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Um dia no Parque

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Mensagem por António Madaleno Qui Out 24 2013, 16:59



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Mensagem por Paulo Neto Qui Out 24 2013, 17:09

TJ Curioso assim só por acaso já te passou pela cabeça que isto é um fórum PT...Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes 
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Mensagem por António Madaleno Qui Out 24 2013, 17:28

Por acaso já. Mas achei que este diálogo é extremamente interessante e relativamente acessível para um leitor mediano. Depois há sempre um dicionário que pode ter à mão quando há uma palavra mais difícil.

Por vezes perde-se por não se fazer um esforço.
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Mensagem por River raid Qui Out 24 2013, 17:47

Penso que esta obra retrata muito bem aqueles que inventam questões para manipular respostas. Descontextualizam situações, dando-lhes posteriormente um significado de acordo com seus proprios interesses.

Não faz lembrar ninguém???

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Mensagem por mjp Dom Out 27 2013, 01:00

Interessante cartoon.

Perguntas ou respostas, o que é mais importante?

Já agora... e se pegássemos neste tema e filosafássemos um pouco?

Parece, à primeira vista de fácil abordagem, mas e se começássemos exactamente por tentarmos ver se definimos o que é uma pergunta?

É que assim, no abstracto da colecção de perguntas e respostas, ficamos sem saber, logo à partida, o que é uma pergunta.

Estive a pensar uns momentos a respeito desta questão e surgiram-me logo imensas dúvidas (perguntas?). Uma foi: uma resposta é o resultado que se segue a uma pergunta, ou uma pergunta só se formula em função da constatação de uma resposta. Dito de uma outra maneira: quando o homem surgiu na terra (esqueçam lá agora como foi que surgiu) encontrou primeiro perguntas ou respostas?

Em todo o caso, parece-me que para responder a esta questão, devemos mesmo começar por saber o que é uma pergunta. Só me surgiu esta questão quando acabei de ler o cartoon e, portanto, ainda mal tive tempo de pensar sobre o assunto.

Vamos lá ajudar-nos uns aos outros!

O que é uma pergunta? Podemos também começar por tentar saber o que é uma resposta, mas esta última parece-me mais fácil de determinar.

Portanto, lanço o repto para todos: o que é uma pergunta?
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Mensagem por Ana Cláudia Seg Out 28 2013, 17:59

Confesso a minha incapacidade para te responder e por isso recorri a ajudas...

Pergunta é uma frase cujo objetivo é convidar um ouvinte ou leitor a dar uma explicação, uma informação, ou, em qualquer caso, uma interrogação que demanda, ou solicita uma resposta.
Na filosofia a pergunta é o que gera toda a discussão ao que cerca o todo
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Pergunta

"A arte de interrogar é bem mais a arte dos mestres do que as dos discípulos; é preciso ter já aprendido muitas coisas para saber perguntar aquilo que se não sabe."Autor - Rousseau , Jean Jacques

"Julgue-se um homem mais pelas suas perguntas do que pelas suas respostas.
"Autor - Voltaire
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Mensagem por mjp Ter Out 29 2013, 01:05

Atena escreveu:Confesso a minha incapacidade para te responder e por isso recorri a ajudas...

Pergunta é uma frase cujo objetivo é convidar um ouvinte ou leitor a dar uma explicação, uma informação, ou, em qualquer caso, uma interrogação que demanda, ou solicita uma resposta.
Na filosofia a pergunta é o que gera toda a discussão ao que cerca o todo
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Pergunta

"A arte de interrogar é bem mais a arte dos mestres do que as dos discípulos; é preciso ter já aprendido muitas coisas para saber perguntar aquilo que se não sabe."Autor - Rousseau , Jean Jacques

"Julgue-se um homem mais pelas suas perguntas do que pelas suas respostas.
"Autor - Voltaire
Pois, não pensei, de facto, muito a este respeito. Mas minha cara amiga Atena, parece-me, no entanto, que as perguntas nascem do espanto, no seu significado filosófico. E pode apresentar, assim de repente e sem grande reflexão, dois sentidos: um sentido externo, de espanto a respeito do mundo (em sentido cosmológico) e um sentido interno, de espanto perante si mesmo. Não me peças referências, pois o interesse desta minha proposta estaria exactamente no aspecto que se prende com a ousadia de pensarmos sozinhos. Claro, que a partir de uma certa altura na vida, já ninguém pensa sozinho... já colheu e assimilou pensamentos de quem pensou antes dele. Era giro se vagueássemos no pensamento... sem referências, sem citações, sem necessidade de justificações que não fosse a própria coerência interna da opinião formulada. E, assim, a pensar de repente, lembrei-me de um outro sentido para o espanto, para além dos primeiros dois, talvez se possa dimensionar um terceiro sentido: o espanto do outro.

Teríamos, assim, três vertentes essências a respeito das quais se formulam perguntas: o "eu", o "outro" e o "mundo".

Não sei... mais alguma? Peguem nisto... seria interessante termos aqui uma conversa sobre "nada", a ver para onde nos levariam os nossos pensamentos...

Há dias pensei numa coisa gira aqui para o fórum, mas nunca sei aferir aprioristicamente da receptividade por parte desta nossa comunidade: seria abrir um tópico e começarmos a escrever. Começar-se-ia como quem começa a escrever um livro: "Era uma vez..." e quem viesse atrás continuava... "uma menina que vivia num país onde fazia muito frio"... e depois seguia outro(a) "mas a menina estava já cansada daqueles dias sem sol, em que a neve cobria sempre o cume das montanhas e a água congelava em todas as nascentes; então..." e depois vinha outro(a) e continuava...

Não sei. Só sei que já ando cansado de andarmos sempre em torno dos mesmos assuntos e talvez fosse interessante vermos onde nos levaria a imaginação...

Bem, entretanto, temos aqui, a minha proposta para o desafio de "Um dia no parque": 3 campos de incidência para as "nossas" perguntas: o espanto a respeito do"eu", dos "outros" e do "mundo".

Não sei Atena, haverá mais?...
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Mensagem por Ana Cláudia Ter Out 29 2013, 20:11

mjp escreveu:
Bem, entretanto, temos aqui, a minha proposta para o desafio de "Um dia no parque": 3 campos de incidência para as "nossas" perguntas: o espanto a respeito do"eu", dos "outros" e do "mundo".

Não sei Atena, haverá mais?...
Sem saberes foste tocar na razão de eu querer ler Fernão capelo gaivota...
Parece que se eu conseguir entender as minhas asas, como funcionam, acabarei por conseguir apanhar o peixe que está mais fundo. (falaram-me do livro não o li, ainda)

As minhas perguntas que nascem do espanto(?), da duvida(?), da necessidade de entender (?), da reflexão(?), do "eu", existem todos os dias. Também as que se encaixam nos "outros" e no "mundo".

E como eu amava conseguir ter uma mente limpa de pré conceitos, vazia, o "nada" como tu disseste...

Sempre me surgiram perguntas em tudo, pôr em causa, duvidar, esclarecer, pensar, reflectir, concluir, mudar de opinião. É um processo tão dolorosamente saboroso!
As perguntas trazem dor, trazem incerteza, tiram-nos o chão. Colocar o que devia ser dado como certo em causa não é fácil.

As perguntas, os meus tão queridos "Porquês"!

E o que eu dava para não ter perguntas a povoar a minha mente, a poupança em angustia e em dores que isso era? A satisfação com o que se tem, sem nada pôr em causa se calhar é uma riqueza...

Bem aventurados os pobres de espírito, não é assim que diz?

E qual é a vantagem do sofrimento trazido pelas perguntas, com ou sem respostas?

(este post foi escrito como quem pensa alto, poderá não fazer sentido, sendo contraditório. mjp, tens este efeito em mim Wink  )


mjp escreveu:Há dias pensei numa coisa gira aqui para o fórum, mas nunca sei aferir aprioristicamente da receptividade por parte desta nossa comunidade: seria abrir um tópico e começarmos a escrever. Começar-se-ia como quem começa a escrever um livro: "Era uma vez..." e quem viesse atrás continuava... "uma menina que vivia num país onde fazia muito frio"... e depois seguia outro(a) "mas a menina estava já cansada daqueles dias sem sol, em que a neve cobria sempre o cume das montanhas e a água congelava em todas as nascentes; então..." e depois vinha outro(a) e continuava...
Acho esta ideia muito boa. "História interminável..."
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Mensagem por mjp Ter Out 29 2013, 21:01

Atena escreveu:

As minhas perguntas que nascem do espanto(?), da duvida(?), da necessidade de entender (?), da reflexão(?), do "eu", existem todos os dias. Também as que se encaixam nos "outros" e no "mundo".
Somos um poço que se seca à medida que o vamos enchendo com o que nos faz sentido. Queremos o mundo, os outros e até nós mesmos, explicados, percebidos de uma forma a que nos possamos habituar de forma confortável. Tornamo-nos assim, intolerantes... quando tudo não se encaixa da forma que a nós nos faz sentido, quando não percebemos a razão que para alguém, o mar não atrai, mas sim a montanha... os labirintos de tudo isto, destes vectores em análise, pelo menos estes, acabam por nos perder nos tais pré conceitos que herdamos de múltiplas maneiras e o esforço para os harmonizar, muitas vezes não é alcançado. Eu gostei muito de ler Sócrates, o ateniense, claro, na forma como Platão o punha a falar. O conhece-te a ti mesmo... ui, dolorosa e complexa experiência. Ir-mo-nos descascando como quem tira as camadas de uma cebola até ficar... o quê? O vazio? Nunca consegui... no lugar do vazio, surgem-me todos os lados negros da alma... o mal quase que em estado puro... depois, lês, já não sei se no Eclesiastes, ou num dos de Sabedoria: o coração do homem está inclinado para o mal o tempo todo...


E como eu amava conseguir ter uma mente limpa de pré conceitos, vazia, o "nada" como tu disseste...
Peguei nisto ali em cima... não conseguimos o nada da ausência de pré conceitos. Nem na barriga da mãe somos assim. Já vimos formados, já vimos feitos... já vimos criados. Percebes o que me aventuro a dizer aqui? Somos filhos de alguém, não somos criadores de nada... não somos os seres livres que queríamos... como "Adão" e "Eva" o quiseram... ao mesmo tempo, sem o mínimo problema te digo... tão mau que eu sou e tanta dificuldade tenho em aceitar ou perceber o mal em mim e nos outros... se isto não é uma causa muito próxima da raíz das nossas contradições... então não sei o que mais poderá ser de parecido. O diabo, por exemplo? Não o consigo racionalizar... Deus, por outro lado, como já percebeste, com a maior das facilidades... o diabo? Escapa-se-me por completo à minha capacidade de o "perceber", sim, perceber-lhe os motivos desde a origem... nem Bíblia nem nada me explicam o mal em estado puro. No entanto, olho para dentro de mim, e vejo o mal muito mais latente que o bem.
Sempre me surgiram perguntas em tudo, pôr em causa, duvidar, esclarecer, pensar, reflectir, concluir, mudar de opinião. É um processo tão dolorosamente saboroso!
As perguntas trazem dor, trazem incerteza, tiram-nos o chão. Colocar o que devia ser dado como certo em causa não é fácil.
Nada, no raio desta vida é fácil... Morrer a rir  Vou desabafar: quantas vezes já farto de ler o que já anteriormente tinha pensado, já farto de concluir em todas as direcções sempre as mesmas futilidades, sim, que raio! Futilidades! A vida sem a garantia de vida é fútil, estúpida, sem interesse nenhum... 40? 50? 60? 70? 80? 120? 327? 1 500 000... desde que saibamos que termina, é fútil. Aí revolto-me! Se estou aqui, se vou acabar daqui a bocadinho, raios, deixem-me em paz! Deixem-me viver como quero que garanto que não vou fazer mal a ninguém. Vêm-me com ordens? Comandos? direcções? QUEM É ESSA GENTE PARA MANDAR EM MIM? Suporto-os pelas razões que conheces... Morrer a rir 



E o que eu dava para não ter perguntas a povoar a minha mente, a poupança em angustia e em dores que isso era? A satisfação com o que se tem, sem nada pôr em causa se calhar é uma riqueza...
Fernando Pessoa num poema em que alude esse aspecto: não sei a agora precisar qual, fala da simplicidade da ceifeira que não interroga o porquê da vida e de como é feliz. Enganado o meu querido Pessoa... completamente, redondamente enganado... depois acerta em cheio... e fala, acho eu, do gato! Esse sim, não pensa nem se interroga... e, curiosamente, de novo a Bíblia... o homem foi feito para viver e os animais não? Terá a nossa revolta existêncial que ver com uma condenção a que somos alheios?... seremos salvos e ficaremos em paz pela salvação que vem pela fé?... Tenho momentos, e são generosos, graças a Deus, em que nada me perturba. Outros em que começo a questionar tudo e mergulho em todas as contradições e descubro e percebo todas as futilidades e vacuídades de todas as teorias. Quero lá saber da mecânica... se não andasse de carro, montava um burro... percebes? Que qualidade de felicidade trás um carro? Um frigorífico... etc? são simoples extenções de um mundo que aceitamos sem pensar e que nos invade e nos faz esquecer que há outros caminhos... mesmo para a felicidade mundana.
Bem aventurados os pobres de espírito, não é assim que diz?
Diz-se! Mas a tradução está errada... nesse caso a tradução correta seria: bem aventurados dos que se tornam pobres pelo espírito... ou seja, aqueles que abandonam e desprezam os bens materiais pela felicidade das alegrias do espírito. Não te fies nos especialistas em grego deste fórum  e tira mesmo a limpo se tiveres dúvidas do que afirmo.

E qual é a vantagem do sofrimento trazido pelas perguntas, com ou sem respostas?
Nenhuma! Daqui a  1 500 000 anos, deixas de existir, sob a luz da mentalidade materialista. E s eo dinheiro não se leva para a cova... também não as perguntas nem as respostas...

Atena escreveu:(este post foi escrito como quem pensa alto, poderá não fazer sentido, sendo contraditório. mjp, tens este efeito em mim Wink  )

Fiz o mesmo... obrigado! tass bem  Pega em coisas soltas... aqui já faladas, desabafadas e pensadas e...vamos continuar?...


mjp escreveu:Há dias pensei numa coisa gira aqui para o fórum, mas nunca sei aferir aprioristicamente da receptividade por parte desta nossa comunidade: seria abrir um tópico e começarmos a escrever. Começar-se-ia como quem começa a escrever um livro: "Era uma vez..." e quem viesse atrás continuava... "uma menina que vivia num país onde fazia muito frio"... e depois seguia outro(a) "mas a menina estava já cansada daqueles dias sem sol, em que a neve cobria sempre o cume das montanhas e a água congelava em todas as nascentes; então..." e depois vinha outro(a) e continuava...
Acho esta ideia muito boa. "História interminável..."
Iria ser fantástico!... a imaginação a soltar-se em fio condutor de pensamento alheio...

caramba  Very Happy


Última edição por Atena em Ter Out 29 2013, 21:13, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Edição da citação)
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Mensagem por Ana Cláudia Ter Out 29 2013, 22:05

mjp escreveu:
(…) O conhece-te a ti mesmo... ui, dolorosa e complexa experiência. Ir-mo-nos descascando como quem tira as camadas de uma cebola até ficar... o quê? O vazio? Nunca consegui... no lugar do vazio, surgem-me todos os lados negros da alma... o mal quase que em estado puro... depois, lês, já não sei se no Eclesiastes, ou num dos de Sabedoria: o coração do homem está inclinado para o mal o tempo todo...
Maldita a hora em que resolvi conhecer-me, nunca vou chegar ao fundo. E como queria lá chegar, sei lá se calhar é no fundo que está a resposta final, ou a pergunta final… e aí o caminho talvez perca o sentido, se não há premio no fim qual é o interesse? Ou o interesse é o caminho? Mas não quero conhecer um lado tão negro, tão doloroso, com tantas perguntas e reflexão sem prémio!
Egoísta, gananciosa, talvez. Que seja!
Mas não consigo voltar atrás no caminho! É rua de sentido único…
Sou várias, sou a que reflete e a que é impulsiva, sou tantas! Como o Pessoa que todos somos. E encaixar todas num sítio que faça sentido? Num padrão, numa norma… Não consigo. Ninguém consegue? Talvez os tais que não refletem não perguntam… E eu quero refletir e não quero, e quero e não quero outra vez. Cada vez que a dor vem deixo de querer, e quero é fugir de mim, e de ti e do mundo.
E voltam os porquês. Porque entraste na rua de sentido único? Como é que voltas para trás?


mjp escreveu:
(…) Escapa-se-me por completo à minha capacidade de o "perceber", sim, perceber-lhe os motivos desde a origem... nem Bíblia nem nada me explicam o mal em estado puro. No entanto, olho para dentro de mim, e vejo o mal muito mais latente que o bem.
Que estranho, agora que pensei nisto, o mal em estado puro é-me tão fácil de entender! É tão fácil ir por esse caminho. É tão mais fácil pensar apenas em nós e ignorar tudo que se passa para além do nosso umbigo. Não é o mal feito aos outros, é aquele mal do “não me interessa nada do que não esteja ao alcance da minha mão”. As ações por prazer próprio sem qualquer interesse nas consequências que vão para além de mim.  Todo o mal, no fundo o total desinteresse pelo bem estar alheio. E se causar mal a outros paciência.
Que fácil deve ser viver assim! Vou morrer, seja lá quando for, que se lixe tudo, todos têm de sofrer porque se eu tenho os dias contados os outros têm de sofrer como eu…
mjp escreveu:
(…) A vida sem a garantia de vida é fútil, estúpida, sem interesse nenhum... 40? 50? 60? 70? 80? 120? 327? 1 500 000... desde que saibamos que termina, é fútil. Aí revolto-me! Se estou aqui, se vou acabar daqui a bocadinho, raios, deixem-me em paz! Deixem-me viver como quero que garanto que não vou fazer mal a ninguém. Vêm-me com ordens? Comandos? direcções? QUEM É ESSA GENTE PARA MANDAR EM MIM? Suporto-os pelas razões que conheces... Morrer a rir
É aqui que eu repito: A fé salva! Porquê? Porque tens “os olhos no premio” (perdoa-me a referencia tejotiana)! Mas esta fé que te permite aceitar a autoridade, porque aguardas uma recompensa, um prémio!
E eu? Não tenho fé! Aguardo o quê? 70, 80, 90 anos de vida? E depois? Acontece o quê? Vou para onde? O que há mais? Nada?
Vês as perguntas? Andam cá sempre!!!


mjp escreveu:
Fernando Pessoa num poema em que alude esse aspecto: não sei a agora precisar qual, fala da simplicidade da ceifeira que não interroga o porquê da vida e de como é feliz. Enganado o meu querido Pessoa... completamente, redondamente enganado... depois acerta em cheio... e fala, acho eu, do gato! Esse sim, não pensa nem se interroga... e, curiosamente, de novo a Bíblia... o homem foi feito para viver e os animais não? Terá a nossa revolta existêncial que ver com uma condenção a que somos alheios?... seremos salvos e ficaremos em paz pela salvação que vem pela fé?... Tenho momentos, e são generosos, graças a Deus, em que nada me perturba. Outros em que começo a questionar tudo e mergulho em todas as contradições e descubro e percebo todas as futilidades e vacuídades de todas as teorias. Quero lá saber da mecânica... se não andasse de carro, montava um burro... percebes? Que qualidade de felicidade trás um carro? Um frigorífico... etc? são simoples extenções de um mundo que aceitamos sem pensar e que nos invade e nos faz esquecer que há outros caminhos... mesmo para a felicidade mundana.
Eu queria ser a ceifeira, e não queria, e queria…. Já me entendeste! Sou tantas! Queria voltar atras, e não pensar, mas quero pensar… deve dar vontade de rir, ou de me chamar maluca…
E sair dos pré conceitos? Quem sai? Não é normal de certeza! Ou será muito mais normal que eu e tu? Ou será fiel a si próprio e nós é que somos os loucos a tentar encaixar na normalidade? O que é o normal? Sou eu! És tu! Somos todos! Ou não? Existe um padrão? Uma norma? Há régua para medir o “normal”?
Outros caminhos? Para onde? Para a felicidade? E o meu é igual ao teu? E respeitar o caminho de cada um? Conseguimos? Sem julgar? Sem questionar? Sem criticar em silencio? Sem revirar os olhos? Felicidade? O que é isso?
Sou feliz com um smartphone. E com um sorriso das minhas crianças. Com uma TV grande para ver o Benfica (lol) e com um olhar cúmplice. Há régua para a felicidade? Há norma?
mjp escreveu:
Diz-se! Mas a tradução está errada... nesse caso a tradução correta seria: bem aventurados dos que se tornam pobres pelo espírito... ou seja, aqueles que abandonam e desprezam os bens materiais pela felicidade das alegrias do espírito. Não te fies nos especialistas em grego deste fórum  e tira mesmo a limpo se tiveres dúvidas do que afirmo.
Acredito em ti. E até faz mais sentido desta forma. Obrigada pelo esclarecimento.

mjp escreveu:
Nenhuma! Daqui a  1 500 000 anos, deixas de existir, sob a luz da mentalidade materialista. E s eo dinheiro não se leva para a cova... também não as perguntas nem as respostas...
E entretanto o que faço ás perguntas sem resposta? Não as levo, ponto assente. Mas e agora o que lhes faço? Permito que me consumam? Não lhes consigo responder! Não consigo que se apaguem! E elas consomem-me! Buscarei todas as respostas, o problema é que não há uma resposta certa para todas as perguntas. E devia haver!
mjp escreveu:
Fiz o mesmo... obrigado! tass bem Pega em coisas soltas... aqui já faladas, desabafadas e pensadas e...vamos continuar?...
Continuarei sempre, não consigo evitar…

(mjp, esta conversa encaixa de tal forma numa conversa que tive recentemente que até me arrepiou! Terá sido por acaso? É só mais uma pergunta, sem resposta…)
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Mensagem por mjp Qua Out 30 2013, 00:06

Atena escreveu:Maldita a hora em que resolvi conhecer-me, nunca vou chegar ao fundo.
Bendita a hora... Atena! Quantas vezes me pergunto como se pode viver com um estranho... que somos nós próprios. Posso não perceber mais patavina seja do que for... se Deus não existe, ó estranha dignidade! mas eu tenho de saber quem sou. De que me serve, se o destino é o fim, o tal fim do ponto final e acabou?... para nada... não me contradigo com esta facilidade toda. Wink  Mas pura e simplesmente não consigo deixar de pensar... que me falta? Porque me estranho hoje? Porque me rio tanto de tanto disparate, quando ontem eram esses os disparates que tanto em incomodavam?... Porque me sinto hoje o mais feliz dos homens e ontem, nem em mim conseguia pensar que não fosse como o mais desprezível dos homens?...

E, hoje, já não me estranho tanto... a minha filosofia começou comigo, com o meu "eu", tanto quanto julgo ser possível começar sem a tal marca de termos sido criados. Não me poupo. Tenho de me testar nos limites do que vou construindo... e de como me vou construindo... quero saber por onde posso quebrar. E quebro, claro. Mas tento perceber exactamente aonde poderei vir a quebrar; assim, na posse dessa informação, tenho uma vantagem sobre quem, por qualquer razão, me quer testar. Não dúvides, Atena, não eu, te asseguro sob palavra de honra, mas há sempre quem nos queira testar. E sabes... inconscientemente, somos muitas vezes nós que nos colocamos nessas situações... somos nós que nos queremos testar, somos nós, aqui neste sentido, os nossos maiores inimigos. Mas outros há...




E como queria lá chegar, sei lá se calhar é no fundo que está a resposta final, ou a pergunta final… e aí o caminho talvez perca o sentido, se não há premio no fim qual é o interesse? Ou o interesse é o caminho? Mas não quero conhecer um lado tão negro, tão doloroso, com tantas perguntas e reflexão sem prémio!
Egoísta, gananciosa, talvez. Que seja!
Mas não consigo voltar atrás no caminho! É rua de sentido único…
Sou várias, sou a que reflete e a que é impulsiva, sou tantas! Como o Pessoa que todos somos. E encaixar todas num sítio que faça sentido? Num padrão, numa norma… Não consigo. Ninguém consegue? Talvez os tais que não refletem não perguntam… E eu quero refletir e não quero, e quero e não quero outra vez. Cada vez que a dor vem deixo de querer, e quero é fugir de mim, e de ti e do mundo.
E voltam os porquês. Porque entraste na rua de sentido único? Como é que voltas para trás?
Somos todos vários. Deixa-me dizer assim, sem grandes demonstrações de qualquer espécie... ninguém é só um. Somos todos as variantes do nosso "eu"... num espectro que vai do melhor ao pior que vai em nós... equilíbrios... interiormente, quero lá saber dos equilíbrios... eu quero é tomar posse de mim quando não me posso permitir em ficar nú. Mas a sós comigo mesmo... tenho medo de quê? De mim?... Medo de mim? Dos meus pensamentos, das minhas vontades?... Medo de perceber que não sou o ser tão bonito e perfeito que gostava de ser? Quero enganar quem?... bem, a minha psicanalista, coitada, não sabe, nem precisa de saber, da missa a metade... mas como posso eu dar-lhe a entender certos aspectos que me incomodam se antes não estiver eu já consciente deles e os cozinhe de forma a transmitir-lhos de forma apresentável? Sim... não me estás a ver dizer à psicanalista... por exemplo, você é boa comó milho... etc e tal... Morrer a rir  mas eu tenho de ter a consciência que sim, que sem qualquer sentimento de afecto, romance ou qualquer platonismo como capa dourada para desculpa, ela é mesmo boa comó milho e etc e tal... Morrer a rir dir-me-às que a busca do tal prémio me ajuda a ter a coragem para olhar para mim em todos os cantos mais negros da alma; não sei... poderia dizer-te, que por exemplo, quando me tornei TJ o tal paraíso interessava-me/motiva-me tanto como ver um jogo do Porto com o Aljustralense... o que me me motivava era a consciência que estava a fazer o que pensava estar certo. Prémio? Só quando me convenceram que em Hebreus, por exemplo, diz lá que Deus quer que saibamos do tal prémio, é que eu lá cedi e pensei... bem, uma mais valia com que não contava... um bónus. Mas um bónus, é um acréscimo ao prémio, não é o prémio, já que para mim o prémio estava na tal consciência de estar a fazer o bem. Percebes a vantagem de, como se diz em Direito, "ex-ante", ou seja, antes de acontecer, devemos prever... seja lá o que for... Ora o meu lado bom, que também tenho, não carece de grande análise. O que eu preciso controlar, é o lado mau. Como o controlo se não o conheço?... Eu não preciso de conhecer o que me leva a dar uma esmola ou ajudar alguém que precisa... bem, posso especular... mas isso é fruto da tal marca de sermos criados, sermos filhos de alguém... é a matriz boa da nossa alma, com ou sem Deus. Por isso, quando metes o prémio ao barulho... eu hesito. Não do ponto de vista da análise do outro mas da minha própria. Eu só consigo chegar ao outro, se primeiro me tiver descoberto por completo: isto nem foi nada original... os psicanalistas, psiquiatras e essa gente toda, analisam-se todos uns aos outros... como é que percebem o outro sem se perceberem a eles?...

Perceber o bem? mas, no meu caso, o bem não me incomoda. Como já te disse, a Deus, percebo perfeitamente. Perfeitamente, é como diz o outro, claro... Já o tal diabo... sai completamente fora da minha capacidade de compreensão. Nada, absolutamente nada do que li, na Bíblia, nos Santos, na própria psicanálise onde esse tema é tratado, nada me deu ainda aquela sensação de "compreendi". O mal é estupído! O mal é ininteligente! Ou demasiado inteligente, o diabo, como alguns afirmam, para mim é de tal forma estúpido que excede a minha compreensão, logo, é mais inteligente que eu. Jogo de palavras? Não me parece... já que aqui se trata de uma análise em que o racional joga no mesmo tabuleiro do emocional. Se não o conheço, ao menos, um pouco, como me defendo dele? Onde posso conhece-lo um pouco melhor? Na sua obra. Onde está ela? Em mim. Ao contrário de Deus, que na sua obra O posso conhecer com um verdadeiro sentido lógico, e em mim também o encontro na tal matriz de ter sido criado por alguém... no diabo só lá chego e, numa parte mais limitada, na análise da emoção do mal. Se me permites, acrescento: na análise do mal enquanto fonte de prazer. Não me refiro só ao tal prazer da gaja boa comó milho, mas de todos os outros de que falas... egoísmo, deixa andar, quero lá saber... esses todos e mais todos os outros... o mal revela-se de muitas maneiras, o bem é só um e só se revela de uma maneira... é objectivo. O mal é subjectivo e relativista... tass bem 

Que estranho, agora que pensei nisto, o mal em estado puro é-me tão fácil de entender! É tão fácil ir por esse caminho. É tão mais fácil pensar apenas em nós e ignorar tudo que se passa para além do nosso umbigo. Não é o mal feito aos outros, é aquele mal do “não me interessa nada do que não esteja ao alcance da minha mão”. As ações por prazer próprio sem qualquer interesse nas consequências que vão para além de mim.  Todo o mal, no fundo o total desinteresse pelo bem estar alheio. E se causar mal a outros paciência.
Que fácil deve ser viver assim! Vou morrer, seja lá quando for, que se lixe tudo, todos têm de sofrer porque se eu tenho os dias contados os outros têm de sofrer como eu…
Acho que fiz a ponte no meu comentário acima... Morrer a rir 

É aqui que eu repito: A fé salva! Porquê? Porque tens “os olhos no premio” (perdoa-me a referencia tejotiana)! Mas esta fé que te permite aceitar a autoridade, porque aguardas uma recompensa, um prémio!
E eu? Não tenho fé! Aguardo o quê? 70, 80, 90 anos de vida? E depois? Acontece o quê? Vou para onde? O que há mais? Nada?
Vês as perguntas? Andam cá sempre!!!
O tal prémio é universal, logo, católico... Morrer a rir para uns de uma maneira, para outros de outra... prémio é prémio, mas como tentei dizer-te, nesta análise do "eu", para mim é mais um bónus, que o prémio propriamente dito.

As perguntas estão em ti sempre. Sempre estarão em ti! Se somos anormais, como referencias por aí no teu delicioso comentário, não sei, estou-me nas tintas e só não tenho raiva a quem saiba, porque pago a uma para tentar saber se me há-de deixar sair do consultório, ou enfiar-me logo no Júlio de Matos... Morrer a rir 

Eu queria ser a ceifeira, e não queria, e queria…. Já me entendeste! Sou tantas! Queria voltar atras, e não pensar, mas quero pensar… deve dar vontade de rir, ou de me chamar maluca…
E sair dos pré conceitos? Quem sai? Não é normal de certeza! Ou será muito mais normal que eu e tu? Ou será fiel a si próprio e nós é que somos os loucos a tentar encaixar na normalidade? O que é o normal? Sou eu! És tu! Somos todos! Ou não? Existe um padrão? Uma norma? Há régua para medir o “normal”?
Outros caminhos? Para onde? Para a felicidade? E o meu é igual ao teu? E respeitar o caminho de cada um? Conseguimos? Sem julgar? Sem questionar? Sem criticar em silencio? Sem revirar os olhos? Felicidade? O que é isso?
Sou feliz com um smartphone. E com um sorriso das minhas crianças. Com uma TV grande para ver o Benfica (lol) e com um olhar cúmplice. Há régua para a felicidade? Há norma?
Somos tantos num só! Porque, acho eu, somos vários outros, que reflectimos mesmo que inconscientemente. Quando falo, por exemplo, ouço por vezes, o meu pai a falar. Quando uso uma expressão, dou vida à minha avó que está em mim. Quando me lembro de uma amigo ou de uma amiga mais chegados, sinto-os quando penso o que eles me transmitiram... a ideia brilhante de um professor... não sou eu... a criança que vejo a chorar por uma qualquer razão, não sou eu... mas eu sou eu e todos esses. Mas tenho de saber quem sou eu, fora deles. Tenho de me libertar das tais camadas da cebola, pois é perante mim que eu tenho de responder... Deus àparte.

(mjp, esta conversa encaixa de tal forma numa conversa que tive recentemente que até me arrepiou! Terá sido por acaso? É só mais uma pergunta, sem resposta…)
Nesta conversa... que é onde eu gosto de mergulhar em cavaqueiras com amigos(as) só falta um whisky, uns aperitivos, e uma boa música de fundo, de preferência, clássica! tass bem 

Pode ser que alguns amigos se queiram vir juntar a nós...  Wink e tragam uma garrafa de qualquer coisa que se beba... que o ellipsis traz as gregas... que hão-de saber filosofar, pois claro! Morrer a rir

Por acaso? Coincidência? A teoria do efeito borboleta aponta para um caos, em que a desordem não se explica mas só por que as probabilidades não são controláveis... mas que nada acontece por acaso. Very Happy[/quote]
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Mensagem por mjp Qua Out 30 2013, 00:24

Faltou-me só um aspecto, pelo que reli: ninguém sai dos conceitos e muito menos dos pré conceitos... Somos filhos de alguém... somos criados... não temos como fugir deles. Nós somos já um conceito que importámos ao longo da vida e trazemos connosco um pré conceito... herdado! Dos conceitos ainda nos podemos tentar despir, mas alguns são já demasiado pele. Os pré conceitos... são, no fundo, pré programas. Se mexes muito, tens um resultado diferente. Não te tens a ti... tens alguém que não sabes nem nunca poderás saber quem é... é um outro, nos seus conceitos e nos seus pré conceitos.
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Mensagem por Ana Cláudia Qua Out 30 2013, 21:34

Fiquei com algumas perguntas (a serio???)...

Atão mas tu fazes psicanálise e fazes a analise antes da psi? Que tu fazes tudo á tua maneira eu já sabia, e admiro-te por isso, mas isto é subverter completamente o objectivo da psicanálise!
A ideia é estares completamente á vontade para dizeres tudo no ambiente controlado e amigável do divã e não fazer uma triagem prévia. É óbvio que eu também não digo tudo (ninguém diz!) mas não faço uma reflexão anterior de modo a esconder o que quer que seja. Ou será que faço? Puseste-me a pensar outra vez Shocked  Não faço uma triagem consciente do que digo ou não posso dizer... Espero que realmente nunca digas á senhora que ela é boa como o milho, isso dito assim seria má educação, e dito de outra maneira era mal interpretado.

Terás de me explicar melhor a tua relação com o "prémio"... se não ages em função dele, então porque te sujeitas á autoridade humana? Percebo que se apenas pensares no prémio não estás a agir de coração... este sempre foi um assunto que me afligiu, o equilibro entre querer o prémio mas agir não por interesse mas de coração. Tudo bem que apenas respondas perante ti, e aquelas vezes em que te apetece atirar tudo ao ar mas tomas atitudes benéficas para os outros? É por ti? Ou pelo prémio? Quando ages contrariado.

Li aqui há tempos uma coisa que me marcou, porque, como em muitas outras questões, nunca tinha visto as coisas por este prisma. Uma pessoa que faz várias acções de solidariedade, recolhas de sangue, de dadores de medula, de apoio aos sem abrigo etc, e que ou outros elogiam frequente e naturalmente (excluindo os haters que esses têm sempre alguma coisa negativa para dizer). É bom sublinhar que a pessoa em questão não tira nenhum partido financeiro das acções em que se envolve, normalmente o que tira é uma carga de trabalhos... Ela resolveu explicar porque faz tudo isto: "Porque sou egoísta!" Porque em ultima analise o prazer que retira do que faz é tão grande que a transforma em egoísta. Porque o faz por prazer pessoal e no caminho ajuda os outros. Entendes isto? Eu entendi tão bem! E soube-me tão bem perceber! E ver que o altruísmo vem temperado por uma serie de outras coisas.

Bem, mais umas linhas de pensamentos desgarrados... com uma bebida fluíam melhor, mas eu não sou dada ao whisky, sou de uma bebidas mais fraquinhas... sou fraquinha é o que é...

Estava a ler as tuas palavras finais e lembrei-me de um sitio onde tive umas amenas cavaqueiras e onde se comiam uns bifes fora de horas, o Foxtrot. De certeza que também conheces.


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Mensagem por mjp Qui Out 31 2013, 01:01

[quote="Atena"]Fiquei com algumas perguntas (a serio???)...

Atão mas tu fazes psicanálise e fazes a analise antes da psi?
Faço, mas não percebo ainda porquê. Eu sei que desde que me divorciei alguém tem de me aturar... Morrer a rir  mas ainda não percebi muito bem qual têm sido as vantagens... Morrer a rir  estou cada vez pior! Mas falo mesmo a sério. Há dias, no eléctrico para a Estrela estava a ver que o caldo entornava. Os revisores andam que parecem leões... e, mais que isso, o eléctrico pára, as portas são trancadas e cá fora, sempre um carro da polícia! (o povo é quem mais ordena, caramba!). Chegam a ser 3 para meia dúzia de passageiros que só não levantam as mãos ao ar... ainda não percebi porquê! Morrer a rir  Bem, há dias entraram neste aparato todo! Estavam lá 4 miúdos da escola, 10/11/12 anos, mais ou menos e... todos sem título válido! Bem, uma fera não teria ficado com os sentidos mais alerta que eu... não perdia uma sílaba da conversa do revisor... se o infeliz tem tido a peregrina ideia de tratar mal (psicologicamente) as crianças... garanto-te que quem o insultava de alto a baixo era eu! Estes tipos têm de cumprir o seu trabalho, está fora de questão. Mas eu tenho 53 anos, ando de eléctrico e nos transportes públicos de Lisboa desde que me lembro e nunca vi, como agora, tanto aparato agressivo para revisionar bilhetes. Nem no tempo do Salazar! Mas qual tempo do Salazar!? Onde é que se via polícia em patrulha para fazer escolta a revisores? Um polícia em Benfica e conhecido por toda a gente era o bastante para fazer representar a autoridade do Estado Português num dos mais populosos bairros da cidade. Agentes da antiga P.I.D.E. entravam nos cafés e todos os conheciam... se se estava a falar do Benfica-Sporting assim se continuava; se era do aumento do pão (nem um tostão em 14 anos de memória, com uma guerra contra os "turras" (exactamente! disse "turrras"!) e ainda assim em pleno desenvolvimento económico) assim continuava. Toda a gente fumava! Não me lembro do meu pai ou avô terem de apresentar a célebre licença de isqueiros! E se se dava para dizer que se tinha ouvido na BBC esta ou aquela informação... se os tais da P.I.D.E. olhavam, logo o meu pai reforçava: sim, sim, sabem os senhores, ontem à noite a sintonia estava complicada... Morrer a rir 
Eu, claro, não percebia patavina daquilo... mas os cafés estavam cheios... os restaurantes idem, os jogos de futebol enchiam os estádios, as salas de cinema multiplicavam-se pela cidade, no teatro de revista cascavam no "botas" e depois no Marcello, como quem quer e lhe apetece!
A provincia que eu conheci... o tal Algarve... não via desempregados nem gente a passar fome! Hoje, vejo!
Agora... somos um povo de salamequeiros... que vemos os brothers da guilherma, as histerias da pinheirosa e os jornais, todos os dias desde não sei quando, só falam nas nódoas negras da barbosa e, quando joga a cristina reinalda, põem bandeiras portuguesas à janela, compradas nos chineses(que arruínaram o comercio alfacinha mais que os chópingues, não pagam impostos, recebem mercadoria produzida fora das regras laborais de dignidade humana em vigor na U.E e, quando a licença dos 5 anos caduca, iniciam todo o processo em nome do familiar mais à mão; enquanto isso tens o comerciante português, na loja ao lado, à porta, com o estabelecimento vazio...
Pronto! Já sei! O povo é quem mais ordena!

Claro que tenho de me pensar primeiro... depois as conversas fluiem... que acho que é isso que eu faço lá! Pago para conversar... Morrer a rir e acabo sempre por não dizer aquilo que mais me preocupa ou me incomoda! Bem , resumindo, acho que ando a contrair uma "sociofobite", que não é a mesma coisa que uma sociofobia... numa sociofobia, apresentam-se sintomas de medo das pessoas... numa "sociofobite", como eu baptizei o meu caso, apresenta-se uma infecção contraída por reacção alérgica às pessoas... Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir  Estou a brincar, mas desta vez nem tanto. É que, de facto, minha cara amiga, eu ando mesmo sem paciência nenhuma para o comum dos mortais e, daí, alguns sintomas de cansaço acentuado e, muitas vezes, vindos não sei donde e nos mais imprevistos momentos (mesmo com os mais íntimos amigos de infância... até logo, que eu... qualquer coisa... que começo a sentir-me exauto! exausto, é a palavra certa. Exausto ou exaurido.É nisso que ando a ver se trabalho com ela. Ainda por cima não trabalho amarrado a uma secretária... tenho mesmo de ter contactos com gente. De onde me vem esta necessidade de estar sem ninguém à volta que se vem acentuando neste último ano, é que não faço a mínima... porque estou em perfeito equilíbrio emocional, bem disposto, alegre, confortável e, após pouco tempo, já não suporto barulhos, conversas, jornais, televisões... seja o que for que me faça entrar na realidade (!?!?!?!?). Pois... perdi um bocado a noção do que é, hoje, a realidade... Cool 


A ideia é estares completamente á vontade para dizeres tudo no ambiente controlado e amigável do divã e não fazer uma triagem prévia. É óbvio que eu também não digo tudo (ninguém diz!) mas não faço uma reflexão anterior de modo a esconder o que quer que seja. Ou será que faço? Puseste-me a pensar outra vez Shocked  Não faço uma triagem consciente do que digo ou não posso dizer... Espero que realmente nunca digas á senhora que ela é boa como o milho, isso dito assim seria má educação, e dito de outra maneira era mal interpretado.
Claro! Mas é... Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir 

Depende do nível de introspecção que se tenha a nível individual. Há pessoas cuja única introspecção que fizeram na vida foi numa travessa de cozido à portuguesa! Morrer a rir  Não sei qual é o método seguido pelo teu ou tua terapeuta, mas, em princípio, nós fazemos sempre uma censura ao que transmitimos; ou inconscientemente, ou nem que seja na forma de discurso racionalizado. Não gostamos nada de sermos alguma coisa que não seja aquela imagem muito bonita que temos de nós próprios... Eu, por exemplo, na segunda ou terceira sessão, até me senti mal com a forma como a coloquei em causa. Não fiz por mal, mas a verdade é que acabei por dizer que não sabia porque razão eu estava ali a falar com uma "garota" (deve andar pelos trintas...), que ela da vida devia perceber tanto como eu de coqueiros... que eu não era propriamente um ignorante a respeito de certos assuntos e que as formações académicas de hoje, de acordo com o que ela tinha obrigação de saber, estão aquém das melhores quartas classes do meu tempo; ela corou que nem um rabanete... e, para além de termos tido uma verdadeira troca de "impressões" a respeito de certos assuntos e matérias, em que a "infeliz" se sentiu, obviamente, avaliada , quis, imagina isto, ir buscar o diploma comprovativo das suas habilitações académicas, mestrado e ordem profissional. Tens toda a razão, quando no último jantar me fizeste a observação que deve ser mesmo difícil trabalhar comigo... (eu acho que não, e estou a ser sincero, mas mesmo!)Mas seja médica ou médico. Arranquei das mãos de um pediatra uma cintigrafia renal do meu filho e pus-me a explicar-lhe como se fazia a leitura daquela traquitana toda quando, pela falta do especialista que o seguiu desde a nascença, o operou e o seguiu até aos 18 anos, me disse que não estava a compreender porque a dilatação de grau 4 estava atribuída ao rim esq., se o mais dilatado, grau 5, o dir. era o maior. Eu que já estava a ferver, arranquei-lhe o exame das mãos e disse-lhe: talvez perceba se olhar para a imagem sem ser de pernas pró ar. De imediato, sem o deixar abrir a boca, expliquei-lhe o mecanismo do refluxo invertido, agradeci a consulta e, com a minha ex ainda em estado de choque, peguei no meu filho ao colo, estendi-lhe a mão, despedi-me e disse-lhe: graças a Deus que quem pegou neste processo todo foi o Dr. F.C. Nós vamos esperar que ele chegue de férias. Como no H. D. Estefânea as operações são (eram...) atribuídas em função de uma escala de equipas cirúrgicas com uma lógica interna própria, numa conversa com o Dr. Gentil Martins que esteve também a par do processo do meu filhote, tive oportunidade de dizer ao Dr. G.M.(para além de um profissional do mais competente possível uma pessoa com uma dimensão humana indescritível) que percebia perfeitamente a necessidade dos médicos mais novos ganharem horas de experiência nos blocos operatórios e manusearem os aparelhos, mas que naquele caso, eu lamentava muito, mas que se algum filho de uma qualquer figura de relevo ali fosse parar que, podiam na altura , ganhar horas de experiência com esse caso. Sabes o que me respondeu? Tem toda a razão, peço-lhe só que não o leve para um hospital privado! Dou-lhe a minha garantia que eu próprio estarei na sala de operações. Acabou por não ser assim... percebi que o Dr. mandava lá, menos que o escalador das equipas de operações, e o meu filhote foi mesmo operado pelo pediatra que o seguiu desde a primeira hora a seguir ao parto, num hospital privado. Noutro caso, não tinha a mínima garantia que o médico que o operaria era o que eu sabia que já conhecia o problema de olhos fechados.

Pois... devo ser um caso perdido! Perdido, farto, cansado, estupidificado por tanta estupidez, completamente desajustado a esta sociedade, impaciente, cada vez mais intolerante com manifestações de altivez sem conteúdo de especie alguma que não sejam: Ó pá, estás porreiro, pá! Então quanto é que eu saco com o negócio, pá? porreiro pá, devo-te uma pá! Eleições, pá! democracia, pá! Professores, pá!? A gente papó-os todo, pá! Médicos, ó pá , quem quer saúde que a paque, pá! Quanto é que eu saco, pá? O curso, pá? Onde  compraste o teu, pá? Eu, o meu, foi ali, na loja do meu amigo, pá! O gajo é um porreirinho, pá! Sim, não é do partido, pá! Mas temos de ser uns prós outros, pá!

Depois logo continuo a nossa conversa. Tenho de ver se concilio o sono... pá! tass bem
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Mensagem por Ana Cláudia Qui Out 31 2013, 17:13

Meu caro, hoje não te vou conseguir dar a devida atenção. Pego amanhã no tema da psicoterapia, do que dizemos ou não dizemos, da triagem consciente ou inconsciente.

Vai dormir, pá! Morrer a rir
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Mensagem por River raid Qui Out 31 2013, 17:21

Um bom diálogo...mas suporífero.
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Mensagem por mjp Qui Out 31 2013, 17:23

Atena escreveu:Meu caro, hoje não te vou conseguir dar a devida atenção. Pego amanhã no tema da psicoterapia, do que dizemos ou não dizemos, da triagem consciente ou inconsciente.

Vai dormir, pá! Morrer a rir
Também já ando a assentar ideia sobre isso..., igualmente, hoje ainda não vai ser possível. O assunto é mesmo complicado... ó minha! Na boa! tá-se bem, ó pá! Wink 
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Mensagem por Ana Cláudia Qui Out 31 2013, 18:17

River raid escreveu:Um bom diálogo...mas suporífero.
River, nem sei o que te diga...

Se calhar digo que também há tópicos dos quais não gosto e nesses não participo. tass bem 
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Mensagem por Ana Cláudia Sex Nov 01 2013, 21:23

(Mais uma vez toma em consideração que escrevo como quem pensa alto…)
Eu quando “uso” a minha psi, agora de forma espaçada e com questões pontuais porque fiz um ano de psicoterapia que foi muito frutuoso e constatei que nem mais 10 anos chegariam para abordar tudo, tento dizer tudo. Mas tenho de admitir que não digo. Sei que me estarei a contradizer o que já disse antes… mas sim, há coisas que são só minhas, talvez as aborde de uma forma indirecta, se calhar dou umas voltas para não ter de verbalizar certas coisas.
“Uso-a” para pensar alto, para tentar ver o problema de outro prisma, porque eu só vejo o mundo com os meus olhos nunca o consigo ver com os olhos dos outros. Foi dentro daquelas quatro paredes, ou logo após de lá sair, que tive grandes epifanias… e grandes desilusões, e grandes ilusões, e grandes perguntas, e grandes respostas...
Mas nunca vendi uma imagem bonita de mim, até muito pelo contrário, vendi uma imagem (que tinha comprado) muito negativa, mas eu cheguei lá com um problema gravíssimo de auto estima. Com uma auto imagem completamente desfocada.

Tu não confias em ninguém! Não me querendo armar “aos cucos” contigo, já pensaste em analisar as razões disso? E das dificuldades com a autoridade? Morrer a rir 
Eu quando percebi as razões de base para alguns dos meus problemas foi como se acendesse a luz de uma sala escura, e tornou-se muito mais fácil lidar com os problemas e consequências.

Todos os utilizadores de psis pagam para conversar, não era o Freud que lhe chamava “tratamento pela conversa”? Acho que li isto em qualquer lado. Podes falar com um amigo, mas o amigo pode desbroncar-se, pagas para dizer tudo, sem filtros, mas depois não dizes… nem eu digo… que complicados que somos!!!

A tua “sociofobite”… como eu gostei e me identifiquei com esta classificação! De facto não encontro com frequência pessoas a quem não seja alérgica! Mas tenho uma possibilidade de explicação: a reflexão em mim e no mundo. Esta explicação não é minha, ofereceram-me. E com o Fernão Capelo Gaivota á mistura (ainda não li…Very Happy ). Mas parece que não há por ai muita gente a tentar entender-se a si e ao que nos rodeia e vai dai a gente fica alérgicos a gente que não pensa mais, não reflete mais, não se põe em causa mais…
Casos perdidos somos todos… anormais dentro da normalidade, imperfeitos com fantasias de perfeição, loucos num mundo louco, sei lá o que somos… livres num mundo que nos prende, ou presos ao mundo? Vai daí só estamos bem com perguntas e com busca de respostas e depois mais perguntas…
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Mensagem por mjp Sex Nov 01 2013, 22:37

Tens de esperar mais um pouco Atena. Não penses que eu vou deixar cair esta conversa...é que nem penses!

Mas hoje é mais um daqueles dias em que estou tão sem vontade de fazer ou pensar seja no que for... que nem vi o nosso Benfica ganhar 3-0 em Coimbra...

O JCGaivota já vem a caminho...

E quem te disse que eu tenho problemas com a autoridade? Eu tenho problemas é em assistir a abusos do poder...

Como, infelizmente, isso hoje é o "prato do dia"... quando não directamente, por anteriores violações de princípios de justiça de quem ninguém faz caso...

Olha, e amanhã de manhã, lá vou conversar... Wink
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Mensagem por mjp Seg Nov 04 2013, 00:48

[quote]
Atena escreveu:(Mais uma vez toma em consideração que escrevo como quem pensa alto…)
Também eu...

Eu quando “uso” a minha psi, agora de forma espaçada e com questões pontuais porque fiz um ano de psicoterapia que foi muito frutuoso e constatei que nem mais 10 anos chegariam para abordar tudo, tento dizer tudo. Mas tenho de admitir que não digo. Sei que me estarei a contradizer o que já disse antes… mas sim, há coisas que são só minhas, talvez as aborde de uma forma indirecta, se calhar dou umas voltas para não ter de verbalizar certas coisas.
Também sinto que se pode tornar viciante. Por vezes tenho medo dessa "dependência"... logo eu, que me incomodam tanto as "depêndencias".

Já lá vou desde Setembro de 2012. Fiz uma interrupção forçada enquanto estive desterrado no Algarve. Quando voltei mandei-lhe um sms a dizer-lhe que gostava de continuar e que não me apetecia começar tudo com outra pessoa.

Pensei que nem me respondia... passaram-se para aí três semanas sem resposta e eu já tinha desistido de recomeçar fosse o que fosse.

Afinal não recebera o meu sms e foi ela que, sem saber do meu sms, tomara a iniciativa de me contactar para saber como eu estava... simpática! Tinha já  pensado que ela teria até respirado fundo quando me viu pelas costas...  Morrer a rir

Sabes, há coisas estranhas. Nunca, nunca me lembro de abordar o facto de ter sido TJ por 15 anos. Não faço de propósito. Nem de perto nem de longe, mas logo na primeira sessão propôs-me que eu fizesse uma lista do que para mim era mais importante na vida e das coisas que mais me marcaram negativamente. Era um exercício rápido... e nem por um segundo, durante o exercício ou depois, durante a conversa que se seguiu essa ideia me veio à cabeça. Na altura, ou até ontem...

A abordagem de certos assuntos dificilmente se fará directamente. A respeito do assunto da racionalização e de se pensar antes, ela disse-me ontem que: "mas com certeza". Temos de levar um fio condutor e ir lá para fora e pensar no que se abordou, e como evoluímos após a sessão é fundamental para ambas as partes. Se "mexeu" connosco, se nos percebemos melhor, se nos afastámos do que queríamos, se alguma coisa ficou mais ou menos nítida, etc, etc, é trabalho nosso. O exemplo que te dei ( "boa comó milho") não é tão estúpido como possa parecer à primeira vista. Eu não preciso, nem tenho de dizer "tudo o que já fiz na vida, tudo o que passei de bom ou mau na vida"... eu tenho é de saber transmitir o que tenho aprendido e como tenho reagido à vida; como a tenho pensado e sentido. As ideias "hollywoodescas" passadas nos filmes em que se trata mais a fundo ou mais na rama as sessões de psicanálise... são só isso... imagens de algo que não corresponde depois ao que é uma sessão dessas a sério.
 
“Uso-a” para pensar alto, para tentar ver o problema de outro prisma, porque eu só vejo o mundo com os meus olhos nunca o consigo ver com os olhos dos outros. Foi dentro daquelas quatro paredes, ou logo após de lá sair, que tive grandes epifanias… e grandes desilusões, e grandes ilusões, e grandes perguntas, e grandes respostas...
Não. Quero mesmo ter feedback do que penso e sinto. Se não fosse assim ficava em casa a falar para as paredes. Não preciso de ninguém para ter outros prismas... tenho essa capacidade muito mais apurada do que transpareço em muitas situações... Não tenho é ninguém que me faça olhar para mim de um outro prisma e me faça descobrir o que eu sozinho não consigo; sairmos de nós e olharmo-nos de fora é que é complicado... pelo menos para mim é. Não te esqueças que eu sou aquele género de pessoa que acha mesmo que tem sempre razão. E como na maior parte das vezes tenho mesmo... fico insuportável quando em situações de decisão rápida não concordam comigo. Uma vez disse à minha ex: ouve lá! mas se eu te disser num grito de aflição: sai já daí! tu ficas parada a olhar para mim e a perguntar porquê? É que enquanto perguntas passa-te o comboio por cima...Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir pois é! não tem gracinha nenhuma mas no fundo é isto mesmo. Ai de mim, não durmo, literalmente, sempre que prevejo uma situação que pode pode em causa a felicidade de quem amo. Desde que nasceu o meu filho, então, parece que vejo perigos por tudo o que é lado... só eu sei as vezes que disse que sim, enquanto o coração me dizia: nem pensar! Depois a cabeça... mas não o podes proteger 24h por dia pró resto da tua vida... e lá dizia que sim... mas... enfim, nem conto as situações cómicas em que me meti e meti a minha ex quando não podia ser eu a controlar à distância. Basta dizer uma: foi para a praia com as educadores numa carrinha. Ele foi... eu não podia ir... impossível naquele dia... portanto, foi a minha ex a conduzir atrás da carrinha e a ficar na praia à distância a ver se estava tudo a correr bem... Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir 

Fiquei assim depois de me casar, piorei muito após o nascimento do meu filhote... Tudo, mas mesmo tudo, gira em torno dos "meus".

Tenho vindo a descobrir que essa é uma das razões que me afasta das pessoas... quanto mais próximas... mais me aflijo com elas, logo, quanto mais longe delas, menos me incomodam... e depender seja de quem for... para mim, é o pânico total... basta dizer-te que para não pedir nada a ninguém... preferi passar duas noites na rua... descansadinho da vida e sem saber se a situação seria permanente. Cool 

Orgulho? Nada disso... estupidez desde nascença! Mais nada que isso. Estupidez natural...


Mas nunca vendi uma imagem bonita de mim, até muito pelo contrário, vendi uma imagem (que tinha comprado) muito negativa, mas eu cheguei lá com um problema gravíssimo de auto estima. Com uma auto imagem completamente desfocada.
Também não! Mas a auto estima não é algo de linear. A auto estima é a coisinha mais subjectiva que se possa imaginar. Há pessoas fantásticas com indices de auto estima a roçar o zero, e enormes cavernícolas que se acham o melhor do mundo.

A auto estima passa, pelo que me fui apercebendo, pela capacidade de cada um se aceitar como é: insisto na Bíblia, o tal livro de contos da carochinhas que sabe mais de tudo que todas as enciclopédias e tratados do mundo, e que diz que "não nos comparemos a ninguém"... ainda te lembras, ou as 50 sombras de Grey eclipsaram-te totalmente essa lembrança? Evil or Very Mad 

A interiorização da nossa própria individualidade, a percepção das nossas próprias particularidades, não em comparação com as de ninguém, mas em função de nós e do que conseguimos fazer e nos ultrapassar e nos conquistar e nos perceber e nos aceitar em todas as nossas contradições e falhas e limitações, é que nos põe a cabeça no travasseiro em paz connosco, sabendo que ninguém é mais exigente connosco que nós o somos connosco próprios e, se alguém nos vier apontar o dedo, basta olhar-lhes de frente que esses críticos desaparecem logo da nossa vista.

E se não dormimos, como é o meu caso em muitas noites, não é por ter a consciência pesada, é porque gosto da paz da noite, é porque me analiso melhor sem os barulhos do dia, ou é porque ando a ver o que posso fazer para resolver uma qualquer situação preocupante.

Tu não confias em ninguém! Não me querendo armar “aos cucos” contigo, já pensaste em analisar as razões disso? E das dificuldades com a autoridade? Morrer a rir 
Penso que no facebook de hoje, dei a minha opinião a respeito do quanto eu estimo autoridade. Mas a autoridade, não a prepotência. E por muito que estime a autoridade, isso não implica que tenha de admitir que a autoridade me faça passar por parvo, que ache que eu não penso e não sei e não percebo. Não sei nem conheço autoridade fora da Justiça e do altruismo. Não amo quem procura enganar os outros e quem os explora, mente e engana. Posso amar a pessoa investida em autoridade, mas nunca o acto de autoridade que assim se manifesta.

Eu não confio em ninguém? Agora fiquei assim a pensar... (olha até me levantei e fui fumar um cigarro Morrer a rir ). Nada disso. Eu não permito é que toda a gente entre num círculo de confiança mais próximo. Como aprendi há muitos anos: eu não posso deseducar as pessoas... não posso permitir-lhe abusos... uma pessoa que eu deseduquei é uma pessoa que eu nunca mais controlo. Se eu não mais controlo perdi-a antes do tempo. Nem nunca mais eu posso ser para ela, nem ela para mim. A confiança ganha-se... não se presume, acho eu, e acho muito bem.Morrer a rir 

Se assim não fazes... espero que a vida nunca te obrigue a aprender à força. Não se trata de desconfiar... trata-se de conhecer primeiro e confiar depois. Amigos de "copos" e coisas assim... xiii, saio à rua e parecem moscas... Morrer a rir (as moscas enxotam-se... acho eu, e muito bem, outra vez. Morrer a rir )

Eu quando percebi as razões de base para alguns dos meus problemas foi como se acendesse a luz de uma sala escura, e tornou-se muito mais fácil lidar com os problemas e consequências.
Minha cara amiga, já tivemos esta conversa noutros lugares. A minha opinião é a que sabes: a única razão de base para os nossos problemas somos nós. O que está à nossa volta são circunstãncias e nada mais. Lembras-te? Talvez por isso nunca me veio à cabeça (logo nem com o coração pensei) que alguma questão relacionada com alguns incómodos meus tivessem a ver com o facto de ter sido TJ, ou ser agora católico. Ou ter nascido rico ou pobre ou em Portugal ou nas Filipinas, ou porque aconteceu assim e não assado, porque foi desta maneira e não de outra... o problema nunca podem ser as circunstâncias. Se algo está mal ou nos incomoda... o problema está em nós. Deixa-me que volte àquele livro da treta, a Bíblia, e te recorde por exemplo que Jesus diz qualquer coisa de parecido com isto: "que aquele que ama o mundo não tem o amor do Pai". Quem ama o mundo ama o que está fora dele próprio, a aprovação dos outros, a sua própria glória através dos outros. Ama as circunstãncias e necessita delas para ser feliz. Ora as circunstâncias não dependem de nós, mas nós dependemos de nós próprios para nos construirmos em função de nós e dos outros. Amar o próximo como a si mesmo, começa por nos amarmos a nós mesmos, não? Amar os outros como Jesus nos amou, esse o verdadeiramente novo mandamento, é que é mais complicado... pois é amar além de nós e mais que a nós mesmos. Mas Jesus nunca deseducou ninguém... e não me parece que fosse por natureza desconfiado. Se era exigente com aqueles que amava? Pois, parece que era um bocadinho... Morrer a rir  mas ao mesmo tempo não me parece que fosse de deixar cair a marreta na cabeça do primeiro que o desapontasse... Morrer a rir Pois este equilíbrio é que me parece fundamental. Por isso, quando alguém me desaponta e eu não consigo ultrapassar esse desapontamento, considero que a culpa é... minha. A falha foi minha, o desastre interno é meu, tenho d eperceber porquê e... em vez de me por a chorar porque coitadinho de mim, que sou tão bonzinho e o outro me desapontou... faço o contrário: que bandido que eu sou que só posso ser mesmo é um miserável de primeira... que não tinha nada de me incomodar por isso. Como já disse, não estou preocupado em levar um raciocínio escorreito... estou só a partilhar ideias sobre essa vertente da análise.

Todos os utilizadores de psis pagam para conversar, não era o Freud que lhe chamava “tratamento pela conversa”? Acho que li isto em qualquer lado. Podes falar com um amigo, mas o amigo pode desbroncar-se, pagas para dizer tudo, sem filtros, mas depois não dizes… nem eu digo… que complicados que somos!!!
Gosto que sejamos complicados... contraditórios, com  a capacidade de nos pormos em causa... de dizer que hoje gosto de amarelo e amanhã morro de amores pelo azul... (salvo seja Morrer a rir ). Que hoje me apetece estar sem ver ninguém e daqui a uma semana telefono a perguntar: ouve lá? Desapareceste? Para ouvir dizerem-me do outro lado: disseste que querias estar sozinho durante um mês... Morrer a rir - e depois? Nunca mudaste de ideias? Morrer a rir  Quem acaba por ficar na minha vida... já sabe como é que eu sou. prefiro dizer: nada! E depois arranjar qualquer coisinha, que dizer: tudo! E depois... nada. What a Face 

A tua “sociofobite”… como eu gostei e me identifiquei com esta classificação! De facto não encontro com frequência pessoas a quem não seja alérgica! Mas tenho uma possibilidade de explicação: a reflexão em mim e no mundo. Esta explicação não é minha, ofereceram-me. E com o Fernão Capelo Gaivota á mistura (ainda não li…Very Happy )
.
O "gaivota" está quase... Desde a semana passada que ainda não estive com o meu filho... este fim de semana surgiu-me uma "pequenina" complicação que me está a fazer deitar fumo pelas orelhas... mas já o tenho "encontrado"... é só esperar que o tenha nas mãos e faço-te chegar. Quando leres, depois, o "Escuta Zé Ninguém", vais perceber as pessoas... olarilólelas!... eu até nem sei se te empreste esse... se o perceberes como eu o percebi... ai, ai, BURKINA FASO, nem mais um segundo! Morrer a rir 


Mas parece que não há por ai muita gente a tentar entender-se a si e ao que nos rodeia e vai dai a gente fica alérgicos a gente que não pensa mais, não reflete mais, não se põe em causa mais…
Bebe um copo que isso passa-te... Morrer a rir  de preferência em boa companhia, claro! Mas se for em má, que seja má da boa!...Morrer a rir 

Vivemos numa sociedade de aparências... em que a forma assume mais e maior valor que a substância. Se sempre foi assim? Sim, em boa dose é verdade... mas acho que o pessoal, agora, anda a exagerar...

Casos perdidos somos todos… anormais dentro da normalidade, imperfeitos com fantasias de perfeição, loucos num mundo louco, sei lá o que somos… livres num mundo que nos prende, ou presos ao mundo? Vai daí só estamos bem com perguntas e com busca de respostas e depois mais perguntas…  
Sim, concordo contigo. Daí a lógica inerente a uma necessidade de salvação. Por muito que nos doa, não nos bastamos a nós próprios. O máximo que conseguimos é esquecermo-nos disso, fazer de conta que não vemos ou não precisamos dela...


O tal prémio.... bem, hoje já não dá mais... estou com a ideia precisa sobre o assunto, mas estou já a começar a precisar de sair daqui para fora...

tass bem
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Mensagem por mjp Qua Nov 06 2013, 22:45

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Mensagem por mjp Qua Nov 06 2013, 22:53

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Mensagem por mjp Qua Nov 06 2013, 22:56

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Mensagem por Ana Cláudia Qui Nov 07 2013, 20:27

São todos mui lindos! Obrigada pela partilha! Very Happy 
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