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Jesus era mais judeu do que os cristãos pensam

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Mensagem por Kristy123 Ter Dez 05 2017, 14:01

Jesus era mais judeu do que os cristãos pensam, afirma erudito da Bíblia
Teólogo alemão diz que Jesus era adepto do judaísmo, não era cristão

Quando o teólogo Matthias Henze, professor de religião da Universidade de Rice, Texas, visita igrejas e sinagogas na região onde mora para promover um maior diálogo entre o cristianismo e o judaísmo, seu foco é discutir um período histórico específico: o intervalo de quatro a cinco séculos entre o Antigo e o Novo Testamento.

“Ele foi negligenciado por vários motivos”, explica Henze, especialista em Antigo Testamento e judaísmo primitivo, com ênfase no período do Segundo Templo. “Tanto os judeus quanto os cristãos via de regra não prestam muita atenção a esse período”, revela.

De acordo com Henze, o período entre o século IV a.C. e o primeiro século d.C. são cruciais para entender que pode haver menos diferenças entre as duas religiões do que muitas pessoas possam pensar. Ele insiste que os textos religiosos hebraicos deste período, incluindo os Pergaminhos do Mar Morto, ajudaram a influenciar Jesus, a quem descreve como um judeu que praticava o judaísmo de seu tempo.


Este argumento é detalhadamente analisado em seu novo livro: “Como os escritos judeus entre o Antigo e o Novo Testamento nos ajudam a entender Jesus”, ainda inédito no Brasil.

O teólogo destaca que os textos religiosos hebreus desse período de intervalo intertestamentário, “colocam Jesus em um contexto. Nós o colocamos no lugar que ele pertence. Não é mais um personagem sozinho, deslocado”.

Segundo ele, “somente quando entendemos Jesus como parte de um mundo judaico maior, é que fazemos muito mais justiça ao Novo Testamento”.

Jesus não era cristão

Nascido na Alemanha, Henze teve uma formação teológica na igreja luterana. Ele foi o responsável pela criação do Departamento de Estudos Judaicos da Rice, que fundou em 2009.

“Estou muito confortável em pregar nas igrejas sobre as questões judaicas. As pessoas querem falar sobre o cristianismo, particularmente sobre Jesus. Mas eles também têm um grande desejo de aprender mais sobre as origens do cristianismo, o movimento iniciado por Jesus”, garante.

Ele destaca que o cristão em geral sabe pouco sobre o período intertestamentário, por que isso não é descrito na Bíblia. “Foi nessa época que os judeus sentiram-se livres para escrever novos textos, pensar novos pensamentos, desenvolver novas formas literárias de expressão”.

Nesse intervalo de cerca de 400 anos os reinos de Israel e Judá foram governados, sucessivamente, pelos persas, gregos, hasmoneanos e romanos. Somente no final do período, argumenta o erudito, que os judeus se abriram para novas ideias, e “o cristianismo emerge … Jesus vem, sendo herdeiro dessas ideias”.

“Abrimos o Novo Testamento e vemos Jesus como parte do judaísmo de seus dias”, destaca. “Ele era judeu, nascido em Israel de pais judeus, apresentado ao Templo, criado na religião judaica e morreu judeu”.

Para o professor, alguns detalhes fazem toda a diferença. “No Novo Testamento, Jesus vai à sinagoga no sábado. Em Lucas 4 diz que esse era o costume, mas não há sinagogas no Antigo Testamento, a Bíblia hebraica”, assevera.

“Jesus era chamado de ‘rabino’ por seus discípulos. Não há rabinos no Tanakh [Antigo Testamento]. Jesus gasta muito do seu tempo discutindo a Torá com os fariseus, como todos os cristãos sabem. Não há fariseus no Tanakh”, pontua.

Henze crê que os cristãos negligenciam que Jesus viveu um judaísmo derivado da Bíblia hebraica. Talvez o que mereça mais atenção é a ideia de Jesus como o messias de Israel, de onde surgiu o termo Cristo [termo grego que tem o mesmo sentido]. “Isso foi incorporado a partir da expectativa de um messias no fim dos dias. Mas esse tipo de ideia não é explicada no Tanakh”.

O professor Henze diz saber que muitos não concordam com seus argumentos, mas ele diz que gostaria de pedir aos cristãos que respondesse com sinceridade: “Como nossa compreensão de Jesus e do Novo Testamento muda se levarmos a sério que Jesus era judeu?”

Embora isso pareça óbvio demais, ele garante que “A maioria dos cristãos acredita que Jesus é exatamente como eles, possui a mesma teologia, e até pertence à mesma denominação”. Contudo, reitera “ele viveu no Israel do primeiro século” e, portanto, os cristãos deveriam se familiarizar mais com o judaísmo, por que essa era a religião praticada por Jesus e outros judeus de seu tempo.

A intenção de ter escrito um livro sobre esse “resgate” que considera necessário, enfatiza Henze, é que as pessoas “se abram à necessidade de entender o contexto histórico e religioso” e “leiam o Novo Testamento de maneira mais responsável e informada”.
Com informações Times of Israel
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Mensagem por Maer Qua Dez 13 2017, 14:51

É claro que Jesus era judeu. Ser judeu naqueles tempos não era uma questão só de nacionalidade, como ser brasileiro ou português, por exemplo. Jesus era um praticante da sua religião ( judaísmo). Ele cumpre todos os preceitos da lei. Também é preciso salientar que assim como acontece com todas as religiões, o judaísmo também sofreu variações com o tempo. Mas também é preciso entender que Jesus promoveu uma interpretação diferenciada das escrituras hebraicas. Como ele mesmo deixou claro muitas vezes.
Em Mateus capítulo cinco, em alguns versículos Jesus lembrava : "Ouvistes que foi dito..." mas depois ele completava ; "Eu, porém, vos digo..." introduzindo-se assim uma nova leitura das leis. Ele chamava atenção mais para os princípios do que para as regras. Portanto nessa nova teologia proposta por Jesus não cabe um Judaísmo no seu formato original, na verdade não cabe mais nem mesmo nenhum judaísmo.



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Mensagem por EdenOne Ter Dez 26 2017, 10:00

Jesus não inventou uma nova religião chamada de Cristianismo. Quem fez isso foi o apóstolo Paulo. Jesus simplesmente pegou num movimento messiânico-apocalíptico liderado pelo seu primo João e interpretou a Torah de uma maneira que o colocava em conflito com os dois principais partidos do seu tempo: Os Saduceus (que controlavam o Templo e eram cúmplices da ocupação Romana) e os Fariseus (que advogavam a expulsão dos Romanos e uma interpretação mais legalista da Torah). Jesus ora tinha interpretações mais estritas da Torah do que os seus adversários (como por exemplo quanto ao divórcio) ou interpretações mais flexíveis (como por exemplo no caso das regras aplicáveis ao Sabbat). No entanto, O Jesus de Nazaré histórico sempre se moveu num quadro de absoluto respeito e obediência pela Torah e era totalmente um judeu étnico seguidor do Judaísmo religioso e nunca pretendeu formar uma religião que rejeitasse a Lei de Moisés. Na esteira da violentíssima ocupação grega pelos Selêucidas (sobretudo Antíoco Epifanes) a posterior ocupação pelos Romanos, surgiram muitos movimentos dentro do judaísmo que discutiam entre si a mais apropriada maneira de interpretar a Lei. Jesus entrou nessa polémica e a sua interpretação era apenas mais uma entre muitas, mas sempre dentro da estrutura geral do judaísmo, e nunca fora dele.

É preciso compreender que os evangelhos foram escritos, não por testemunhas oculares, mas por pessoas anónimas que escreveram pelo menos quarenta anos (Marcos) a setenta anos (João) após os factos, nunca tendo tido contacto com testemunhas oculares directas, nem sequer conhecendo com a mínima precisão a geografia da Palestina, a língua hebraica-aramaica e as suas nuances, nem sequer compreendendo bem os costumes judaicos. Alguns destes escritores tinham uma agenda anti-judaica bem definida, e colocaram na boca de Jesus frases que pareciam indicar que ele viria abolir a Lei e estabelecer uma nova forma de adoração e que Deus iria rejeitar a nação judaica. Mas isso corresponde a um desejo teológico desses seguidores, e está completamente fora da verdade histórica. No entanto, foi essa corrente que venceu as guerras teológicas contra as outras variantes - o movimento de seguidores judeus de Jesus, e também as várias correntes místicas gnósticas - e se tornaram naquilo a que se veio a designar por ortodoxia, da qual resultou a Igreja Católica Romana, da qual o Maer é aqui o ilustre representante.

O evangelho de Mateus, incidentalmente, é um dos evangelhos que denota uma maior tendência anti-semita de todos os evangelhos, refletindo a clara separação entre judaísmo e o movimento cristão que ocorreu após a destruição do Templo em 70 EC. Os cristãos viram nesse acontecimento um argumento de que Deus havia rejeitado os judeus e que o favor havia sido transferido para o cristianismo. E fizeram essa visão reflectir-se no evangelho de Mateus, sobretudo no capítulo 23 com a denúncia violentíssima dos Fariseus e Saduceus ("escribas") e fazendo também com que a culpa da morte de Jesus recaísse, não sobre Pilatos, mas sobre os líderes judaicos que o teriam manipulado e pondo na boca dos judeus a frase infame que lhes iria custar quase dois milénios de perseguições: "O sangue dele venha sobre nós e os nossos filhos!" (Mateus 27:25) O autor do evangelho de Mateus, ao inventar esta frase e coloca-la numa história de Jesus que viria a ser mais tarde adoptada como "canónica", é um dos culpados pelo holocausto dos judeus pelos cristãos até aos nossos dias.

A respeito deste assunto, recomendo a leitura (em Inglês) da obra de Barrie Wilson: How Jesus Became Christian (Como Jesus Se Tornou Cristão).


"O homem que não pensa por si próprio é um escravo, um traidor de si mesmo e dos seus companheiros". - Robert G. Ingersoll
"A religião é encarada pelas pessoas comuns como 'a verdade'; pelos sábios como falsidade; e pelos governantes como útil". - Séneca
"Se fosse possível raciocinar com pessoas religiosas, não haveria pessoas religiosas." - Gregory House
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