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Juramento de lealdade ao império japonês (anuário 2016)

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Juramento de lealdade ao império japonês (anuário 2016) Empty Juramento de lealdade ao império japonês (anuário 2016)

Mensagem por SenorRodriguezG Dom Jan 17 2016, 03:04

Recentemente tive a oportunidade de analisar superficialmente o conteúdo do anuário de 2016. Além dos interessantes números que já foram comentados no fórum e que podem ser interpretado como sempre de várias formas:
- A watchtower está com um grave problema de crescimento nos países ocidentais e com um maior nível de informação. A consciencialização geral impede que muitos se tomem o passo final e se juntem definitivamente ao culto religioso e sem "sangue novo" está-se a assistir a um envelhecimento geral das congregações e consequentemente os números estão a descer/estagnados.
Ou
- Estamos mesmo no fim e já dá para ver que as pessoas quase todas foram avisadas. A pregação agora já está a deixar de ser um aviso e está a se tornar apenas uma prova de fé visto que as "portas da arca já se estão a fechar".

(Como sabemos, não é preciso muito esforço para conseguir transformar as informações por mais negativas que sejam em algo "encorajador espiritualmente")

Mas o assunto que queria destacar, não era a questão dos números mas antes uma passagem que me chamou à atenção e que não sei bem como intitular visto que dá para tirar tantas conclusões.

Fica aqui a passagem   (Página 109)

---------------------

Divisão em Jacarta

Conforme os irmaos foram se adaptando aos tempos difıceis da guerra, logo enfrentaram outra grande prova. As autoridades japonesas ordenaram que todos os estrangeiros se registrassem e por tassem um car tao de identidade com um juramento de lealdade ao Imperio Japonês. Muitos irmãos se perguntaram se deveriam ou não se registrar e assinar o cartão de identidade. Felix Tan explicou: “Os irmaos em Jacarta disseram que nos que estavamos em Sukabumi deverıamos nos recusar a assinar o cartão de identidade. Mas perguntamos as autoridades se poderıamos mudar os dizeres do cartão de eu, que abaixo assino, juro lealdade ao’ para ‘eu, que abaixo assino, nao impedirei o exercito japonês. Para nossa surpresa, eles concordaram, e assim todos nos obtivemos cartões. Quando os irmaos em Jacarta souberam de nossa decisao, nos chamaram de apostatas e cortaram relações conosco.” Infelizmente, a maioria dos irmaos mais radicais em Jacarta foi presa e renunciou à verdade. Um desses irmãos que adotaram uma posição mais inflexıvel acabou na prisao com André Elias. André disse: “Raciocinei com ele sobre o assunto do car tao de identidade e o ajudei a ter um ponto de vista mais equilibrado. Ele humildemente pediu perdao por ter cor tado relações conosco. Daí passamos momentos felizes encorajando um ao outro, mas infelizmente ele morreu por causa das duras condições da prisão."




Para mim existem dois pontos principais a destacar desta experiência:
1- a constante dualidade de critérios que assola as TJ, típica de uma religião que não é coerente nas suas afirmações e doutrinas e que tanto consegue ser extremamente minuciosa com alguns assuntos (exemplo: orientações mais "talmudicas" que controlam detalhadamente o tratamento médico permitido ou regulamentos para controlar uma reunião nos mais pequenos detalhes como até a forma de usar os microfones) ou consegue ser astuciosamente vaga nalgumas doutrinas e interpretações que deixam os seus membros sujeitos à típica frase "decisão de consciência".
2- a ostracização enraizada que se encontra no seio das TJ e que é utilizada de uma forma quase descontrolada e como bandeira de afirmação de algo (tipicamente a afirmação de uma superioridade moral/"espiritual")

Neste caso, vemos que a vontade de ser um mártir pela fé não é algo generalizado nas TJ. Os missionários estrangeiros podiam ser burros por fazerem parte de uma obra religiosa com tantas falácias mas não eram estúpidos o suficiente para arriscarem-se a passarem "uns tempos na prisão".
A manipulação das minudências do discurso, tão típicas da Watchtower (exemplo: nunca dissemos que o fim vinha numa data específica. E Manipular o discurso num depoimento em tribunal não é errado, etc.) foi prontamente aplicada e lá arranjaram forma de mudar a declaração.
Para os outros concrentes (que embora sejam descrebilizados no artigo, deviam ser TJ "espiritualmente fortes" - em Jacarta estavam os dirigentes/a dianteira da obra na indonésia) a resposta imediata foi a "desassociação por apostasia". Isto é um exemplo vivo do que tem acontecido infelizmente durante muitos anos no meio das TJ e para mim é o mais importante a destacar:

Devido a uma ambiguidade de critérios e de julgamento, muitas TJ "inocentes" que tomaram uma posição mais liberal sobre algum assunto (questões de neutralidade, saúde, educação, etc.) foram prontamente ostracizadas de uma forma mais leve na sua congregação, ou pior, foram desassociadas e neste caso sofreram o grau de ostracização máximo e isto tudo porque quem estava na dianteira tinha uma opinião particular sobre um assunto e o julgamento era baseado nos seus critérios. Quem discordar da interpretação particular dessas pessoas e não seguir estritamente os seus conselhos sobre como se devem comportar nos mais pequenos detalhes da sua vida, sofrem as consequências prontamente. No entanto, quem estiver num grau acima na hierarquia (como neste caso os missionários, mas podíamos aplicar a uma família de um ancião proeminente) pode fazer sobrepor as suas regras.

No final, a experiência tenta amenizar a história com um "final feliz" com muitas análises nas "entrelinhas":
- os que tinham uma opinião mais rigorosa sobre as declarações afastaram se da organização (talvez esta história tenha servido para eles terem observado de perto a hipocrisia religiosa que existia e as falácias na aparentemente fé especial que as TJ advogam possuir de uma forma quase exclusiva). -> castigo dos que não estavam a pensar da mesma forma
- Um irmão reconheceu o seu erro e admitiu isso de forma humilde. -> indireta para aceitar os conselhos que os na "dianteira" nos dão
- Uma morte em resultado dos maus tratos -> o mártir final para apelar aos sentimentos

Ainda não tive oportunidade de o fazer, por isso aproveito este tópico para desejar a todos um bom ano. Espero que 2016 seja outro ano marcante na luta contra a organização!
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