Mudança ou nem por isso?

Para quem já está, ou esteve ligado às testemunhas de Jeová por anos, ou talvez décadas, por favor respondam à seguinte pergunta:

É verdade que o espirito que se sentia nas testemunhas de Jeová era diferente no passado? Ou nem por isso? Quais eram as principais diferenças?

estive umas decadas nas TJs e acho que sim que antigamente havia mais camaradagem.Ouvi algumas TJ falarem com saudades dos tempos idos.Hoje ha congregaçoes com poucos jovens, poucas crianças e os publicadores nao tem tempo nenhum.Ou tens espirito de pioneiro aí penso que as coisas ainda correm bem ou entao achas a congregaçao bem desanimadora. As congregaçoes de idiomas diferentes é que tem outro espitrito sao quase todos jovens e o espirito é bom mas as congregaçoes classicas acho que se estao a tornar frias.

nubia escreveu: estive umas decadas nas TJs e acho que sim que antigamente havia mais camaradagem.Ouvi algumas TJ falarem com saudades dos tempos idos.Hoje ha congregaçoes com poucos jovens, poucas crianças e os publicadores nao tem tempo nenhum.Ou tens espirito de pioneiro aí penso que as coisas ainda correm bem ou entao achas a congregaçao bem desanimadora. As congregaçoes de idiomas diferentes é que tem outro espitrito sao  quase todos jovens e o espirito é bom mas as congregaçoes classicas acho que se estao a tornar frias.

Acho que as congregações estão mais frias hoje, em relação há uns dez anos atrás. Estarei enganado?

Vermute Rossi escreveu:

nubia escreveu: estive umas decadas nas TJs e acho que sim que antigamente havia mais camaradagem.Ouvi algumas TJ falarem com saudades dos tempos idos.Hoje ha congregaçoes com poucos jovens, poucas crianças e os publicadores nao tem tempo nenhum.Ou tens espirito de pioneiro aí penso que as coisas ainda correm bem ou entao achas a congregaçao bem desanimadora. As congregaçoes de idiomas diferentes é que tem outro espitrito sao  quase todos jovens e o espirito é bom mas as congregaçoes classicas acho que se estao a tornar frias.

Acho que as congregações estão mais frias hoje, em relação há uns dez anos atrás. Estarei enganado?

Não estás enganado, nota-se as pessoas mais frias o tal "amor" que se sentia a uns anos atrás desceu e muito, notava na minha congregação os irmãos a fazerem os tais grupinhos, onde muitos não podiam entrar, muitos sentiam-se como que abandonados pela religião em si, a tal preocupação o tal amor dedicação ao proximo foi-se perdendo com o tempo.

Excelente observação Nubia, concordo com esse comentário. No entanto, sabemos que essas alterações são fruto das mudanças sociais que ocorreram nos últimos anos e onde o conceito de viver em sociedade e de família acabou por se reduzir para um maior individualismo e afastamento do circulo de relacionamentos.
As TJ por muito que se gostem de vangloriar que são um "povo especial" e diferente, não conseguem afastar-se dessa tendência geral da sociedade.

Seguindo a tua linha de pensamento e que está correta, pergunto, não deviam ser as testemunhas de jeová defirentes?
Visto que não fazem parte do mundo e que só com elas é que se vive o amor genuino em que todos se preocupam com os outros, não deviam seguir a tendençia que se nota no mundo o tal individualismo, a falta de camaradagem como a nubia disse, e muito bem, sendo um povo tão "espeçial" e que se regem por mandamentos e regras tão saudáveis, e já que o armagedon está a "porta" deviam se preocupar mais com os outros, em cada congregação, mas como todos sabemos não é isso que aconteçe, se fossemos todos colocar exemplos disso, teriamos muito para contar.
Cada vez mais se nota pessoas amarguradas, tristes, sem paciênçia para elas quanto mais para os outros, sempre prontas a criticar e apontar o dedo seja para quem for, e reparei nos ultimos meses que na minha congregação até discussões bem quentes, entre irmãos seja no principio da reunião como no final, acredito que não seja só na minha, por isso a camaradagem o amor e todos outros sentimentos que se vivia a uns anos atrás, isso é coisa do passado.

Todos vêem essa falta de amor.
Uns verbalizam outros não.
Os que verbalizam procuram justificações do tipo:

"A bíblia diz que o amor da maioria esfriaria. É isso mesmo que se está a ver. Devemos estar mesmo no fim."
"As pessoas andam muito cheias de trabalho na congregação e mesmo que quisessem conviver mais, não teriam tempo."
"Noutros países não é assim. Nós, aqui, é que somos frios, por natureza."
"Na congregação x as pessoas são muito amigas, andam sempre em convívios. Na nossa é que não ..."

juba dizes bem parece que noutros locais é sempre melhor. as desculpas sao mesmo essas.

Posto isto em Angola pelo que ouço ainda ha muito convivio ,o problema é que convivios levam a maus comportamentos por aqui, muita juventude junta, festas e num apice , desassociaçoes etc...  

Mas o amor nao é só convivios é amor genuino, ora mais depressa apontam defeitos que demostram genuino amor. Quando cheguei ao Porto vinda de Lisboa fui mal recebida os irmaos eram distantes como que desconfiados. Mais tarde vim a saber disse me o coordenador que me receberam mal porque tinham tido uma má experiencia com uma irma da minha cor que pedia dinheiro e ajuda aos irmaos.Entao meteram todos da mesma raça no mesmo saco.

Mudança sim mas nas mentalidades e nas grandes cidades.

Há 30 anos ouvia tambem a mesma coisa...falta de amor e tal... mas como sempre pertenci ''aos grupinhos'' nunca me senti à parte.
Na altura costumavamos ''apadrinhar'' novos estudantes e irmaos jovens (com muito amor cristão) que vinham para congregação mas eles tinham que cumprir certos requisitos: não faltarem as reuniões e saídas ao campo, comentarem muito na reunião e claro serem pioneiros aux. nas férias da escola, a onde o meu grupo saia em grande algazara a disputar quem colocava mais revistas e fazer as horas de pioneiro (60horas) em menos de 15 dias... pois era eu vivia na bolhinha cor de rosa que durou muitos anos.
Com passar dos anos as pessoas cresceram, começaram a trabalhar, casaram, alguns (poucos) tiveram filhos, mudaram de congregação e o grupo desfez-se.
Isto para dizer que agora ninguem tem tempo para demonstrar o tal ''interesse e amor genuíno'' na vida alheia. Ou acham que depois de um dia de trabalho, transito, comer mal e correr para a reunião que dura até ás tantas, acham que ainda temos tempo de estar a falar do fulano e sicrano, aliás os amigos falam-se pelo face e fazem Like nas fotos do irmãozinhos mais chegados. E quando calha até desejam os parabens em sms privadas longe dos olhares e tal...ninguem quer saber de nada, estao cansados. E entretanto fazer um Like naquelas paginas magnificas que os irmãozinhos todos fazem parte tipo '' jw.org friends e diabo a 4'' e assim mostramos que estamos todos bem espiritualmente.
Vem o fim semana e nada de descontrair: há a reunião, estudar a sentinela, aparecer na saída e ainda as tarefas familiares a cumprir...
Além disso a mentalidade e cultura atual é cada um por si em todo lado.
E como alguem aqui ja comentou, a realidade mudou na sociedade e as TJ não ficaram imunes.
Quem tem pachorra de ir expiar o irmão tal, como faziam há uns anos atrás, ninguem quer ser apanhado a interferir na privacidade alheia.

Esta é a realidade nas grandes cidades, no interior a coisa já não é assim, ali o amor Cristão da denuncia e do espianço está bem em acção.

PenaBranca escreveu:Além disso a mentalidade e cultura atual é cada um por si em todo lado.
E como alguem aqui ja comentou, a realidade mudou na sociedade e as TJ não ficaram imunes.
Quem tem pachorra de ir expiar o irmão tal, como faziam há uns anos atrás, ninguem quer ser apanhado a interferir na privacidade alheia.

Esta é a realidade nas grandes cidades, no interior a coisa já não é assim, ali o amor Cristão da denuncia e do espianço está bem em acção.

Pena Branca descreves bem a realidade TJ a rotina o cansaço etc no entanto ainda ha muitos com pachorra para denunciar e espiar mesmo nas grandes cidades. Local de espianço: o facebook, controlam se na tua lista tens desassociados, controlam se colocas fotos onde mostras de mais o corpo, controlam onde te divertiste, controlam que tipo de amigos tens etc... Eu sei de ene casos, um deles foi depois de bisbilhotar o facebook de um irmão que as amigas dele foram perguntar-lhe se era gay.e mais tarde foram falar com os anciaos, e outros casos de irmaos que foram chamados a atenção por postarem certo tipo de fotos. E nao era numa cidade do interior.

Depois tens aquelas pessoas que não trabalham ou trabalham a tempo parcial e o resto do tempo dedicam se à pregação essas também tem tempo de comentar a vida alheia.

NUBIA, falo um pouco pelo meu circuito e cong pois é tudo muito velhote.
Raramente acontece alguma coisa, a não ser um funeral de vez em quando. Há mais de uma decada que não há casamentos, crianças nasceram talvez 2 e dessasociações nem me lembro do ultimo anúncio.
Deve ser por isso que tenho essa opinião. Tenho amizades em varias partes do país e sei que as coisas não são bem assim em todo o lado.
Há imenso tempo que não ouço ninguem queixar-se deve ser pq tambem raramente saio á pregação e morro de tédio se vou à reunião. Nunca fico na conversa no final a não ser com o pessoal mais ''porreiro'' e esses não falam nada ''espiritual''

Os tais espianços existe em todo o lado, na zona da grande Lisboa é igual, ou nas redes soçiais ou outro meio, soube de um caso em concreto que um irmão deu-se ao trabalho de seguir certos irmãos tipo detetive e tirou algumas fotos como prova do que viu, um dos irmãos foi expulso da ORGA, o tal irmão que tirou as fotos subio a SM, portanto há de tudo mesmo sem tempo eles arranjam logo um tempinho e sempre conta para horas

PenaBranca escreveu:NUBIA, falo um pouco pelo meu circuito e cong pois é tudo muito velhote.
Raramente acontece alguma coisa, a não ser um funeral de vez em quando. Há mais de uma decada que não há casamentos, crianças nasceram talvez 2 e dessasociações nem me lembro do ultimo anúncio.
Deve ser por isso que tenho essa opinião. Tenho amizades em varias partes do país e sei que as coisas não são bem assim em todo o lado.
Há imenso tempo que não ouço ninguem queixar-se deve ser pq tambem raramente saio á pregação e morro de tédio se vou à reunião. Nunca fico na conversa no final a não ser com o pessoal mais ''porreiro'' e esses não falam nada ''espiritual''

No meu circuito na zona centro, posso te dizer que a maioria das congregações tem uma parte importante de idosos, em alguns casos, como a minha, muito mais de metade dos publicadores da congregação tem mais de 60 anos.

Os poucos jovens que existem das duas uma: ou são muito ativos na religião, que mesmo assim são uma minoria, ou então são aqueles que vão às reuniões e fazem o mínimo. É alta a taxa de jovens que deixam a religião.

De notar que alguns anciãos resignaram nos últimos anos.

Vermute Rossi escreveu:

PenaBranca escreveu:NUBIA, falo um pouco pelo meu circuito e cong pois é tudo muito velhote.
Raramente acontece alguma coisa, a não ser um funeral de vez em quando. Há mais de uma decada que não há casamentos, crianças nasceram talvez 2 e dessasociações nem me lembro do ultimo anúncio.
Deve ser por isso que tenho essa opinião. Tenho amizades em varias partes do país e sei que as coisas não são bem assim em todo o lado.
Há imenso tempo que não ouço ninguem queixar-se deve ser pq tambem raramente saio á pregação e morro de tédio se vou à reunião. Nunca fico na conversa no final a não ser com o pessoal mais ''porreiro'' e esses não falam nada ''espiritual''

No meu circuito na zona centro, posso te dizer que a maioria das congregações tem uma parte importante de idosos, em alguns casos, como a minha, muito mais de metade dos publicadores da congregação tem mais de 60 anos.

Os poucos jovens que existem das duas uma: ou são muito ativos na religião, que mesmo assim são uma minoria, ou então são aqueles que vão às reuniões e fazem o mínimo. É alta a taxa de jovens que deixam a religião.

De notar que alguns anciãos resignaram nos últimos anos.

E por falar nisso, o que se passa que muitos dos anciãos mais antigos andam a entregar os cargos.
O que acham caros foristas?

PenaBranca escreveu:

Vermute Rossi escreveu:

PenaBranca escreveu:NUBIA, falo um pouco pelo meu circuito e cong pois é tudo muito velhote.
Raramente acontece alguma coisa, a não ser um funeral de vez em quando. Há mais de uma decada que não há casamentos, crianças nasceram talvez 2 e dessasociações nem me lembro do ultimo anúncio.
Deve ser por isso que tenho essa opinião. Tenho amizades em varias partes do país e sei que as coisas não são bem assim em todo o lado.
Há imenso tempo que não ouço ninguem queixar-se deve ser pq tambem raramente saio á pregação e morro de tédio se vou à reunião. Nunca fico na conversa no final a não ser com o pessoal mais ''porreiro'' e esses não falam nada ''espiritual''

No meu circuito na zona centro, posso te dizer que a maioria das congregações tem uma parte importante de idosos, em alguns casos, como a minha, muito mais de metade dos publicadores da congregação tem mais de 60 anos.

Os poucos jovens que existem das duas uma: ou são muito ativos na religião, que mesmo assim são uma minoria, ou então são aqueles que vão às reuniões e fazem o mínimo. É alta a taxa de jovens que deixam a religião.

De notar que alguns anciãos resignaram nos últimos anos.

E por falar nisso, o que se passa que muitos dos anciãos mais antigos andam a entregar os cargos.
O que acham caros foristas?

Na esmagadora maioria dos casos, os anciãos entregam os seus cargos, sobretudo se estiverem numa idade avançada por cansaço. Outros entregam-nos por pensarem que os jovens têm de trabalhar e que farão um bom trabalho. Acho que falo pela maioria dos anciãos numa idade bastante avançada.

PenaBranca escreveu:
(...)
E por falar nisso, o que se passa que muitos dos anciãos mais antigos andam a entregar os cargos.
O que acham caros foristas?

Esse tema foi abordado aqui há algum tempo. Podes conferir aqui:
https://testemunhasdejeova.forumeiros.com/t2343-anciaos-servos-ministeriais-estao-entregando-os-seus-cargos?highlight=cargos