Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
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Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
Fez ontem 510 anos que aconteceu isto:
Fruto da ignorância? Fanatismo? Intolerância? Hipocrisia? Quanto a mim tudo isso. É de condenar os massacres dos fundamentalistas islâmicos? Sem dúvida. Mas nunca esqueçamos que quando as condições se proporcionam as religiões são todas iguais. Permitissem as leis dos países e veríamos o Corpo Governante a incendiar as mentes dos fanáticos para que queimassem vivos os dissidentes e apostatas.
Massacre de Lisboa de 1506, também conhecido como Pogrom de Lisboa ou Matança da Páscoa de 1506. Lisboa, Convento de S. Domingos, 19 de Abril de 1506, domingo de Pascoela cristã. A peste assolava a capital desde Outubro do ano anterior, os fiéis rezavam pelo fim da seca e da peste que tomavam Portugal. Uma situação dramática, as ruas exibiam os horrores da tragédia. O convento estava repleto cristãos desesperados que rezavam, esperando um sinal divino que acudisse àqueles que não tinham posses ou condições de fuga. De repente alguém jurou ter visto no altar o rosto de Cristo iluminado, fenómeno que, para os católicos presentes, só poderia ser interpretado como uma mensagem de misericórdia do Messias, um milagre. Todos os que rezavam se sentiram recompensados pela crença profunda e sincera, mas no meio dos fiéis havia um que ousou duvidar da natureza divina da luz. Segundo ele, a luz provinha de uma das muitas candeias acesas naquele convento. Era um cristão-novo – converso convicto ou não – permanecia eternamente judeu aos olhos da população maioritariamente cristã. Foi nesta conjuntura, favorável ao antijudaísmo, que o citado cristão-novo cometeu a imprevidência. Mal proferiu a contraproducente «blasfémia», o povo caiu sobre ele, arrastou-o para a rua e agrediu-o barbaramente até cair inanimado. Acendeu-se uma fogueira e queimou-se dois corpos, o do cristão-novo e do seu irmão, que o identificou gritando “Quem matou o meu irmão?!”.
Num clima de intolerância crescente, surgiu um frade que proferiu um inflamado sermão antijudaico, enquanto o povo se aglomerava em torno da fogueira, aos quais se juntariam mais dois frades dominicanos, Frei João Mocho e Frei Bernardo, exibindo o crucifixo e fazendo apelos sanguinários contra os judeus: «Heresia! Heresia! Destruam o povo abominável!…». Prometiam a absolvição dos pecados dos últimos 100 dias para quem matasse os “hereges”. Como consequência, homens, mulheres e crianças foram torturados, massacrados, violados e queimados em fogueiras improvisadas no Rossio, junto ao largo de São Domingos. Os judeus foram acusados entre outros "males", de deicídio e de serem a causa da profunda seca e da peste que assolava o país. A matança durou três dias – de 19 a 21 de Abril e só acabou quando foi morto um cristão-novo (mas não judeu) que era escudeiro do rei, João Rodrigues Mascarenhas, que foi morto por engano por cidadãos exaltados, que acharam que ele era criptojudeu e as tropas reais finalmente chegaram para restaurar a ordem. Neste massacre morreram cerca de três mil pessoas. D. Manuel I penalizou os envolvidos, confiscando-lhes os bens, e os dominicanos instigadores foram condenados à morte por enforcamento. Há também indícios de que o referido Convento de São Domingos teria sido fechado durante oito anos e sabe-se que os representantes da cidade de Lisboa foram expulsos do Conselho da Coroa.
Esse massacre é lembrado hoje por um monumento construído no Largo de São Domingos em homenagem ao Judaísmo, o qual foi inaugurado em 23 de Abril de 2008. O local é um tradicional ponto de encontro de estrangeiros, principalmente africanos, havendo ali ainda outro monumento em homenagem ao Catolicismo, e um muro onde a frase "Lisboa, cidade da Tolerância" está escrita em 34 línguas.
http://www.apoioescolaronline.net/noticias/massacre-de-lisboa-19-de-abril-de-1506-4
Fruto da ignorância? Fanatismo? Intolerância? Hipocrisia? Quanto a mim tudo isso. É de condenar os massacres dos fundamentalistas islâmicos? Sem dúvida. Mas nunca esqueçamos que quando as condições se proporcionam as religiões são todas iguais. Permitissem as leis dos países e veríamos o Corpo Governante a incendiar as mentes dos fanáticos para que queimassem vivos os dissidentes e apostatas.
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
Aqui está o memorial ...
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
No Porto existe outro memorial ....
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
O massacre de 1506 foi a segunda etapa do desaparecimento da cultura judaica em Portugal - o primeiro tinha sido a conversão forçada de 1496, o terceiro viria a ser o estabelecimento da Inquisição, em 1536.
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
(...)"As crenças pessoais e religiosas são do foro privado, e aí devem permanecer, não devendo ser usadas para justificar fins ou atitudes políticas, ou de afirmação cultural e tribal. Por vezes, é o caminho mais fácil para entender conflitos, ou para os começar, mas fazê-lo é incentivar e perpetuar a guerra, contrária aos princípios de paz, que todas as religiões defendem."
http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/maria-joao-tomas/interior/o-crescimento-da-intolerancia-religiosa-4085001.html
http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/maria-joao-tomas/interior/o-crescimento-da-intolerancia-religiosa-4085001.html
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
19 de Abril de 1506: Início do massacre dos cristãos-novos de Lisboa, relatado pelo humanista Damião de Góis, na Crónica de D. Manuel I
«No mosteiro de São Domingos da dita cidade estava uma capela a que chamava de Jesus, e nela um crucifixo, em que foi então visto um sinal, a que davam cor de milagre, com quanto os que na igreja se acharam julgavam ser o contrário dos quais um cristão-novo disse que lhe parecia uma candeia acesa que estava posta no lado da imagem de Jesus, o que ouvindo alguns homens baixos o tiraram pelos cabelos de arrasto para fora da igreja, e o mataram, e queimaram logo o corpo no Rossio. Ao qual alvoroço acudiu muito povo, a quem um frade fez uma pregação convocando-os contra os cristãos-novos, após o que saíram dois frades do mosteiro, com um crucifixo nas mãos bradando, heresia, heresia, o que imprimiu tanto em muita gente estrangeira, popular, marinheiros de naus, que então vieram da Holanda, Zelândia, e outras partes, ali homens da terra, da mesma condição, e pouca qualidade, que juntos mais de quinhentos, começaram a matar todos os cristãos-novos que achavam pelas ruas, …tirando-os delas de arrasto pelas ruas, com seus filhos, mulheres, e filhas, os lançavam de mistura vivos e mortos nas fogueiras, sem nenhuma piedade, e era tamanha a crueza que até nos meninos, e nas crianças que estavam no berço a executavam, tomando-os pelas pernas fendendo-os em pedaços, e esborrachando-os de arremesso nas paredes. …tornaram terça-feira estes danados homens a prosseguir a sua crueza, mas não tanto quanto nos outros dias porque já não achavam quem matar, pois todos os cristãos-novos que escaparam desta tamanha fúria, foram postos a salvo por pessoas honradas, e piedosas que nisto trabalharam tudo o que neles foi.»
A esta turma de maus homens e dos frades, que sem temor de Deus andavam pelas ruas, concitando o povo a esta tamanha crueldade, se ajuntaram mais de mil homens da terra, da qualidade dos outros, que todos juntos a segunda-feira continuaram nesta maldade com mor crueza e, por já nas ruas não acharem nenhuns cristãos-novos, foram cometer, com vaivéns e escadas, as casas em que viviam, ou onde sabiam que estavam e, tirando-os delas a rasto pelas ruas, com seus filhos, mulheres e filhos, os lançavam, de mistura vivos e mortos nas fogueiras, sem nenhuma piedade e era tamanha a crueza que até nos meninos e nas crianças que estavam no berço a executavam, tomando-os pelas pernas fendendo-os em pedaços e esborrachando-os de arremesso nas paredes".
«No mosteiro de São Domingos da dita cidade estava uma capela a que chamava de Jesus, e nela um crucifixo, em que foi então visto um sinal, a que davam cor de milagre, com quanto os que na igreja se acharam julgavam ser o contrário dos quais um cristão-novo disse que lhe parecia uma candeia acesa que estava posta no lado da imagem de Jesus, o que ouvindo alguns homens baixos o tiraram pelos cabelos de arrasto para fora da igreja, e o mataram, e queimaram logo o corpo no Rossio. Ao qual alvoroço acudiu muito povo, a quem um frade fez uma pregação convocando-os contra os cristãos-novos, após o que saíram dois frades do mosteiro, com um crucifixo nas mãos bradando, heresia, heresia, o que imprimiu tanto em muita gente estrangeira, popular, marinheiros de naus, que então vieram da Holanda, Zelândia, e outras partes, ali homens da terra, da mesma condição, e pouca qualidade, que juntos mais de quinhentos, começaram a matar todos os cristãos-novos que achavam pelas ruas, …tirando-os delas de arrasto pelas ruas, com seus filhos, mulheres, e filhas, os lançavam de mistura vivos e mortos nas fogueiras, sem nenhuma piedade, e era tamanha a crueza que até nos meninos, e nas crianças que estavam no berço a executavam, tomando-os pelas pernas fendendo-os em pedaços, e esborrachando-os de arremesso nas paredes. …tornaram terça-feira estes danados homens a prosseguir a sua crueza, mas não tanto quanto nos outros dias porque já não achavam quem matar, pois todos os cristãos-novos que escaparam desta tamanha fúria, foram postos a salvo por pessoas honradas, e piedosas que nisto trabalharam tudo o que neles foi.»
A esta turma de maus homens e dos frades, que sem temor de Deus andavam pelas ruas, concitando o povo a esta tamanha crueldade, se ajuntaram mais de mil homens da terra, da qualidade dos outros, que todos juntos a segunda-feira continuaram nesta maldade com mor crueza e, por já nas ruas não acharem nenhuns cristãos-novos, foram cometer, com vaivéns e escadas, as casas em que viviam, ou onde sabiam que estavam e, tirando-os delas a rasto pelas ruas, com seus filhos, mulheres e filhos, os lançavam, de mistura vivos e mortos nas fogueiras, sem nenhuma piedade e era tamanha a crueza que até nos meninos e nas crianças que estavam no berço a executavam, tomando-os pelas pernas fendendo-os em pedaços e esborrachando-os de arremesso nas paredes".
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
Samuel de Medeiros escreveu:19 de Abril de 1506: Início do massacre dos cristãos-novos de Lisboa, relatado pelo humanista Damião de Góis, na Crónica de D. Manuel I
....
O massacre é verdadeiro, mas com esses pormenores todos do Damião de Góis ?! é incerto
A história não é assim que se analisa e interpreta, pergunta a um bom historiador
porque é que eu digo isto ?!
repara no post #1..ele começa assim :
´
"Massacre de Lisboa de 1506, também conhecido como Pogrom de Lisboa ou Matança da Páscoa de 1506..."
Damião de Góis nasceu em 2 de fevereiro de 1502
não me digas que ele com 4 anos relatou a história com todos os pormenores
ademais, repare-se que Portugal estava a sofrer o flagelo da peste e fome, as pessoas andavam desesperadas
leiam sobre a peste na google e tentem imaginar o que é perder filhos, o que é perder a família toda...
interpretem bem a história como deve de ser
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
Altar escreveu:Samuel de Medeiros escreveu:19 de Abril de 1506: Início do massacre dos cristãos-novos de Lisboa, relatado pelo humanista Damião de Góis, na Crónica de D. Manuel I
....
O massacre é verdadeiro, mas com esses pormenores todos do Damião de Góis ?! é incerto
A história não é assim que se analisa e interpreta, pergunta a um bom historiador
porque é que eu digo isto ?!
repara no post #1..ele começa assim :
´
"Massacre de Lisboa de 1506, também conhecido como Pogrom de Lisboa ou Matança da Páscoa de 1506..."
Damião de Góis nasceu em 2 de fevereiro de 1502
não me digas que ele com 4 anos relatou a história com todos os pormenores
ademais, repare-se que Portugal estava a sofrer o flagelo da peste e fome, as pessoas andavam desesperadas
leiam sobre a peste na google e tentem imaginar o que é perder filhos, o que é perder a família toda...
interpretem bem a história como deve de ser
Altar, és suspeito ao defender o indefensável. Não se pode apagar a história.
http://www.dn.pt/arquivo/2006/interior/velas-na-praca-do-rossio-pelo-pogrom-de-lisboa-639108.html
Garcia de Resende nasceu em 1482 e relata o ocorrido. Também não tinha idade?
O que é que tem a ver a peste e a fome com a ignorância e o fanatismo religioso? Hoje somos diferentes? Eu acho que o ser humano apenas será diferente dos antepassados se olharmos para a história com imparcialidade e lucidez e tirarmos a ilações necessárias para que não voltemos a cometer os mesmos erros.
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
hocosi escreveu:
Altar, és suspeito ao defender o indefensável. Não se pode apagar a história.
nunca disse isso
só disse que muitos desses detalhes foram escritos por uma criança de 4 anos
é como na inquisição, onde muitos dos detalhes que hoje se conhecem foram escritos pelo afrancesado e depois copiados por outros
hocosi escreveu:
O que é que tem a ver a peste e a fome com a ignorância e o fanatismo religioso? Hoje somos diferentes?
naquela época as pessoas tentavam arranjar bodes expiatórios, não tinha nada a ver com religião, era pânico geral
tenta apenas imaginar
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
Altar escreveu: nunca disse isso
só disse que muitos desses detalhes foram escritos por uma criança de 4 anos
é como na inquisição, onde muitos dos detalhes que hoje se conhecem foram escritos pelo afrancesado e depois copiados por outros
Garcia de Resende tinha 24 anos. E as vítimas não contam? Porque obrigaram os judeus a tornarem-se cristãos novos (católicos) sobe pena de serem mortos?
Os cristãos novos tornaram-se católicos devido a medidas governamentais, pressão da sociedade, catequese motivada ou compulsória, influência pelo teatro religioso e medo de hostilidades ou expulsões. Os que não se sujeitaram arriscaram suas vidas.
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
hocosi escreveu:
Garcia de Resende tinha 24 anos. E as vítimas não contam? Porque obrigaram os judeus a tornarem-se cristãos novos (católicos) sobe pena de serem mortos?
Os cristãos novos tornaram-se católicos devido a medidas governamentais, pressão da sociedade, catequese motivada ou compulsória, influência pelo teatro religioso e medo de hostilidades ou expulsões. Os que não se sujeitaram arriscaram suas vidas.
Garcia de Resende não fala de "Milagre" e frades a gritar heresia e heresia, isso é imaginação da criança de 4 anos
os contornos desse episódio trágico são bem diferentes
a população de Lisboa daquela altura não é como agora, vivia-se o auge da peste negra e havia mortos empilhados, famílias inteiras despedaçadas
claro que um povo maioritariamente crente, não é como o de agora, julgou ser uma punição divina...então bora lá massacrar os deicidas
desculpa, mas até tu numa situação de desespero cometes algo irracional, faz parte da natureza humana
se não houvesse religião, os bodes expiatórios seriam outros, mas haveriam sempre
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
Altar escreveu:hocosi escreveu:
Garcia de Resende tinha 24 anos. E as vítimas não contam? Porque obrigaram os judeus a tornarem-se cristãos novos (católicos) sobe pena de serem mortos?
Os cristãos novos tornaram-se católicos devido a medidas governamentais, pressão da sociedade, catequese motivada ou compulsória, influência pelo teatro religioso e medo de hostilidades ou expulsões. Os que não se sujeitaram arriscaram suas vidas.
Garcia de Resende não fala de "Milagre" e frades a gritar heresia e heresia, isso é imaginação da criança de 4 anos
os contornos desse episódio trágico são bem diferentes
a população de Lisboa daquela altura não é como agora, vivia-se o auge da peste negra e havia mortos empilhados, famílias inteiras despedaçadas
claro que um povo maioritariamente crente, não é como o de agora, julgou ser uma punição divina...então bora lá massacrar os deicidas
desculpa, mas até tu numa situação de desespero cometes algo irracional, faz parte da natureza humana
se não houvesse religião, os bodes expiatórios seriam outros, mas haveriam sempre
Altar, tu até és capaz de defender o diabo!
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
hocosi escreveu:
Altar, tu até és capaz de defender o diabo!
LOL
um grande abraço, meu incorrigível semi-ateu
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
Altar escreveu:hocosi escreveu:
Altar, tu até és capaz de defender o diabo!
LOL
um grande abraço, meu incorrigível semi-ateu
Outro para ti meu incorrigível católico
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
"Progroms" semelhantes aconteceram um pouco por toda a europa. Os Judeus sempre foram um alvo favorito da populaça cristã atiçada por clérigos fanáticos. A justificação era sempre a mesma: Os judeus mataram Cristo e foram eternamente condenados ao banimento por Deus. Esse tipo de filosofia foi primeiro desenvolvida pelo apóstolo Paulo para agradar a uma audiência greco-romana, e depois sucessivas gerações de seguidores de Paulo não só alteraram os relatos dos evangelhos para "desculpar" os Romanos e lançar todo o odioso da culpa do martírio de Jesus sobre os Judeus, como levaram essa doutrina até ás suas consequências mais abjectas. Veja-se o caso de três dos "Pais da Igreja", Orígenes de Alexandria (185-254 AD), João Crisóstomo (344-407 AD) e Santo Agostinho (354-430 AD) - mas há muitos mais:
"Podemos assim afirmar com inteira certeza que os Judeus não retornarão á sua condição anterior, porque eles cometeram o mais abominável dos crimes, ao formarem essa conspiração contra o Salvador da raça humana...por isso a cidade onde Jesus sofreu for justamente destruída, a nação dos judeus foi afastada do seu país, e um outro povo foi chamado por Deus para uma abençoada escolha." - Orígenes
"A sinagoga é pior do que um bordel ... é um antro de canalhas e um covil de animais selvagens ...o templo de demónios dedicado a cultos idólatras... refúgio de bandidos e debochados, caverna de demónios. É a assembleia criminosa dos judeus ... o lugar de reunião dos assassinos de Cristo ... uma casa pior do que uma taberna de bêbados...uma toca de ladrões, casa de reputação duvidosa, residência da iniquidade, refúgio dos diabos, abismo e precipício de perdição!" - João Crisóstomo
"Quão odiosos são para mim os inimigos da tua Escritura! Quanto eu desejo que os golpeies [aos Judeus] com a tua espada de dois gumes, para que ninguém se oponha á tua palavra! Com agrado eu lhes causaria a morte e viveria para ti!" - Santo Agostinho
E, já agora, de um protestante famoso:
[Referindo-se aos Judeus]: "A sua podridão e irredutível dura cerviz merece que eles sejam oprimidos indefinidamente, sem termo e sem medida, e que eles morram na sua miséria sem compaixão de ninguém." - João Calvino
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"Podemos assim afirmar com inteira certeza que os Judeus não retornarão á sua condição anterior, porque eles cometeram o mais abominável dos crimes, ao formarem essa conspiração contra o Salvador da raça humana...por isso a cidade onde Jesus sofreu for justamente destruída, a nação dos judeus foi afastada do seu país, e um outro povo foi chamado por Deus para uma abençoada escolha." - Orígenes
"A sinagoga é pior do que um bordel ... é um antro de canalhas e um covil de animais selvagens ...o templo de demónios dedicado a cultos idólatras... refúgio de bandidos e debochados, caverna de demónios. É a assembleia criminosa dos judeus ... o lugar de reunião dos assassinos de Cristo ... uma casa pior do que uma taberna de bêbados...uma toca de ladrões, casa de reputação duvidosa, residência da iniquidade, refúgio dos diabos, abismo e precipício de perdição!" - João Crisóstomo
"Quão odiosos são para mim os inimigos da tua Escritura! Quanto eu desejo que os golpeies [aos Judeus] com a tua espada de dois gumes, para que ninguém se oponha á tua palavra! Com agrado eu lhes causaria a morte e viveria para ti!" - Santo Agostinho
E, já agora, de um protestante famoso:
[Referindo-se aos Judeus]: "A sua podridão e irredutível dura cerviz merece que eles sejam oprimidos indefinidamente, sem termo e sem medida, e que eles morram na sua miséria sem compaixão de ninguém." - João Calvino
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
Altar escreveu:Samuel de Medeiros escreveu:19 de Abril de 1506: Início do massacre dos cristãos-novos de Lisboa, relatado pelo humanista Damião de Góis, na Crónica de D. Manuel I
....
O massacre é verdadeiro, mas com esses pormenores todos do Damião de Góis ?! é incerto
A história não é assim que se analisa e interpreta, pergunta a um bom historiador
porque é que eu digo isto ?!
repara no post #1..ele começa assim :
´
"Massacre de Lisboa de 1506, também conhecido como Pogrom de Lisboa ou Matança da Páscoa de 1506..."
Damião de Góis nasceu em 2 de fevereiro de 1502
não me digas que ele com 4 anos relatou a história com todos os pormenores
ademais, repare-se que Portugal estava a sofrer o flagelo da peste e fome, as pessoas andavam desesperadas
leiam sobre a peste na google e tentem imaginar o que é perder filhos, o que é perder a família toda...
interpretem bem a história como deve de ser
Altar eu não sei os detalhes que ele descreveu são verdades mas eu posso dizer uma coisa os livros dos sefarditas da época e contemporâneos que se encontram em Português, hebraico ou Ladino descrevem o que aconteceu lá da mesma maneira...
Samuel de Medeiros- Membros
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
A verdade é que os judeus estão aí para ficar...
São um povo rico, aos 13 anos cada um tem seu negócio através dos donativos no Bar Mtzvah porque a família ajuda (ao contrário dos "cristãos").
Prosperam e muito, são donos de bancos e de grandes indústrias. Até o Hitler teve inveja deles porque percebeu que, a continuar assim, os judeus iriam dominar o mundo.
São um povo rico, aos 13 anos cada um tem seu negócio através dos donativos no Bar Mtzvah porque a família ajuda (ao contrário dos "cristãos").
Prosperam e muito, são donos de bancos e de grandes indústrias. Até o Hitler teve inveja deles porque percebeu que, a continuar assim, os judeus iriam dominar o mundo.
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
River raid escreveu:A verdade é que os judeus estão aí para ficar...
São um povo rico, aos 13 anos cada um tem seu negócio através dos donativos no Bar Mtzvah porque a família ajuda (ao contrário dos "cristãos").
Prosperam e muito, são donos de bancos e de grandes indústrias. Até o Hitler teve inveja deles porque percebeu que, a continuar assim, os judeus iriam dominar o mundo.
É verdade River!
Não sei se sabes mas há fontes que apontam para que cerca de 30% da população portuguesa tenha
ascendência judaica, aliás eu próprio, através da origem de apelidos que tenho na família tanto paterna como materna,
desconfio que tenho antepassados judeus; ...
apenas não me deixaram nem indústrias nem bancos.
"Se apenas houvesse uma única verdade, não poderiam pintar-se cem telas sobre o mesmo tema"
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
River raid escreveu:A verdade é que os judeus estão aí para ficar...
São um povo rico, aos 13 anos cada um tem seu negócio através dos donativos no Bar Mtzvah porque a família ajuda (ao contrário dos "cristãos").
Prosperam e muito, são donos de bancos e de grandes indústrias. Até o Hitler teve inveja deles porque percebeu que, a continuar assim, os judeus iriam dominar o mundo.
Eu moro em Jerusalém. No meu "Bar Mitzvá" não me deram tanto dinheiro assim... Bom depois eu me converti em Testemunha de Jeová e só retornei ao Judaísmo 10 depois para nunca mais ir a lugar nenhum....
Samuel de Medeiros- Membros
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Re: Massacre de Lisboa, 19 de abril de 1506
O ke eu quis salientar tem a ver com a unidade deles
Sao um povo resilemte e unido.
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