Reencarnação

Acho totalmente sem nexo essa coisa de ficar nascendo e renascendo. Alguns dizem que é para a evolução do espírito. Mas o que estamos presenciado é o homem cada vez mais animalesco. A humanidade pode estar evoluindo tecnologicamente, mas não em termos de humanidade. Embora questões relacionadas a morte sejam um mistério. Tipos de teorias como a reencarnação realmente não fazem sentido.

Maer

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Perspetiva do Hinduísmo, retirada do livro Senda Divina do Swami Sivananda (em Espanhol):

La teoría cristiana, rebatida

El propósito de la transmigración es el mejoramiento y el perfeccionamiento. Prepara al ser humano para la realización última que le libera del ciclo de nacimientos y muertes. Difícilmente puede el hombre alcanzar la perfección en una sola vida. Tiene que desarrollar su corazón, intelecto y mano. Tiene que desarrollar diversas cualidades virtuosas, como la misericordia, la tolerancia, el amor, el perdón, la visión equitativa, el coraje, etc. Tiene que aprender muchas lecciones y experiencias en esta gran escuela que es el mundo. Por ello necesita de muchas vidas. La reencarnación es muy cierta. Una corta vida no es más que parte de una larga serie de vidas que se extiende a lo largo de tu pasado y futuro. Es insignificante por sí sola. En una vida se gana muy poca experiencia y se evoluciona muy poco.

En el curso de una vida, el hombre realiza muchas acciones negativas y muy pocas positivas. Son muy pocos los que mueren como hombres buenos. Los cristianos creen que una vida determina y concluye todo. No se le da ninguna oportunidad al pecador de purificarse en sucesivos nacimientos. Su pecado finito, si no tiene tiempo de purgarlo de algún modo, le precipita tras la muerte en un sufrimiento sin fin. ¿Cómo puede ser así? ¿Cómo puede hacer depender todo el futuro eterno del hombre de una sola vida corta e insignificante? Si durante esa vida cree en Cristo, alcanzará la paz eterna en el cielo. Pero si no cree durante esa vida, obtendrá un castigo eterno, siendo arrojado para siempre en el océano de fuego o el horrible infierno. ¿No es ésta la más irracional de las doctrinas? ¿No habrá de tener tal persona oportunidades de corregirse y mejorarse? La doctrina de la reencarnación, por el contrario, es muy racional. Deja amplia oportunidad al hombre para su rectificación, crecimiento y evolución gradual. La filosofía Vedanta afirma que hay esperanza de salvación hasta para el peor pecador. El pecador recoge la cosecha de sus malas acciones durante un período limitado. Pero, una vez que ha purgado sus pecados, nace de nuevo como un ser racional, recibiendo así una nueva oportunidad para esforzarse por su propia emancipación con plena libertad de voluntad para escoger el camino adecuado o el equivocado, y con pleno conocimiento para distinguir entre ambos.

Índigo escreveu:Maer

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Trecho retirado do livro "Jesus viveu na Índia" de Holger Kersten:

A Reencarnação no Novo Testamento

Em diversas passagens do Novo Testamento encontramos claras referências à reencarnação. Essas passagens, porém, são raramente comentadas e, de um modo geral, mal interpretadas. A crença na reencarnação constituía um dos dogmas das comunidades cristãs primitivas, mas depois foi considerada herética e banida da teologia cristã no Segundo Concilio de Constantinopla em 553 d.C. O Antigo Testamento traz trechos que evidenciam a fé na metempsicose. Friedrich Weinreb cita, no livro de Jonas, um exemplo de reencarnação punitiva, sob forma animal, e a reencarnação de Nimrod. Weinreb explica o conceito judeu da alma divina "Neshamá" como sendo o espírito divino que existe, igualmente perfeito, em todos os homens e do qual emerge, de tempo em tempo, um ou outro traço característico.

A famosa enciclopédia alemã Konversationslexikon, de Meyer, datada de 1907, continha a seguinte passagem sobre o tema "A Reencarnação no Talmude Judeu": "Os judeus, no tempo de Cristo, acreditavam na transmigração da alma. Os talmudistas pensavam que Deus havia criado um número limitado de almas judias, que renasceriam enquanto houvesse judeus, com ocasionais reencarnações punitivas, sob a forma animal. Todas apresentar-se-iam purificadas no dia da ressurreição e viveriam no corpo dos justos na terra prometida". (Vol. 18, pág. 263).

De facto, o Antigo Testamento termina com a profecia da reencarnação de Elias (como tinha sido pressagiado por volta de 870 a.C.): "Eis que vos enviarei Elias, o profeta, antes que chegue o Dia do Senhor, grande e terrível" (Malaquias, 3,23).

Alguns séculos mais tarde, um mensageiro anuncia a Zacarias o nascimento de um filho: "Disse-lhe porém o anjo: 'Não temas, Zacarias, porque foi ouvida a tua oração; e Isabel, tua mulher, vai te dar um filho, a quem porás o nome de João. Terás alegria e regozijo, e muitos se alegrarão com o seu nascimento. Pois ele será grande diante do Senhor; não beberá vinho nem bebida embriagante; desde o ventre de sua mãe, ficará pleno do Espírito Santo e converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. Ele caminhará à sua frente com o espírito e o poder de Elias, a fim de converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, para preparar ao Senhor um povo bem disposto' ". (Lucas 1,13-17).

Jesus, mais tarde, respondeu expressamente aos discípulos que perguntavam se João Batista era Elias: "Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulheres, não surgiu nenhum maior que João Batista, e no entanto o menor no reino dos céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus sofre violência, e violentos se apoderam dele. Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João. E, se quiserdes dar crédito, ele é o Elias, que deve vir" (Mateus 11,10-14).

Nunca soubemos em que lugar João Batista passou sua juventude. Só contamos com a ligeira referência do evangelho de São Lucas: "O menino crescia e se fortalecia em espírito e vivia nos desertos, até o dia em que se manifestou a Israel" (Lucas, 1,80). É possível que João tenha sido reconhecido como a encarnação de um espírito altamente evoluído e que, portanto, tenha sido educado na índia. Se é este o caso, a frase "preparando o caminho do Senhor" poderia ter uma outra interpretação além daquela figurativa.

Em outra passagem do Novo Testamento, Jesus perguntou a seus discípulos: " 'Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?' E eles responderam: 'Uns afirmam que é João Batista, outros que é Elias, outros, ainda, que é Jeremias ou um dos profetas!' Então lhes perguntou: 'E vós, quem dizeis que eu sou?' Simão Pedro, respondendo, disse: 'Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo' " (Mateus 16,13-16). E os discípulos lhe perguntaram, dizendo: " 'Por que razão os escribas dizem que é preciso que Elias venha primeiro?' E Jesus, respondendo, disse: 'Certamente terá de vir para restaurar tudo. Eu vos digo, porém, que Elias já veio, mas não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do homem irá sofrer da parte deles' " (Mateus 17,10-13).

Então, de acordo com o evangelho, o próprio Jesus confirmou que a alma de Elias reencarnara em João. Elias tentara fazer do monoteísmo a religião oficial e ensinou que Deus não se manifesta sob a forma de violência e destruição, mas como um "suave murmúrio", no labor silencioso, na indulgência. Elias era um típico monge peregrino, coberto de farrapos, alimentando-se milagrosamente e fazendo milagres, como a multiplicação da comida e a ressurreição dos mortos. Tinha autorização para ungir outros, como um enviado, e atraiu um grande número de adeptos. Finalmente desapareceu de uma forma misteriosa (ascensão) e, durante três dias, foi procurado em vão por cinqüenta homens.

Os seguidores de Jesus sabiam que ele era uma encarnação, mas incertos sobre quem teria sido na vida anterior, começaram a refletir. Jesus nunca os esclareceu diretamente sobre isso, mas confirmou o ponto de vista de seus discípulos, encorajando-os em sua busca: "Quem dizeis que eu sou?" No trecho em que Jesus cura o cego de nascença, os discípulos perguntam: "Mestre, quem pecou, este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?" A ideia de que alguém pudesse ter nascido cego por causa de um pecado anterior só poderia partir da premissa de uma vida anterior e de um subsequente renascimento. A questão também sugere, implicitamente, o sublime conceito de Carma, pelo qual os atos da vida anterior de uma pessoa determinam seu novo destino.

Maer escreveu:

Índigo escreveu:Maer

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Desculpem se fui inconveniente.

Não foste inconveniente, tens direito à tua opinião

Mas sabes que temos de reconhecer que os humanos não estão a usar toda a sua capacidade mental, por isso é normal existirem certos assuntos que custam a entender, mas não há como pesquisar...

Eu já pensei como tu, mas hoje vejo as coisas noutra perspectiva...

Tópico muitooooo interessante, pelo menos na minha perspectiva.
O tema (Vidas passadas/reencarnação) é o fenómeno paranormal mais pesquisado e documentado por universidades nos Estados Unidos.

Como boa TJ sabia a " verdade" e isso era muito claro, reencarnação era coisa do demo, uma mentira absoluta!
Hoje em dia parece-me lógico vida para além da morte, somos pura forma de energia e como sabemos a energia não desaparece. Temos campo magnético/energético que envolve o nosso corpo de carne e osso. Quando a carne morre para onde vai a energia (espírito/alma)? Volta a Deus como diz a bíblia? Essa energia contém consciência e a essência do Ser do qual fez parte? Poderá essa energia ser integrada de novo num corpo em formação durante uma gravidez?
Os relatos de pessoas que recordam vidas passadas com enormes detalhes são aos milhares, se não são invenções, então quem lhes deu essas informações? Alguém do domínio espiritual? Então não há almas, nem espíritos, nem energia que sobrevivem à morte mas há criaturas a dizer coisas aos ouvidos das pessoas?
Tantas perguntas, algumas respostas e milhares de opções, que bom ser livre e beber de todas estas possibilidades.
Existem relatos de experiências de quase morte de milhares de pessoas, é interessante poder tirar as nossas conclusões.
A vida é um mistério!

Somar adorei o teu comentário com os textos bíblicos e lê-los noutra perspectiva.
Mais conhecimento para somar (olha o trocadilho eheheh) ao que venho pesquisando!

Pois, há muita coisa por descobrir...
É pena que a tão apregoada "liberdade de investigação" não exista nas universidades.

Caso de Reencarnação Carl Edon - Heinrich Richter, estudado pelo Dr. Ian Stevenson

https://www.youtube.com/watch?v=Kumpc6YKcgk

PenaBranca escreveu:Tópico muitooooo interessante, pelo menos na minha perspectiva.
O tema (Vidas passadas/reencarnação) é o fenómeno paranormal mais pesquisado e documentado por universidades nos Estados Unidos.

Existem relatos de experiências de quase morte de milhares de pessoas, é interessante poder tirar as nossas conclusões.
A vida é um mistério!

Eu tenho aprendido imenso com essas experiências de outras pessoas, e conforme vou aprofundando o assunto, tenho tido eu as minhas experiências de vidas passadas. Nunca devemos fechar a mente a outras experiências e conhecimento...

Na minha opinião (e as opiniões são como os pregos. quanto mais se martelam mais se enterram) a ideia de reencarnação sendo muito antiga e bastante difundida especialmente no oriente, faz parte de um conjunto de crenças filosófico/religiosas. CRENÇAS. Sabe o que isso é?

A pessoa acredita se quiser pois como acontece com as outras crenças, não existem provas conclusivas sobre o assunto pois de outro modo estaria muito mais difundida e aceite. Não existem provas científicas de qualquer fato que prove ou refute a hipótese. As investigações científicas sobre a reencarnação acontecem de forma relativamente ampla desde os anos 60 e constituem um ramo da pseudociência da parapsicologia. F.

Por outro lado pode dizer-se que é uma ideia libertadora. Porquê?

- Liberta da ideia de ir para um céu ou a espera de um dia do julgamento em que seriamos destinados ao gozo eterno ou morte eterna.

- Em vez de culparmos os nossos primeiros pais pelo pecado e de esperarmos pelo sacrifício de alguém, coloca em nós a responsabilidade da salvação. A doutrina traz para a pessoa a responsabilidade a prazo em vez de a transferir para outra pessoa.

- O progresso para a salvação dá-se pelo esforço individual do espírito, que só tem sentido no colectivo. Nada vale nos isolarmos pois o progresso ocorre na actuação no palco do mundo, no concreto do quotidiano no trato que temos com os nossos pares.

- A ideia de Reencarnação elimina caminhos exclusivos ou intermediários para o progresso, libertando o homem da dominação da religião ou da ligação a grupos ou nações para seu encontro com Deus. O seu progresso está subordinado ao seu aprimoramento em vidas sucessivas, onde seu esforço construirá um caminho para o crescimento.

- Liberta das ameaças e imagem de um Deus justo e bom mas que diz: ou me amas ou mato-te. Isenta a criatura humana de ameaças amedrontadoras quanto a ao futuro, que será construído no agora pelo espírito colhendo o que ele plantou e semeando o seu futuro. Não há medo.

Portanto, embora naturalmente esteja aberto a outros caminhos ou modos de encarar a vida e a morte, não embarco facilmente numa ideia que parece agradável, que muitos acreditam e confiam, mas que não passa de mais uma utopia.

Olá
Não creio que o Dr. Ian Stevenson (1918-2007), Professor de Psiquiatria da Universidade da Virgínia se considerasse um parapsicólogo. É claro que a sua investigação não era muito "robusta", mas abria as portas a outros estudos.
Mas como o paradigma dominante na ciência ainda é o newtoniano-cartesiano ou real-materialista, todos estes fenómenos que remetem para explicações sobrenaturais não são bem vindos. Há muita coisa que não se estuda, simplesmente porque não cabe na "caixinha" (mente) dessa gente que tem liderança ou grande influência na comunidade científica, adeptos do naturalismo e geralmente ateus.
Como exemplo disso estão as "mutilações" autoinflingidas dos membros da seita taoísta Ma Song (ATENÇÂO: não recomendo a pessoas impressionáveis):

https://www.youtube.com/watch?v=jkGaugemfe0

No prefácio da segunda edição de Twenty Cases Suggestive of Reincarnation  no último parágrafo Ian Stevenson diz:

Com relação à interpretação dos casos, tenho pouco a acrescentar ao que já fiz anteriormente na secção de Discussão Geral. O que posso acrescentar será melhor guardar para a secção de Discussão em um novo livro de relatos de casos, agora em preparação. Nem tenho nada a retratar. Apenas reiteraria aqui que considero esses casos sugestivos [ênfase do autor] de reencarnação e nada mais. Nenhum caso individualmente, nem todos eles em colectivo, oferece algo como uma prova de reencarnação. Minha mais importante conclusão sobre eles é a necessidade de estudos mais aprofundados de casos similares. Se alguém assumir essa tarefa, considerarei meus esforços amplamente recompensados.

Para além desse livro, ele depois publicou um sobre reencarnação e biologia. Esse eu não tenho, mas já mo emprestaram. É também polémico porque apresenta casos de indivíduos que nasceram com marcas no corpo coincidentes com relatos de mortes por enforcamento, golpes na cabeça ou tiros, como evidência de reencarnação. Se essas marcas são visíveis podem perfeitamente levar o indivíduo a fantasiar relatos de mortes associadas a essas marcas.