Espero que o céu exista!
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Re: Espero que o céu exista!
Referi-me á pouca ou nenhuma base bíblica com o pensamento no acto de benzer, também usei as entrelinhasmjp escreveu:
Uns supersticiosos estes católicos! Sem base bíblica nenhuma... ou... será que têm?... e andámos a aprender uma mentira tão profunda que se entranhou tanto no nosso espírito e mente e coração e alma e essas coisas todas, que agora só percebemos biblicamente o preto no branco e nada mais?...
Há base biblica para o acto de benzer? Mesmo no "cinzento"?
Acredito que sim. Para alguns. As necessidades variam de pessoa para pessoa portanto acredito que sim.ellipsis escreveu: Será que o mundo espiritual é algo necessário para que o ser humano seja feliz?
Ana Cláudia- Membros
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Re: Espero que o céu exista!
Qual cinzento?... Eu não me referi a nenhum cinzento! Mas podes esquecer, que nessa eu não caio... é o caio!Atena escreveu:Referi-me á pouca ou nenhuma base bíblica com o pensamento no acto de benzer, também usei as entrelinhasmjp escreveu:
Uns supersticiosos estes católicos! Sem base bíblica nenhuma... ou... será que têm?... e andámos a aprender uma mentira tão profunda que se entranhou tanto no nosso espírito e mente e coração e alma e essas coisas todas, que agora só percebemos biblicamente o preto no branco e nada mais?...
Há base biblica para o acto de benzer? Mesmo no "cinzento"?
Ontem, por causa do cansaço, distraí-me e escorreguei um bocadinho... mas hoje já estou com os sentidos todos alerta!
mjp- Forista desativado
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Re: Espero que o céu exista!
ellipsis escreveu:É pá eu até respeito essa coisa das crenças e fé!!!!
Mas infelizmente não consigo acreditar em nada dessas coisas. (que grande céptico me estou a tornar, abandonei a verdade e deu nisto ) Acho que todas essas coisas não passam de histórias sem sentido.
O mundo actual não vive de fé... Vive de realidades observadas...
Fé... só cabe dentro do mundo espiritual. Será que o mundo espiritual é algo necessário para que o ser humano seja feliz?
Caro ellipsis, tu escreves: "Fé... só cabe dentro do mundo espiritual." Concordo. Assim simples e directo para que não haja confusões.
Depois escreves: " Será que o mundo espiritual é algo necessário para que o ser humano seja feliz?"
Aqui pergunto eu: mas só a fé faz parte do mundo espiritual do Homem? Será que a fé esgota toda a espiritualidade nas pessoas?
Então e ler prosa ou poesia? Os sentimentos que tal acto provoca no leitor?
Ouvir música? idem, aspas
Apreciar arte? idem aspas
Elaborar pensamentos?
Amar? (nas diversas vertentes do sentido etimológico da palavra no grego)
Distinguir o bem do mal?
O certo do errado?
A beleza da fealdade, em sentido estético?
Em que mundo colocas estas realidades? No mundo mental ou emocional, certo? Onde então colocas a fé? Consegues apartar tudo isto e dissecar de forma a isolar a fé como um fenómeno estritamente espiritual de forma a excluires os outros que enumero?
Não tenho lido quase nada de novo sobre estes assuntos, a não ser o que por aqui se vai colocando.
Fiquei curioso!
mjp- Forista desativado
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Re: Espero que o céu exista!
Se for prosa ou poesia religiosa vai entrar concertesa, se não for não estou a ver como...mjp escreveu:
Então e ler prosa ou poesia? Os sentimentos que tal acto provoca no leitor?
Colo no mesmo patamar de cimamjp escreveu:Ouvir música? idem, aspas
idem aspasmjp escreveu:Apreciar arte? idem aspas
idem aspasmjp escreveu:Elaborar pensamentos?
Fé no amor...mjp escreveu:Amar? (nas diversas vertentes do sentido etimológico da palavra no grego)
Adão e Eva...mjp escreveu:Distinguir o bem do mal?
O certo do errado?
Fala-me português por favor... É pa isso é um português muito caro...mjp escreveu:A beleza da fealdade, em sentido estético?
Na minha modéstia opinião estas realidades se não tiverem a ver com espiritualidade ou religião não necessitam de fé.mjp escreveu:Em que mundo colocas estas realidades? No mundo mental ou emocional, certo? Onde então colocas a fé? Consegues apartar tudo isto e dissecar de forma a isolar a fé como um fenómeno estritamente espiritual de forma a excluires os outros que enumero?
Não tenho lido quase nada de novo sobre estes assuntos, a não ser o que por aqui se vai colocando.
Fiquei curioso!
Se necessitam, necessitam para quê?
Vamos trabalhar juntos para manter neste fórum um ambiente limpo e amigável. Boas postagens!
Re: Espero que o céu exista!
Lamento a citação extensa mas tem de ser.mjp escreveu:Qual cinzento?... Eu não me referi a nenhum cinzento! Mas podes esquecer, que nessa eu não caio... é o caio!Atena escreveu:Referi-me á pouca ou nenhuma base bíblica com o pensamento no acto de benzer, também usei as entrelinhasmjp escreveu:
Uns supersticiosos estes católicos! Sem base bíblica nenhuma... ou... será que têm?... e andámos a aprender uma mentira tão profunda que se entranhou tanto no nosso espírito e mente e coração e alma e essas coisas todas, que agora só percebemos biblicamente o preto no branco e nada mais?...
Há base biblica para o acto de benzer? Mesmo no "cinzento"?
Ontem, por causa do cansaço, distraí-me e escorreguei um bocadinho... mas hoje já estou com os sentidos todos alerta!
mjp, anda lá! Eu falava a sério. Gostava desta explicação. Dada por ti e não pelos muitos sites que me vão explicar.
Gosto de te "ouvir".
Ana Cláudia- Membros
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Re: Espero que o céu exista!
A fé coloco no mundo espiritual, aquele que não reconheço ter. Todos os exemplos que dás podem ser colocados no mental e emocional.mjp escreveu:
Em que mundo colocas estas realidades? No mundo mental ou emocional, certo? Onde então colocas a fé? Consegues apartar tudo isto e dissecar de forma a isolar a fé como um fenómeno estritamente espiritual de forma a excluires os outros que enumero?
Não tenho lido quase nada de novo sobre estes assuntos, a não ser o que por aqui se vai colocando.
Fiquei curioso!
Se formos ao significado total da palavra complicamos. O contexto aqui é a fé religiosa, por isso colocada exclusivamente no mundo espiritual.
Espero ter-te entendido...http://www.significados.com.br/fe/ escreveu:O que é Fé:
Fé é uma palavra com origem no Latim "fides" que significa "confiança", "crença", "credibilidade". A fé é um sentimento de total crença em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência que comprove a veracidade da proposição em causa. É uma atitude contrária à dúvida e está intimamente ligada à confiança. Em algumas situações, como problemas emocionais ou físicos, ter fé significa ter esperança de algo vai mudar de forma positiva, para melhor.
No contexto religioso, a fé é uma virtude daqueles que aceitam como verdade absoluta os princípios difundidos por sua religião. Ter fé em Deus é acreditar na sua existência e na sua onisciência. A fé é também sinônimo de religião ou culto. Por exemplo, quando falamos da fé cristã ou da fé islâmica.
A fé cristã implica crer na Bíblia Sagrada, na palavra de Deus, e em todos os ensinamentos pregados por Jesus Cristo, o enviado de Deus. Na Bíblia há inúmeras referências ao comportamento do cristão que age com fé. Uma das frases sobre o tema afirma que "a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem". (Hebreus 11:1)
O termo "fé" surge em algumas expressões populares e também no contexto legislativo. Alguns exemplos:
"Fazer fé": acreditar em alguém ou em algum ato; ter esperança.
"Dar fé": afirmar como verdade
"Boa fé" : forma de agir honestamente, sem quebrar um compromisso.
"Má fé": agir de forma intencional para prejudicar terceiros.
Ana Cláudia- Membros
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Re: Espero que o céu exista!
Calma meninos, mjp e ellipsis.
Não estou aqui a defender ninguém.
Sei que o mjp tem mais que capacidades para se defender, no entanto se me é permitido, o entendimento que tive foi este:
Quando o mjp se referiu a fé, incluiu a mesma no campo espiritual, ou seja, no mesmo campo da espiritualidade estão ouvir música, apreciar arte, elaborar pensamentos, amar, distinguir o bem do mal, distinguir o certo do errado, distinguir o belo do feio.
Ora a fé entre muitas outras “facetas” fazem parte da espiritualidade, ninguém afirmou que para ou vir música ou apreciar arte é preciso ter fé, a fé é uma “situação”, a espiritualidade é outra “situação”.
Não estou aqui a defender ninguém.
Sei que o mjp tem mais que capacidades para se defender, no entanto se me é permitido, o entendimento que tive foi este:
Quando o mjp se referiu a fé, incluiu a mesma no campo espiritual, ou seja, no mesmo campo da espiritualidade estão ouvir música, apreciar arte, elaborar pensamentos, amar, distinguir o bem do mal, distinguir o certo do errado, distinguir o belo do feio.
Ora a fé entre muitas outras “facetas” fazem parte da espiritualidade, ninguém afirmou que para ou vir música ou apreciar arte é preciso ter fé, a fé é uma “situação”, a espiritualidade é outra “situação”.
"A estupidez humana é a única coisa que dá uma ideia do infinito"
Ernest Renan
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Re: Espero que o céu exista!
Atena (primeiro as senhoras) e ellipsis, meu caros:
Estou ainda atrasado em dois tópicos com o hocosi. Hoje é o meu primeiro fim de semana inteiro em Lx e verdadeiramente o meu primeiro fim de semana em muitos meses. Mas , pronto, penso que o assunto aqui se resume a tal questão da fé.
Antes, só uma nota para o ellipsis, grande preguiçoso, que é só ir a um dicionário; fealdade: característica do que é morfologica, conceptual ou fisicamente feio, inestético, desarmonioso, etc, que pode provocar repulsa; que do ponto de vista estético se contrapõe ao belo, harmonioso, agradável, etc,. Procurar melhor definição em algum dicionário, que eu aqui não tenho nenhum. Aliás, eu quase nunca carrego muita coisa comigo, sabe-se lá porquê, tavez seja desta minha alma de cigano...
Quando coloquei esta pergunta: "Aqui pergunto eu: mas só a fé faz parte do mundo espiritual do Homem? Será que a fé esgota toda a espiritualidade nas pessoas?", foi com a intensão de procurar perceber se "espiritualidade" se confunde unica e exclusivamente com a fé e o fenómeno religioso, ou se fora dele também podemos enquadrar outros atributos humanos como os que enumerei no "post" anterior, como também fazendo parte das manifestações de espiritualidade no ser humano.
Se a procura de respostas sobre a fonte da vida é uma permanente busca por parte do Homem, se a humanidade não se sacia somente com o que vê e observa, se é dotada de uma estrutura mental que a transporta para patamares de abstração conceptual como é o mundo das ideias, da música, da arte, da moral, da ética etc, parece-me um pouco redutor a ideia de espiritualidade como algo estritamente religioso; em alguns pensadores como Kant ( e não só) a ideia de espiritualidade é explicada como fenómeno mental não exclusivamente religioso, e tal nada tem a ver com os avanços científicos sobre as novas descobertas do funcionamento do cérebro. Pelo contrário, tudo aponta para uma globalidade biofísica do cérebro humano de modo a que ele funcione numa permanente interligação de faculdades, embora certas áreas se encontrem mais adstritas a certas funções biológicas que outras, aliás, mesmo mais mecânicas, tal não impede que, por exemplo, um acidente vascular cerebral incapacitante de uma determinada função cerebral não venha a ser compensado pelo apuramento compensatório noutras áreas do cérebro, dessa lesão.
http://html.rincondelvago.com/kant_critica-del-juicio_introducion-a-la-estetica.html
(estou a escrever de um computador emprestado por uma amiga espanhola, daí as buscas na net virem todas em espanhol; e eu não quero mexer em comandos que não são meus)
RACIONALIDADE E ESPIRITUALIDADE: TENSÕES
SOLOMON, Robert C. Espiritualidade para céticos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
Anaxsuell Fernando da Silva1
Merece destaque neste livro, publicado pela editora Civilização Brasileira em 2003, a leveza da linguagem e as constantes referências e problematizações da visão espiritual de Hegel e Nietzsche, além de belas e comoventes citações e/ou alusões a grandes nomes das letras e do pensamento Kierkegaard, Kafka, Sartre, Dostoiévsky, Camus, Sócrates, Descartes, Buda, Kurt Cobain, Heidegger e Cristo.
Muitos destes autores, como sabem, nem crentes eram, outros, mesmo ateus confessos
Nestes e noutros autores se estuda e pensa a racionalidade como uma forma de espiritualidade com ou sem fé em Deus.
Pessoalmente, costumo raciocinar muito nesta linha de fio condutor do pensamento, pelo que, para mim, a espiritualidade do Homem não se esgota só no fenómeno religioso da fé.
Bom Sábado!
Estou ainda atrasado em dois tópicos com o hocosi. Hoje é o meu primeiro fim de semana inteiro em Lx e verdadeiramente o meu primeiro fim de semana em muitos meses. Mas , pronto, penso que o assunto aqui se resume a tal questão da fé.
Antes, só uma nota para o ellipsis, grande preguiçoso, que é só ir a um dicionário; fealdade: característica do que é morfologica, conceptual ou fisicamente feio, inestético, desarmonioso, etc, que pode provocar repulsa; que do ponto de vista estético se contrapõe ao belo, harmonioso, agradável, etc,. Procurar melhor definição em algum dicionário, que eu aqui não tenho nenhum. Aliás, eu quase nunca carrego muita coisa comigo, sabe-se lá porquê, tavez seja desta minha alma de cigano...
Quando coloquei esta pergunta: "Aqui pergunto eu: mas só a fé faz parte do mundo espiritual do Homem? Será que a fé esgota toda a espiritualidade nas pessoas?", foi com a intensão de procurar perceber se "espiritualidade" se confunde unica e exclusivamente com a fé e o fenómeno religioso, ou se fora dele também podemos enquadrar outros atributos humanos como os que enumerei no "post" anterior, como também fazendo parte das manifestações de espiritualidade no ser humano.
Se a procura de respostas sobre a fonte da vida é uma permanente busca por parte do Homem, se a humanidade não se sacia somente com o que vê e observa, se é dotada de uma estrutura mental que a transporta para patamares de abstração conceptual como é o mundo das ideias, da música, da arte, da moral, da ética etc, parece-me um pouco redutor a ideia de espiritualidade como algo estritamente religioso; em alguns pensadores como Kant ( e não só) a ideia de espiritualidade é explicada como fenómeno mental não exclusivamente religioso, e tal nada tem a ver com os avanços científicos sobre as novas descobertas do funcionamento do cérebro. Pelo contrário, tudo aponta para uma globalidade biofísica do cérebro humano de modo a que ele funcione numa permanente interligação de faculdades, embora certas áreas se encontrem mais adstritas a certas funções biológicas que outras, aliás, mesmo mais mecânicas, tal não impede que, por exemplo, um acidente vascular cerebral incapacitante de uma determinada função cerebral não venha a ser compensado pelo apuramento compensatório noutras áreas do cérebro, dessa lesão.
http://html.rincondelvago.com/kant_critica-del-juicio_introducion-a-la-estetica.html
(estou a escrever de um computador emprestado por uma amiga espanhola, daí as buscas na net virem todas em espanhol; e eu não quero mexer em comandos que não são meus)
RACIONALIDADE E ESPIRITUALIDADE: TENSÕES
SOLOMON, Robert C. Espiritualidade para céticos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
Anaxsuell Fernando da Silva1
Merece destaque neste livro, publicado pela editora Civilização Brasileira em 2003, a leveza da linguagem e as constantes referências e problematizações da visão espiritual de Hegel e Nietzsche, além de belas e comoventes citações e/ou alusões a grandes nomes das letras e do pensamento Kierkegaard, Kafka, Sartre, Dostoiévsky, Camus, Sócrates, Descartes, Buda, Kurt Cobain, Heidegger e Cristo.
Muitos destes autores, como sabem, nem crentes eram, outros, mesmo ateus confessos
Nestes e noutros autores se estuda e pensa a racionalidade como uma forma de espiritualidade com ou sem fé em Deus.
Pessoalmente, costumo raciocinar muito nesta linha de fio condutor do pensamento, pelo que, para mim, a espiritualidade do Homem não se esgota só no fenómeno religioso da fé.
Bom Sábado!
mjp- Forista desativado
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Re: Espero que o céu exista!
Quantos podem dizer o mesmo?Atena escreveu:
Esta senhora está consciente da sua partida a qualquer momento, está a organizar a sua partida mesmo, e está completamente em paz, em paz consigo e com a sua fé.
Se esta senhora foi feliz, fez algum bem para si e para o próximo, terá cumprido a sua missão aqui e por isso está em paz.
A mim, a religião, desde sempre me levou no sentido contrário.
“Quem come do fruto do conhecimento é expulso de algum paraíso.” - Melanie Klein
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Re: Espero que o céu exista!
mjp escreveu:
Um abraço,
hocosi
Não te preocupes com isso, caro amigo. Goza as tuas férias bem. Temos muito tempo para falar, discutir e discordar.Estou ainda atrasado em dois tópicos com o hocosi. Hoje é o meu primeiro fim de semana inteiro em Lx e verdadeiramente o meu primeiro fim de semana em muitos meses. Mas , pronto, penso que o assunto aqui se resume a tal questão da fé.
Um abraço,
hocosi
"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro. A real tragédia da vida são os adultos que têm medo da luz" . Platão
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Re: Espero que o céu exista!
Setubalense escreveu:(...) o entendimento que tive foi este:
Quando o mjp se referiu a fé, incluiu a mesma no campo espiritual, ou seja, no mesmo campo da espiritualidade estão ouvir música, apreciar arte, elaborar pensamentos, amar, distinguir o bem do mal, distinguir o certo do errado, distinguir o belo do feio.
Ora a fé entre muitas outras “facetas” fazem parte da espiritualidade, ninguém afirmou que para ou vir música ou apreciar arte é preciso ter fé, a fé é uma “situação”, a espiritualidade é outra “situação”.
Fico mesmo feliz quando alguém me entende!
É esse o ponto que eu penso ser de realçar e que procurei documentar no meu comentário anterior: a fé é só mais uma das várias formas de manisfetação da espiritualidade humana.
Obrigado setubalense. Por vezes fico com a ideia que não consigo fazer passar a ideia que procuro desenvolver... independentemente de concordarem ou não.
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Re: Espero que o céu exista!
Férias!?... Era bom era!...Fim de semana; só fim de semana! Mas em Lisboa e a trabalhar, a mim, até sabe a férias...[quote="hocosi"
Não te preocupes com isso, caro amigo. Goza as tuas férias bem. Temos muito tempo para falar, discutir e discordar.
Um abraço,
hocosi
Um abraço
mjp
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Re: Espero que o céu exista!
Para mim, o mais resumidamente possível, espiritualidade é a vivência de acordo a crença em entidades ou dimensões para além da matéria. Sendo que essas manifestações não se resumem apenas a forças ou energia.Setubalense escreveu:(...) o entendimento que tive foi este:
Quando o mjp se referiu a fé, incluiu a mesma no campo espiritual, ou seja, no mesmo campo da espiritualidade estão ouvir música, apreciar arte, elaborar pensamentos, amar, distinguir o bem do mal, distinguir o certo do errado, distinguir o belo do feio.
Ora a fé entre muitas outras “facetas” fazem parte da espiritualidade, ninguém afirmou que para ou vir música ou apreciar arte é preciso ter fé, a fé é uma “situação”, a espiritualidade é outra “situação”.
Música, literatura, dança … são manifestações artísticas e estão no domínio das emoções, assim como o amor. Não são facetas da espiritualidade.
Distinguir o bem do mal, o certo do errado … é ter bom senso, empatia, princípios que podem ser inatos ou adquirido e que, de acordo com aquilo que eu entendo por espiritualidade, não estão directamente relacionados com esta.
Última edição por MariaL em Sáb Ago 10 2013, 16:27, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Corrigir)
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Re: Espero que o céu exista!
Caríssima MariaL
Creio que novamente (visto que já foi abordado noutro tópico), ressurge o tema do que é a espiritualidade. Não faz o meu género ripostar – passe o termo -, mas já me apercebi faz tempo que há aqui duas vertentes. Os que têm como conceito de espiritualidade apenas uma questão religiosa e outros que veem a espiritualidade como um conjunto de emoções e de sentidos da vida, onde também se pode englobar o conceito religioso. Ainda bem que nem todos estamos de acordo e opinamos de modos diferentes. Isto não é a Orga onde a palavra da WT é lei.
setubalense
Creio que novamente (visto que já foi abordado noutro tópico), ressurge o tema do que é a espiritualidade. Não faz o meu género ripostar – passe o termo -, mas já me apercebi faz tempo que há aqui duas vertentes. Os que têm como conceito de espiritualidade apenas uma questão religiosa e outros que veem a espiritualidade como um conjunto de emoções e de sentidos da vida, onde também se pode englobar o conceito religioso. Ainda bem que nem todos estamos de acordo e opinamos de modos diferentes. Isto não é a Orga onde a palavra da WT é lei.
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Re: Espero que o céu exista!
Caro setubalense, apesar das críticas do ponto de vista neurobiológico dos processos subjacentes à formação da mente humana e da consciência de si mesmo, os ciêntistas da actualidade estão, de facto, convencidos que da vontade à arte, do amor à espiritualidade, tudo são manifestações de um mesmo processo mental.
António Damásio é um desses. Publicou primeiro, pelo menos em Portugal, o Erro de Descartes e depois, o Sentimento de Si". Li primeiro este último e só depois o primeiro. Achei interessante!
Funciones tales como querer, amar, realizar creaciones artísticas, son irreductibles a la materia aunque sean inseparables de ella
(...)
En realidad, lo que Damasio está explicando es algo totalmente válido y de gran interés científico: cómo se organizan las estructuras cerebrales para permitir la existencia de una mente consciente, gracias a la cual el ser humano piensa y quiere. Si se expresase en este sentido –el cerebro como medio de las funciones superiores del ser humano–, el libro de Damasio no plantearía ningún problema filosófico; sin embargo, muchas de las afirmaciones del texto inducen a reducir el pensamiento humano únicamente al funcionamiento cerebral.
(...)
Según el título en castellano, lo que crea y constituye al hombre sería su cerebro; sin embargo, Damasio no pretende explícitamente negar la espiritualidad del hombre, sino que busca describir cómo se producen los mecanismos de conciencia en el ser humano.
(...)
Así, para explicar la base cerebral de la conducta humana, Damasio parte de los seres unicelulares para llegar al hombre. Afirma que cualquier célula tiene una actitud no consciente de vivir. Las neuronas, células capaces de transmitir el impulso eléctrico, ayudan en la gestión de la vida. Los seres humanos nos distinguimos de los demás animales en la voluntariedad de nuestras acciones. Las plantas y los seres unicelulares tienen cierto movimiento. Los animales superiores pueden moverse hacia el estímulo. Actúan por mecanismos de recompensa y castigo.
El ser humano actúa a través de la incentivación. “Los seres humanos –dice– tenemos el mecanismo motivacional más avanzado, que se complementa con una curiosidad insaciable, un agudo apetito por la exploración, y unos sofisticados sistemas de alarma en relación a necesidades futuras, todo ello con el propósito de mantenernos en el lado adecuado de las vías evolutivas”. En el ser humano, la conciencia ha contribuido a la supervivencia de las especies que disponen de ella, porque proporciona una gestión más sutil de la homeostasis básica: privarse de algo bueno para conseguir algo que quizá sea mejor. Los animales no actúan así.
Damasio afirma, sin permitir que en su pensamiento se abra un resquicio hacia lo trascendente: “Todas las asombrosas proezas del cerebro… desde las maravillas de la creatividad a las nobles cimas de la espiritualidad parecen haberse logrado gracias a la decidida dedicación [de las neuronas] a la gestión de la vida de los cuerpos en que habitan”.
in, EL CEREBRO Y SU YO: El pensamiento de Antonio Damasio por Maria Gudín neuróloga
Existirão outras opiniões. Mas a este nível, não conheço, confesso.
António Damásio é um desses. Publicou primeiro, pelo menos em Portugal, o Erro de Descartes e depois, o Sentimento de Si". Li primeiro este último e só depois o primeiro. Achei interessante!
Funciones tales como querer, amar, realizar creaciones artísticas, son irreductibles a la materia aunque sean inseparables de ella
(...)
En realidad, lo que Damasio está explicando es algo totalmente válido y de gran interés científico: cómo se organizan las estructuras cerebrales para permitir la existencia de una mente consciente, gracias a la cual el ser humano piensa y quiere. Si se expresase en este sentido –el cerebro como medio de las funciones superiores del ser humano–, el libro de Damasio no plantearía ningún problema filosófico; sin embargo, muchas de las afirmaciones del texto inducen a reducir el pensamiento humano únicamente al funcionamiento cerebral.
(...)
Según el título en castellano, lo que crea y constituye al hombre sería su cerebro; sin embargo, Damasio no pretende explícitamente negar la espiritualidad del hombre, sino que busca describir cómo se producen los mecanismos de conciencia en el ser humano.
(...)
Así, para explicar la base cerebral de la conducta humana, Damasio parte de los seres unicelulares para llegar al hombre. Afirma que cualquier célula tiene una actitud no consciente de vivir. Las neuronas, células capaces de transmitir el impulso eléctrico, ayudan en la gestión de la vida. Los seres humanos nos distinguimos de los demás animales en la voluntariedad de nuestras acciones. Las plantas y los seres unicelulares tienen cierto movimiento. Los animales superiores pueden moverse hacia el estímulo. Actúan por mecanismos de recompensa y castigo.
El ser humano actúa a través de la incentivación. “Los seres humanos –dice– tenemos el mecanismo motivacional más avanzado, que se complementa con una curiosidad insaciable, un agudo apetito por la exploración, y unos sofisticados sistemas de alarma en relación a necesidades futuras, todo ello con el propósito de mantenernos en el lado adecuado de las vías evolutivas”. En el ser humano, la conciencia ha contribuido a la supervivencia de las especies que disponen de ella, porque proporciona una gestión más sutil de la homeostasis básica: privarse de algo bueno para conseguir algo que quizá sea mejor. Los animales no actúan así.
Damasio afirma, sin permitir que en su pensamiento se abra un resquicio hacia lo trascendente: “Todas las asombrosas proezas del cerebro… desde las maravillas de la creatividad a las nobles cimas de la espiritualidad parecen haberse logrado gracias a la decidida dedicación [de las neuronas] a la gestión de la vida de los cuerpos en que habitan”.
in, EL CEREBRO Y SU YO: El pensamiento de Antonio Damasio por Maria Gudín neuróloga
Existirão outras opiniões. Mas a este nível, não conheço, confesso.
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Re: Espero que o céu exista!
Não podia estar mais de acordo.MariaL escreveu:
Para mim, o mais resumidamente possível, espiritualidade é a vivência de acordo a crença em entidades ou dimensões para além da matéria. Sendo que essas manifestações não se resumem apenas a forças ou energia.
Música, literatura, dança … são manifestações artísticas e estão no domínio das emoções, assim como o amor. Não são facetas da espiritualidade.
Distinguir o bem do mal, o certo do errado … é ter bom senso, empatia, princípios que podem ser inatos ou adquirido e que, de acordo com aquilo que eu entendo por espiritualidade, não estão directamente relacionados com esta.
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Re: Espero que o céu exista!
Atena escreveu:Não podia estar mais de acordo.MariaL escreveu:
Para mim, o mais resumidamente possível, espiritualidade é a vivência de acordo a crença em entidades ou dimensões para além da matéria. Sendo que essas manifestações não se resumem apenas a forças ou energia.
Música, literatura, dança … são manifestações artísticas e estão no domínio das emoções, assim como o amor. Não são facetas da espiritualidade.
Distinguir o bem do mal, o certo do errado … é ter bom senso, empatia, princípios que podem ser inatos ou adquirido e que, de acordo com aquilo que eu entendo por espiritualidade, não estão directamente relacionados com esta.
Só uma pergunta, pode ser? Às duas. Vocês deram-se ao menos ao trabalho de ler e pensar um pouco nos documentos que fui aqui colocando ao longo desta nossa conversa?...
É que eu, no outro dia, disse à MariaL que tinha tomado nota de todas as observações que ela me havia feito. E tomei!
Se leram, se pensaram e compreenderam toda a matéria que fui colocando sobre o assunto, como podem manter a vossa opinião a este respeito!? É que não é de mim que estão a discordar; tal é-me completamente indiferente, se concordam ou discordam de mim.
E tanto assim é, que fiquei na expectativa de ver aqui algumas teses da vossa parte, ellipsis incluído, sustentadas nalguma coisa que eu não tivesse lido ou me tivesse escapado ou mesmo de algo que eu tivesse interpretado mal nos textos que apresentei!
Bem, tenho é de concluir que eu é que vou mesmo ter de rever se vale a pena entrar nestas conversas...
mjp- Forista desativado
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Re: Espero que o céu exista!
Sim MJP, lembro-me bem de no direito não ser td preto no branco. Nem sempre a letra da lei vai ao encontro do espírito da lei...mjp escreveu:Olha, se eu fosse só pelo que está escrito preto no branco... nem uma cadeirinha em Direito tinha conseguido fazer... pois não Sara Mel? Tanta coisa escondida debaixo do preto no branco!... O espírito da lei! Lembras-te Sara Mel? Do espírito da lei?... nem uma palavrinha escrita e estava lá tudo! Um dia destes a ver se ganho paciência e volto ao espírito da lei!...
Mas não concordo que na religião também seja assim, já q envolve a emoção, a crença e a vida no mais íntimo de cada um! Para mim não devia haver dúvidas na interpretação do que está escrito, mas acredito que dá jeito q seja assim... no direito de certeza que dá!!!!
Última edição por Atena em Seg Ago 12 2013, 21:07, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Edição da citação)
Sara Mel
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Re: Espero que o céu exista!
Absolutamente delicioso... adoro estas gentes e estas conversas. E considero que não se deve colocar em causa a fé de ninguém e muito menos a pessoas q viveram a vida toda assim! Obviamente q são mentes formatadas pela religião, mas sabem? provavelmente são mais felizes que eu nas suas crenças!Atena escreveu:Ontem tive uma experiencia muito diferente.
Estive com uma senhora, familiar, numa aldeia no interior de Portugal, 95 anos, toda de negro há anos incontáveis, com o nariz ao pé dos joelhos por motivos de muito trabalho na vida e questões de saúde, com tanta dificuldade em se movimentar mas com a cabeça completamente sã e memória melhor que a minha.
E eu que não sou particular fã de "velhos" (confesso meu pecado), ouvi-a com toda a atenção. A conversa é estranha para mim, criada como TJ e sem conhecimento profundo da religião católica.
Aprendi, aprendi o significado da acção de benzer. Sim, não sabia. Benzer na testa para afastar os maus pensamentos, benzer a boca para afastar as más palavras e benzer o peito para afastar as más obras que nascem no coração. O benzer "normal" sempre que a tentação se aproxima.
As obras de misericórdia, do corpo e do espírito. A obrigatoriedade de rezar pelos outros, vivos e mortos para que também os outros possam ter os seus pecados perdoados para irem para o céu.
A obrigatoriedade de ir á missa porque deus quando esteve na terra deixou essa ordem. Rezar o terço todos os dias ás 18h30 para garantir protecção divina. "Porque se não dermos importância a deus todos os dias ele também não nos dará importância a nós". "Vocês não rezam nem vão á missa, vocês estão em perigo!"
E mais umas quantas coisas com pouca ou nenhuma base bíblica, mas que para ela fazem tanto sentido que são, agora, o sentido da vida.
Esta senhora está consciente da sua partida a qualquer momento, está a organizar a sua partida mesmo, e está completamente em paz, em paz consigo e com a sua fé.
E sente que tem um lugar no céu á sua espera. E eu saí de lá a desejar que o céu exista para ela!
Sim Atena, ás vezes também gostava que houvesse 1 qualquer deus bondoso ou céu para essas pessoas boas....
Sara Mel
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Re: Espero que o céu exista!
mjp, estou de férias. Vou-te responder a isto com pés e cabeça mas não será hoje. Hoje digo-te só que quando eu quero o céu é verde, venha quem vier...mjp escreveu:Atena escreveu:Não podia estar mais de acordo.MariaL escreveu:
Para mim, o mais resumidamente possível, espiritualidade é a vivência de acordo a crença em entidades ou dimensões para além da matéria. Sendo que essas manifestações não se resumem apenas a forças ou energia.
Música, literatura, dança … são manifestações artísticas e estão no domínio das emoções, assim como o amor. Não são facetas da espiritualidade.
Distinguir o bem do mal, o certo do errado … é ter bom senso, empatia, princípios que podem ser inatos ou adquirido e que, de acordo com aquilo que eu entendo por espiritualidade, não estão directamente relacionados com esta.
Só uma pergunta, pode ser? Às duas. Vocês deram-se ao menos ao trabalho de ler e pensar um pouco nos documentos que fui aqui colocando ao longo desta nossa conversa?...
É que eu, no outro dia, disse à MariaL que tinha tomado nota de todas as observações que ela me havia feito. E tomei!
Se leram, se pensaram e compreenderam toda a matéria que fui colocando sobre o assunto, como podem manter a vossa opinião a este respeito!? É que não é de mim que estão a discordar; tal é-me completamente indiferente, se concordam ou discordam de mim.
E tanto assim é, que fiquei na expectativa de ver aqui algumas teses da vossa parte, ellipsis incluído, sustentadas nalguma coisa que eu não tivesse lido ou me tivesse escapado ou mesmo de algo que eu tivesse interpretado mal nos textos que apresentei!
Bem, tenho é de concluir que eu é que vou mesmo ter de rever se vale a pena entrar nestas conversas...
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Re: Espero que o céu exista!
Pois que seja verde para ti, encarnado para quem quiser e amarelo ainda para outro qualquer.Atena escreveu:mjp, estou de férias. Vou-te responder a isto com pés e cabeça mas não será hoje. Hoje digo-te só que quando eu quero o céu é verde, venha quem vier...mjp escreveu:Só uma pergunta, pode ser? Às duas. Vocês deram-se ao menos ao trabalho de ler e pensar um pouco nos documentos que fui aqui colocando ao longo desta nossa conversa?...Atena escreveu:Não podia estar mais de acordo.MariaL escreveu:
Para mim, o mais resumidamente possível, espiritualidade é a vivência de acordo a crença em entidades ou dimensões para além da matéria. Sendo que essas manifestações não se resumem apenas a forças ou energia.
Música, literatura, dança … são manifestações artísticas e estão no domínio das emoções, assim como o amor. Não são facetas da espiritualidade.
Distinguir o bem do mal, o certo do errado … é ter bom senso, empatia, princípios que podem ser inatos ou adquirido e que, de acordo com aquilo que eu entendo por espiritualidade, não estão directamente relacionados com esta.
É que eu, no outro dia, disse à MariaL que tinha tomado nota de todas as observações que ela me havia feito. E tomei!
Se leram, se pensaram e compreenderam toda a matéria que fui colocando sobre o assunto, como podem manter a vossa opinião a este respeito!? É que não é de mim que estão a discordar; tal é-me completamente indiferente, se concordam ou discordam de mim.
E tanto assim é, que fiquei na expectativa de ver aqui algumas teses da vossa parte, ellipsis incluído, sustentadas nalguma coisa que eu não tivesse lido ou me tivesse escapado ou mesmo de algo que eu tivesse interpretado mal nos textos que apresentei!
Bem, tenho é de concluir que eu é que vou mesmo ter de rever se vale a pena entrar nestas conversas...
Para mim o importante não é de onde partimos mas onde chegamos.
Não penses que eu não sei as razões que levam a certas tomadas de posição... e como eu não venho a este fórum para ganhar nada a não ser partilhar pontos de vista e informação variada, também na expectativa de colher outras que para mim têm particular interesse na medida em que se tratam de pessoas com quem tenho um passado comum, a partir do momento em que o esforço que faço da minha parte é retribuído com um "o céu é verde" venha de lá quem vier, para mim está tudo dito e percebido; vou mesmo ter de rever a minha participação em certos assuntos.
... começam a ser poucos!... os assuntos... bem entendido!
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Re: Espero que o céu exista!
Desculpa Atena! Boas férias!
beijinho
mjp
beijinho
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Re: Espero que o céu exista!
Setubalense escreveu:Caríssima MariaL
Creio que novamente (visto que já foi abordado noutro tópico), ressurge o tema do que é a espiritualidade. Não faz o meu género ripostar – passe o termo -, mas já me apercebi faz tempo que há aqui duas vertentes. Os que têm como conceito de espiritualidade apenas uma questão religiosa e outros que veem a espiritualidade como um conjunto de emoções e de sentidos da vida, onde também se pode englobar o conceito religioso. Ainda bem que nem todos estamos de acordo e opinamos de modos diferentes. Isto não é a Orga onde a palavra da WT é lei.
setubalense
Setubalense,
eu não disse, nem há nada nas minhas palavras que leve à interpretação que espiritualidade é sinónimo de religiosidade.
Tal como diz, este assunto já foi abordado num outro tópico, em parte, em que o Condor partilhou um texto, que a meu ver, exprime muito bem as diferenças entre religião e espiritualidade:
https://testemunhasdejeova.forumeiros.com/t1546-religiao-vs-espiritualidade?highlight=espiritualidade
Cumprimentos.
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Re: Espero que o céu exista!
Mantenho a concordância com a que está escrito a cima.Atena escreveu:Não podia estar mais de acordo.MariaL escreveu:
Para mim, o mais resumidamente possível, espiritualidade é a vivência de acordo a crença em entidades ou dimensões para além da matéria. Sendo que essas manifestações não se resumem apenas a forças ou energia.
Música, literatura, dança … são manifestações artísticas e estão no domínio das emoções, assim como o amor. Não são facetas da espiritualidade.
Distinguir o bem do mal, o certo do errado … é ter bom senso, empatia, princípios que podem ser inatos ou adquirido e que, de acordo com aquilo que eu entendo por espiritualidade, não estão directamente relacionados com esta.
Não mjp, não li. Porque não leio tudo o que aqui se põe, porque não leio todos os livros do mundo, nem todos os clássicos, nem todos os fantásticos autores que já tiveste a oportunidade de ler. Tenho tempo limitado e alguns anos pela frente. Ainda para mais sou burra, não tenho um curso superior, e sou bastante teimosa.mjp escreveu:Só uma pergunta, pode ser? Às duas. Vocês deram-se ao menos ao trabalho de ler e pensar um pouco nos documentos que fui aqui colocando ao longo desta nossa conversa?...
Confesso que não me parece que te seja indiferente...mjp escreveu:É que eu, no outro dia, disse à MariaL que tinha tomado nota de todas as observações que ela me havia feito. E tomei!
Se leram, se pensaram e compreenderam toda a matéria que fui colocando sobre o assunto, como podem manter a vossa opinião a este respeito!? É que não é de mim que estão a discordar; tal é-me completamente indiferente, se concordam ou discordam de mim.
Meu caro, já vi autores mudarem de opinião tanta vez que me sinto no direito de ter opinião. Já confiei em tudo o que li, mas isso já foi há anos. Agora tenho opinião.mjp escreveu:E tanto assim é, que fiquei na expectativa de ver aqui algumas teses da vossa parte, ellipsis incluído, sustentadas nalguma coisa que eu não tivesse lido ou me tivesse escapado ou mesmo de algo que eu tivesse interpretado mal nos textos que apresentei!
Li dois livros do professor António Damásio, aprecio o tema, acho delicioso perceber o funcionamento do cérebro, perceber que estamos programados para certas coisas e que não estamos completamente em controlo de tudo, temos reacções que não controlamos, apesar de acharmos que controlamos tudo.
Se tocarmos neste assunto daqui a 1, 5, 10 ou 20 anos, posso ter uma opinião completamente diferente. Posso encontrar a minha espiritualidade ou posso até converter-me a uma religião. Felizmente estou aberta á mudança e sei mudar de opinião.
Perdi a conta ás vezes que já te li frases destas. Meu caro eu sou das pessoas que te desfiam a comentar, a dizer o que pensas, a desenvolver. Provavelmente faço-o por motivos egoístas, porque aprendo contigo. Mas também porque valoriza o forum. E porque outros aprendem, e porque se criam discussões interessantes.mjp escreveu:Bem, tenho é de concluir que eu é que vou mesmo ter de rever se vale a pena entrar nestas conversas...
Não comentas nada que tenha a ver com a ICAR, agora não comentas isto...
Diz-me: se tivesses um interlocutor com esta postura tinhas vontade de continuar a conversa?
Ás vezes a estupidez tem de ser simplesmente aceite e ultrapassada. É o que te peço que faças, esquece e ultrapassa a minha estupidez teimosa neste assunto.
Se todos deixarem de comentar fechamos o forum...
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Re: Espero que o céu exista!
Leio sempre, antes de comentar o que já foi dito e os texto anexos. É um princípio da boa educação e do bom senso, que se aplica também à comunicação escrita, certo:!:mjp escreveu:
Só uma pergunta, pode ser? Às duas. Vocês deram-se ao menos ao trabalho de ler e pensar um pouco nos documentos que fui aqui colocando ao longo desta nossa conversa?...
Se pensei? Sim, normalmente costumo pensar ... nos últimos meses tenho pensado mesmo muito nestas temáticas. Conclusões e respostas que me satisfaçam é que não tenho.
Parece-me que há aqui um desafio... eu preferia ficar como assistente... Mas amanhã ou depois, porque agora não tenho tempo, vou tentar dar-te uma resposta.mjp escreveu:E tanto assim é, que fiquei na expectativa de ver aqui algumas teses da vossa parte, ellipsis incluído, sustentadas nalguma coisa que eu não tivesse lido ou me tivesse escapado ou mesmo de algo que eu tivesse interpretado mal nos textos que apresentei!
Bem, tenho é de concluir que eu é que vou mesmo ter de rever se vale a pena entrar nestas conversas...
Há muito que eu aguardo que certas questões ligadas a esta temática, mas que pouco interesse têm despertado, sejam aqui debatidas. Vamos ver se é desta.
Por outro, lado não quero ter nenhuma responsabilidade nos teus silêncios. Os teus fãs caiam-me em cima!
Até mais!
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