Quantas pessoas conseguiste levar para a organização das Testemunhas de Jeová?

Quantas pessoas conseguiste levar para a organização das Testemunhas de Jeová?


Enquanto Testemunha de Jeová ativa e acreditando no ministério da pregação, a quantas pessoas fizeste estudos bíblicos?
Conseguiste levar quantas pessoas ao batismo?

Qual é o teu sentimento agora sobre este assunto?

Kristy123 escreveu:
Quantas pessoas conseguiste levar para a organização das Testemunhas de Jeová?


Enquanto Testemunha de Jeová ativa e acreditando no ministério da pregação, a quantas pessoas fizeste estudos bíblicos?
Conseguiste levar quantas pessoas ao batismo?

Qual é o teu sentimento agora sobre este assunto?

Nunca consegui levar ninguém a batizar-se na religião das testemunhas de Jeová. Tive alguns estudos bíblicos, que nunca deram em nada, como a esmagadora maioria. Todos sabemos a eficácia do estudo bíblico no dias de hoje. Sinceramente, não sinto nenhum mau sentimento de ter perdido o meu tempo a endocrinar uma pessoa para no futuro ser mais um robó da Watchtower Society. Fiz aquilo que me era incentivado a fazer, porque acreditava, dentro dos meandros de uma religião que abraça os seus membros e lhes dá um objetivo, por mais que seja estúpido para mim agora. Objetivo esse que levei muito a sério enquanto acreditei de coração.

Durante o tempo em que fui TJ dei o primeiro estudo a bastantes pessoas e a maioria acabou por se batizar , também acontecia às vezes certos estudantes começarem a se afastar e a mostrar desinteresse e nesses casos os anciãos vinham pedir muitas vezes para eu assumir esses estudos ,tive casos de filhos de "irmãos " que passavam pela mesma indecisão e eu era convidado a tentar ajudar , posso dizer então que nesse tempo e acreditando " cegamente " nos princípios sentia que estava agindo correctamente e tudo fazia para manter a fé viva nessas pessoas e mais tarde acabava por as ver serem batizadas ! Não tenho qualquer sentimento de arrependimento ,Fui formatado para isso ! Ainda há dias passei por uma TJ que eu levei literalmente a que o fosse ! Dei-lhe o primeiro estudo , isso depois de ela ter recusados muitas vezes anteriormente , e acabou por se batizar , essa TJ fez questão de me vir cumprimentar contra a relutância do marido que sabendo que já não o sou a queria impedir de me falar !
Qual o meu sentimento sobre o assunto ? Bem ,sabendo o que sei hoje a minha vontade era a de tentar levar estas pessoas a verem a realidade , o que posso dizer mais ? Conhecem a Alegoria da Caverna ?

Dirigi alguns estudos biblicos.
Nos últimos eu ensinava o contrario do que praticava.Isto é vivia uma vida dupla e perguntava-me porque tinha o "privilegio" de dirigir um estudo quando irmãos fieis nao tinham nenhum.
Não desisti de dar o estudo porque não gostava de pregaçao e dirigir estudos ate gostava tentava ser criativa e nao ser muito radical dpgmatica.(Um dia um anciao fez pressao para a estudante se baptizar, no estudo seguinte eu disse a estudante que era uma decisao muito pessoal e nao tinha nada que ser empurrada a ser baptizada)
Nunca levei ninguem ao baptismo. Uma estudante depois de minha desassoicaçao virou publicadora mas quando me vê, diz que não concorda com certos ensinos nomeadamente sobre a desassociaçao.

Levei umas 2 pessoas indirectamente, a minha colega de carteira do secundario, uma senhora que já tinha estudado a duas décadas, entreguei esses estudos pouco antes de ser desassociado! Mas felizmente ajudei uns quantos publicadores a não se batizarem, o meu irmão carnal e uns amigos de congregação, outros chegaram a batizar se e continuam a falar comigo sobre as suas vidas duplas e como preferem manterem se lá dentro porque tem medo de perder a família! Situação muito triste!

liberto escreveu:Levei umas 2 pessoas indirectamente, a minha colega de carteira do secundario, uma senhora que já tinha estudado a duas décadas, entreguei esses estudos pouco antes de ser desassociado! Mas felizmente ajudei uns quantos publicadores a não se batizarem, o meu irmão carnal e uns amigos de congregação, outros chegaram a batizar se e continuam a falar comigo sobre as suas vidas duplas e como preferem manterem se lá dentro porque tem medo de perder a família! Situação muito triste!

Ainda bem que tocas num assunto que tem alguma coisa a ver com este tópico, apesar de não responder diretamente à pergunta feita. Dizes, liberto, que ajudaste alguns publicadores a não se batizarem. Fiz exatamente a mesma coisa, e até cheguei a abrir a mente a um publicador para que ele se afastasse. Hoje, ele está afastado e não participa mais das chamadas "atividades cristãs". (Venda? Marketing falacioso?)

Passado algum tempo disso acontecer, olho para mim extremamente arrependido. Quando olho para as pessoas que ajudei a não entrar e a sair desta organização, penso nas suas vidas agora. E de repente olho para mim como destruidor da única coisa que os movimentava à ação nesta vida. Tinham algo que nunca dei: esperança num futuro. Claro que tudo é uma falácia, mas quando não tens mais nada na tua vida liberto, e que tudo se resume a pertencer a uma seita que ocupa o teu tempo, mas que o preenche de maneira a te sentires realizado, sabendo que és uma pessoa pouco culta, que o objetivo da tua vida se resume a pensares no futuro, quando esse futuro é destruído, então não te resta mais anda, e acabas por embarcar numa viagem de infelicidade. Pelo menos, foi essa a minha experiência com essas pessoas.

Repara, existe uma diferença entre alguém que quer pesquisar, que faz um esforço por querer saber o que se passa por detrás da cortina desta religião, e alguém que se sente feliz, que sempre esteve assim durante anos, e que se vê bombardeada com informações constrangedoras, apenas porque alguém amigo pensa que lhe fará um favor se lhe disser a verdade. E eu, pessoalmente, gosto de ser honesto para com os meus amigos. No caso dos estudantes que ajudei a não se batizarem, o caso é diferente claro, até porque alguns não pertenciam a esta seita. Mas o sentimento de ter destruído a espiritualidade de pessoas intelectualmente limitadas ainda hoje me faz sentir muito mal. Por isso, nunca, mas nunca, mas nunca mais na minha vida tomarei este tipo de atitude. Quem virá com perguntas sobre a organização, o funcionamento e as regras da organização terá todo o meu apoio, claro, agora... nunca mais serei eu a dar o primeiro passo.

Não sei como funciona agora , mas no tempo em que eu estava activo e era TJ saíamos no testemunho , se a pessoa se interessava, ia-se voltando e revisitando até que propunha-se o estudo , esta aceitando era dado o mesmo mas quanto à pessoa batizar-se era uma decisão da mesma e na maioria das vezes era um ancião que vinha perguntar ao estudante , chegando mesmo a ser ele a assumir a tal pressão ! Como eu comentei antes tive alguns estudantes que acabaram por se batizar , sempre por decisão dos mesmos e algumas vezes influenciados por anciãos !Nunca pressionei ninguém a se batizar e quando comecei a sentir na pele o que é esta organização de verdade e comecei a afastar-me lentamente foram-me retirados estudos que tinha e entreguei outros !Mas acho que não é uma questão relevante porque se estávamos dentro e formatados quanto às normas e se acreditávamos que estávamos fazendo o correcto porque culpabilizarmo-nos disso ?Podíamos sentir algo desse género se já estando meio fora e sem acreditar continuássemos dando estudos

Olá Vermute Rossi,

Falaste aqui de um assunto muito importante. É impossível saber de antemão, as consequências dos nossos actos. A situação, de veres agora certas pessoas que dizes teres conseguido ajudar a não entrar e/ou a sair desta organização a terem uma vida "sem esperanças", não te deve conduzir a te sentires culpado. Foi a tua própria consciência dos factos em relação a tudo o que vivenciaste dentro da organização, que não estava correcto, que te levou a alertar certas pessoas. Tu próprio, fizeste o que deveria ser feito, de uma forma honesta e sincera e não podes vir a culpabilizar-te do rumo que cada um, a partir daí, fará às suas vidas. Experimenta colocar as coisas de outra forma; imagina que estas pessoas se tivessem batisado e dedicado completamente as suas vida a esta organização. Agora imagina, se de repente uma dessas pessoas inesperadamente tivesse que ser submetida a uma operação, em que uma transfusão de sangue seria fundamental e se essa pessoa tivesse morrido, por recusar esta medida. Como te irias sentir, se soubesses disso? Não seria muito pior, se a tua consciência te fizesse pesar, por não teres tido a força de o ter conseguido desviar desta seita, que teria evitado a sua morte?

Nós nunca conseguimos prever nada e todos os nossos actos são imprevisíveis. Mas é por isso, que devemos tentar ser coerentes connosco próprios e fizeste muito bem em os alertar, até porque na altura foi a tua própria consciência que assim o definiu, que no fundo foi uma expressão de "amor ao próximo". Os avisos e os alertas não são prejudiciais, porque cabe a cada um conseguir avaliá-los e concordo que nunca devemos pressionar ou obrigar alguém e ninguém consegue alterar o que se encontra na essência da consciência de cada um. Fizeste aquilo que deveria ter sido feito e a partir daí, a responsabilidade da vida dessa pessoa, não é responsabilidade tua. Tu não destruíste nada: cada um se destrói a sí próprio. Nem sempre as coisas correm bem, como nós queriamos e definir a espiritualidade de cada um, só porque se encontra inserida dentro de um grupo, seja ele religioso ou não, não de dá garantias de nada e infelizmente a maior parte das pessoas são muito vulneráveis em se deixar levar ou convencer por algo, porque não se querem dar ao trabalho de raciocinar, tornando-se mais fácil, terem alguém por perto, que pense por eles. Mas o esclarecimento daquilo que esta organização é - e não as pessoas isoladas - bem como o intercâmbio de ideias, é fundamental. E também é um dos motivos, de nós todos estamos aqui.

Eu gosto de aplicar uma máxima:
"na existência do AMOR, existe ausência de pecado"

Pois eu ainda recentemente ajudei uma pessoa desassociada a escrever uma carta para pedir a readmissão na congregação. A pessoa envolvida estava só "no mundo" com os pais e irmão lá dentro e era desprezada. Não é que esta pessoa acredite nas tretas da organização, mas por uma questão de comodidade ela ficaria melhor dentro. E eu não fiquei com peso de consciência por ter feito isso. Ela foi readmitida.

E devo dizer que concordo com o que disse Vermute Rossi:

...Quando olho para as pessoas que ajudei a não entrar e a sair desta organização, penso nas suas vidas agora. E de repente olho para mim como destruidor da única coisa que os movimentava à ação nesta vida. Tinham algo que nunca dei: esperança num futuro. Claro que tudo é uma falácia, mas quando não tens mais nada na tua vida liberto, e que tudo se resume a pertencer a uma seita que ocupa o teu tempo, mas que o preenche de maneira a te sentires realizado, sabendo que és uma pessoa pouco culta, que o objetivo da tua vida se resume a pensares no futuro, quando esse futuro é destruído, então não te resta mais anda, e acabas por embarcar numa viagem de infelicidade. Pelo menos, foi essa a minha experiência com essas pessoas.

As muitas intervenções que tenho feito neste fórum corroboram isto mesmo. Não pretendo mexer com aqueles que se sentem bem, seja em que religião for. O que tenho eu para lhes oferecer em troca? A verdade sobre a "verdade"? Ok. E depois?

Em relação a ter "levado" pessoas para a Organização, na verdade ao longo de 30 anos levei algumas ao batismo. E em relação ao batismo, só de uma vez como responsável pelos batismos numa assembleia devo ter batizado umas 120.

Como me sinto? Alguns são anciãos, outros servos ministeriais, outros já saíram. É o resultado de uma vida que até determinada altura me parecia a certa. Remorsos? Não tenho.

Considero que eu apenas contribuí para tirar de uma religião para a meter noutra. Como sabem, por aqui a maioria das pessoas saem da religião Católica e eu acho que pela sua história pelas suas absurdas doutrinas e pelo tipo de pessoas que tem produzido esta religião é muito mais condenável do que as Testemunhas de Jeová.

Não estou a defender as Testemunhas de Jeová. Estas têm demonstrado ser mais uma empresa interessada nos números e dinheiro, com doutrinas que mais parecem pirilampos a piscar na noite mas que iludem muita gente a pensar que são luzeiros na escuridão. De resto é composta de pessoas ( como nas outras religiões) de pessoas sinceras e de pessoas interesseiras que bajulam os 8 marmanjos que se auto intitulam Corpo Governante.

Este é um tópico que me fazia ficar muito triste.
Mas como agora tenho outra perspectiva da vida não me considero responsável por isso.

Ajudei 5 pessoas a se baptizarem, uma delas tornou-se pioneira regular ferrenha (hoje apóstata e com ódio figadal à Orga).
Duas estão inactivas e outra continua mas a passo de caracol.
A primeira acordou por causa de uma revisita que tinha, uma pessoa que a fazia raciocinar e dando bases cientificas e históricas do que falava.
Aquilo deixou muitas sementes ao longo de mais de um ano, que acabaram por fazer lógica e deu-se a libertação da Orga.
As outras duas inactivas estão nem aí, os laços na Orga nunca foram muito fortes e sempre foram ligadas aos familiares do ''mundo".
Entretanto a outra esteve comigo recentemente e tratei de espetar uma faquinha discretamente, quando me confidenciou que tinha sido visitada pelos anciãos e irmãs preocupadas com a sua fraca assistência à reunião. Disse-lhe:
Nunca deixes que te digam que amar a jeová , significa estar e fazer o que Organização diz! Amar a deus é uma coisa completamente diferente.
Ela concordou... fiquei contente, gostaria de lhe dizer muitas coisas mas hás vezes antes uma pequena alfinetada certeira do que muita coisas que podem baralhar ou trazer repulsa.

Quem nós "levamos" para a Orga tinha que ter essa lição de vida, e iria enveredar por um fanatismo qualquer.
Hoje em dia tenho pena mas já não me martirizo.

s muitas intervenções que tenho feito neste fórum corroboram isto mesmo. Não pretendo mexer com aqueles que se sentem bem, seja em que religião for. O que tenho eu para lhes oferecer em troca? A verdade sobre a "verdade"? Ok. E depois?

hOCOSI, na semana passada estive a falar com um pentecotista que me dizia que "as forças do mal" provocaram lhe uma doença tinha o sangue a ferver e não tinha febre nem paludismo.Disse também que muitas pessoas acreditam que só existe o mundo carnal mas existe o mundo espiritual. Disse que apanhou esta "doenca" quando foi fazer uma cura espiritual e como ainda é novo na religião não está muito forte e as forças do mal se apoderaram dele. E ele passou um mau bocado. Não sei se percebes a historia.
Eu fico triste por ouvir isso um rapaz novo empreendedor mas que acredita nestas coisas, e obviamente que não foi ao medico porque não tinha febre e porque sabia que os sintomas que tinha eram devidos às forças do mal.Deixa-lo pensar assim nao será uma não assistencia a pessoas em perigo?
Não temos nada a oferecer e nem as TJ teem crenças tão parvas. A primeira vista, porque a doutrina do sangue é uma crença que pode levar à perda da vida, e a pessoa crente na sua ignorancia perde a vida deixa pessoas que ama... e afinal foi para nada??? um sacrificio que Deus nem pediu. E nós sabendo nada fazemos para impedir.
Na verdade eu tambem nao falo com as pessoas porque cada um é livre é só uma reflexão. Mas quando posso atiro uma casca de banana mas se vejo que a pessoa nao cai isto é tem crenças arraigadas que até não é lógica no raciocínio, calo -me.Não tento convence-la de nada.

HALDYS escreveu:  

hOCOSI,  na semana passada estive a falar com um pentecotista que me dizia que "as forças do mal" provocaram lhe uma doença tinha o sangue a ferver e não tinha febre nem paludismo.Disse também que muitas pessoas acreditam que só existe o mundo carnal mas existe o mundo espiritual. Disse que apanhou esta "doenca" quando foi fazer uma cura espiritual e como ainda é novo na religião não está muito forte e as forças do mal se apoderaram dele. E ele passou um mau bocado. Não sei se percebes a historia.
Eu fico triste por ouvir isso um rapaz novo empreendedor mas que acredita nestas coisas, e obviamente que não foi ao medico porque não tinha febre e porque sabia que os sintomas que tinha eram devidos às forças do mal.Deixa-lo pensar assim nao será uma não assistencia a pessoas em perigo?
Não temos nada a oferecer e nem as TJ teem crenças tão parvas. A primeira vista, porque a doutrina do sangue é uma crença que pode levar à perda da vida, e a pessoa crente na sua ignorancia perde a vida deixa pessoas que ama... e afinal foi para nada??? um sacrificio que Deus nem pediu. E nós sabendo nada fazemos para impedir.
Na verdade eu tambem nao falo com as pessoas porque cada um é livre é só uma reflexão. Mas quando posso atiro uma casca de banana mas se vejo que a pessoa nao cai isto é tem crenças arraigadas que até não é lógica no raciocínio, calo -me.Não tento convence-la de nada.

Haldys, lembras-te de quando íamos ao "testemunho" com todos os argumentos que nos pareciam incontestáveis? Conseguíamos convencer alguém que estava firme na religião que tinha? Dificilmente. E mesmo que o conseguíssemos fazer, apenas estávamos a tira-la de uma religião para outra que hoje sabemos não passa de um embuste.

Mas uma coisa é certa: há no ser humano o chamado "vazio existencial" que se manifesta nas situações peculiares e às vezes estressantes da nossa vida. Está presente em momentos da iminência da própria morte ou do falecimento de pessoas que nos são próximas, doenças, bem como em outras circunstâncias adversas. Nestas circunstâncias, nós, não importa se somos religiosos, ateus ou agnósticos, paramos para pensar se esta vida é tudo o que há. Naturalmente é este vazio que as religiões exploram até à exaustão explorando e tosquiando as suas "ovelhas".

É especialmente nestas circunstâncias adversas que somos levados a fazer uma maior introspeção e reflexão acerca do sentido da vida. É nestas ocasiões que costumam surgir questionamentos sobre o que é a vida, o que é a morte, qual o significado de viver, se a vida que foi levada até então realmente foi a desejada, o que ficou bem feito e o que ficou inacabado.

Este vazio existencial presente em toda a humanidade pode ser preenchido de diversas maneiras – e a religião é uma delas. Quando uma pessoa se integra numa religião, de forma mais ou menos implícita, ela está também a reconhecer que há algo superior a ela, alguma força criadora mais poderosa que ela própria. E diante desta constatação, resolve entregar os mistérios da vida nas mãos desta Força ou Ser Superior. Isso quer dizer que, diante das questões fundamentais da vida, da morte, da existência e do vazio, o homem recorre às suas crenças para obter respostas, conforto, ou mesmo para preencher as lacunas de seu ser.

É a esta questão que me refiro quando digo que não tenho intenções de mexer com quem se sente bem, tirando-lhe este "telhado", digamos assim. Como foi dito num comentário atrás:

tudo se resume a pertencer a uma seita que ocupa o teu tempo, mas que o preenche de maneira a te sentires realizado, sabendo que és uma pessoa pouco culta, que o objetivo da tua vida se resume a pensares no futuro, quando esse futuro é destruído, então não te resta mais nada, e acabas por embarcar numa viagem de infelicidade

E eu, por muito gozo que me possa dar, não desejo provocar isso em ninguém.

Infelizmente minha mãe e irmã e me arrependo por isso.
Fui conversar com a minha irmã sobre minhas descoberta acerca dessa religião e ela disse que estava prejudicando, ela espiritualmente, ou seja, a lavagem está sendo feito.

Olá Ana Reis,

Com quantos anos foste batisada e aínda és TJ activa?

Eu era estudante ativa (ia a todas as reuniões e assembleias) durante três anos e estava pensando em me batizar.
Só que algumas coisas começaram a me incomodar, percebi como a organização se intromete na vida das pessoas, vida pessoal e profissional. A primórdio, achava que era preocupação, mas depois fui vendo como uma invasão.
Eu sou universitária, terminando a faculdade de direito, minha instrutora começou umas conversas do tipo "que eu estava investindo num mundo falido, preste a destruição" e que deveria colocar o Reino em primeiro lugar, essas conversas. Sendo que eu já havia notado que a Organização não proibi o ensino superior, mas desmotiva ao ponto da pessoa achar que é errado e como isso é enfatizado tanto nos estudos da sentinela como nas assembleias, que aliás, eu percebi nessa última que tivemos.
Só que a ORGA é perita em nos colocar aquele sentimento de culpa que comecei a achar que estava deixando Jeová de lado e que tinha que dá o meu máximo, e fui falar com a minha instrutora sobre a possibilidade de me batizar e pasmem!!! Ela disse que para o batismo tinha que fazer as mudanças e cogitou que eu levava uma vida dupla (isso me irritou muito, muito mesmo), fui para a casa chorando de raiva.
Embora que já havia notado que o amor cristão que eles tantos pregam é só entre eles, pois se você é de fora ou dessasociado ou dissociado ou até inativo, não há amor cristão nenhum. Sei disso, porque passei por muitos problemas na minha vida e as pessoas do salão não me ajudaram e as pessoas que me ajudaram foram as "mudanças" que segundo eles ensinam, são más companhias.
Como era instruída a não ter amizades com as pessoas do "mundo", eu não fazia amizades, e também como não era batizada, as pessoas do salão também não fazia amizades comigo, porque poderia prejudicá los esperitualmente, ou seja, não tinha amigos.
Enviei um e-mail para a minha instrutora e parei com os estudos e de frequentar o salão, mas fiquei com peso na consciência, talvez estive tomando uma decisão muito errada, e decidir investigar mais sobre a religião e suas origens e estou horrorizada.

Corrigido: mundanas.

Olá Ana Reis,

Agradecemos o teu relato, porque é sempre bom sabermos um pouco a história de cada um.
Foste corajosa em desistir dos estudos bíblicos e de deixares de frequentar o salão do reino e em teres tido a iniciativa de pesquisares um pouco.
Vamos ver, o que ainda vais descobrindo...