Os ateus são mais inteligentes do que os crentes

Os ateus são mais inteligentes do que os crentes. Foi a conclusão que chegou o pesquisador britânico Richard Lynn dedicou mais de meio século à análise da inteligência humana.

Para lerem mais sobre esta noticia vejam os seguintes links...

http://ateus.net/artigos/entrevistas/os-ateus-sao-mais-inteligentes/

http://portuguese.ruvr.ru/news/2013_08_14/Ateus-sao-mais-inteligentes-do-que-crentes-5694/

http://pt.apocalisselaica.net/varie/scienza-ed-evoluzione/studio-destinato-a-scatenar-polemiche-i-credenti-sarebbero-meno-intelligenti-degli-atei

http://www.lapresse.ca/actualites/sciences/201308/16/01-4680383-les-croyants-moins-intelligents-que-les-athees.php?utm_categorieinterne=trafficdrivers&utm_contenuinterne=cyberpresse_B9_sciences_1817902_accueil_POS1

É preciso ler tudo! Vá lá, não sejam preguiçosos, que é uma característica que nada tem a ver com inteligência ou falta dela, mas também em nada ajuda a melhorá-la! 


Homens que traem as esposas e namoradas tendem a ter QI mais baixo e ser menos inteligentes, segundo um estudo publicado na revista especializada Social Psychology Quarterly.

De acordo com o autor do estudo, o especialista em psicologia evolutiva da London School of Economics, Satoshi Kanazawa, “homens inteligentes estão mais propensos a valorizar a exclusividade sexual do que homens menos inteligentes”.

Kanazawa analisou duas grandes pesquisas americanas a National Longitudinal Study of Adolescent Health e a General Social Surveys, que mediam atitudes sociais e QI de milhares de adolescentes e adultos.

Ao cruzar os dados das duas pesquisas, o autor concluiu que as pessoas que acreditam na importância da fidelidade sexual para uma relação demonstraram QI mais alto.

De acordo com o estudo, o ateísmo e o liberalismo político também são características de homens mais inteligentes. (Fonte: O Globo)

Embora muitos ateus recebam com gosto algumas “pesquisas” que indiquem que eles são melhores em alguma coisa, eu vejo este cenário sob um prisma um pouco mais crítico. É realmente gostoso para o ego saber que sua posição ideológica denotaria uma maior inteligência. Mas os argumentos me pareceram bem fracos. Usando uma pesquisa qualquer, com uma diferença mínima, um psicólogo evolucionista “acha” que existe uma correlação entre determinados fatores, diz que estes são mais inteligentes do que aqueles e pronto: todos os blogs e a mídia acrítica se dão o trabalho de republicar com entusiasmos este novo “achado” científico. As coisas não são tão verdadeiras assim. Vamos aos fatos.

Primeiramente, os testes de QI não são tão precisos quanto gostaríamos. Há críticas bem fundamentadas sobre influências que deturpam um teste de QI. Embora valores discrepantes de QI realmente indiquem uma maior ou menor capacidade intelectual, valores menores podem ser desconsiderados. Ou você realmente se acharia mais inteligente se tivesse 6 pontos a mais de QI que uma outra pessoa? Pois esta simplória diferença é aquela encontrada pelo pesquisados em sua “brilhante” descoberta ao dizer que ateus são mais inteligentes que crentes: irrisórios 6 pontos de QI!

Quanto ao fato de que pessoas mais inteligentes seriam menos propensas à traição, temos uma diferença de apenas 9 pontos. Neste caso, temos explicações diversas que poderiam clarear esta diferença. Chega a ser cômico, mas bem dentro do real. Uma psicóloga propõe, simplesmente, que homens mais inteligentes deixam menos rastros de suas traições e, assim, são descobertos menos que outros menos preparados.

A questão humana é bem mais complexa do que nos simplificar a máquinas impulsivas ou reativas à doses de hormônios. Como aponta bem outra psicóloga, as relações humanas são compostas de diversos fatores que não podem ser reduzidos a questões meramente físicas ou estruturais do cérebro. Assim como conseguimos resistir à tentação de comer e beber, por maior que seja nossa vontade, também conseguimos manter a fidelidade em um relacionamento a despeito do que nosso corpo pedir.

A questão sobre ateísmo, ao menos na pesquisa deste psicólogo, chega a ser risível. Teorizar que ateus são mais inteligentes do que os crentes por causa de 6 pontos de QI (que por si só já é contestável) obtidos de uma pesquisa estatística me soa, inclusive, irresponsável. Pior ainda é ver sites, blogs e discussões acaloradas sobre bases tão frágeis e suspeitas. Felizmente, eu não estou sozinho no meu repúdio a este “racismo científico” que Kanazawa espalha pelo mundo.

O biólogo PZ Myers não apenas desqualifica totalmente a “pseudo-pesquisa” de Kanazawa como também nos mostra um pouquinho sobre este patético aspirante a pesquisador. Satoshi Kanazawa acha interessante que a resposta aos atentados de 11 de Setembro fosse um maciço bombardeio de armas atômicas sobre o Oriente-Médio (e o critério?). Em outra pérola, Kanazawa afirma que países pobres, como os africanos, não conseguem melhorar sua taxa de mortalidade e expectativa de vida por causa de um baixo QI (e as guerras? A exploração?). Agora você sabe quem é o “brilhante” pesquisador por trás desta cômica descoberta… evolutiva!

http://www.google.es/url?sa=t&rct=j&q=crentes%20s%C3%A3o%20mais%20inteligentes%20que%20ateus&source=web&cd=10&ved=0CHwQFjAJ&url=http%3A%2F%2Fumavisaodomundo.com%2F2010%2F03%2Fateus-nao-sao-mais-inteligentes-crentes%2F&ei=b7kPUvGnCYPN7Abf54D4Ag&usg=AFQjCNGZBOjWrM7gorB8dFT1Gf0b67oNzg

De acordo com a teoria das multi-inteligências de Howard Gardner o QI (Quociente de Inteligência) não mede a inteligência, porque existem diversos tipos de inteligência e não uma inteligência geral. Como investigador, sempre que leio reportagens sobre "estudos científicos" fico logo de pé atrás. De acordo com um estudo publicado na American Psychologist em 2008, 97% dos estudos publicados na área da psicologia, medicina, etc., são provavelmente uma fraude, porque os autores não referem se os pressupostos das técnicas estatísticas usadas no estudo para testar as hipóteses foram verificados. Caso isso não seja feito, as conclusões não são válidas. Eu já comprovei isso fazendo simulações no computador. Este artigo está disponível online:

Erceg-Hurn, D. M., & Mirosevich, V. M. (2008). Modern robust statistical methods: An easy way to maximize the accuracy and power of your research. American Psychologist, 63(7), 591-601. doi:10.1037/0003-066X.63.7.591

ellipsis escreveu:Os ateus são mais inteligentes do que os crentes. Foi a conclusão que chegou o pesquisador britânico Richard Lynn dedicou mais de meio século à análise da inteligência humana.

Caro ellipsis,

Pela parte que me toca, muito obrigado pelo elogio.   

TJ esclarecido escreveu:

ellipsis escreveu:Os ateus são mais inteligentes do que os crentes. Foi a conclusão que chegou o pesquisador britânico Richard Lynn dedicou mais de meio século à análise da inteligência humana.

Caro ellipsis,

Pela parte que me toca, muito obrigado pelo elogio.   

Oa agnósticos são os que ficam a meio caminho... digo eu, que sou crente...        

É discutivel dizer que este ou aquele é mais inteligente, por ser crente ou ateu...

Um ateu não tem de ser inteligente por isso, no entanto uma coisa é certa, um fanático religioso não pode ser nunca nessa condição uma pessoa propriamente inteligente. E as TJ por exemplo sao um belo exemplo de uns fanáticos religiosos.

mjp escreveu:É preciso ler tudo! Vá lá, não sejam preguiçosos, que é uma característica que nada tem a ver com inteligência ou falta dela, mas também em nada ajuda a melhorá-la! 


Homens que traem as esposas e namoradas tendem a ter QI mais baixo e ser menos inteligentes, segundo um estudo publicado na revista especializada Social Psychology Quarterly.

De acordo com o autor do estudo, o especialista em psicologia evolutiva da London School of Economics, Satoshi Kanazawa, “homens inteligentes estão mais propensos a valorizar a exclusividade sexual do que homens menos inteligentes”.

Kanazawa analisou duas grandes pesquisas americanas a National Longitudinal Study of Adolescent Health e a General Social Surveys, que mediam atitudes sociais e QI de milhares de adolescentes e adultos.

Ao cruzar os dados das duas pesquisas, o autor concluiu que as pessoas que acreditam na importância da fidelidade sexual para uma relação demonstraram QI mais alto.

De acordo com o estudo, o ateísmo e o liberalismo político também são características de homens mais inteligentes. (Fonte: O Globo)

Embora muitos ateus recebam com gosto algumas “pesquisas” que indiquem que eles são melhores em alguma coisa, eu vejo este cenário sob um prisma um pouco mais crítico. É realmente gostoso para o ego saber que sua posição ideológica denotaria uma maior inteligência. Mas os argumentos me pareceram bem fracos. Usando uma pesquisa qualquer, com uma diferença mínima, um psicólogo evolucionista “acha” que existe uma correlação entre determinados fatores, diz que estes são mais inteligentes do que aqueles e pronto: todos os blogs e a mídia acrítica se dão o trabalho de republicar com entusiasmos este novo “achado” científico. As coisas não são tão verdadeiras assim. Vamos aos fatos.

Primeiramente, os testes de QI não são tão precisos quanto gostaríamos. Há críticas bem fundamentadas sobre influências que deturpam um teste de QI. Embora valores discrepantes de QI realmente indiquem uma maior ou menor capacidade intelectual, valores menores podem ser desconsiderados. Ou você realmente se acharia mais inteligente se tivesse 6 pontos a mais de QI que uma outra pessoa? Pois esta simplória diferença é aquela encontrada pelo pesquisados em sua “brilhante” descoberta ao dizer que ateus são mais inteligentes que crentes: irrisórios 6 pontos de QI!

Quanto ao fato de que pessoas mais inteligentes seriam menos propensas à traição, temos uma diferença de apenas 9 pontos. Neste caso, temos explicações diversas que poderiam clarear esta diferença. Chega a ser cômico, mas bem dentro do real. Uma psicóloga propõe, simplesmente, que homens mais inteligentes deixam menos rastros de suas traições e, assim, são descobertos menos que outros menos preparados.

A questão humana é bem mais complexa do que nos simplificar a máquinas impulsivas ou reativas à doses de hormônios. Como aponta bem outra psicóloga, as relações humanas são compostas de diversos fatores que não podem ser reduzidos a questões meramente físicas ou estruturais do cérebro. Assim como conseguimos resistir à tentação de comer e beber, por maior que seja nossa vontade, também conseguimos manter a fidelidade em um relacionamento a despeito do que nosso corpo pedir.

A questão sobre ateísmo, ao menos na pesquisa deste psicólogo, chega a ser risível. Teorizar que ateus são mais inteligentes do que os crentes por causa de 6 pontos de QI (que por si só já é contestável) obtidos de uma pesquisa estatística me soa, inclusive, irresponsável. Pior ainda é ver sites, blogs e discussões acaloradas sobre bases tão frágeis e suspeitas. Felizmente, eu não estou sozinho no meu repúdio a este “racismo científico” que Kanazawa espalha pelo mundo.

O biólogo PZ Myers não apenas desqualifica totalmente a “pseudo-pesquisa” de Kanazawa como também nos mostra um pouquinho sobre este patético aspirante a pesquisador. Satoshi Kanazawa acha interessante que a resposta aos atentados de 11 de Setembro fosse um maciço bombardeio de armas atômicas sobre o Oriente-Médio (e o critério?). Em outra pérola, Kanazawa afirma que países pobres, como os africanos, não conseguem melhorar sua taxa de mortalidade e expectativa de vida por causa de um baixo QI (e as guerras? A exploração?). Agora você sabe quem é o “brilhante” pesquisador por trás desta cômica descoberta… evolutiva!

http://www.google.es/url?sa=t&rct=j&q=crentes%20s%C3%A3o%20mais%20inteligentes%20que%20ateus&source=web&cd=10&ved=0CHwQFjAJ&url=http%3A%2F%2Fumavisaodomundo.com%2F2010%2F03%2Fateus-nao-sao-mais-inteligentes-crentes%2F&ei=b7kPUvGnCYPN7Abf54D4Ag&usg=AFQjCNGZBOjWrM7gorB8dFT1Gf0b67oNzg

Desculpa lá, mas no caso da fidelidade vs traição é capaz de ser verdade, quando o sangue tem de irrigar outros órgãos do corpo é natural que falte no cérebro levando inevitavelmente à descida do QI  

Kimba escreveu:

mjp escreveu:É preciso ler tudo! Vá lá, não sejam preguiçosos, que é uma característica que nada tem a ver com inteligência ou falta dela, mas também em nada ajuda a melhorá-la! 



O biólogo PZ Myers não apenas desqualifica totalmente a “pseudo-pesquisa” de Kanazawa como também nos mostra um pouquinho sobre este patético aspirante a pesquisador. Satoshi Kanazawa acha interessante que a resposta aos atentados de 11 de Setembro fosse um maciço bombardeio de armas atômicas sobre o Oriente-Médio (e o critério?). Em outra pérola, Kanazawa afirma que países pobres, como os africanos, não conseguem melhorar sua taxa de mortalidade e expectativa de vida por causa de um baixo QI (e as guerras? A exploração?). Agora você sabe quem é o “brilhante” pesquisador por trás desta cômica descoberta… evolutiva!

http://www.google.es/url?sa=t&rct=j&q=crentes%20s%C3%A3o%20mais%20inteligentes%20que%20ateus&source=web&cd=10&ved=0CHwQFjAJ&url=http%3A%2F%2Fumavisaodomundo.com%2F2010%2F03%2Fateus-nao-sao-mais-inteligentes-crentes%2F&ei=b7kPUvGnCYPN7Abf54D4Ag&usg=AFQjCNGZBOjWrM7gorB8dFT1Gf0b67oNzg

Desculpa lá, mas no caso da fidelidade vs traição é capaz de ser verdade, quando o sangue tem de irrigar outros órgãos do corpo é natural que falte no cérebro levando inevitavelmente à descida do QI  

Por isso eu disse que era preciso ler tudo! Ou seja: estas "pesquisas", geralmente, valem quase nada.

Os testes de QI, de forma geral, estão muito ligados a uma determinada cultura civilizacional. Para além de serem "limitados" a respeito de outras aptidões intelectuais, regra geral concentram-se no raciocínio abstracto (inquestionável) e sobre a forma como as pessoas interligam os seus conhecimentos, isto é, como interrelacionam aquilo que sabem. Assim, grosso modo, um analfabeto terá sistematicamente um QI inferior a um letrado, o que, como sabemos, é uma pura mentira. Sabemos, certo?...

Depois tens a vertente financeira: testes de QI (quoeficiente de inteligência), para que sejam mais fiáveis, são muito caros. Imagina o que será ter de fazer testes fiáveis, ou seja, alargados a um número consideravelmente grande de pessoas e ao mesmo tempo suficientemente abrangentes do ponto de vista do objecto a estudar,i.e., a inteligência, de forma a abarcar um universo significativo de amostras das várias vertentes que se querem verificar... do ponto de vista financeiro, o custo seria avassalador e, a verdade, é que tais "estatísticas" de "inteligência" são publicadas com alguma frequência.

Dou pouquíssmo relevo a estudos deste e de outro género que por aí se fazem. (mas eu sou suspeito  ) Mas atenção: não estou com isto a dizer que tais estudos são completamente irrelevantes; estou a dizer é que há que saber lê-los com as devidas correções, pois que há também o elemento político, ideológico e civilizacional nisto tudo e encontras sempre "estudos" que não concordam por isto ou por aquilo.

É a nossa "bendita" sociedade de consumo a laborar na sua vertente mais perniciosa:  a "venda de propaganda".

É aí que os TJs se orgulham de ser "ignorantes para o mundo", ao passo que os "sábios deste mundo são tolos para Deus".
Mérito para a ignorância!

Infelizmente por aqui alimenta-se o mito de que os mais inteligentes são as tjotas e seus filhotes em idade escolar ou prestando concurso público, fato que até algumas pessoas que não são da "ordem" jeovista insistem em acreditar nisso. Para mim isso é balela, afinal, o mero fato de se decorar ou sublinhar alguma coisa jamais será "sinal" de alguma inteligência a mais, pelo contrário...

Não é nada inteligente este tipo de pesquisa, pois, além de ser difícil mensurar a inteligência de um grupo pelo fato de a inteligência ser algo subjetivo e não ser propriedade de todos independente de se é ateu ou não, ainda vai a discussão de que a inteligência pode ou não ser desenvolvida, se se liga somente a fatores biológicos, sociais ou biopsicossociais.
Esses tipos de abordagens são perigosas e podem alimentar o preconceito,pois vale lembrar, que nas décadas de 60 e 70, havia um forte conceito de que os negros eram inferiores por serem menos inteligentes, imagine se a ciência hoje,ainda endossasse isso!
Também, não podemos nos esquecer de que a religião sempre esteve ligada ao conhecimento.Por exemplo, a filosofia teve seu desenvolvimento a partir da mitologia, e os grandes filósofos,tais como Sócrates tinham o seu lado religioso.O conceito de alma imortal de Platão, foi algo que influenciou o cristianismo, outras coisas, como o surgimento da escola, das universidades onde obtemos nosso conhecimento e a partir de que pelo senso comum e científico conceituamos como inteligência, tiveram seu início ligados à religião.
De fato, a religião é um dos elementos basilares da nossa cultura ocidental, dizer que a religião é um entrave ao desenvolvimento e que ser crente é retrógrado, é o mesmo que menosprezar toda a nossa história.

Eu não diria que a religião é um entrave ao desenvolvimento eu deixaria que lá do túmulo, Galileu GALILEI, respondesse a essa pergunta. NÃO é um entrave mais é responsável por muitos males que existem no mundo, por que engana, deturpa e explora. A torre de vigia ilustra muito bem essa tríade.