Que música estás a ouvir - Parte 4

para ouvir neste fim de tarde de um domingo de Inverno....
adoro!
Vai fazer-me companhia enquanto faço uma visita à cozinha e começo a preparar o jantar!
Bom resto de domingo.

Morreu este Sr.
Ora, sinalizo isto porque foi aqui (ou o tjc ou o mjp é que o postaram) é que conheci este artista....
Confesso que não fiquei fã.... pronto. Não se pode gostar de tudo.
Mas em homenagem até irei postar a 1ª música que apareceu com o nome do senhor....

Aqui está uma das canções mais conhecidas, seguidas de uma entrevista com Nelson Ned.

E aqui com o Jô Soares

e para a despedida de hoje apetece-me deixar um fado da Amália, que juntamente com Eusébio fizeram parte de uma época da história de portugal.... Não é uma época simpática: o Estado-Novo, mas já perceberam que estão a morrer as pessoas míticas ligadas historicamente ao Salazar e à ditadura?

Achei-a tão linda,que não resisti em partilhar aqui convosco.

Estou um pouquinho melhor, sim, obrigado. Mas só um pouquinho...

Espero que,pelo menos alguns de vós, apreciem...

Eu achei-a linda...

Ei, mjp, nice to have you back.    And i ...







and i'm pretty sure that ...

Sara...

mjp escreveu:Achei-a tão linda,que não resisti em partilhar aqui convosco.

Estou um pouquinho melhor, sim, obrigado. Mas só um pouquinho...

Espero que,pelo menos alguns de vós, apreciem...

Eu achei-a linda...

olá Querido mjp,

é bom saber de ti...

e é bom saber-te melhor, mesmo que seja só um pouquinho... é assim devagarinho, paulatinamente que a recuperação se faz!

Vai aparecendo aqui a colocar valsas lindíssimas ou no face! Se quiseres também podes dar uma apitadela....

Beijinhos grandes e cheios de saudades!

Filino Rupro escreveu:Sara...

Filino, eu tímida é coisa que não sou e tu sabes que me conheces.... portanto esta é para dizeres que tu és???? olha que não me pareces nada!!!! Bem pelo contrário   

A paixão pelo ser amado, muitas vezes paralisa-nos no medo da rejeição, mas... no mar do amor...é bom bailar...

Ó Filino... enganáste-te, pá! Para a Sara, não é "La Bamba".    Tem que ser ...

Agnostic escreveu:Ó Filino... enganáste-te, pá! Para a Sara, não é "La Bamba".    Tem que ser ...

olha como é que adivinhaste?!!
tal e qual.....

só não gosto da cor da hipo!

    

Eu já te tinha dito que eu adivinho tudo, não tinha ?    

Eu ...

Que surpresa, mjp !

  

Agnostic escreveu:Eu já te tinha dito que eu adivinho tudo, não tinha ?    

Eu ...

Sabes-me de cor??? hummmm a sério??' mas isso é mau, não é? onde fica o mistério?
Mas se for assim, se me sabes de cor, além de seres o primeiro, já...

Julgo ser mais ou menos unânime a importância do Carlos Tê na musica do Rui Veloso.
Hoje vou falar de uma das mais iluminadas canções originadas nessa parceria abençoada.

Pessoalmente, aprecio mais o Rui Veloso do inicio da carreira, até ao seu terceiro disco "Guardador de Margens".  Havia uma voz mais rouca e menos trabalhada, mas tambem por isso mais genuina, e uma sonoridade mais pura, mais crua, menos produzida, mais aproximada ás raizes do rock e do blues.  Adoro esses 3 discos ("Ar de Rock", "Fora de Moda" e "Guardador de Margens"), sei as canções quase todas de cor, á força de as gastar, ao longo de décadas.

Existe duas, porém, que para mim se destacam do resto pela beleza e significado dos inspirados poemas do Carlos Tê, em conjunto com as excelentes melodías do Rui. Uma delas é "Saiu para a rua" (vou deixá-la para depois), e a outra é "A gente não lê", sendo este post dedicada a esta ultima.  
Vejo retratado nesse poema, com uma perfeição impar, um país agora cada vez mais raro e distante, mas que naquela altura, na primeira metade dos anos 80, era ainda uma realidade muito vincada.

"A gente não lê" é um hino á inocência, encanto e pureza da ruralidade, mas tambem á sua sapiência muito especifica, embora  tambem lhe possa ser atribuido, por uma interpretação alternativa, um toque de escárnio á boçalidade. Eu preferi interpretá-lo segundo a primeira alternativa, e acredito que o Tê o tenha escrito com o mesmo propósito.

Curiosamente, as primeiras seis linhas podem encaixar fácilmente no enquadramento TeJoteano deste fórum, e na influência da Torre de Vigia na vida dos seus "rurais", e isto acaba por ser uma curiosidade adicional.  
Quando as palavras perfeitas encontram a melodia perfeita, o resultado é este:

Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
Rezar o terço ao fim da tarde
Só para espantar a solidão
E rogar a Deus que nos guarde
Confiar-lhe o destino na mão

Que adianta saber as marés
Os frutos e as sementeiras
Tratar por tu os ofícios
Entender o suão e os animais
Falar o dialecto da terra
Conhecer-lhe o corpo pelos sinais

E do resto entender mal
Soletrar, assinar em cruz
E não ver os vultos furtivos
Que nos tramam por trás da luz

Ai senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
A gente morre logo ao nascer
Com olhos rasos de lezíria
De boca em boca passando o saber
Com os provérbios que ficam na gíria

De que nos vale esta pureza
Sem ler fica-se pederneira
Agita-se a solidão cá no fundo
Fica-se sentado à soleira
A ouvir os ruídos do mundo
E a entendê-los à nossa maneira

E carregar a superstição
De ser pequeno ser ninguém
E não quebrar a tradição
Que dos nossos avós já vem

.

.

Para a rosa Sara...

Filino Rupro escreveu:Para a rosa Sara...

acertaste, não me considero uma Rosa, só se for uma com muitos espinhos    , mas é, apesar do cliché, é de facto a flor de que mais gosto...   

Dedico esta música ao River R. e ao Estudante E. .... pois ainda serão amigos .... para siempre!   

Índigo escreveu:

Gostei muito.

há lá vontade de sair de casa???
Bolas....
Gosto disto...

Sara, este aqui será mais adequado, penso eu...