Carta sobre atividades permitidas a professor Testemunha de Jeová

ATCJ - ASSOCIAÇÃO DAS TESTEMUNHAS CRISTÃS DE JEOVÁ

Rodovia SP-141, nosso ministério do reino 43, Cesário Lange, SP, Brasil
Correspondência: Caixa Postal 201, 18270-970 Tatuí, SP, Brasil Telefone/fax: (0XX15) 246-1835
SDJ: SSJ 03 de junho de 2002

Cong. Cruzeiro do Sul
a/c Alberto Francisco dos Santos
R. Antônio Coelho, 45 – Centro
Uberlândia, MG
64430-000


Prezado irmão Santos:

Damos consideração à sua carta de 09 de maio último, na qual solicita orientações sobre a posição que um cristão, qual professor, deve adotar para com celebrações de datas comemorativas e outras atividades estabelecidas pela escola.

Os professores vez por outra se confrontam com situações que precisam ser revolvidas segundo os ditames de sua consciência. Isto se dá quando se espera que um professor cristão ensine a evolução, dê instrução sobre feriados nacionais ou religiosos, ensine canções patrióticas, supervisione trabalhos de arte relacionados com feriados, oriente ou acompanhe alunos em apresentações artísticas (teatro, canto, dança, etc.), de caráter nacionalista ou religioso, ou ministre aulas cujo conteúdo está relacionado com datas comemorativas. Embora alguns cristãos talvez recusem de tais deveres, outros talvez achem conscienciosamente que podem realizá-los dum ponto de vista puramente objetivo, assim como se ensinam os fatos da história e ou da geografia. Assim, se alguém em tal situação decidir ensinar coisas que pessoalmente não crê, ou colaborar com os arranjos organizados pela escola, seria aconselhável explicar à classe que os faz por que faz parte do currículo, mas que ele tem crenças pessoais diferentes.

Pode-se também tomar uma decisão conscienciosa quanto a serem realizados atos ou canções patrióticas na sua presença, mas sem ele participar. Em alguns casos, talvez se possa providenciar que outro professor supervisione a classe em tais ocasiões. Dizemos que nas situações acima pode-se decidir à base da sua consciência, porque o professor não tem a decisão final sobre o que ensinar aos alunos. Além do mais, o direito dos estudantes não cristãos em aprender ou executar coisas contrárias às crenças pessoais de professores cristãos deve ser respeitado.

O princípio é similar a quando um cristão da área de saúde se confronta com a situação de ter que ministrar ou contribuir para uma transfusão de sangue em um paciente não cristão. Note um trecho de uma experiência encontrada em uma de nossas publicações: “Segundo esse texto [Deuteronômio 14:21], o judeu que achasse a carcaça dum animal que morreu sozinho podia eliminá-lo por vendê-lo a um estrangeiro que não estivesse sob as restrições da Lei a respeito de carne animal não sangrada. De modo que a consciência do laboratorista, nessa ocasião, lhe permitiu fazer exames de sangue, inclusive os de sangue para transfusões dadas a pacientes que não se importavam com a lei de Deus quanto ao sangue.” (w75 1/10 p. 600 par. 9).

Assim, cabe a eles analisar todos os aspectos envolvidos e decidir como agirão em tais situações. É importante proceder com razoabilidade e equilíbrio. – 1 Tim. 1:19; Fil. 4:5; Heb. 5:14.

Conforme publicado na revista A Sentinela, “Se não tivermos certeza de qual o proceder a adotar, é sábio decidir dum modo que nos deixe com a consciência limpa, e os outros devem respeitar a nossa decisão. (Romanos 14:10-12) Naturalmente, quando temos de tomar uma decisão pessoal, devemos buscar a orientação de Jeová por meio de oração. Assim como o salmista, podemos orar com confiança: “Inclina-me teu ouvido. . . . Pois tu és meu rochedo e minha fortaleza; e tu me guiarás e me conduzirás por causa do teu nome.” — Salmo 31:2, 3.” (w96 15/7 p. 20 par. 17).

Esperamos que as informações acima sejam úteis para orientar nossos irmãos que são professores e precisam lidar com estas situações. Aproveitamos a oportunidade para enviar-lhe nosso amor cristão, votos de paz e felicidade como mensageiros da paz divina.

Seus irmãos,

ASSOCIAÇÃO DAS TESTEMUNHAS CRISTÃS DE JEOVÁ

Perepetchenov escreveu:Realmente nunca percebi estas trapalhadas. Não sei se é geral, mas pelo menos na minha congregação e com argumentos precisamente contrários aos dessa carta os irmãos são fortemente aconselhados a recusar, por exemplo, postos de trabalho em empresas ligadas à indústria do tabaco (que sob essa linha de raciocínio seria permitido).

Aliás, conheço o caso de uma congregação (que não a minha) em que um irmão foi desassociado por não querer tirar a máquina de tabaco que possuía no seu estabelecimento comercial.