Rei do Sul versus Rei do Norte

mjp escreveu:As profecias políticas de Daniel relacionavam-se com as nações a norte e a sul de Jerusalém e que consistiam uma ameaça para a nação de Israel enquanto adoradora de Iavé, em virtude da aliança abraamica com Deus e,posteriormente, da aliança sob a lei mosaica; e já se cumpriram todas essas profecias! Não há mais reis do norte e do sul em conflito bíblico relacionado com a nação de Israel, na medida em que Israel já não usufrui, enquanto nação, de qualquer especial relação com Deus. Seguir esse raciocínio apocalíptico tejoteano é laborar em erro; conduz a nada.

mjp, se fizeres uma pesquisa pelos vários grupos e religiões cristãs, verás que todas elas ou a maioria entendem que a profecia do rei do Norte e do rei do Sul é uma profecia em desenvolvimento (progressiva no tempo) e não estática ou apenas se aplicando a Israel no passado.

Por isso, quando se atribui às TJ a exclusividade ou se transmite a ideia que apenas elas têm esse tipo de profecia apocalíptica sobre o livro de Daniel, é ser limitado na análise.

TJ Curioso escreveu:

mjp escreveu:As profecias políticas de Daniel relacionavam-se com as nações a norte e a sul de Jerusalém e que consistiam uma ameaça para a nação de Israel enquanto adoradora de Iavé, em virtude da aliança abraamica com Deus e,posteriormente, da aliança sob a lei mosaica; e já se cumpriram todas essas profecias! Não há mais reis do norte e do sul em conflito bíblico relacionado com a nação de Israel, na medida em que Israel já não usufrui, enquanto nação, de qualquer especial relação com Deus. Seguir esse raciocínio apocalíptico tejoteano é laborar em erro; conduz a nada.

mjp, se fizeres uma pesquisa pelos vários grupos e religiões cristãs, verás que todas elas ou a maioria entendem que a profecia do rei do Norte e do rei do Sul é uma profecia em desenvolvimento (progressiva no tempo) e não estática ou apenas se aplicando a Israel no passado.

Por isso, quando se atribui às TJ a exclusividade ou se transmite a ideia que apenas elas têm esse tipo de profecia apocalíptica sobre o livro de Daniel, é ser limitado na análise.

Mais vale uma análise limitada ou cuidadosa, que uma que se diz abrangente e projectada no futuro mas que só tem dado aso a especulações e todas elas erradas. As interpretações proféticas cabem aos profetas. Segundo S.Paulo os dons de profecia terminaram. Se verificares para lá desta densa massa de interpretações apocalípticas, em grande número concentradas nas igrejas protestantes ou da família do protestantismo, verificas que essa ânsia de descobrir os tempos ou os sinais dos tempos do fim, ganha quase, para ser simpático com o termo "quase", carácter divinatório. De acordo com S.Pedro, a profecia não é para ser interpretada pelos homens; repara como a TNM traduz 2Pedro 1: 20 "Pois sabeis primeiramente isto, que nenhuma profecia da Escritura procede de qualquer interpretação particular". E agora repara na tradução dos capuchinhos: "Mas, antes de tudo, tende presente que ninguém pode interpretar por si mesmo uma profecdia da Escritura,".

O português das obras tejoteanas é de péssima qualidade, enrola-se em si mesmo, como neste caso em que mistura a produção da profecia com a sua interpretação, querendo dar a entender que a profecia se interpreta a si mesma, ao passo que numa tradução em português claro separam-se as águas: por um lado ninguém pode interpretar uma profecia por si mesmo, explicando o versículo seguinte que a razão para tal impossibilidade é que a profecia é fruto do Espírito Santo e, encerrada em si mesma, na impossibilidade de ser desvendada pelos homens.

Ora, a verdade, como sabemos e é público e notório para todos os que se dedicam um pouco a estudar as Escrituras, é que até hoje, desde que os homens que receberam o Espírito Santo já por cá não moram, nunca ninguém mais acertou uma que fosse no que se refere a desvender profecias e seus significados. Só as igrejas protestantes teimam nesta tecla de interpretar a profecia e tentar saber de tempos e épocas, com os resultados que também todos sabemos, ou seja, muitas generalidades, mais especulações e zero acertos.

A Bíblia contém profecias, mas não é um livro de profecias, como por exemplo as TJ tentam impingir na sua predicação. Claro que todos podem andar para aí a tentar descortinar reis do norte, feras e bestas e prostitutas. Atrevo-me a dizer com a segurança da fé que tenho nos homens que foram movidos pelo Espírito Santo que tudo isso é trabalho vão. As profecias, na sua grande maioria, só foram entendidas após os acontecimentos e, algumas das vezes, com alcances mesmo bem limitados no tempo e no seu significado.

Neste caso do profeta Daniel, independentemente do alcance escatológico intrínsico da profecia do rei do norte e do rei do sul, a sua profecia já se cumpriu, e exactamente nos termos escatológicos para as épocas nela referidas. Não que eventualmente não se possa vir a verificar posteriormente a certos eventos históricos, um cumprimento mais final na cronologia do tempo da segunda vinda de Cristo, mas presentemente isso é fruto de pura especulação e invencionice. Só para terminar: não, a Bíblia não é um código encriptado à espera que um ou uns "iluminados" encontrem a chave que abra os segredos que Deus tem no Seu poder, para que possam então proclamar: "aí vem Cristo com horário marcado para o dia tal", passe a expressão corriqueira. A Bíblia é um livro inspirado por Deus para os homens, com as explicações históricas e as narrativas simbólicas necessárias para que nos enquadremos no Seu Plano Divino, nos guie ao Seu encontro por meio do Caminho, da Verdade e da Vida que é o Nosso Senhor, Mestre e Salvador Jesus Cristo.

E já que acabei por me alongar mais que aquilo que pensava, termino, agora sim, por englobar neste breve comentário, que os proprios apóstolos e os cristãos de segunda e terceira geração viviam na expectativa da iminente vinda de Cristo, mas repudiavam como à chícara de veneno, todos os que se metiam a tentar adivinhar épocas e tempos para a segunda vinda de Cristo. Mas nessa expectativa devemos, nós cristãos, viver todos os dias, na medida em que não sabemos se ainda hoje não será o dia que Ele virá na Sua Glória para julgar os vivos e os mortos.

Tudo o resto é trabalho realizado num pressuposto que seguem as correntes do milenarismo literal. É trabalho vão, pois as profecias bíblicas, como tentei deixar alinhavado, não encerram em si esse propósito de "segredo escondido" sem o qual o Homem, ou o cristão, não sabem "a quantas andam".

Depois de tudo o que disseste mjp, vejo que concordas comigo que não são apenas as TJ que olham para a profecia de Daniel do Rei do Norte e do Sul com tendo aplicação futura.

TJ Curioso escreveu:Depois de tudo o que disseste mjp, vejo que concordas comigo que não são apenas as TJ que olham para a profecia de Daniel do Rei do Norte e do Sul com tendo aplicação futura.

Mas, meu caro TJ Curioso, o que pareces não querer perceber do que eu digo é que de meras especulações se tratam, que em nada edificam o cristão e que nem essa decifração profética (à parte o eventual interesses das análises históricas pontuais em função dos tempos e das épocas) deve ocupar em demasia o espírito do cristão.

Sabes quantas vezes, desde o dia que Jesus Cristo ascendeu aos Céus, já se tentaram fazer previsões sobre o significado dos textos de Revelação/Apocalipse em conjunção com as profecias de Daniel e Isaías e Ezequiel, só para citar estas mais conhecidas? Não te sei apontar o número exacto - mas se quiseres voltarei a pesquisar - mas sei que já foram tentadas dezenas de interpretações... e em todas elas... zero. porque? A resposta está, como já referenciei, em 2Pedro: 1:20-21. A profecia cumpre um papel histórico e doutrinal para o tempo em que foi escrita, não é desvelada por interpretações humanas e só no seu tempo exacto, se revelam cumpridas.

mjp escreveu:

Mas, meu caro TJ Curioso, o que pareces não querer perceber do que eu digo é que de meras especulações se tratam, que em nada edificam o cristão e que nem essa decifração profética (à parte o eventual interesses das análises históricas pontuais em função dos tempos e das épocas) deve ocupar em demasia o espírito do cristão.

Sabes quantas vezes, desde o dia que Jesus Cristo ascendeu aos Céus, já se tentaram fazer previsões sobre o significado dos textos de Revelação/Apocalipse em conjunção com as profecias de Daniel e Isaías e Ezequiel, só para citar estas mais conhecidas? Não te sei apontar o número exacto - mas se quiseres voltarei a pesquisar - mas sei que já foram tentadas dezenas de interpretações... e em todas elas... zero. porque? A resposta está, como já referenciei, em 2Pedro: 1:20-21. A profecia cumpre um papel histórico e doutrinal para o tempo em que foi escrita, não é desvelada por interpretações humanas e só no seu tempo exacto, se revelam cumpridas.

Assino em baixo, mjp.

Novamente a Torre de Vigia mentiu descaradamente a seus fiéis contribuintes porque utilizou a presunção, ou seja, "presumiu" que seria "assim e assado". Neste caso em particular, o rei do Norte e do Sul. É um facto REAL que a Inglaterra não é mais uma potência ao nível da China, Japão, Índia ou Rússia. Até a Arábia Saudita "bate" a Grã-Bretanha em Poder e influência mundial.

Talvez este seja dos melhores versículos da Bíblia:
"Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá.
E, se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou?
Quando o profeta falar em nome do Senhor, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele."

Deuteronômio 18:20-22

A Bíblia é clara: a pessoa que se diga profeta terá de acertar em suas previsões, senão deve ser morto. Também não devemos ter "medo dele" (o falso profeta). É extremamente importante alertar especialmente as crianças para isto. É um facto conhecido que muitas crianças se batizam por sentirem terror (Armagedom, medo de pecar, etc...).

Portanto, resta concluir segundo a Lei Mosaica os membros do Corpo Governante teriam de ser todos mortos, desde o primeiro até ao último. Todos eles falharam e profetizaram algo que não veio a acontecer, trazendo vitupério para o Deus que tanto dizem "adorar".

Sorte a deles, o Corpo Governante... porque no Israel antigo seriam apedrejados!

Na minha opinião, se há uma profecia onde se pode atribuir à STV alguma humildade na sua interpretação é esta de Daniel cap. 11.
Ela se tem referido aos reis do norte e do sul como 2 blocos de poder rivais que têm assumido diferentes identidades, começando com o Egipto como rei do sul e a Síria como rei do norte no 5º e 6º séc. AEC, passando depois essa identidade a ser assumida por outras potências com notável poderio ao longo da história.

Desde a publicação em 1999 do livro “Preste atenção à profecia de Daniel” nada mais tem adiantado sobre a identificação desses 2 reis, podendo-se ler na pág. 281 parágrafo 21:
"Com a dissolução da União Soviética, em Dezembro de 1991, o rei do norte sofreu um sério revés. Quem será esse rei quando se cumprir Daniel 11:44, 45? Será um dos países que faziam parte da anterior União Soviética? Ou mudará ele completamente de identidade, assim como já fez várias vezes no passado? Resultará o desenvolvimento de armas nucleares por mais nações numa nova corrida armamentista, afetando a identidade desse rei? Somente o tempo fornecerá as respostas a essas perguntas. É sábio não especularmos sobre isso. Quando o rei do norte empreender sua campanha final, todos os que têm perspicácia baseada na Bíblia discernirão claramente o cumprimento de profecia."

Curiosamente, há por isso 15 anos que o EFD não arrisca identidades para estes 2 reis proféticos e devem andar um bocado à toa, tendo em conta o número actual de países a assumir um elevado protagonismo e em nítida ascensão nos campos económico e militar.

Concordo, em parte, com tuas afirmações.

Mas a verdade é que a Torre profetizou mal.

Antes da URSS, o Rei do Norte era a Alemanha (considerada "eficiente" porém iria perder contra o "rei do Sul" (os aliados)).

Aliás, uma das lendas "TJ´s" diz respeito a Himller e seu barbeiro (um TJ) que lhe disse que iriam perder a guerra porque estava escrito na Bíblia que a Alemanha era o "Rei do Norte".

A confusão prossegue desta vez com as interpretações da estátua de Daniel, tipo as organizações não-governamentais são a lama que separa o ferro, etc...

São doutrinas únicas e sem paralelo em mais nenhuma religião cristã, à excepção de pequenas seitas com uma imaginação além do normal.