Padre pôs 50 crianças a puxarem-lhe o Porsche
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Padre pôs 50 crianças a puxarem-lhe o Porsche
O padre John Sultana é o rosto da mais recente polémica envolvendo a igreja. Conduziu um cortejo de pé num Porsche Boxster, com o desportivo a ser puxado por 50 crianças. E não mostra arrependimento.
Gozo, uma pequena ilha do arquipélago de Malta, próximo da Sicília, está a ser falada devido ao invulgar cortejo protagonizado pelo padre John Sultana, que aí foi recentemente colocado. Alegadamente para aproximar o pároco das pessoas, o prior ‘desfilou’ de pé, num Porsche Boxster com a capota recolhida.
A opção, além de estranha, colide com o exemplo fornecido pelo responsável máximo da igreja, pois apesar da Lamborghini lhe ter oferecido uma edição especial do Huracán, o Papa Francisco não só nunca se passeou nele, e muito menos desfilou, como o leiloou à primeira oportunidade, doando as receitas da venda à caridade.
Mas Gozo expôs-se ao gozo quando o prior, devidamente acomodado no Porsche, decidiu conduzir os fiéis de Zebbug, no curto trajecto da cerimónia religiosa, qual Ben-Hur no Coliseu, com o desportivo a ser puxado por 50 crianças. Mesmo que a explicação para esta anormalidade se possa prender com o esforço anormal a que seria submetida a embraiagem do carro para percorrer 1 ou 2 km a velocidade de cortejo, as críticas não se fizeram esperar, considerando que nada justifica a utilização das crianças. René Camilleri, professor de teologia na Universidade de Malta, classificou o evento como “uma porcaria”, segundo o Times of Malta, condenando “todos os que aceitaram que as crianças puxassem as cordas que arrastavam o Porsche, com o padre”. O teólogo disse ainda, no programa de rádio One Breakfast, que “a igreja revela um grau de leviandade que torna difícil atrair novos crentes, realizando acções estúpidas como esta”.
Já Sandra Grech, da câmara de Zebbug, tentou explicar que o padre Sultana “não pretendeu ser ostensivo” e que “o Porsche até foi emprestado pelo seu primo”, que certamente será o concessionário local, uma vez que de outra forma não se compreende que se tenha dado ao trabalho de colocar no local da chapa de matrícula uma placa onde se lê “Boxster S”. Questionado pelos jornalistas, Sultana preferiu não comentar. “Para mim, não é um assunto”, respondeu, acrescentando ainda que “algumas das críticas” que lhe foram dirigidas “não são correctas”.
Num arquipélago habituado à polémica, onde ainda há pouco tempo outro padre, Felix Cini, condenado por abusos sexuais a 17 crianças, voltou a dar missa na sua cidade-natal, em Bormla, John Sultana decidiu ir um pouco mais longe para mostrar que não estava arrependido, publicando uma foto de uma pizza, segundo ele, “em forma de Porsche”.
https://observador.pt/2018/11/22/padre-pos-50-criancas-a-puxarem-lhe-o-porsche/
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acho que a igreja devia escolher melhor os padres, nem que seja por testes psicotécnicos
Gozo, uma pequena ilha do arquipélago de Malta, próximo da Sicília, está a ser falada devido ao invulgar cortejo protagonizado pelo padre John Sultana, que aí foi recentemente colocado. Alegadamente para aproximar o pároco das pessoas, o prior ‘desfilou’ de pé, num Porsche Boxster com a capota recolhida.
A opção, além de estranha, colide com o exemplo fornecido pelo responsável máximo da igreja, pois apesar da Lamborghini lhe ter oferecido uma edição especial do Huracán, o Papa Francisco não só nunca se passeou nele, e muito menos desfilou, como o leiloou à primeira oportunidade, doando as receitas da venda à caridade.
Mas Gozo expôs-se ao gozo quando o prior, devidamente acomodado no Porsche, decidiu conduzir os fiéis de Zebbug, no curto trajecto da cerimónia religiosa, qual Ben-Hur no Coliseu, com o desportivo a ser puxado por 50 crianças. Mesmo que a explicação para esta anormalidade se possa prender com o esforço anormal a que seria submetida a embraiagem do carro para percorrer 1 ou 2 km a velocidade de cortejo, as críticas não se fizeram esperar, considerando que nada justifica a utilização das crianças. René Camilleri, professor de teologia na Universidade de Malta, classificou o evento como “uma porcaria”, segundo o Times of Malta, condenando “todos os que aceitaram que as crianças puxassem as cordas que arrastavam o Porsche, com o padre”. O teólogo disse ainda, no programa de rádio One Breakfast, que “a igreja revela um grau de leviandade que torna difícil atrair novos crentes, realizando acções estúpidas como esta”.
Já Sandra Grech, da câmara de Zebbug, tentou explicar que o padre Sultana “não pretendeu ser ostensivo” e que “o Porsche até foi emprestado pelo seu primo”, que certamente será o concessionário local, uma vez que de outra forma não se compreende que se tenha dado ao trabalho de colocar no local da chapa de matrícula uma placa onde se lê “Boxster S”. Questionado pelos jornalistas, Sultana preferiu não comentar. “Para mim, não é um assunto”, respondeu, acrescentando ainda que “algumas das críticas” que lhe foram dirigidas “não são correctas”.
Num arquipélago habituado à polémica, onde ainda há pouco tempo outro padre, Felix Cini, condenado por abusos sexuais a 17 crianças, voltou a dar missa na sua cidade-natal, em Bormla, John Sultana decidiu ir um pouco mais longe para mostrar que não estava arrependido, publicando uma foto de uma pizza, segundo ele, “em forma de Porsche”.
https://observador.pt/2018/11/22/padre-pos-50-criancas-a-puxarem-lhe-o-porsche/
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