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Moral: significado, diferenças...

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Mensagem por Ana Cláudia Seg Jan 07 2013, 18:56

Ando com esta palavra, e consequentemente com a definição que a palavra tem para mim, na cabeça há uns dias.

"Moral"... para mim são os valores que tenho, que me foram incutidos, que adquiri ao longo da vida. São até regras que nos são vendidas pela sociedade como correctas.

Então porque é que ás vezes falhamos os nossos valores morais? Porque é que damos desculpas a nós próprios para ignorarmos aquela regra moral que falhamos em determinado momento?

Segundo a Wikipedia: Moral deriva do latim mores, "relativo aos costumes". Moral é um conjunto de regras no convívio.

Moral
Termo de origem latina que significa costumes, hábitos, maneiras habituais de proceder. Entende-se em geral como o conjunto de princípios, das normas, dos juízos ou dos valores de carácter ético-normativo vigentes numa dada sociedade e aceites pelos seus membros, antes mesmo de qualquer reflexão sobre o seu significado, a sua importância e a sua necessidade. A moral tem assim um carácter social, visto que decorre da sociedade e responde às suas necessidades. A moral é por isso marcada normas, obrigações e interdições. (http://afilosofia.no.sapo.pt)

Alguém com vontade de "filosofar" um bocadinho?
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Mensagem por Paulo Neto Seg Jan 07 2013, 19:52

Por vezes dizemos: Que moral tens tu para me dizer isto ou aquilo?

Quando dizemos isto, é porque sabemos que aquela pessoa não pratica os tais valores incutidos, e quando é assim acusamos essa pessoa de falta de moral.

Por exemplo que moral tem a ORGA de acusar a religião católica nas sua publicações de pedofilia, quando ela é acusada e obrigada a pagar milhões de euros por membros da ORGA praticarem pedofilia e ainda por cima esconder o pedófilo?



Vamos trabalhar juntos para manter neste fórum um ambiente limpo e amigável. Boas postagens!
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Mensagem por hocosi Seg Jan 07 2013, 20:02

Considero extremamente importante saber diferenciar:
-A Moral.
-O Direito.
-A Ética.

A Moral establece regras que são assumidas pela pessoa como forma de garantir o seu bem viver. É independente das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que nem sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum. Como foi dito está ligada aos costumes, à cultura ou à religião.

O Direito busca estabelecer as regras de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado. As leis têm uma base territorial. Elas valem apenas para aquela área geográfica onde determinada população ou seus delegados vivem.

Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. É diferente da Moral no sentido de que não estabelece regras. Esta é uma reflexão sobre a ação humana.
A Ética enquanto disciplina pode ser dividida em:
-Ética geral.
-Ética aplicada ou específica. A ética profissional ou deontológica faz parte da ética aplicada e está relacionada com a profissão.




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Mensagem por Sara Mel Seg Jan 07 2013, 20:44

hocosi escreveu:Considero extremamente importante saber diferenciar:
-A Moral.
-O Direito.
-A Ética.

A Moral establece regras que são assumidas pela pessoa como forma de garantir o seu bem viver. É independente das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que nem sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum. Como foi dito está ligada aos costumes, à cultura ou à religião.

O Direito busca estabelecer as regras de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado. As leis têm uma base territorial. Elas valem apenas para aquela área geográfica onde determinada população ou seus delegados vivem.

Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. É diferente da Moral no sentido de que não estabelece regras. Esta é uma reflexão sobre a ação humana.
A Ética enquanto disciplina pode ser dividida em:
-Ética geral.
-Ética aplicada ou específica. A ética profissional ou deontológica faz parte da ética aplicada e está relacionada com a profissão.


Hocosi, acabaste de iniciar uma aula de introdução ao direito, Very Happy Very Happy Very Happy

E obviamente concordo com a distinção e o ter noção dos 3 conceitos!

Apesar de em algumas situações o direito pretende ter alguma moral...

A minha concepção de moral está obviamente ligada à cultura judaico-cristã e também a minha formação ao longo dos anos... Fui mudando a forma de pensar e adaptando-me ao que considero ser o moralmente correcto... mas isto vai sendo uma aprendizagem e inovação diária!



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Mensagem por Ana Cláudia Seg Jan 07 2013, 20:54

Permitam-me introduzir exemplos práticos, sempre com a noção de moral presente e são obviamente generalizações.

Porque é que para nós a monogamia é o aceitável e noutras paragens há bigamia ou qualquer outra coisa?

Porque é que achamos que pedir subsídios ao estado mesmo sem necessitarmos é natural e noutras paragens não é assim?

Porque é que a moral de um cristão será, á partida, diferente da moral de um ateu?

Serão apenas as condicionantes da educação e da sociedade em que crescemos ou já nascemos com alguma noção de "moral"?



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Mensagem por hocosi Seg Jan 07 2013, 21:25

Estudos de neurocientistas modernos têm mostrado básicamente duas coisas.

-A moral não é uma característica unicamente humana. O comportamento em sociedade de certos animais, nomeadamente os chimpanzés e outros evidenciam que a moral não deriva apenas da civilização.
-Os seres humanos têm um senso inato do certo e errado. Portanto já nascemos com um senso moral.

Então porque há diferenças?

Pode ser ilustrado com a linguagem. Todos os seres humanos nascem com as capacidades da linguagem, comuns a todas as linguas. Mas depois depende do ambiente e da cultura onde a pessoa cresce. Depende do idioma que vai aprender.
Da mesma forma é a moral. Todos nascemos com um senso moral codificado no nosso cérebro mas depois depende dos valores aplicados pelo ambiente em que vivemos.

Existem certos valores que são comuns a todas as civilizações. Por exemplo o roubo, a traição, o assassinato, a mentira, ect, são condenáveis.

Mas continuamos a ter a responsabilidade de ensiná-la, praticá-la e vigiar os que se desviam dela.




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Mensagem por Condor Ter Jan 08 2013, 10:13

Sobre este assunto gostaria de deixar algumas palavras de um homem cujas reflexões acho fantásticas. Vale a pena ler até ao fim...


Místicos como Kabir não lhe ensinam moralidade. Ensinam-lhe religião. E a diferença é que a moralidade é política. Você tenta melhorar a si mesmo — moralmente. Toda a sua sociedade é imoral, e você a segue. Tudo o que ela diz que é moral, você tenta seguir; a sociedade imoral ensina-lhe o que é moralidade. Na verdade, ajustar-se a uma sociedade imoral é a maior imoralidade
que pode haver.

Uma pessoa realmente moral está desajustada; será muito difícil para ela ajustar-se à sociedade. Portanto, se você observar que as pessoas consideradas morais, as pessoas respeitáveis, estão ajustadas à sociedade, saiba que elas estão sendo profundamente imorais. São cheias de truques, fingidas e hipócritas. E lembre-se de uma coisa: moral ou imoral, tudo está na superfície. No fundo você permanece sempre em seu estado supremo. Vocês são deuses e deusas. Reconhecer este facto e começar a vivê-lo, isto é religião.

Não estou dizendo para você se tornar imoral. Digo que se você se tornar religioso, a moralidade o seguirá como uma sombra. E esta será a verdadeira moralidade; não será apenas a moralidade imposta a você pela sociedade imoral. Será a verdadeira moralidade, que flui do seu centro mais profundo. Não será um carácter; será um transbordamento do seu ser. Não será uma estrutura morta à sua volta. Você estará fluindo; vivendo cada momento com consciência, com espontaneidade. Você será responsável. Comumente, tudo o que você chama de moral é apenas repressão e nada mais.

Ouvi contar sobre uma dama que era um modelo de virtude sobre a terra, mas após a sua morte, surpreendentemente, viu-se no inferno. Telefonou a São Pedro, que lhe pediu que tivesse paciência, pois o céu estava tão superlotado que ele não tinha nenhuma vaga para ela. Duas semanas depois ela ligou novamente para S. Pedro, avisando-o de que estavam ensinando-lhe a beber e a fumar: "As pessoas daqui são muito perigosas, a tentação é grande e tenho medo". Paciência e força de vontade, consolou-a S. Pedro; logo ele teria condições de acomodá-la, mas ainda não era possível. Quinze dias depois, o modelo de virtude fez um último chamado: ai, Pedrinho! Esqueça tudo aquilo! E se você quer realmente se divertir, venha para cá. Aqui é o lugar".

As pessoas que você considera morais, são apenas reprimidas e egoístas, carregando nelas toda sorte de desejos reprimidos. À primeira oportunidade, elas explodem. Por medo e por avareza reprimiram a si mesmas, mas não são realmente morais. Só uma pessoa religiosa é moral. Geralmente você tem sido ensinado: "Seja moral se quiser ser religioso". Eu digo exatamente o contrário: "Seja religioso e será moral". Se você tentar ser moral, talvez venha a ser, mas nunca será religioso — e a sua moralidade será falsa. De onde você irá aprendê-la? De uma sociedade imoral. De onde ela virá? Da mesma estrutura podre. Não, isso não pode ser moral. Primeiro, torne-se religioso. Jesus diz: «Primeiro busque o reino de Deus, e então tudo o mais lhe será acrescentado». Eu digo-lhe o mesmo, assim como Kabir. Viva aqui e agora o mais totalmente possível, o mais alerta possível e o mais amorosamente possível; e tudo o mais lhe será acrescentado.

- Extâse a Linguagem Esquecida, Osho


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Mensagem por Condor Ter Jan 08 2013, 10:22

E só mais esta reflexão tendo também por base as palavras do OSHO...

A moral não é monopólio de nenhum povo, de nenhum partido político, de nenhum grupo religioso, de nenhuma categoria profissional, mas uma conquista, um valor, um ideal que pode e deve ser perseguido e alcançado por todo e qualquer indivíduo participante da vida gregária, na medida em que é um produto cultural relativizado no tempo e no espaço, cuja validade só se pode observar e aferir nos relacionamentos interpessoais, no trato com a coisa pública e na capacidade de servir e ser útil ao grupo social no qual o indivíduo está inserido.

Assim, não basta ao indivíduo inflar os pulmões e bradar aos quatro cantos que é honesto, moral, decente, para que seja reconhecido como tal, sobretudo quando os fatos e as circunstâncias dizem exatamente o contrário. Esse tipo de comportamento, aliás, quase sempre seguido de ataques furiosos e veementes a outros indivíduos, além de soar arrogante e inadequada, geralmente revela um conflito psicológico do qual o sujeito é portador. Não raro, trata-se de uma clara projeção psicológica, mecanismo mediante o qual o indivíduo projeta no outro aquelas características que rejeita em si próprio, características essas trancafiadas nos porões do seu inconsciente e transferidas amiúde para este ou aquele alvo, contra quem lança toda sorte de impropérios e acusações levianas sem perceber que na verdade é ele próprio quem, inconscientemente, coloca-se na alça de mira de sua própria fúria e indignação. Daí H.G. Wells ter afirmado que “indignação moral é inveja com auréola”.

Convém, portanto, pôr as barbas de molho diante daqueles que se arvoram na condição de “seres morais”. Primeiro, porque a moralidade não se resume a uma questão de retórica; antes constitui uma postura em face dos desafios impostos pela vida, sobremaneira quando o indivíduo é colocado diante de facilidades que lhe despertam interesses egoístas e pouco nobres. Segundo, porquanto ela não é característica inata, mas um apanágio do indivíduo que logrou alcançar um nível consciencial que lhe permite discernir o certo e o errado, o bem e o mal – abstraído qualquer maniqueísmo -, e fazer sua escolha livremente, sempre de forma ética, construtiva e edificante.

Mas, como diferenciar o “ser moral” do “indivíduo imoral”? Seria isso possível? Bem, é óbvio que não existe fórmula ou método infalível para esse mister. Jesus Cristo, no entanto, vaticinou que podemos reconhecer a árvore pelos frutos. Assim, se a árvore for boa, dará bons frutos; sendo má, dará maus frutos. Portanto, para o Mestre Jesus, desde que não possamos sondar os aspectos subjetivos do indivíduo, cabe-nos recorrer ao exame de suas obras, ações e tantas outras realizações externas, de maneira que logremos, a partir do estudo dos aspectos exteriores, aferir, ainda que parcialmente, as qualidades morais daqueles que nos circundam e com quem interagimos.

O místico Osho, parte de uma premissa bem diferente, qual seja, a de que a moralidade possui um caráter puramente utilitário, permitindo apenas que as pessoas convivam umas com as outras sem se autodestruírem. Nega, por conseguinte, a existência do homem moral, afirmando que “os moralistas não são realmente morais – eles estão vivendo uma vida dupla: na superfície, morais, mas, na realidade, tão imorais quanto qualquer outra pessoa ou até mesmo mais. Talvez a moralidade deles esteja presente para esconder suas atividades ilegais. E todos parecem estar no mesmo barco. Do mais baixo trabalhador ao homem que detém o posto mais alto, o primeiro-ministro ou o presidente do país, parece que todos estão no mesmo barco.”

Osho é ainda mais radical ao asseverar: “Parece que um homem só é moral até ser capturado. Assim, a diferença entre o moral e o imoral é somente esta: de ser ou não capturado”. E para não ser capturado – complementamos -, o homem não deve jamais contar com a sorte ou com a impunidade, mas abster-se da prática do ato infame quando a tentação bater-lhe à porta, recorrendo a Deus e à Consciência a fim de que se mantenha sempre ético, honrado, digno e moral.

- texto de Paulo Márcio, especialista em Direito Penal e Direito Processual Penal


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Mensagem por Condor Ter Jan 08 2013, 10:32

Ana Claudia escreveu:Permitam-me introduzir exemplos práticos, sempre com a noção de moral presente e são obviamente generalizações.

Porque é que para nós a monogamia é o aceitável e noutras paragens há bigamia ou qualquer outra coisa?

Porque é que achamos que pedir subsídios ao estado mesmo sem necessitarmos é natural e noutras paragens não é assim?

Porque é que a moral de um cristão será, á partida, diferente da moral de um ateu?

Serão apenas as condicionantes da educação e da sociedade em que crescemos ou já nascemos com alguma noção de "moral"?

Excelentes questões Ana Claudia!

Pelo menos grande parte, senão a totalidade, do que consideramos moral e imoral parece ser uma condicionante da sociedade/cultura/educação em que estamos inseridos. A título de exemplo, as crianças bem pequenas não tem qualquer pudor de andarem nuas numa praia e/ou de estarem frente a outros dessa forma, para elas é simplesmente natural... até se inculcar a ideia de vergonha, de que temos partes do corpo que são privadas e que se tem de esconder. Se um adulto andar nu no seu dia a dia o mais certo é pensar-se que é um louco varrido, provando-se que não o é o que se pensará sobre a moral desse homem? Mas se formos para certos locais do mundo veremos que muitas tribos andam nuas na quase totalidade do tempo... são eles imorais ou serão apenas loucos? Ou nenhuma das duas? Inibição ou o inverso tem alguma coisa haver com moral? Orientação sexual e opções sexuais tem alguma coisa de moral?

Não será a questão do moral e imoral algo tão subjectivo e totalmente condicionado por factores atrás descritos?


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Mensagem por Ana Cláudia Ter Jan 08 2013, 17:15

Condor escreveu:

Não será a questão do moral e imoral algo tão subjectivo e totalmente condicionado por factores atrás descritos?

É esta, para mim, a questão essencial!

Eu sinto que o meu senso de moral é subjectivo e condicionado e não gosto... Mas também compreendo que não ando sozinha no mundo e tenho de viver com regras morais socialmente impostas. De compreender a aceitar é que vai uma distancia longa.
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Mensagem por MariaL Qui Jan 10 2013, 18:31

Ana Claudia escreveu:

Porque é que a moral de um cristão será, á partida, diferente da moral de um ateu?


Será? Queres explicar?


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Mensagem por Ana Cláudia Qui Jan 10 2013, 19:12

MariaL escreveu:
Ana Claudia escreveu:

Porque é que a moral de um cristão será, á partida, diferente da moral de um ateu?


Será? Queres explicar?

Olá MariaL!

O meu post completo incluía esta frase inicial:

Ana Claudia escreveu:Permitam-me introduzir exemplos práticos, sempre com a noção de moral presente e são obviamente generalizações.

Parece-me que esta frase faz alguma diferença. No entanto do meu ponto de vista é natural que existam diferenças morais entre um ateu e um cristão, generalizando claro.

Teoricamente um ateu não seguirá princípios bíblicos que são seguidos por um cristão. Exemplo: um cristão, para ser cristão "a sério" não pode aceitar a homossexualidade, já um ateu não terá este imperativo moral.

Fiz-me entender?

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Mensagem por MariaL Qui Jan 10 2013, 22:02

Ana Claudia escreveu:
MariaL escreveu:
Ana Claudia escreveu:

Porque é que a moral de um cristão será, á partida, diferente da moral de um ateu?


Será? Queres explicar?

Olá MariaL!

O meu post completo incluía esta frase inicial:

Ana Claudia escreveu:Permitam-me introduzir exemplos práticos, sempre com a noção de moral presente e são obviamente generalizações.

Parece-me que esta frase faz alguma diferença. No entanto do meu ponto de vista é natural que existam diferenças morais entre um ateu e um cristão, generalizando claro.

Teoricamente um ateu não seguirá princípios bíblicos que são seguidos por um cristão. Exemplo: um cristão, para ser cristão "a sério" não pode aceitar a homossexualidade, já um ateu não terá este imperativo moral.

Fiz-me entender?

Já tinhas saudades de "conversar" contigo!

"são obviamente generalizações", faz toda a diferença. Desculpa, não tinha reparado.

Ser cristão é um conceito muito abrangente, pode não significar exactamente seguir a moral da bíblia. Pegando no teu exemplo, no caso particular do homossexualismo, as opiniões (a moral?) são muito divergentes.


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