Um País às avessas
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Um País às avessas
Quem assistiu às comemorações do 5 de Outubro, não pôde deixar de notar a gaffe de ver a bandeira ser hasteada às avessas.
Na realidade, nada mais simbólico do que o estado a que Portugal chegou.
Aproveitem este tópico para dizer de vossas justiça, sobre este pequeno País, que já foi um dos "Senhores do Mundo" conhecido e que no presente momento vive momentos de angústia, curvando-se perante as elites económicas e poderes políticos externos.
Re: Um País às avessas
nao é querer fazer propagnda mas todos deviam votar no contra.. chega da mafia existente entre ps e psd!! mesmo que os da esquerda nao fizessem nada, ao menos havia uma mudança temporaria no pais!!
liberto- Membros
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Re: Um País às avessas
TJ Curioso escreveu:
Quem assistiu às comemorações do 5 de Outubro, não pôde deixar de notar a gaffe de ver a bandeira ser hasteada às avessas.
Na realidade, nada mais simbólico do que o estado a que Portugal chegou.
Aproveitem este tópico para dizer de vossas justiça, sobre este pequeno País, que já foi um dos "Senhores do Mundo" conhecido e que no presente momento vive momentos de angústia, curvando-se perante as elites económicas e poderes políticos externos.
Ele há simbolismos e coincidências que são de pasmar. Também havia um senhor, Freud de seu nome, que não acreditava nada em simbolismos ou coincidências.
Enfim, a História de Portugal segue dentro de momentos. A todos os prejudicados por esta interrupção, a gerência pede desculpas pelo inconveniente!
mjp- Forista desativado
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Re: Um País às avessas
e a bandeira ao contrario é moda!!
liberto- Membros
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Re: Um País às avessas
Li algures hoje, a propósito deste tema, que na gíria militar a bandeira hasteada ao contrario significa território tomado pelo inimigo e pedido de socorro...
Se calhar foi essa a intenção mesmo
Se calhar foi essa a intenção mesmo
Ana Cláudia- Membros
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Re: Um País às avessas
Ana Claudia escreveu:Li algures hoje, a propósito deste tema, que na gíria militar a bandeira hasteada ao contrario significa território tomado pelo inimigo e pedido de socorro...
Se calhar foi essa a intenção mesmo
É mesmo Ana! Também ouvi essa explicação.
Quem a colocou assim, sabia a mensagem que iria passar!
Re: Um País às avessas
TJ Curioso escreveu:Ana Claudia escreveu:Li algures hoje, a propósito deste tema, que na gíria militar a bandeira hasteada ao contrario significa território tomado pelo inimigo e pedido de socorro...
Se calhar foi essa a intenção mesmo
É mesmo Ana! Também ouvi essa explicação.
Quem a colocou assim, sabia a mensagem que iria passar!
tambem ja li que tem esse significado!!
liberto- Membros
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Re: Um País às avessas
liberto escreveu:TJ Curioso escreveu:Ana Claudia escreveu:Li algures hoje, a propósito deste tema, que na gíria militar a bandeira hasteada ao contrario significa território tomado pelo inimigo e pedido de socorro...
Se calhar foi essa a intenção mesmo
É mesmo Ana! Também ouvi essa explicação.
Quem a colocou assim, sabia a mensagem que iria passar!
tambem ja li que tem esse significado!!
Se foi de propósito.. apoiado
Senão foi... nem de propósito
Re: Um País às avessas
Uma pena ver este país passando por dificuldades...
hibridizado- Mensagens : 359
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Re: Um País às avessas
Se vocês fossem fazer uma análise diriam que Portugal e Espanha estão no mesmo patamar de dificuldades?
Já estão falando em cortes no setor público?
Já estão falando em cortes no setor público?
Re: Um País às avessas
pascoalnaib escreveu:Se vocês fossem fazer uma análise diriam que Portugal e Espanha estão no mesmo patamar de dificuldades?
Ja estao falando em cortes no setor publico?
Olá Pascoal.
Eu acho que Portugal e Espanha estão mais ou menos na mesma, a diferença é que Portugal tem um programa de assistencia do FMI e da União Europeia e a Espanha não (pelo menos não tem formalmente, porque os bancos já foram "salvos" pela UE)
A Espanha está com 25% de desemprego e nós com 15%.
Como a Espanha é a 3º maior economia da Europa tem outras facilidades junto da UE que nós não temos, porque pelo vejo, oiço e leio, está tão falida como nós....
Os cortes no sector publico em Portugal são cortes nas obras do estado (estradas, escolas, etc) está tudo parado.
Mas nas despesas publicas que deviam cortar não se vê nada (carros, consultores, assessores, assessores dos assessores....)
Espero ter dado uma imagem do que se passa por cá....
Ana Cláudia- Membros
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Re: Um País às avessas
Ana Claudia escreveu:pascoalnaib escreveu:Se vocês fossem fazer uma análise diriam que Portugal e Espanha estão no mesmo patamar de dificuldades?
Ja estao falando em cortes no setor publico?
Olá Pascoal.
Eu acho que Portugal e Espanha estão mais ou menos na mesma, a diferença é que Portugal tem um programa de assistencia do FMI e da União Europeia e a Espanha não (pelo menos não tem formalmente, porque os bancos já foram "salvos" pela UE)
A Espanha está com 25% de desemprego e nós com 15%.
Como a Espanha é a 3º maior economia da Europa tem outras facilidades junto da UE que nós não temos, porque pelo vejo, oiço e leio, está tão falida como nós....
Os cortes no sector publico em Portugal são cortes nas obras do estado (estradas, escolas, etc) está tudo parado.
Mas nas despesas publicas que deviam cortar não se vê nada (carros, consultores, assessores, assessores dos assessores....)
Espero ter dado uma imagem do que se passa por cá....
A minha sensibilidade na análise vai no mesmo sentido do Ana Cláudia, embora, e ela com certeza também sabe isso, o problema das nossas contas públicas seja bem mais profundo pela gravitação maciça de interesses privados mais ou menos escondidos na órbita do Estado e do poder local. Depois, enfermamos também de uma classe política cobarde e enfeudada aos grupos de interesses económicos e financeiros e muito mal preparada para enfrentar esse "cancro" que mina o Estado na fonte. Mas isso infelizmente já acontece há mais de 15/20 anos. O facto é que não há em Portugal alternativas políticas credíveis fora do âmbito do PS e do PSD que controlaram o aparelho do Estado que se revezam ciclicamente em alimentar os interesses dos seus clientes. Com um pouco mais de cuidados sociais por parte do PS, a verdade é que a verdadeira política económica e financeira tem sido mais ou menos a mesma. Acresce que o nosso tecido empresarial é, com honrosas excepções, muito fraco,o que não acontece com a Espanha. A Espanha tem uma alavanca económica que de forma directa ou indirecta lhe permite um estatuto diferente do de Portugal entre os seus pares europeus. A Espanha só cai se a Europa cair e tem uma outra capacidade e margem para os tais ajustes impostos pela UE (leia-se Alemanha, BCE e os interesses do capitaismo internacional). Portugal está mais numa situação tipo Grécia, a dependência é quase total, pelo que as dificuldades são colossais. Haverá uma saída, sei que sim, mas até lá quem continuará a pagar as contas dos outros são sempre os mesmos... até ver!
mjp- Forista desativado
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Re: Um País às avessas
Olá mjp.
Estou inteiramente de acordo contigo.
Tentei ser sucinta para dar uma vista geral do que cá se passa ao Pascoal mas há muito mais a ser dito.
Ainda agora ouvi a noticia de uma fundação ilegal (nunca existiu realmente) que recebeu 1milhão de euros... É só mais um exemplo do que vai mal neste povo "nos confins da Ibéria que nem se governa nem se deixa governar"...
Estou inteiramente de acordo contigo.
Tentei ser sucinta para dar uma vista geral do que cá se passa ao Pascoal mas há muito mais a ser dito.
Ainda agora ouvi a noticia de uma fundação ilegal (nunca existiu realmente) que recebeu 1milhão de euros... É só mais um exemplo do que vai mal neste povo "nos confins da Ibéria que nem se governa nem se deixa governar"...
Ana Cláudia- Membros
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Re: Um País às avessas
Ana Claudia escreveu:Olá mjp.
Estou inteiramente de acordo contigo.
Tentei ser sucinta para dar uma vista geral do que cá se passa ao Pascoal mas há muito mais a ser dito.
Ainda agora ouvi a noticia de uma fundação ilegal (nunca existiu realmente) que recebeu 1milhão de euros... É só mais um exemplo do que vai mal neste povo "nos confins da Ibéria que nem se governa nem se deixa governar"...
Eu percebi, mas já que pusemos o dedo na ferida. aqui fica para a História, que os portugueses não são parvos, e que sabem exctamente (e continuam a saber) quem têm sido os responsáveis pelo estado a que isto chegou. Mas nada muda em Portugal desde praticamente a Revolução Liberal de 1820. A seguir ao Marquês de Pombal, consegues apontar-me, em consciência, um estadista (Salazar à parte, independemente de tudo o resto, claro!) digno desse nome? Alguns que a tal se alcandoraram (Sá Carneiro) não puderam cumprir esse destino, outros bem intencionados (Anónio Guterres) sem o necessário prefil para enfrentar as "pantanosas" àguas em que estávamos já naufragando e outros (Mario Soares), mais preocupado com o seu enorme Ego e com ajustes pessoais de contas com o Estado Novo, que própriamente em conduzir a Nação a um desígnio que a motivasse e unisse em função do futuro (mas também não tem nem tinha competências para tanto) e por último, nesta abordagem casual ao tema, Ramalho Eanes, o único Presidente da República digno desse nome e com o sentido do que é ser um Estadista, mas era PR e a nossa Constituição( quer dizer, aquele livro mais mexido e movimentado que a Rua Augusta) a mais que isso não consentia.
Mas se achares, ou qualquer outro forista, que cometo alguma injustiça pela nomeação ou omissão na atribuição destes óscares,por favor aponta-o. Não tenho conotação partidária, nem antes nem pós STV, e por isso aprender até morrer é um dos meus lemas. O Eça era, para além de um grande escritor, um grande analista da tal espécie de povo que reside nos confins da Ibéria...
mjp- Forista desativado
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Re: Um País às avessas
mjp escreveu:Ana Claudia escreveu:Olá mjp.
Estou inteiramente de acordo contigo.
Tentei ser sucinta para dar uma vista geral do que cá se passa ao Pascoal mas há muito mais a ser dito.
Ainda agora ouvi a noticia de uma fundação ilegal (nunca existiu realmente) que recebeu 1milhão de euros... É só mais um exemplo do que vai mal neste povo "nos confins da Ibéria que nem se governa nem se deixa governar"...
Eu percebi, mas já que pusemos o dedo na ferida. aqui fica para a História, que os portugueses não são parvos, e que sabem exctamente (e continuam a saber) quem têm sido os responsáveis pelo estado a que isto chegou. Mas nada muda em Portugal desde praticamente a Revolução Liberal de 1820. A seguir ao Marquês de Pombal, consegues apontar-me, em consciência, um estadista (Salazar à parte, independemente de tudo o resto, claro!) digno desse nome? Alguns que a tal se alcandoraram (Sá Carneiro) não puderam cumprir esse destino, outros bem intencionados (Anónio Guterres) sem o necessário prefil para enfrentar as "pantanosas" àguas em que estávamos já naufragando e outros (Mario Soares), mais preocupado com o seu enorme Ego e com ajustes pessoais de contas com o Estado Novo, que própriamente em conduzir a Nação a um desígnio que a motivasse e unisse em função do futuro (mas também não tem nem tinha competências para tanto) e por último, nesta abordagem casual ao tema, Ramalho Eanes, o único Presidente da República digno desse nome e com o sentido do que é ser um Estadista, mas era PR e a nossa Constituição( quer dizer, aquele livro mais mexido e movimentado que a Rua Augusta) a mais que isso não consentia.
Mas se achares, ou qualquer outro forista, que cometo alguma injustiça pela nomeação ou omissão na atribuição destes óscares,por favor aponta-o. Não tenho conotação partidária, nem antes nem pós STV, e por isso aprender até morrer é um dos meus lemas. O Eça era, para além de um grande escritor, um grande analista da tal espécie de povo que reside nos confins da Ibéria...
Subscrevo ...
antonio1965- Membros
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Re: Um País às avessas
Este país tem vários problemas. Não é sou a falta de matéria prima. Começa por ter um problema de mentalidade. A mentalidade de querer enriquecer rapidamente, não importando "sacanear" tudo e todos. As pessoas até aos 16-17 anos têm às vezes ideais muito nobres. Mas, entre os 18 e os 20 anos dá-se uma espécie de estupidificação em massa. Depois, temos provavelmente a maior prevalência de narcisismo patológico do mundo. Nunca conheci gente tão vaidosa como aqui. Para além disso, tenho a sensação de que aqui é tudo a fingir. Lá fora existem hospitais, aqui também. Geralmente não prestam. Lá fora têm escolas. Nós também. São do piorio. Etc. Depois, há um facto curioso: formamos nas universidades engenheiros aeroespaciais, de mecânica automóvel, etc., mas não temos praticamente indústria. Então, parece que apenas formamos emigrantes...
Somar- Mensagens : 145
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Re: Um País às avessas
Somar escreveu:Este país tem vários problemas. Não é sou a falta de matéria prima. Começa por ter um problema de mentalidade. A mentalidade de querer enriquecer rapidamente, não importando "sacanear" tudo e todos. As pessoas até aos 16-17 anos têm às vezes ideais muito nobres. Mas, entre os 18 e os 20 anos dá-se uma espécie de estupidificação em massa. Depois, temos provavelmente a maior prevalência de narcisismo patológico do mundo. Nunca conheci gente tão vaidosa como aqui. Para além disso, tenho a sensação de que aqui é tudo a fingir. Lá fora existem hospitais, aqui também. Geralmente não prestam. Lá fora têm escolas. Nós também. São do piorio. Etc. Depois, há um facto curioso: formamos nas universidades engenheiros aeroespaciais, de mecânica automóvel, etc., mas não temos praticamente indústria. Então, parece que apenas formamos emigrantes...
Rapaz... Por um momento pensei que falavas do Brasil, a descrição inicial é bem parecida.
hibridizado- Mensagens : 359
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Re: Um País às avessas
mjp escreveu:
Eu percebi, mas já que pusemos o dedo na ferida. aqui fica para a História, que os portugueses não são parvos, e que sabem exctamente (e continuam a saber) quem têm sido os responsáveis pelo estado a que isto chegou. Mas nada muda em Portugal desde praticamente a Revolução Liberal de 1820. A seguir ao Marquês de Pombal, consegues apontar-me, em consciência, um estadista (Salazar à parte, independemente de tudo o resto, claro!) digno desse nome? Alguns que a tal se alcandoraram (Sá Carneiro) não puderam cumprir esse destino, outros bem intencionados (Anónio Guterres) sem o necessário prefil para enfrentar as "pantanosas" àguas em que estávamos já naufragando e outros (Mario Soares), mais preocupado com o seu enorme Ego e com ajustes pessoais de contas com o Estado Novo, que própriamente em conduzir a Nação a um desígnio que a motivasse e unisse em função do futuro (mas também não tem nem tinha competências para tanto) e por último, nesta abordagem casual ao tema, Ramalho Eanes, o único Presidente da República digno desse nome e com o sentido do que é ser um Estadista, mas era PR e a nossa Constituição( quer dizer, aquele livro mais mexido e movimentado que a Rua Augusta) a mais que isso não consentia.
Mas se achares, ou qualquer outro forista, que cometo alguma injustiça pela nomeação ou omissão na atribuição destes óscares,por favor aponta-o. Não tenho conotação partidária, nem antes nem pós STV, e por isso aprender até morrer é um dos meus lemas. O Eça era, para além de um grande escritor, um grande analista da tal espécie de povo que reside nos confins da Ibéria...
Completa e totalmente de acordo!
Provavelmente esta discussão não é perfeita aqui para o forum mas sempre dá para os amigos do Brasil perceberem um bocadinho melhor a historia (recente)do nosso pais.
Por muitos defeitos que tivesse, e tinha, Salazar foi realmente um estadista, e Ramalho Eanes que , na minha opinião é dos poucos Homens (com H) na politica portuguesa. Todos os outros num ou outro momento se dobraram perante interesses pessoais, de amigos, do capital etc...
E é esse o grande problema, tudo tem sido colocado á frente do interesse do estado. Levando em conta que o "estado" somos todos nós (e isto é um ponto que me parece ligeiramente esquecido), concluo que poucos se têm realmente preocupado connosco e com o nosso bem estar.
Quanto ás inclinações politicas confesso que tenho, com a idade talvez, andado um bocadinho para a direita. Mas fundamentalismos já os deixei no passado e não os quero de volta em nenhuma area da minha vida.
Ana Cláudia- Membros
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Re: Um País às avessas
Ana Claudia escreveu:mjp escreveu:
Eu percebi, mas já que pusemos o dedo na ferida. aqui fica para a História, que os portugueses não são parvos, e que sabem exctamente (e continuam a saber) quem têm sido os responsáveis pelo estado a que isto chegou. Mas nada muda em Portugal desde praticamente a Revolução Liberal de 1820. A seguir ao Marquês de Pombal, consegues apontar-me, em consciência, um estadista (Salazar à parte, independemente de tudo o resto, claro!) digno desse nome? Alguns que a tal se alcandoraram (Sá Carneiro) não puderam cumprir esse destino, outros bem intencionados (Anónio Guterres) sem o necessário prefil para enfrentar as "pantanosas" àguas em que estávamos já naufragando e outros (Mario Soares), mais preocupado com o seu enorme Ego e com ajustes pessoais de contas com o Estado Novo, que própriamente em conduzir a Nação a um desígnio que a motivasse e unisse em função do futuro (mas também não tem nem tinha competências para tanto) e por último, nesta abordagem casual ao tema, Ramalho Eanes, o único Presidente da República digno desse nome e com o sentido do que é ser um Estadista, mas era PR e a nossa Constituição( quer dizer, aquele livro mais mexido e movimentado que a Rua Augusta) a mais que isso não consentia.
Mas se achares, ou qualquer outro forista, que cometo alguma injustiça pela nomeação ou omissão na atribuição destes óscares,por favor aponta-o. Não tenho conotação partidária, nem antes nem pós STV, e por isso aprender até morrer é um dos meus lemas. O Eça era, para além de um grande escritor, um grande analista da tal espécie de povo que reside nos confins da Ibéria...
Completa e totalmente de acordo!
Provavelmente esta discussão não é perfeita aqui para o forum mas sempre dá para os amigos do Brasil perceberem um bocadinho melhor a historia (recente)do nosso pais.
Por muitos defeitos que tivesse, e tinha, Salazar foi realmente um estadista, e Ramalho Eanes que , na minha opinião é dos poucos Homens (com H) na politica portuguesa. Todos os outros num ou outro momento se dobraram perante interesses pessoais, de amigos, do capital etc...
E é esse o grande problema, tudo tem sido colocado á frente do interesse do estado. Levando em conta que o "estado" somos todos nós (e isto é um ponto que me parece ligeiramente esquecido), concluo que poucos se têm realmente preocupado connosco e com o nosso bem estar.
Quanto ás inclinações politicas confesso que tenho, com a idade talvez, andado um bocadinho para a direita. Mas fundamentalismos já os deixei no passado e não os quero de volta em nenhuma area da minha vida.
Nunca fui a uma manifestação e tenho pena de não ter podido estar presente no último 15 de Setembro. Tenho muita esperança que as pessoas (os verdadeiros cidadãos) comecem, não a perceber,que sempre o perceberam, mas a consciencializar que há caminhos que não são os mais adequados a uma Nação com quase 9 séculos de História. A mais antiga na Europa com fronteiras estabelecidades. Com momentos negros e áureos como todas as outras, mas com uma forma de sentir e estar no mundo muito propria e que não merece ser dissolvida em experimentalismos financeiros de méritos e ideologia duvidosos quanto aos fins a atingir, só porque nos ultimos trinta anos tem assumido que são pessoas de bem aquelas em quem confiaram o seu destino. É que afinal (excepção para os sérios) não eram!
Mas também acho que aqui não é o local mais indicado para este assunto, portanto, por aqui me fico.
mjp- Forista desativado
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Re: Um País às avessas
Ana e mjp,
Acho que o debate está muito interessante e enquadra-se perfeitamente num contexto em alguns de nós, como ex-TJ (e talvez TJ ativas também) estamos a tomar consciência dos nossos direitos, deveres e responsabilidades como cidadãos.
Foi para falar sobre a situação do nosso país que o tópico foi aberto
Acho que o debate está muito interessante e enquadra-se perfeitamente num contexto em alguns de nós, como ex-TJ (e talvez TJ ativas também) estamos a tomar consciência dos nossos direitos, deveres e responsabilidades como cidadãos.
Foi para falar sobre a situação do nosso país que o tópico foi aberto
TJ Curioso escreveu:
Aproveitem este tópico para dizer de vossas justiça, sobre este pequeno País, que já foi um dos "Senhores do Mundo" conhecido e que no presente momento vive momentos de angústia, curvando-se perante as elites económicas e poderes políticos externos.
MariaL- Membros
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Re: Um País às avessas
Caros amigos, conforme já foi dito, este tópico foi aberto para falar de "cidadania" e do estado do País, perante o assalto descarado ao povo português. A classe política que nos tem "governado" apenas se interessa em governar-se a si mesma e encher os bolsos dos amigos.
Vejam isto. Vale a pena.
Medina Carreira e Paulo Morais - Debate Completo
https://www.youtube.com/watch?v=yHMmvzy0zJI&feature=related
Sintam-se à vontade para expressar o que sentem.
Vejam isto. Vale a pena.
Medina Carreira e Paulo Morais - Debate Completo
https://www.youtube.com/watch?v=yHMmvzy0zJI&feature=related
Sintam-se à vontade para expressar o que sentem.
Re: Um País às avessas
mjp escreveu:
Nunca fui a uma manifestação e tenho pena de não ter podido estar presente no último 15 de Setembro. Tenho muita esperança que as pessoas (os verdadeiros cidadãos) comecem, não a perceber,que sempre o perceberam, mas a consciencializar que há caminhos que não são os mais adequados a uma Nação com quase 9 séculos de História. A mais antiga na Europa com fronteiras estabelecidades. Com momentos negros e áureos como todas as outras, mas com uma forma de sentir e estar no mundo muito propria e que não merece ser dissolvida em experimentalismos financeiros de méritos e ideologia duvidosos quanto aos fins a atingir, só porque nos ultimos trinta anos tem assumido que são pessoas de bem aquelas em quem confiaram o seu destino. É que afinal (excepção para os sérios) não eram!
Mas também acho que aqui não é o local mais indicado para este assunto, portanto, por aqui me fico.
Os moderadores consideram que o nível da conversa é bom portanto acrescento:
Fui pela primeira vez a uma manifestação no dia 15 de Setembro. Apesar de não concordar com o tema da dita, "fora com a troika etc etc", pelo que avaliei nos dias anteriores pareceu-me que muitas das pessoas que iam á manifestação iam por se sentirem enganadas, por estarem em grandes dificuldades, por se sentirem injustiçadas.
Eu pessoalmente não fui "pedir" a queda do governo, nem a saída da troika, fui porque acho que o povo é quem está a pagar a crise toda. E os tais cortes no estado de que falámos mais a cima não acontecem.
Desde que deixei de ser TJ passei a votar, sinto que devo fazê-lo, sempre votei convicta de que estava a escolher bem (enganei-me algumas vezes), mas hoje se tivesse de votar teria de ser em branco.
Simplesmente não me sinto representada naquelas pessoas que simplesmente estão a proteger os tachos, os seus lugares e os lugares dos amigos.
Lamentavelmente não vejo no panorama politico nacional ninguem que consiga inverter esta falta de esperança do povo, no qual me incluo.
Ana Cláudia- Membros
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