo o chefe criticaram, mas ouvir as críticas tornou-se um hábito. Tanto quanto sei, todos estes continuam tranquilamente as suas vidas como TJ.

Também discutíamos frequentemente a questão do serviço cívico. Mas apesar de não concordarem ou não perceberem, os rapazes estavam dispostos a seguir as diretivas da Torre. Felizmente, nenhum chegou a ter problemas e alguns beneficiaram do adiamento por serem estudantes.

Quando eu comecei a namorar, ninguém percebeu as minhas razões e foi-me aplicado o tal tratamento "Tome nota", segundo as indicações da Torre, e, hoje não tenho dúvidas que o chefe os terá instruído.

Isto para demostrar que na essência, essa dita nova geração, continua a ser puramente TJ. São humanos, não rôbos, é normal que pensem. Podem talvez ter atitudes menos rígidas, naquilo que a Torre diz serem questões de consciência e mais nada.
Se não concordam com isto ou com aquilo, o que fazem para promover a mudança? Nada. Porque se fizem ou disserem alguma coisa levam cartão amarelo ou vermelho. Quando muito são desassociados e talvez possam começar um novo grupo (hipótese muito remota).
Estamos cá para ver.

Mas se aquilo a que se referem são TJ que levam vida dupla, não há qualquer novidade, porque estas sempre existiram em todas as geraçãoes.

A internet está aí, dando um acesso ao conhecimento que ninguém pode travar. Esta é, na minha opinião, a única novidade.

Sim de fato existe uma "nova geração" de pessoas que são mais atiradíssimas ehehehhehe

Mas a ORGA está atenta e tem tentado com os seus artigos de formatação chamar à atenção dos jovens. Estes artigos pelo que tenho reparado têm sido constantes.

Vejam este artigo da sentinela de estudo de Outubro, click no spoiler

Spoiler:

Será que vai resultar. Vamos ver. Será que os anciãos aqui presentes podem nos dizer quais têm sido as orientações que têm recebido a este respeito.

MariaL escreveu:

...

Isto para demostrar que na essência, essa dita nova geração, continua a ser puramente TJ. São humanos, não rôbos, é normal que pensem. Podem talvez ter atitudes menos rígidas, naquilo que a Torre diz serem questões de consciência e mais nada.
Se não concordam com isto ou com aquilo, o que fazem para promover a mudança? Nada. Porque se fizem ou disserem alguma coisa levam cartão amarelo ou vermelho. Quando muito são desassociados e talvez possam começar um novo grupo (hipótese muito remota).
Estamos cá para ver.

Mas se aquilo a que se referem são TJ que levam vida dupla, não há qualquer novidade, porque estas sempre existiram em todas as geraçãoes.

A internet está aí, dando um acesso ao conhecimento que ninguém pode travar. Esta é, na minha opinião, a única novidade.

Totalmente de acordo com esta abordagem apresentada. Embora também aceite que muitos estão a acordar, porém terão que tomar a sua posição quanto a isso.

ellipsis escreveu:Sim de fato existe uma "nova geração" de pessoas que são mais atiradíssimas ehehehhehe

Eu considero-me ainda na geração mais "atiradissima"!

No entanto não concordo com a ideia de que só agora é que os jovens querem ir para a universidade!

Há 15 anos atrás o meu irmão quando foi para a universidade já era servo ministrial e pioneiro regular. Hoje um jovem que quer ir para a universidade atribuem a essa decisão falta de espiritualidade!

Na minha geração o "rácio" de jovens a irem para a universidade era muito superior àqueles que não o faziam. Irmos para a universidade era um percurso natural na vida! Mas os que ficavam pelo secundário não era com objetivo de servirem mais na organização. Queriam começar a trabalhar para depois constituirem familia ... lolo

Mas hoje os jovens da geração dos 20 anos sofrem uma grande pressão da ORG para não irem para a universidade com medo que sejam desviados! A ORG quer é que os jovens fiquem atrofiados e que não tenham a capacidade de tomar decisões nem de raciocinar!

Por isso é que a ORG agora inventa montes de cursos para cativar os jovens!

Vejamos por exemplo:

+/- há 10 anos atrás poucos eram os que cursavam a ETM (poucos ex-anciãos aqui do forúm tiveram o "privilégio" de a cursar). E porquê? Porque além da lista de espera ser grande, os requisitos eram muito restritos. O mais dificil de cumprir era: solteiros e sem namorar durante os 2 anos seguintes a terem cursado a ETM com o objectivo de estarem disponiveis para servir onde havia mais necessidade. Muitos não aguentavam a espera ....

Mas as coisas mudaram .... há que "prender" os jovens a alguma coisa!
Agora qualquer "chavalito" vai á ETM. Tem que ir solteiro, mas até pode já ir a namorar e com casamento marcado (eu conheço alguns que foram assim)

Agora até há a escola para casais .... casais que ambos sejam pioneiros juntos há pelo menos 2 anos!

Há cursos para todos os gostos ... a ORG anda a tentar mesmo fazer concorrência às universidades. Só falta começar a cobrar "propinas"!

Na minha última congregação os jovens nenhum deles foi para a universidade, metade não fez sequer o secundário! Onde já se viu isso nos tempos que correm! Só mesmo na ORG! Porquê ??? Pra servirem como pioneiros! Assim a ORG cumpriu o seu objectivo, tornou os jovens simples servis dela, sem nada questionarem!

A minha geração que é também a de muitos vocês, foi a melhor! A maioria estudou até mais tarde, dando-nos uma bagagem de conhecimento que hoje os jovens não têm! Por isso é que nós tivemos capacidade para abrir os olhos a tempo!

não concordo desiludida..

há dez anos atrás ainda havia jovens que supostamente seriam felizes e apenas felizes graças "ao escravo fiel e discreto" representado pelo corpo governante, ou seja, a maioria dos jovens ainda se enquadrava no perfil de felicidade de Brooklyn, no "American Way of Life" do corpo governante. A prova está no número de jovens nas congregações que eram designados anciãos e servos ministeriais e no número de batizados em que muitos eram jovens. O que não acontece tanto hoje em dia. A normalidade de hoje era um pouco a excepção de há uns anos.

mais uma coisa: nunca se esqueçam que os critérios da orga diminuíram e muito nos últimos 10/15 anos..

Maurício Silva escreveu:não concordo desiludida..

há dez anos atrás ainda havia jovens que supostamente seriam felizes e apenas felizes graças "ao escravo fiel e discreto" representado pelo corpo governante, ou seja, a maioria dos jovens ainda se enquadrava no perfil de felicidade de Brooklyn, no "American Way of Life" do corpo governante. A prova está no número de jovens nas congregações que eram designados anciãos e servos ministeriais e no número de batizados em que muitos eram jovens. O que não acontece tanto hoje em dia. A normalidade de hoje era um pouco a excepção de há uns anos.

Mauricio

Eu falei do que aconteceu na minha geração e na minha zona. Eu vivi muitos anos no centro, e agora vivo no norte.... e ainda hoje a mentalidade dos TJ do centro e do norte são muito diferentes!

Os do centro em geral tem uma escolaridade superior aos do norte! Não estou de nenhuma forma a denegrir os do norte (até pk eu sou natural de lá).... é a apenas uma questão de cultura e mentalidade!

A prova disso é que os meus amigos por exemplo de Lisboa, são muito mais tolerantes e mais abertos do que os meus amigos do Norte. Nas congregações do centro permitiam-se fazer coisas, que no Norte seriam explicitamente proibidas! Eu já vivi nas duas realidades ... por isso sei do que falo!

Só falta ouvirmos a opinião do pessoal do SUL..... por acaso temos aqui no forúm alguém do Sul????

Gostávamos de saber a vossa opinião!

Desiludida escreveu:Só falta ouvirmos a opinião do pessoal do SUL..... por acaso temos aqui no forúm alguém do Sul????

Gostávamos de saber a vossa opinião!

Claro que existe gente do Sul por aqui!
Então não se vê logo na lista de presenças confirmadas para o nosso encontro?

Bom, eu já sou um veterano pelo que a discussão centrada nos últimos 20 anos não me diz muito, até porque por essa altura eu já tinha "benzido" essa gentuza!

No entanto, sempre direi que uma das minhas grandes rupturas com a Organização teve que ver com a minha decisão de ir para a Faculdade.

Em 1980 fui mal visto na Congregação por ter trocado uma "carreira" ao serviço do Corpo Desgovernado pela Universidade! Que falta de espiritualidade... e logo eu, que estava calhado para servir em Betel ou quem sabe, ir até Gileade!

Os convites estavam em cima da mesa!

Mesmo após a minha decisão de seguir para a Faculdade, a insistência foi grande para repensar, mesmo durante a frequência da mesma.

Mas, o meu encontro com Herbet W. Armstrong veio celebrar a ruptura final e 'bye bye'....

IT

Investigando a Torre escreveu:Claro que existe gente do Sul por aqui!
Então não se vê logo na lista de presenças confirmadas para o nosso encontro?
IT

IT não estou a ser "mesquinha", mas pessoal do sul refiro-me ao Algarve.

E na lista do encontro pelo que sei a maioria é do centro ... e não SUL!

Desiludida escreveu:

Investigando a Torre escreveu:Claro que existe gente do Sul por aqui!
Então não se vê logo na lista de presenças confirmadas para o nosso encontro?
IT

IT não estou a ser "mesquinha", mas pessoal do sul refiro-me ao Algarve.

E na lista do encontro pelo que sei a maioria é do centro ... e não SUL!

Meu Deus, isto é que é "mesquinhez". Olha que às vezes o que parece, não é!
Oh pessoal de Marrocos, apareçam lá por favor...

IT

Investigando a Torre escreveu:

Desiludida escreveu:

Investigando a Torre escreveu:Claro que existe gente do Sul por aqui!
Então não se vê logo na lista de presenças confirmadas para o nosso encontro?
IT

IT não estou a ser "mesquinha", mas pessoal do sul refiro-me ao Algarve.

E na lista do encontro pelo que sei a maioria é do centro ... e não SUL!

Meu Deus, isto é que é "mesquinhez". Olha que às vezes o que parece, não é!
Oh pessoal de Marrocos, aparecem lá por favor...

IT

De Valongo para baixo já é Marrocos!!

Investigando a Torre escreveu:
Meu Deus, isto é que é "mesquinhez".

IT

Ainda é a influencia de ser TJ .... lolo

IT mas tens razão, podem dizer que são de Lisboa e afinal serem meus vizinhos!

Desiludida escreveu:

No entanto não concordo com a ideia de que só agora é que os jovens querem ir para a universidade!

Há 15 anos atrás o meu irmão quando foi para a universidade já era servo ministrial e pioneiro regular. Hoje um jovem que quer ir para a universidade atribuem a essa decisão falta de espiritualidade!

Na minha geração o "rácio" de jovens a irem para a universidade era muito superior àqueles que não o faziam. Irmos para a universidade era um percurso natural na vida! Mas os que ficavam pelo secundário não era com objetivo de servirem mais na organização. Queriam começar a trabalhar para depois constituirem familia ... lolo

Nas congregações por onde passei, observei o mesmo.

Desiludida escreveu:

Há 15 anos atrás o meu irmão quando foi para a universidade já era servo ministrial e pioneiro regular. Hoje um jovem que quer ir para a universidade atribuem a essa decisão falta de espiritualidade!

Completamente de acordo. Na última congregação onde servi tinhamos um jovem com excelentes qualidades e o superintendente de circuito chamava-nos sempre a atenção que o deviamos ajudar a ter a média da congregação para o designarmos servo ministerial. Quando eu lhe disse que o jovem estava a acabar o curso de engenharia o comentário do SC foi: "ah! Está bem." Nas visitas seguintes já não voltou a falar dele.

Na congregação onde assistia a minha namorada (filha de ancião) foi para a universidade, onde tirou o seu curso, e nunca lhe foi dito nada, e onde continuou a ser extremamente bem vista (até namorar comigo).

De salientar que muitas vezes o conhecimento das condições "no terreno" por parte dos servos de circuito/distrito é escasso, ou seja, não tem a noção real das condições das congregações que visitam. Mais um sinal de que esta nova "geração" está para ficar em força:a apatia.

Rostos frios e vazios esperando a passagem das tão demoradas "uma hora e quarenta e cinco minutos" das reuniões..

Quando me refiro a "a nova geração" refiro me a faixa etária 16/35 anos, tão importante para a renovação e continuidade do sistema, mas cada vez menos presente nas congregações e congressos.

Na "minha congregação" quase 90 publicadores , na faixa etária de 16/35 não chega a 20 , vai estar difícil a renovação e nesses perto de 20 não acredito que algum esteja a pensar ser pioneiro ou qualquer coisa na ORG