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Igreja da Unificação

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Mensagem por Ana Cláudia Ter Jul 02 2013, 18:07

Quando eu acho que já vi de tudo descubro isto. Só mais uma religião dirão alguns...

Está a negrito mais a baixo um ponto do qual gostava de obter mais informação.
O artigo é um bocadinho longo.

Nos últimos 35 anos, pelo menos 100 portugueses aceitaram casar-se com alguém de outro país que viram pela primeira vez poucas horas antes da cerimónia. Acreditam que esta é a melhor forma de alcançar a paz mundial e de se purificarem

Por Pedro Jorge Castro

– E se algum membro da Igreja se apaixonar?
– Para ser sincero, nunca aconteceu. Não
podia acontecer.
– Se acontecesse, como líder nacional da
Igreja da Unificação, o que faria?
– Se acontecesse, tentava falar a sós com eles
e ouvir os dois lados.

Na Igreja da Unificação, reconhecida legalmente em Portugal desde 2010, o líder nacional, Sérgio Neto, um psicólogo de 42 anos, não concebe a hipótese de alguém se apaixonar. Aqui, os fiéis casam-se primeiro e apaixonam-se depois.

“Vivendo uma vida de oração e sacrifício, controlamos muito bem os nossos instintos físicos”, acrescenta à SÁBADO Liberto Silva, licenciado em Filosofia, gestor de uma empresa de condomínios e um dos pioneiros da Igreja da Unificação em Portugal, que liderou entre 1979 e 1994.

Fez parte do primeiro grupo de 12 portugueses que participaram num casamento em massa, em Londres, em 1978. A noiva foi-lhe atribuída na véspera pelo reverendo Moon, o sul-coreano que fundou a Igreja da Unificação em 1954 e é visto pelos seguidores como um messias. “Fosse branca, preta, amarela ou cor-de-rosa, eu aceitaria. O reverendo olha para os dois e vê logo, é um flash”, explica Liberto Silva. Chamou-o, apontou para uma mulher que estava a assistir à cerimónia e disse-lhe: “Tens ali uma boa esposa.” Era a austríaca Waltraud. Casaram-se no dia seguinte – mas tiveram de esperar três anos até à primeira relação sexual.

Na sua autobiografia, o reverendo admite que quando dois adolescentes se encontram “podem enrubescer e sentir uma alteração no ritmo cardíaco”. Estes sintomas são sinal de alarme: “Devem parar imediatamente e dizer: ‘Seu malandro!’ (…) Pensem que, se sucumbirem, o universo sucumbirá.” Por causa disto, todas as actividades e espaços dentro da Igreja são separados por género, rapazes de um lado e raparigas do outro. Alguns dos chamados elementos de segunda geração, filhos de membros mais velhos que se casaram de acordo com as regras da Igreja, são ensinados desde a adolescência a usar um truque: sempre que começam a sentir algo por outro membro, avisam-no, para garantir que este muda o comportamento e se torna mais distante.

Francisco Osório, um psicólogo de 54 anos, juntou-se ao movimento nos anos 80, trabalhou 10 anos como voluntário nos EUA e noutros países, e garante que viveu duas décadas e meia em que nunca se quis apaixonar por ninguém.

Em 2008, decidiu que estava pronto para se casar – embora não soubesse com quem. Informou então o líder nacional da Igreja da Unificação, Sérgio Neto. Depois, cumpriu uma série de formalidades: frequentou um curso de preparação, em que ouviu casais mais velhos relatar as suas experiências e obstáculos; tirou fotografias para juntar ao processo – uma de meio corpo, outra de corpo inteiro e uma terceira, facultativa, com a família; submeteu-se a um exame médico, para confirmar que não tinha sida nem hepatite, e a outro psicológico; arranjou pelo menos três filhos espirituais – pessoas que se juntaram à Igreja por sua iniciativa; jejuou durante sete dias, em que bebeu apenas água; e assinou uma confissão, em que teve de indicar o ano e o mês em que teve relações sexuais pela última vez.

Depois de Francisco Osório ter cumprido todos os requisitos, o líder nacional enviou a sua candidatura por email para os responsáveis da Igreja da Unificação na Europa e na Coreia do Sul, onde está a sede mundial da organização.

Quatro meses mais tarde, Francisco Osório foi informado de que já havia uma possível noiva: uma tailandesa, 10 anos mais nova, profissional de turismo. Não se lembra exactamente do primeiro email que lhe escreveu, mas acha que terá sido assim: “Chamo-me Francisco, sou membro há quase 30 anos, tenho o objectivo de começar uma família e estou disposto a iniciar a comunicação. Sei que também está interessada. Como é que podemos continuar?”

A crente tailandesa respondeu três dias depois e passaram um ano a conhecer-se por email, por carta e por telefone. Viram-se pela primeira vez pessoalmente quando ela o foi esperar ao aeroporto de Banguecoque, a menos de uma semana do casamento, em Outubro de 2010. Deram um abraço, talvez um beijo na cara, mas nada mais – não é suposto qualquer contacto físico que não teriam com um irmão. Na noite de núpcias, ele dormiu no hotel onde ficou instalado, sozinho. Voltou logo a seguir para Lisboa e apenas se reencontraram um ano mais tarde, quando ela o visitou em Portugal. Ao todo, desde que se conheceram, estiveram juntos quatro vezes, num total de dois meses e meio – a mulher de Francisco ainda está a tratar das burocracias para vir viver para Portugal.

Os seguidores do reverendo Moon acreditam que o matching, como chamam ao processo de atribuição de noivos a cada crente, é feito por inspiração divina. Por isso, devem estar disponíveis para viver com alguém de outra cor, que more noutro país e fale outra língua, por ser essa a forma mais rápida de eliminar barreiras e alcançar a unificação mundial.

O reverendo Moon contou aos seus seguidores que no domingo de Páscoa de 1935, quando tinha 15 anos, estava a dar um passeio pelas montanhas e apareceu-lhe Jesus Cristo que lhe pediu que continuasse a sua missão de corrigir o pecado original de Adão e Eva. “Antes de se tornar perfeita, Eva cometeu o pecado da fornicação com o arcanjo [Lúcifer] e tornou-se numa pessoa caída”, lê-se no 'Princípio Divino', o livro que contém os principais ensinamentos da Igreja da Unificação. O pecado impediu Adão e Eva de serem “o verdadeiro pai e a verdadeira mãe (centrados em Deus) de toda a humanidade”.

Jesus também não constituiu família quando desceu à Terra, pelo que deveria ser o reverendo Moon a criar uma raça pura, livre do pecado da imoralidade sexual. O sul-coreano definia-se por isso como um messias enviado por Deus e como o “ verdadeiro pai” de toda a humanidade. A mulher com quem se casou em 1960, Hak Ja Moon, passou a ser a “verdadeira mãe”, tal como os descendentes são os “verdadeiros filhos”.

A bênção ou o casamento celebrado por Moon é a forma de ligar os seguidores a Deus. A primeira cerimónia colectiva realizou-se em 1961: participaram 36 casais, 24 dos quais foram formados pelo próprio fundador da Igreja da Unificação. Ao longo das quatro décadas seguintes, as cerimónias foram sendo cada vez mais concorridas. Em 1982 juntou 2.075 casais em Nova Iorque. O recorde foi batido em 1995, com 360 mil casais abençoados em todo o mundo via satélite.

Todos os noivos têm de pagar a chamada “indemnização” pelo pecado original, mantendo a abstinência sexual um ano antes da cerimónia e até pelo menos 40 dias depois do casamento. Foi em 2001 que este período foi reduzido: era de três anos antes e três anos depois do casamento. Dois jovens portugueses abençoados por Moon em 1978 cumpriram este período de seis anos de abstinência, apesar de já serem casados pelo civil e terem filhos antes da adesão à Igreja da Unificação.

Os responsáveis da Igreja garantem que a taxa de divórcios é mais reduzida do que nos casamentos convencionais. O ex-líder, Liberto Silva, e o actual, Sérgio Neto, calculam que essa taxa rondará entre 2% e 5%. Mas trata-se de uma estimativa, uma vez que não conseguem indicar com rigor quantos portugueses participaram em casamentos internacionais (terão sido mais de 100 nos últimos 35 anos). Geros Kunkel, o responsável pelo departamento de famílias abençoadas na Europa, admitiu em 2007 que 23% dos casamentos entre membros de segunda geração (filhos de membros) tinham acabado em separação e que noutros 20% os casais estavam a debater-se com problemas graves que podiam levar a um afastamento.

“Sempre que há uma separação, tenho pena. Mas é melhor do que andar à batatada. Quem se separa pode continuar na Igreja e pode voltar a casar-se. Mas já não pode haver novo matching”, explica o líder nacional. Nesses casos, os próprios candidatos escolherão uma noiva e pedem que a Igreja da Unificação abençoe essa nova relação. É o mesmo que acontece quando as pessoas já estão casadas no momento em que tomam contacto com o movimento do reverendo Moon.

Uma estudante portuguesa, que pediu para o seu nome não ser referido, relatou à SÁBADO a história que viveu em 2005 e que acabaria numa separação. Desde 2001 que os membros estavam autorizados a participar no processo de selecção, propondo aos pais os nomes de candidatos que preferissem. O reverendo Moon tinha deixado temporariamente de fazer matchings, mas em 2005 anunciou que iria voltar a juntar noivos, numa cerimónia em Nova Iorque, o que foi visto pelos fiéis de todo o mundo como uma oportunidade imperdível.

Só que o anúncio foi feito com pouca antecedência e a estudante portuguesa não conseguiu ir pessoalmente aos Estados Unidos. Ficou à espera em casa com os pais. Se tivesse lá estado, poderia ter vivido algo semelhante ao que descreveu Jen Kiaba. Esta norte-americana de segunda geração tinha na altura 19 anos e relatou no site 'The Hairpin' o pânico que sentiu quando o reverendo começou a apontar alternadamente para rapazes e raparigas, para formar os casais.

“Quando o dedo do reverendo Moon apontou para mim, o tempo parou. (…) Depois o tempo acelerou, o seu dedo apontou noutra direcção, depois noutra e noutra. Três outras pessoas levantaram-se e não fazia ideia a qual dos outros dois homens tinha sido atribuída. Tinha conhecido um num campo de férias alguns anos antes, mas ele estava a olhar para outra rapariga. O outro homem fez-me sinal e dei com os meus olhos ao nível de uma camisola com a palavra Noruega.” Jen Kiaba passou os dois anos que se seguiram a discutir com o noivo e separaram-se

Na noite deste matching em 2005, o telefone tocou em casa da estudante portuguesa em Lisboa – era o líder europeu dos membros de segunda geração da Igreja da Unificação, para lhe dar a novidade: “Já tenho informações sobre o seu match: é japonês.”

Descreveu a cor do cabelo e indicou a altura do noivo, mas pediu desculpa por não ter conseguido recolher informações sobre a sua personalidade. Como o japonês não falava inglês, de nada adiantava passarem-lhe o telefone. A estudante podia ter recusado, ou podia ter dito que ia esperar para ver como se davam, mas resolveu comprometer-se logo, respeitando a tradição.

“Pensei: ‘Já que me meti nisto, não vou dizer que não agora.’ E disse que sim, mesmo sem falar com ele. Fui preparada para aceitar um companheiro que seria escolhido pelo reverendo Moon”, justifica à SÁBADO. Pouco depois, mandaram-lhe por email a fotografia do noivo japonês.

No dia seguinte, a estudante portuguesa voou para Londres vestida de branco, e casou-se à distância, assistindo à transmissão da cerimónia via satélite, numa sala onde estavam mais três jovens nas mesmas condições. Não pôde trocar alianças com o noivo, mas bebeu o cálice sagrado.

Depois, a estudante tentou comunicar com o marido por carta, mas teve de recorrer à ajuda de mulheres japonesas que estão casadas com homens portugueses e frequentam as reuniões da Igreja para traduzir a correspondência, o que inibia qualquer tipo de referência mais privada. “Como gosto de conversar, foi difícil criar empatia com alguém que não falava a mesma língua”, admite.

Em Abril de 2006, cerca de 120 dias depois do casamento, viram-se pela primeira vez ao vivo quando o marido japonês aterrou no Aeroporto de Lisboa com um dicionário. Mas a comunicação continuou a ser praticamente nula.

Pior: nem ele aceitava vir viver para a Europa nem ela admitia mudar-se para o Japão. A estudante arrependeu-se de tudo. “Interiormente, percebi que foi um erro. Se estivesse nos EUA quando foi feito o matching, tinha dito logo que não era o meu tipo de pessoa.”

Reencontraram-se cinco meses mais tarde num seminário de 40 dias para elementos da segunda geração na Coreia do Sul. O assunto foi resolvido numa reunião a quatro, à margem das palestras: além dos noivos, participaram o líder europeu e um responsável coreano. Ela comunicou que não queria continuar, o noivo teve de aceitar a decisão e a separação foi autorizada.

Olhando para trás, sete anos depois, reconhece que precisou de coragem para romper com um casamento abençoado pelo reverendo Moon. Ficou aliviada, mas no regresso teve de enfrentar a desilusão dos pais e o distanciamento de outros fiéis que criticaram a sua escolha. Não tinha qualquer amigo que não fosse membro da Igreja da Unificação. “Se saímos, ficamos sozinhos”, conta a estudante, a única voluntária para um matching tradicional, feito pelo reverendo Moon, entre todos os membros portugueses da segunda geração que conheceu. Entretanto, afastou-se do movimento e apaixonou-se por um rapaz católico, mas combinou com os pais que esta sua nova relação seria abençoada pela Igreja da Unificação – a cerimónia foi celebrada por Sérgio Neto, o actual líder nacional.

Sérgio Neto casou-se em 1995, quando tinha 24 anos, ao mesmo tempo que outros 21 portugueses. Quando saiu de Portugal para a Coreia do Sul, já sabia quem seria a sua mulher. Dias antes, o líder nacional na época chegou ao pé dele com um envelope castanho e a novidade: “Conseguiste, o Verdadeiro Pai escolheu uma esposa para ti!” No envelope estava a foto dela e, atrás, o tipo de sangue, a altura, o peso, a escolaridade, o telefone e o nome: Kim – era uma coreana. Combinaram encontrar-se antes da bênção no hotel de Seul onde ele ficou instalado. “Quando a porta do elevador se abriu, ela entrou. Não tinha nada a ver com a fotografia. E estava engripada. Mas foi fantástico.”

Na mesma cerimónia, uma portuguesa casou-se com o romeno Dan. Semanas antes, quando recebeu a foto dela, na Igreja da Unificação em Bucareste, Dan pensou: “Esta vai ser a pessoa com quem vou viver a minha vida toda.” Telefonou-lhe no dia seguinte a perguntar se aceitava e ela, apesar de não perceber quase nada de inglês, respondeu que sim, recorda Dan à SÁBADO. Depois de um período em que viveram na Roménia, estão em Portugal desde 2010, com os quatro filhos.

Dan e a noiva portuguesa respeitaram escrupulosamente o período de abstinência, tal como Sérgio Neto e a sua noiva coreana. “Nunca houve sexo. Se tivesse havido, a bênção não teria qualquer valor”, afirma o líder nacional. Nem toda a gente que participou nesse casamento soube antes com quem se ia casar.

Sérgio Neto pôde, por isso, assistir ao matching feito pelo próprio reverendo Moon e ficou impressionado quando o viu a trabalhar perante um painel cheio de imagens de candidatos: “Um assistente vai dando as fotografias para a mão do Verdadeiro Pai. E ele vai com o dedo a tremer até parar numa foto.”

Depois desta escolha, é suposto os noivos conversarem para decidir se aceitam – o que acontece quase sempre. Actualmente, ainda há muitos pares formados assim. No ano passado, 200 membros da Igreja chegaram à Coreia do Sul sem noivo, em sinal de fé total no fundador. Mas o reverendo Moon, que já tinha 92 anos, não escolheu parceiros para cada membro. Segundo uma descrição do jornal inglês 'The Guardian', disse-lhes para cruzarem os polegares.

E depois pediu às raparigas que tinham colocado o polegar direito por cima do esquerdo para procurarem um marido entre os rapazes que tinham colocado o polegar esquerdo por cima do direito. Noutra cerimónia, alinhou os homens numa fila e as mulheres ao lado. Mandou os homens tirarem o relógio, enquanto as mulheres deveriam manter o relógio no pulso, para distinguir os sexos. Depois instruiu-os para fecharem os olhos e agarrarem uma pessoa (com ou sem relógio, consoante os sexos). “A seguir abrem os olhos. E é possível que, quando olharem, o vosso noivo seja muito bonito”, afirmou o reverendo Moon.

A Igreja sempre garantiu que o matching não era ao acaso e que o reverendo passava a noite a juntar fotografias dos candidatos aos pares. “O meu recorde é 72 casais e normalmente faço o matching de 70 casais”, contou o próprio fundador. Também explicou como fazia o matching: “Se quando estou a olhar para os dois sinto que se estão a tornar um só, então é um match perfeito, feito no céu. Se vejo outro par em que ambos parecem afastar-se, não é um bom match.”

O fundador da Igreja da Unificação foi desde sempre uma figura controversa. E a sua vida privada nem sempre seguiu os princípios de fidelidade e pureza apregoados no Princípio Divino. Na década de 60, os pioneiros nos Estados Unidos asseguravam que ele se manteve virgem até se casar com a Verdadeira Mãe, aos 40 anos, mas mais tarde confirmou-se que tinha tido um filho de um casamento anterior, aos 26 anos.

Depois de ter tido 14 filhos com a Verdadeira Mãe, e de os médicos a terem aconselhado a não ter mais crianças, o reverendo falou-lhe de uma inspiração divina segundo a qual devia ter mais um filho. Convenceu então a Verdadeira Mãe a deixá-lo ter uma criança com outra mulher.

Quando uma filha sua e uma nora se queixaram de que eram agredidas pelos maridos que ele lhes tinha arranjado, Sun Myung Moon respondeu-lhes que a culpa era delas, segundo uma denúncia feita pelas próprias ao programa '60 minutes', da CBS.

Entretanto, em 1978, uma investigação do Congresso norte-americano às relações entre a Coreia do Sul e os EUA desvendou várias ligações entre os serviços secretos sul-coreanos e a Igreja da Unificação, que teria membros infiltrados em departamentos governamentais americanos para passar informações ao Governo sul-coreano.

Nas conclusões de um relatório de 448 páginas, lê-se que a organização de Moon tinha como objectivo abolir a separação entre Estado e Igreja e estabelecer um governo mundial liderado pelo próprio reverendo. Em 1984, foi condenado nos Estados Unidos por fuga aos impostos e passou 14 meses preso.

Mas continuou a liderar um império empresarial que incluía restaurantes de sushi, hotéis, jornais e uma fábrica de armas. Uma avaliação feita em 2008 à fortuna acumulada pelo reverendo calculava que valesse 990 milhões de dólares (743 milhões de euros), segundo o 'Daily Telegraph'.

Após a morte do reverendo Moon, em Setembro de 2012, os casamentos passaram a ser celebrados pela viúva, a Verdadeira Mãe, Hak Ja Han, de 70 anos, que já presidiu à bênção de Fevereiro deste ano – abençoou 3.500 casais na sede da Igreja em Gapyeong, a leste de Seul. Cerca de 400 crentes chegaram à Coreia do Sul ainda sem saber com quem iriam ficar. Mas já são uma minoria.

Em 2001, a Igreja da Unificação modernizou-se e passou a permitir aos pais combinarem os casamentos dos filhos, através de sites criados especificamente para o matching online. Mas apenas têm acesso aos perfis os candidatos registados e os seus pais, a quem é fornecida uma senha secreta, depois de completarem todo o processo. Sérgio Neto calcula que já terá havido uns 15 casamentos com portugueses que resultaram deste matching online, controlado pelos pais.

Só recebe a senha quem mantém a pureza sexual e se submete a um exame médico que deve detectar problemas físicos e mentais, para evitar que os deficientes participem nestes “casamentos abençoados”, segundo Sérgio Neto. “Quem tiver uma deficiência física ou psicológica, é responsável por encontrar o seu par. Não se pode fazer o match.”

Os homossexuais também não podem participar. O seu processo só poderá ser aceite se aceitarem “corrigir” a orientação sexual, o que, segundo Liberto Silva, é possível quando os membros se mantêm ligados à homossexualidade devido a influências de espíritos. Sérgio Neto conta que muitos são aconselhados a ir para Cheongpyeong, na Coreia do Sul, onde frequentam cursos para os ajudar a alterar a orientação sexual.

Um dos últimos portugueses abençoados pelo reverendo Moon foi Pedro Costa. Casou-se em Março do ano passado com uma checa chamada Verónica, que lhe foi apresentada num encontro da organização em Lisboa. Foi uma espécie de matching moderno, feito directamente pelos líderes nacionais da Igreja dos dois países, após indicação da responsável pelas bênçãos na Europa. A seguir conheceram-se sobretudo através do Skype.

Embora as regras do matching tenham sido actualizadas, os rituais das cerimónias continuam os de sempre. Assim, antes da bênção os noivos batem três vezes nas nádegas um do outro, com uma vara de madeira. “É uma indemnização simbólica. Serve para separar a pessoa de todo o mal que fez o seu corpo, como se lhe dissesse: ‘Não fazes mais erros’”, justifica o ex-líder, Liberto Silva.

No casamento, depois da clássica troca de alianças e de beberem o cálice, todos os noivos erguem as mãos em coro e gritam três vezes “Mansei”, que em coreano significa “mil anos de felicidade”. A próxima cerimónia colectiva está marcada para 12 de Fevereiro e, segundo Sérgio Neto, já vários portugueses iniciaram o processo de preparação.

A seguir à bênção, depois de cumprirem 40 dias de abstinência, o início da vida sexual obedece ao ritual da Cerimónia dos 3 dias. O Departamento de Famílias Abençoadas dos EUA preparou um guia com 1.826 palavras, a explicar ao detalhe como é que o casal deve ter relações durante três dias seguidos, num local santificado com sais divinos atirados em quatro direcções e espalhados pela cama.

As posições obedecem a simbolismos espirituais, de acordo com os quais a mulher está a ajudar o marido a renascer como um Adão sem pecado. “Para concretizar o acto de amor, o homem deita-se de costas e a mulher deita-se por cima dele. A mulher toma a iniciativa”, lê-se nas instruções para os primeiros dois dias. No terceiro dia, invertem posições. Antes deste “renascimento” como Adão e Eva, o casal deve fazer três vénias aos fundadores da Igreja da Unificação – é obrigatória a presença no quarto de um retrato do reverendo Moon e da sua mulher.

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Mensagem por António Madaleno Ter Jul 02 2013, 18:18

O autor e perito em cultos/seitas de controle mental Steven Hassan foi recrutado para esta seita enquanto adolescente.

Foi a sua experiência neste grupo religioso que o levou mais tarde a enveredar por este campo como perito.

Ler aqui:
http://en.wikipedia.org/wiki/Steven_Hassan
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Mensagem por Ana Cláudia Ter Jul 02 2013, 18:28

Esqueci-me de dizer:
Acho chocante o líder ser Psicólogo! E ainda há outro psicólogo mencionado no artigo... pode ser sensibilidade minha mas psicólogos??? Será que não percebem o conceito de "controlo mental"?

Ou então o Donativos  fala sempre mais alto...
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Mensagem por Kimba Ter Jul 02 2013, 18:32

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Mensagem por Ana Cláudia Ter Jul 02 2013, 18:33

Kimba,
Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir Morrer a rir
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Mensagem por António Madaleno Ter Jul 02 2013, 18:38

Atena escreveu:Esqueci-me de dizer:
Acho chocante o líder ser Psicólogo! E ainda há outro psicólogo mencionado no artigo... pode ser sensibilidade minha mas psicólogos??? Será que não percebem o conceito de "controlo mental"?

Isso é uma área que não lhes assiste...

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Mensagem por Ana Cláudia Ter Jul 02 2013, 18:42

TJ Curioso escreveu:
Atena escreveu:Esqueci-me de dizer:
Acho chocante o líder ser Psicólogo! E ainda há outro psicólogo mencionado no artigo... pode ser sensibilidade minha mas psicólogos??? Será que não percebem o conceito de "controlo mental"?

Isso é uma área que não lhes assiste...

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Não tinha essa ideia. Shocked 
Mas a minha amostra é muito pequena, tive sorte!
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