O Controle Mental
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O Controle Mental
Os Métodos de Controle usados pelas Seitas
Psicologia social e Dinâmicas de Grupo
As pesquisas demostram que agora as seitas usam métodos de controle bem mais eficazes daqueles usados 50 anos atrás. As descobertas que os psicólogos fizeram nos anos 60 – 70 produziram modernos métodos de controle mental que são bem mais refinados que as TÉCNICAS DE MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO e REFORMA DO PENSAMENTO desenvolvidas pelos chineses. Para compreender o controle mental é preciso compreender os fundamentos das TÉCNICAS DE MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO.
O que significa “modificação do comportamento”?
Em poucas palavras, trata-se de estabelecer uma correspondência entre “recompensas ou castigos pelas ações feitas”. Todos nós já recebemos isso quando éramos crianças.
Tirar um privilégio é normalmente uma maneira segura para persuadir uma criança a modificar seu comportamento, isso quando a criança é suficientemente crescida para entender o processo. Elogiar uma criança por ter tido um bom comportamento é uma outra maneira de modificar o comportamento, sobretudo quando a criança é ansiosa. A chibata do mestre de escola era um outro método para conseguir a modificação do comportamento.
Estes tipos de técnicas de modificação do comportamento são usadas de uma maneira gentil, com carinho e com vantagem para criança que modifica seu comportamento sem causar rancor. Todavia, se estas técnicas são usadas com maldade será um prejuízo para psique da criança e as suas emoções. Um exemplo é a síndrome da “criança maltratada”.
As seitas usam um modelo de modificação do comportamento refinada e pervertida que estraga a emotividade da pessoa.
Dissonância Cognitiva
Leon Festinger é um psicólogo que estudou grupos que profetizavam o fim do mundo. Ele descobriu que a devoção dos membros à seita tornava-se maior depois que a profecia não se realizava. As suas pesquisas revelaram que os membros achavam uma maneira para encarar o fracasso.
Eles precisavam manter ordem e significado na vida. Precisavam pensar que estavam portando-se bem conforme a imagem auto-criada e seus valores. Festinger descreveu esta contradição que os membros deviam enfrentar aquela que se tornou celebre como a “Teoria da Dissonância Cognitiva”, que se compõe de três elementos:
“Controle do comportamento” – “Controle do pensamento” – “Controle das emoções”.
Cada uma tem um efeito enérgico sobre as outras: é SUFICIENTE MUDAR UMA E AS OUTRAS PROPENDERÃO A SEGUÍ-LA. Quando as três forem modificadas a pessoa é completamente diferente. Festinger sintetizou o principio básico:
“Mudando o comportamento de uma pessoa, seus pensamentos e sentimentos também mudarão para tornar menor a dissonância”.
Quando há um conflito entre pensamento, sentimentos o comportamento, aqueles em luta se modificarão para aliviar a contradição. Isso acontece porque uma pessoa pode tolerar apenas uma certa quantidade de discordâncias entre estes componentes que produzem a identidade. Nas seitas esta dissonância vem criada intencionalmente para controlar e explorar.
Steven Hassan, autor do ‘Combatting Cult Mind Control’, acrescentou naquelas de Festinger um quarto componente: “O controle da Informação”.
Controlando a informação que uma pessoa recebe, pode-se controlar e restringir a sua capacidade de pensar autonomamente. É possível pôr um limite à capacidade de uma pessoa de pensar sozinha.
1) Controle do Comportamento
O controle da realidade física da pessoa.
Pode incluir o controle do ambiente do dia-a-dia, a comida, a roupa, o sono, o trabalho, etc. Este é o motivo que leva muitas seitas a constranger os adeptos em horários e programas muito rígidos. Nas seitas destruidoras há sempre algo para fazer. Cada seita tem sua série de comportamentos distintivos que a os fiéis devem cumprir.
Este controle é tão forte que os membros da seita tornam-se de fato parte ativa nos seus próprios castigos e chegarão a acreditar que os castigos são merecidos! Ninguém pode mandar no pensamento de um indivíduo, mas PODENDO CONTROLAR O COMPORTAMENTO, O CORAÇÃO E A MENTE ACOMPANHARÃO O COMPORTAMENTO.
2) Controle do Pensamento
O controle do processo do pensamento individual
A doutrinação dos membros é tão acurada que eles mesmos irão manejar seus processos mentais. A ideologia vem assimilada como “A Verdade”. As informações de entrada são filtradas através dos mesmos preceitos da seita, que regula também o que se deve pensar da informação.
A seita tem sua própria linguagem que regula ainda mais o pensamento dos fiéis. Isto cria uma grande barreira entre os membros da seita e os demais.
Uma outra possibilidade de controle são as técnicas de “bloqueio do pensamento”. São muitas: salmodiar, cantar, segredar, as linguagens carregadas (alguns devem pagar para conhecê-las), rezar em concentração, etc. O uso destas técnicas provoca um curto-circuito na capacidade da pessoa de perceber a realidade. O adepto pode ter somente pensamentos positivos em relação ao grupo. Se aparece um problema, o membro se acha o responsável e trabalha mais pesado.
3) Controle Emotivo
O controle da vida emotiva individual
Isto permite manipular os sentimentos da pessoa. Senso de culpa e medo são usados para manter o controle. Os membros da seita não conseguem ver o controle por causa do senso de culpa e, como as vítimas de outros abusos, são condicionados a culpar a si mesmos quando as coisas não andam na maneira certa. As vezes chegam a agradecer o líder quando este remarca as infrações deles.
Existem duas maneiras para usar o medo: o primeiro è inventar um inimigo externo (nós contra eles) que está nos perseguindo;
o segundo é o medo dos castigos impostos pelos líderes para quem não é “suficientemente bom”. Ser “suficientemente bom” significa cumprir perfeitamente a ideologia.
O mais potente controle emotivo é o doutrinamento à fobia. Isto pode levar a pessoa a reagir com pavor somente ao pensar em abandonar o grupo. É realmente impossível para um membro imaginar viver fora do grupo. Não existe nenhuma arma real apontada contra a cabeça deles, mas uma arma psicológica não tem um poder menor.
4) O controle das fontes de informação individual
O controle das fontes de informação individual
Privando uma pessoa das informações necessárias para alcançar um juízo objetivo, faz com que ela não tenha a capacidade de conseguí-lo.
As pessoas são enredadas pelas seitas porque vem-lhes proibindo o acesso às informações críticas que precisam para avaliar corretamente a situação. As correntes psicológicas que amarram as mentes deles são poderosas como verdadeiras correntes que os prendem longe da sociedade. O processo psicológico é tão forte que destrói os mecanismos de funcionamento interiores para elaborar as informações criticas às quais são expostos.
As oito características dos cultos que atuam no Controle Mental.
Nos últimos 20 anos, “Lavagem Cerebral” tornou-se uma palavra muito conhecida. Em 1961 Robert J. Lifton, depois de ter estudado os efeitos do controle mental nos presos de guerra americanos capturados pelos comunistas chineses, publicou o livro fundamental sobre esta teorias : Thought Reform and the Psychology of Totalism’ [Reforma do Pensamento e a Psicologia do Totalitarismo].
No capítulo 22 desse seu livro, Lifton descreve os oitos instrumentos de controle mental usados pelos cultos políticos, religiosos ou psíquicos:
1) Milieu Control [Controle Ambiental]
‘Melieu’ é uma palavra francesa que significa “ambiente ao redor”. As seitas e os cultos conseguem controlar o ambiente em que vivem seus adeptos de diversas maneiras, mas quase sempre usam uma forma de isolamento. Os adeptos são isolados fisicamente da sociedade, ou são ameaçados de castigos se entrarem em contato com as informações das mídias, sobretudo quando estas informações podem criar pensamentos críticos. Qualquer livro, filme ou testemunha de ex-membros, assim como qualquer informação que seja crítica contra o grupo, deve ser evitada.
A seita fornece atentamente as informações aos membros. Tudo vem cuidadosamente avaliado por receio de que possa ser contrário, ou vá além do pensamento da seita. Aos adeptos, o fato de que a organização pareça ter um vasto conhecimento sobre tudo e todos garantem-lhes uma capacidade de oniciência.
2) Manipulação Mística
Nas seitas religiosa Deus está sempre presente. Se para um motivo qualquer uma pessoa afasta-se, cada doença ou infortúnio que lhe aconteça será atribuído como um castigo de Deus, e circulam histórias de como Deus realmente esteja fazendo acontecer coisas maravilhosas aos fiéis, pois eles são “a verdade”. A organização se reveste de uma certa “misticidade” que, para os novatos, é realmente sedutora.
3) Necessidade de Pureza
O mundo vem pintado em branco e preto, com pouco espaço para tomar decisões pessoais baseadas na consciência individual. A conduta individual vem modelada de acordo com a ideologia do grupo, como ensinado na sua literatura. As pessoas e as organizações são divididas entre boas ou malvadas, de acordo com o relacionamento delas com o grupo.
Para controlar o adepto, todas as seitas usam o senso de culpa e de vergonha, também depois que abandonaram o grupo. Tudo vem polarizado e super exemplificado. Todas as coisas classificadas como malvadas devem ser evitadas, e a pureza alcança-se com a absoluta aceitação da ideologia da seita.
4) A Adoração da Confissão
As culpas graves (para a ideologia do grupo) devem ser confessadas logo. Se a conduta dos membros é contraria às regras, deve-se fazer relato. Com freqüência encontra-se a inclinação para ganhar prazer com a auto-degradação por meio da confissão. Isso acontece quando é um dever confessar os próprios pecados frente aos outros regularmente, criando um forte senso de identidade com o grupo. Isso permite aos líderes de exercer também a autoridade diretamente sobre o interno do grupo nos mais fracos, usando as “culpas” como chicote.
5) As “Ciências Sagradas”
A ideologia da seita torna-se o ponto de vista moral definitivo que regula a existência humana. A ideologia é “sagrada” demais para ser discutida, e é um dever o respeito aos líderes. A ideologia da seita faz afirmações exageradas acerca da perfeição de sua lógica, apresentando-a como uma verdade absoluta e perfeita. Um sistema assim atraente oferece segurança.
6) Linguagem Carregada/Redefinida
Lifton explica o abundante uso de “clichê bloqueia-pensamento”, ou seja: frases ou palavras desenhadas para bloquear uma conversa ou uma discussão. Um exemplo são as palavras “capitalista” e “imperialista” usados pelos pacifistas nas décadas 60. Estes clichê são fácil pra lembrar e para usar. São chamados “linguagem do não-pensamento”, porque terminam a conversa sem outras considerações.
7) É mais importante a Doutrina do que a Pessoa
Uma pessoa é valorizada na medida que ela se conformar às regras da seita. As percepções da lógica, se estão em desacordo com a ideologia, são desprezadas. A história da seita é alterada para adapta-la a lógica doutrinária.
8 ) Dispensa da Existência
A seita estabelece quem “merece” existir e quem não tem este direito. Estabelece quem deve morrer na luta final entre o bem e o mal. A família inteira [do adepto] e quem não pertence ao grupo podem ser enganados pois não merecem de existir!
--------------------
andava pela net e encontrei isto que me pareceu interessante
http://www.cacp.org.br/o-controle-mental/
http://www.cacp.org.br/o-controle-mental-ii/
Psicologia social e Dinâmicas de Grupo
As pesquisas demostram que agora as seitas usam métodos de controle bem mais eficazes daqueles usados 50 anos atrás. As descobertas que os psicólogos fizeram nos anos 60 – 70 produziram modernos métodos de controle mental que são bem mais refinados que as TÉCNICAS DE MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO e REFORMA DO PENSAMENTO desenvolvidas pelos chineses. Para compreender o controle mental é preciso compreender os fundamentos das TÉCNICAS DE MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO.
O que significa “modificação do comportamento”?
Em poucas palavras, trata-se de estabelecer uma correspondência entre “recompensas ou castigos pelas ações feitas”. Todos nós já recebemos isso quando éramos crianças.
Tirar um privilégio é normalmente uma maneira segura para persuadir uma criança a modificar seu comportamento, isso quando a criança é suficientemente crescida para entender o processo. Elogiar uma criança por ter tido um bom comportamento é uma outra maneira de modificar o comportamento, sobretudo quando a criança é ansiosa. A chibata do mestre de escola era um outro método para conseguir a modificação do comportamento.
Estes tipos de técnicas de modificação do comportamento são usadas de uma maneira gentil, com carinho e com vantagem para criança que modifica seu comportamento sem causar rancor. Todavia, se estas técnicas são usadas com maldade será um prejuízo para psique da criança e as suas emoções. Um exemplo é a síndrome da “criança maltratada”.
As seitas usam um modelo de modificação do comportamento refinada e pervertida que estraga a emotividade da pessoa.
Dissonância Cognitiva
Leon Festinger é um psicólogo que estudou grupos que profetizavam o fim do mundo. Ele descobriu que a devoção dos membros à seita tornava-se maior depois que a profecia não se realizava. As suas pesquisas revelaram que os membros achavam uma maneira para encarar o fracasso.
Eles precisavam manter ordem e significado na vida. Precisavam pensar que estavam portando-se bem conforme a imagem auto-criada e seus valores. Festinger descreveu esta contradição que os membros deviam enfrentar aquela que se tornou celebre como a “Teoria da Dissonância Cognitiva”, que se compõe de três elementos:
“Controle do comportamento” – “Controle do pensamento” – “Controle das emoções”.
Cada uma tem um efeito enérgico sobre as outras: é SUFICIENTE MUDAR UMA E AS OUTRAS PROPENDERÃO A SEGUÍ-LA. Quando as três forem modificadas a pessoa é completamente diferente. Festinger sintetizou o principio básico:
“Mudando o comportamento de uma pessoa, seus pensamentos e sentimentos também mudarão para tornar menor a dissonância”.
Quando há um conflito entre pensamento, sentimentos o comportamento, aqueles em luta se modificarão para aliviar a contradição. Isso acontece porque uma pessoa pode tolerar apenas uma certa quantidade de discordâncias entre estes componentes que produzem a identidade. Nas seitas esta dissonância vem criada intencionalmente para controlar e explorar.
Steven Hassan, autor do ‘Combatting Cult Mind Control’, acrescentou naquelas de Festinger um quarto componente: “O controle da Informação”.
Controlando a informação que uma pessoa recebe, pode-se controlar e restringir a sua capacidade de pensar autonomamente. É possível pôr um limite à capacidade de uma pessoa de pensar sozinha.
1) Controle do Comportamento
O controle da realidade física da pessoa.
Pode incluir o controle do ambiente do dia-a-dia, a comida, a roupa, o sono, o trabalho, etc. Este é o motivo que leva muitas seitas a constranger os adeptos em horários e programas muito rígidos. Nas seitas destruidoras há sempre algo para fazer. Cada seita tem sua série de comportamentos distintivos que a os fiéis devem cumprir.
Este controle é tão forte que os membros da seita tornam-se de fato parte ativa nos seus próprios castigos e chegarão a acreditar que os castigos são merecidos! Ninguém pode mandar no pensamento de um indivíduo, mas PODENDO CONTROLAR O COMPORTAMENTO, O CORAÇÃO E A MENTE ACOMPANHARÃO O COMPORTAMENTO.
2) Controle do Pensamento
O controle do processo do pensamento individual
A doutrinação dos membros é tão acurada que eles mesmos irão manejar seus processos mentais. A ideologia vem assimilada como “A Verdade”. As informações de entrada são filtradas através dos mesmos preceitos da seita, que regula também o que se deve pensar da informação.
A seita tem sua própria linguagem que regula ainda mais o pensamento dos fiéis. Isto cria uma grande barreira entre os membros da seita e os demais.
Uma outra possibilidade de controle são as técnicas de “bloqueio do pensamento”. São muitas: salmodiar, cantar, segredar, as linguagens carregadas (alguns devem pagar para conhecê-las), rezar em concentração, etc. O uso destas técnicas provoca um curto-circuito na capacidade da pessoa de perceber a realidade. O adepto pode ter somente pensamentos positivos em relação ao grupo. Se aparece um problema, o membro se acha o responsável e trabalha mais pesado.
3) Controle Emotivo
O controle da vida emotiva individual
Isto permite manipular os sentimentos da pessoa. Senso de culpa e medo são usados para manter o controle. Os membros da seita não conseguem ver o controle por causa do senso de culpa e, como as vítimas de outros abusos, são condicionados a culpar a si mesmos quando as coisas não andam na maneira certa. As vezes chegam a agradecer o líder quando este remarca as infrações deles.
Existem duas maneiras para usar o medo: o primeiro è inventar um inimigo externo (nós contra eles) que está nos perseguindo;
o segundo é o medo dos castigos impostos pelos líderes para quem não é “suficientemente bom”. Ser “suficientemente bom” significa cumprir perfeitamente a ideologia.
O mais potente controle emotivo é o doutrinamento à fobia. Isto pode levar a pessoa a reagir com pavor somente ao pensar em abandonar o grupo. É realmente impossível para um membro imaginar viver fora do grupo. Não existe nenhuma arma real apontada contra a cabeça deles, mas uma arma psicológica não tem um poder menor.
4) O controle das fontes de informação individual
O controle das fontes de informação individual
Privando uma pessoa das informações necessárias para alcançar um juízo objetivo, faz com que ela não tenha a capacidade de conseguí-lo.
As pessoas são enredadas pelas seitas porque vem-lhes proibindo o acesso às informações críticas que precisam para avaliar corretamente a situação. As correntes psicológicas que amarram as mentes deles são poderosas como verdadeiras correntes que os prendem longe da sociedade. O processo psicológico é tão forte que destrói os mecanismos de funcionamento interiores para elaborar as informações criticas às quais são expostos.
As oito características dos cultos que atuam no Controle Mental.
Nos últimos 20 anos, “Lavagem Cerebral” tornou-se uma palavra muito conhecida. Em 1961 Robert J. Lifton, depois de ter estudado os efeitos do controle mental nos presos de guerra americanos capturados pelos comunistas chineses, publicou o livro fundamental sobre esta teorias : Thought Reform and the Psychology of Totalism’ [Reforma do Pensamento e a Psicologia do Totalitarismo].
No capítulo 22 desse seu livro, Lifton descreve os oitos instrumentos de controle mental usados pelos cultos políticos, religiosos ou psíquicos:
1) Milieu Control [Controle Ambiental]
‘Melieu’ é uma palavra francesa que significa “ambiente ao redor”. As seitas e os cultos conseguem controlar o ambiente em que vivem seus adeptos de diversas maneiras, mas quase sempre usam uma forma de isolamento. Os adeptos são isolados fisicamente da sociedade, ou são ameaçados de castigos se entrarem em contato com as informações das mídias, sobretudo quando estas informações podem criar pensamentos críticos. Qualquer livro, filme ou testemunha de ex-membros, assim como qualquer informação que seja crítica contra o grupo, deve ser evitada.
A seita fornece atentamente as informações aos membros. Tudo vem cuidadosamente avaliado por receio de que possa ser contrário, ou vá além do pensamento da seita. Aos adeptos, o fato de que a organização pareça ter um vasto conhecimento sobre tudo e todos garantem-lhes uma capacidade de oniciência.
2) Manipulação Mística
Nas seitas religiosa Deus está sempre presente. Se para um motivo qualquer uma pessoa afasta-se, cada doença ou infortúnio que lhe aconteça será atribuído como um castigo de Deus, e circulam histórias de como Deus realmente esteja fazendo acontecer coisas maravilhosas aos fiéis, pois eles são “a verdade”. A organização se reveste de uma certa “misticidade” que, para os novatos, é realmente sedutora.
3) Necessidade de Pureza
O mundo vem pintado em branco e preto, com pouco espaço para tomar decisões pessoais baseadas na consciência individual. A conduta individual vem modelada de acordo com a ideologia do grupo, como ensinado na sua literatura. As pessoas e as organizações são divididas entre boas ou malvadas, de acordo com o relacionamento delas com o grupo.
Para controlar o adepto, todas as seitas usam o senso de culpa e de vergonha, também depois que abandonaram o grupo. Tudo vem polarizado e super exemplificado. Todas as coisas classificadas como malvadas devem ser evitadas, e a pureza alcança-se com a absoluta aceitação da ideologia da seita.
4) A Adoração da Confissão
As culpas graves (para a ideologia do grupo) devem ser confessadas logo. Se a conduta dos membros é contraria às regras, deve-se fazer relato. Com freqüência encontra-se a inclinação para ganhar prazer com a auto-degradação por meio da confissão. Isso acontece quando é um dever confessar os próprios pecados frente aos outros regularmente, criando um forte senso de identidade com o grupo. Isso permite aos líderes de exercer também a autoridade diretamente sobre o interno do grupo nos mais fracos, usando as “culpas” como chicote.
5) As “Ciências Sagradas”
A ideologia da seita torna-se o ponto de vista moral definitivo que regula a existência humana. A ideologia é “sagrada” demais para ser discutida, e é um dever o respeito aos líderes. A ideologia da seita faz afirmações exageradas acerca da perfeição de sua lógica, apresentando-a como uma verdade absoluta e perfeita. Um sistema assim atraente oferece segurança.
6) Linguagem Carregada/Redefinida
Lifton explica o abundante uso de “clichê bloqueia-pensamento”, ou seja: frases ou palavras desenhadas para bloquear uma conversa ou uma discussão. Um exemplo são as palavras “capitalista” e “imperialista” usados pelos pacifistas nas décadas 60. Estes clichê são fácil pra lembrar e para usar. São chamados “linguagem do não-pensamento”, porque terminam a conversa sem outras considerações.
7) É mais importante a Doutrina do que a Pessoa
Uma pessoa é valorizada na medida que ela se conformar às regras da seita. As percepções da lógica, se estão em desacordo com a ideologia, são desprezadas. A história da seita é alterada para adapta-la a lógica doutrinária.
8 ) Dispensa da Existência
A seita estabelece quem “merece” existir e quem não tem este direito. Estabelece quem deve morrer na luta final entre o bem e o mal. A família inteira [do adepto] e quem não pertence ao grupo podem ser enganados pois não merecem de existir!
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andava pela net e encontrei isto que me pareceu interessante
http://www.cacp.org.br/o-controle-mental/
http://www.cacp.org.br/o-controle-mental-ii/
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Re: O Controle Mental
TJ Curioso escreveu:É um pequeno resumo daquilo que se encontra no artigo que disponibilizei para download aqui.
ok,
encontrei isso por um acaso, não conhecia esse site
estive a ver os artigos que tem e fala muito das testemunhas de jeová, ora vê :
http://www.cacp.org.br/category/seitas/
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Re: O Controle Mental
Altar escreveu:TJ Curioso escreveu:É um pequeno resumo daquilo que se encontra no artigo que disponibilizei para download aqui.
ok,
encontrei isso por um acaso, não conhecia esse site
estive a ver os artigos que tem e fala muito das testemunhas de jeová, ora vê :
http://www.cacp.org.br/category/seitas/
Sim. Eu já conhecia.
Re: O Controle Mental
Altar escreveu:Os Métodos de Controle usados pelas Seitas
Existem duas maneiras para usar o medo: o primeiro è inventar um inimigo externo (nós contra eles) que está nos perseguindo;
o segundo é o medo dos castigos impostos pelos líderes para quem não é “suficientemente bom”. Ser “suficientemente bom” significa cumprir perfeitamente a ideologia.
O mais potente controle emotivo é o doutrinamento à fobia. Isto pode levar a pessoa a reagir com pavor somente ao pensar em abandonar o grupo. É realmente impossível para um membro imaginar viver fora do grupo. Não existe nenhuma arma real apontada contra a cabeça deles, mas uma arma psicológica não tem um poder menor.
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