Se uma TJ ganhar ...

Boas Lembrei-me de uma coisa. o que aconteceia se uma TJ jogasse e ganhasse o Euromilhoes?

Será que escondia? falava aos anciaos? Ou queria la saber e ficava com o dinheiro?

Aberto a sugestoes

eu sou da opinião que queria era "Pilim" e o resto era conversa.....

erikdaytona escreveu:Boas Lembrei-me de uma coisa. o que aconteceia se uma TJ jogasse e ganhasse o Euromilhoes?

Será que escondia? falava aos anciaos? Ou queria la saber e ficava com o dinheiro?

Aberto a sugestoes

Já que não poderia ocultar perante a manifestação inevitável dos sinais exteriores de riqueza que acabariam por vir à luz do dia, ele só tinha duas hipóteses: inventar uma história qualquer ou contar a verdade aos anciãos.

Na primeira situação poderia dizer que recebeu uma herança dum tio que imigrou para o Brasil há 40 ou 50 anos onde teve sorte e sucesso nos negócios e, sem produzir descendência, deixou-lhe toda a fortuna. Obviamente que teria que ter a cumplicidade dos progenitores para confirmarem a história, o que, seria muito fácil perante uns milhões de € que mudariam a vida de toda a família, mas tudo isto claro, nada que umas contribuições generosas nas caixinhas não ajudasse a aliviar a consciência.

Na segunda hipótese contaria toda a verdade aos anciãos entregando-lhes na mesma ocasião um cheque no valor mínimo de meio milhão de € para enviarem à filial, que seguramente o fariam acompanhado duma carta a pedir orientação para resolver o caso. Perante um acto de tanta generosidade o mais certo era a filial pedir sigilo absoluto aos anciãos sugerindo que o euromilionário fosse sancionando com a restrição por um período de 30 dias de comentários e designações na tribuna, após o qual estaria perdoado.

TJ esclarecido escreveu:

Na segunda hipótese contaria toda a verdade aos anciãos entregando-lhes na mesma ocasião um cheque no valor mínimo de meio milhão de € para enviarem à filial, que seguramente o fariam acompanhado duma carta a pedir orientação para resolver o caso. Perante um acto de tanta generosidade o mais certo era a filial pedir sigilo absoluto aos anciãos sugerindo que o euromilionário fosse sancionando com a restrição por um período de 30 dias de comentários e designações na tribuna, após o qual estaria perdoado.    

Envolvendo dinheiro, provavelmente era o que acontecia para tapar os olhos a muitos.   

Ja agora, e se uma tj for contemplada com o sorteio de facturas das finanças e ganhar o carro?

Crixus escreveu:Ja agora, e se uma tj for contemplada com o sorteio de facturas das finanças e ganhar o carro?

Chegar ao salão com um Audi novo é sempre bem visto!

Como sempre dirão que se trata de uma questão de consciência.

Atena escreveu:

Crixus escreveu:Ja agora, e se uma tj for contemplada com o sorteio de facturas das finanças e ganhar o carro?

Chegar ao salão com um Audi novo é sempre bem visto!

Como sempre dirão que se trata de uma questão de consciência.

Para não chegar a ter problemas de consciência, o melhor mesmo é pedir as facturas (em obediência a César) mas sem nº de contribuinte (para não cair no pecado da ganância)       

Uma vez ganhei um sorteio de cupões de abastecimento de gasolina, promovido por uma gasolineira, a Galp ou BP, já não sei.

Foram 250.000 escudos (onde raio está a tecla do cifrão?     ) ou seja, 250 contos em vales de compras no  supermercado Modelo, passe esta publicidade toda.

Deu um jeitão, pois estávamos em vésperas do nascimento do nosso filho... (tínhamos decidido não esperar pela nova ordem...   )

Como o cupão sorteado estava em nome da minha ex-mulher e ela estava já "gravidíssima", e tínhamos de nos deslocar a Lx já com alguma frequência, conseguimos, com essa desculpa, evitar uma reportagem no jornal com fotografias e tudo...   

Havia de ser engraçado: "Testemunhas de Jeová" ganham sorteio da Galp (acho que era Galp ou BP) em vales de compras no supermercado...     

Estávamos em Monchique, a congregação era pequena e claro que toda a gente soube, mas ninguém disse nada...  

Verdade, verdadinha, foram os melhores tempos de TJ: quatro anos em Monchique, com "irmãos" muito velhotes e muito queridos, e passeios aos Domingos para irmos ajudar o grupo que já ficava no Alentejo, numa localidade denominada Nave Redonda. Pregava-se aos cogumelos, apanhavam-se medronhos, e ouviam-se os passarinhos. As lutas pelo poder passavam-me ao lado; só tinha de escutar os desabafos e aconselhar os mais maduros e espirituais que tomavam a dianteira a terem calma e a não olharem tanto para os defeitos uns dos outros...         

Queriam designar-me servo ministerial, já que eu dirigia o estudo da Sentinela e o do livro, mas faltava-me meia hora no relatório mensal, de acordo com a contabilidade do superintendente de circuito da altura. Como eu nunca apontava o estudo domiciliar após o nascimento do meu filho, não contava o tempo de caminho entre Monchique e a Nave Redonda e descontava as horas que parávamos para apanhar cogumelos...       não era considerado ainda suficientemente espiritual para ser designado, embora não fizesse nunca menos de 3/4 horas por semana só para acompanhar e ajudar os espiritualíssimos pioneiros regulares que apontavam até a literatura que deixavam com os cogumelos, senão os próprios cogumelos...  , fora, claro, o que fazia com a minha ex-mulher e com os velhotes durante a semana, sempre que podia.  

Ainda me lembro da cara tristonha do superintendente de circuito a falar comigo: "será que o "irmão" não consegue mais "meia horinha" de pregação?"...   

Enfim, só estou a contar esta última parte porque nunca me restaram dúvidas a respeito da fita métrica com que se mede a espiritualidade entre as TJ; chama-se cronómetro.

Mas gostei imenso de lá estar e ter ajudado aquela gente... talvez a única altura em que gostei mesmo de ser TJ.

Se voltar a ser TJ, tem de ser em Monchique...   (só se estiver já maluquinho de todo, como diz o meu querido estudante eterno   )

250 contos nesse tempo davam para muitas fraldas...   

Atena escreveu:250 contos nesse tempo davam para muitas fraldas...   

Ui... foi cá uma ajuda, que nem te conto.

Fraldas e não só... que tínhamos de vir a Lisboa com muita frequência em virtude da assistência médica que a minha ex e o meu bebezão precisaram na altura...

mjp escreveu:

Mas gostei imenso de lá estar e ter ajudado aquela gente... talvez a única altura em que gostei mesmo de ser TJ.

Se voltar a ser TJ, tem de ser em Monchique...   

mjp,

Monchique ... linda terra, sim senhor ... do mais belo que o Algarve tem.
Também conheci a congregação de Monchique e alguns pioneiros especiais que por lá passaram como o David que veio de Angola e mais tarde o António Silva (só me recordo destes pelo nome)
O SC desolado por causa da 1/2 hora não seria o Manuel Carlos Figueiredo?

Em primeiro lugar, embora a jogatina seja condenada enquanto vício, o manual dos anciãos explica que no caso de jogar por recreação não é assim tão condenável.

Depois, existe uma Sentinela com perguntas dos leitores que aborda a questão dos sorteios e da participação dos cristãos neles, mostrando que dependerá da consciência de cada um participar ou não neles, visto serem promoções criadas pelas empresas para os seus clientes e não poder ser encarado estritamente como jogatina.

Estou a dizer tudo isto de cabeça...  se alguém quiser acrescentar ou corrigir esteja à vontade.  

Se ganha-se o euromilhões calava-me e eles ficavam a saber o mesmo de certeza. (mas eu não jogo ou será que jogo?).

Mas como já foi dito com boas contribuições tudo se resolve e num caso destes não seria difícil.

TJ esclarecido escreveu:

mjp escreveu:

Mas gostei imenso de lá estar e ter ajudado aquela gente... talvez a única altura em que gostei mesmo de ser TJ.

Se voltar a ser TJ, tem de ser em Monchique...   

mjp,

Monchique ... linda terra, sim senhor ... do mais belo que o Algarve tem.
Também conheci a congregação de Monchique e alguns pioneiros especiais que por lá passaram como o David que veio de Angola e mais tarde o António Silva (só me recordo destes pelo nome)
O SC desolado por causa da 1/2 hora não seria o Manuel Carlos Figueiredo?

O António Silva era o pioneiro especial que lá estava quando lá cheguei em 1994, com a mulher, a Filomena. Gostei muito deles e fomos sempre bons amigos enquanto lá estiveram. Depois foram colocados em Aljustrel e ainda os visitámos algumas vezes. O David, se é aquele que penso de quem falas, um senhor muito forte, também lá estava em 1994, com a mulher (ups, passa-me o nome mas entretanto acabo por me lembrar...) mas era pioneiro regular. Já não eram novos... mas eram um doce de pessoas. Acho que ela se chama Odete, e na altura já tinha muitos problemas de locomoção.

O SC, olha, acho que não me lembro já o nome... era casado, já devia andar pelos sessenta e alguns... cabelo liso já com muitas brancas e era uma pessoa muito simples (até gostava dele, mas eu também gostava de toda  a gente...    desde que não se armassem em mandões comigo, tudo corria às mil maravilhas).

Depois do António Silva e da Mena, chegaram dois pioneiros especiais: o Agostinho e a Júlia, que tinham uma filha, a Míriam. Eram um casal muitíssimo simpático, também nos demos muito bem, mas ele tinha graves problemas de saúde.

Tenho muitas histórias muito engraçadas e experiências muito gratificantes passadas em Monchique. Monchique prolongou a minha estadia na organização, enquanto TJ, não tenho a mínima dúvida quanto a isso.

Depois, quando o meu filho começou a crescer, decidi abrir os olhos para tudo o que já havia percebido em todos os sentidos, desde as doutrinas até às experiências que fui acumulando desde 1987, desde a Amadora, e saímos pelo próprio pé, sem razões de queixa de ninguém e acho que ninguém com razões de queixa nossas, simplesmente porque a organização é uma organização falsa, mentirosa, falsa profeta, insensível, hipócrita, cínica e muito mais, como por aqui vamos expondo, só que servida por pessoas muito queridas e de quem tenho algumas saudades quando me fazem lembrar delas. Mas pronto. Quem sabe... talvez um dia que os reencontre, alguns deles não me voltem a cara... Eu dava-lhes um grande abraço e nem lhes dizia que estavam redondamente enganados e a serem usados... para quê? Quem melhor que eles para saberem isso?...  

mjp escreveu:
O António Silva era o pioneiro especial que lá estava quando lá cheguei em 1994, com a mulher, a Filomena. Gostei muito deles e fomos sempre bons amigos enquanto lá estiveram. Depois foram colocados em Aljustrel e ainda os visitámos algumas vezes. O David, se é aquele que penso de quem falas, um senhor muito forte, também lá estava em 1994, com a mulher (ups, passa-me o nome mas entretanto acabo por me lembrar...) mas era pioneiro regular. Já não eram novos... mas eram um doce de pessoas. Acho que ela se chama Odete, e na altura já tinha muitos problemas de locomoção.

O SC, olha, acho que não me lembro já o nome... era casado, já devia andar pelos sessenta e alguns... cabelo liso já com muitas brancas e era uma pessoa muito simples (até gostava dele, mas eu também gostava de toda  a gente...    desde que não se armassem em mandões comigo, tudo corria às mil maravilhas).

Depois do António Silva e da Mena, chegaram dois pioneiros especiais: o Agostinho e a Júlia, que tinham uma filha, a Míriam. Eram um casal muitíssimo simpático, também nos demos muito bem, mas ele tinha graves problemas de saúde.

Tenho muitas histórias muito engraçadas e experiências muito gratificantes passadas em Monchique. Monchique prolongou a minha estadia na organização, enquanto TJ, não tenho a mínima dúvida quanto a isso.

Depois, quando o meu filho começou a crescer, decidi abrir os olhos para tudo o que já havia percebido em todos os sentidos, desde as doutrinas até às experiências que fui acumulando desde 1987, desde a Amadora, e saímos pelo próprio pé, sem razões de queixa de ninguém e acho que ninguém com razões de queixa nossas, simplesmente porque a organização é uma organização falsa, mentirosa, falsa profeta, insensível, hipócrita, cínica e muito mais, como por aqui vamos expondo, só que servida por pessoas muito queridas e de quem tenho algumas saudades quando me fazem lembrar delas. Mas pronto. Quem sabe... talvez um dia que os reencontre, alguns deles não me voltem a cara... Eu dava-lhes um grande abraço e nem lhes dizia que estavam redondamente enganados e a serem usados... para quê? Quem melhor que eles para saberem isso?...  

O David a que me refiro é esse mesmo e o António Silva também (alguns lhe chamavam Tony Silva a propósito da rábula do Herman José)  

Quanto ao SC era o Jaime Silva, um homem muito simples (muito diferente da maioria dos SC de hoje) já com alguma idade e que se fazia transportar num modesto Citroen AX vermelho.

Certamente que nos cruzámos algumas vezes nos congressos de Verão no pavilhão de Tavira e nas assembleias de circuito em Olhão ou Faro. Eu na altura com os meus 30 anitos, já servia como ancião e estava no circuito 13 no Algarve naquela época e talvez te lembres de mim da tribuna onde eu era usado em praticamente todas elas.

Obrigado por partilhares também a tua experiência
Um abraço

TJ esclarecido escreveu:
O David a que me refiro é esse mesmo e o António Silva também (alguns lhe chamavam Tony Silva a propósito da rábula do Herman José)  

Quanto ao SC era o Jaime Silva, um homem muito simples (muito diferente da maioria dos SC de hoje) já com alguma idade e que se fazia transportar num modesto Citroen AX vermelho.

Certamente que nos cruzámos algumas vezes nos congressos de Verão no pavilhão de Tavira e nas assembleias de circuito em Olhão ou Faro. Eu na altura com os meus 30 anitos, já servia como ancião e estava no circuito 13 no Algarve naquela época e talvez te lembres de mim da tribuna onde eu era usado em praticamente todas elas.

Obrigado por partilhares também a tua experiência
Um abraço

Jaime Silva, isso mesmo! Era um bom homem. A mulher era um bocado adoentada e era sempre uma complicação para lhe oferecer o almoço com a dieta adequada.

Sabes se o David e a Odete ainda são vivos?... eles faziam uma vida muito à parte da congregação... diferendos! Enfim... como é que pessoas tão gentis e amorosas (a Odete fez um quadro bordado com o nome do meu filho quando ele nasceu) conseguiam embirrar uns com os outros a ponto de quase não se falarem?...

Qualquer dia, arrisco e telefono ao António Silva... estás a fazer com que sinta saudades de algumas pessoas (que eu gosto de pessoas...    pode até nem parecer, mas gosto!    Nunca tive foi a mínima paciência paar espertinhos saloios, dissimulados e afins... e eu topo-os tão bem... olá se topo!    Faço é de conta que não...    )

Do Agostinho e da Júlia é que lhes perdi o rasto por completo... eles tinham família para os lados da Marateca, aquela localidade que tem uma saída na A2.

Também deves conhecer alguns jovens (na altura) que vinham de Portimão para Monchique a pretexto de ajudarem a congregação e fazerem as horas, com os tais cogumelos...   para serem designados servos. Ó pá, não estou a ser mauzinho. Eu gostava deles todos, estavam sempre a visitar-nos, mas a verdade é que mal tinham a designação, era vê-los descer a Serra até Portimão e até qualquer dia...

Logo que tenha um pouco de disposição envio-te uma MP a saber se sabes deles ou se os conheces...

De ti, não faço a mínima ideia quem sejas... eu nunca me preocupei em juntar-me às elites congregacionais e organizacionais... eu fui TJ porque achei que era assim que se servia a Deus... estava-me nas tintas para a "socialite".

Ontem, como hoje e para sempre, amén!   

Mas havemos de saber quem somos, certo?   Isto se por acaso já não saibas tu quem eu sou...   

Um abraço

mjp