Os requisitos de Deus

Visto por um prisma puramente humana:
Quais são os requisitos que Deus deve ter, para eu conseguir acreditar Nele?
O que acham, que poderia ser feito da parte Dele?
O que Deus não deveria fazer?
Quais os atributos que Lhe faltam?
O que esperas que Ele faça, para perceberes que sem a direcção dessa força, não terás uma vida "ideal"?

Se Ele conseguisse ser como idealizas, acreditarias Nele a 100%?

Deus, caso exista, não tem de se conformar ás minhas ideias ou expectativas.
Qualquer divindade que deva corresponder a critérios definidos por mim torna-se numa criação minha.
Assim é o deus da Bíblia, o deus do Corão, os deuses do Olimpo ou da Valhalla. Cada um deles corresponde a critérios definidos por humanos. São criações humanas.
Portanto, a mera existência de uma ou mais divindades não deverá depender dos parâmetros definidos por mim para aceitar a sua existência.

Coisa diferente é o modo em que essa divindade se possa relacionar comigo.

Um Deus que deseje ou demande a minha adoração e reverência não deve requerer de mim fé para que eu me possa relacionar com ele. A sua existência e qualidades intrínsecas devem ser óbvias, inequívocas, facilmente observáveis por via directa, e deve estar disponível para comunicar-se comigo bilateralmente e sem mediação. Sem "filtros"

Comecemos por aí.

Kristy123 escreveu:Visto por um prisma puramente humana:
Quais são os requisitos que Deus deve ter, para eu conseguir acreditar Nele?
O que acham, que poderia ser feito da parte Dele?
O que Deus não deveria fazer?
Quais os atributos que Lhe faltam?
O que esperas que Ele faça, para perceberes que sem a direcção dessa força, não terás uma vida "ideal"?

Se Ele conseguisse ser como idealizas, acreditarias Nele a 100%?

para mim acho que Deus está para nós como nós para Ele, isto é, criou-nos para Ele

e toda a gente, crentes e não crentes sentem esse efeito, ou essa causa da nossa criação

explicando melhor :

há dias vi um documentário sobre drogas, heroína, no Odisseia

e um polícia disse algo que é bem verdade :

"todos nós temos um vazio e alguns preenchem esse vazio com o vício do trabalho, ou com bens e riqueza, ou com facebooks, ou com jogos e lazer, ou com álcool, ou com drogas...etc, alguns vícios mais destrutivos que outros..."

a verdade é que por muito que façamos não conseguimos preencher esse vazio, quer dizer, numa primeira fase parece que sim, mas depois precisamos de doses cada vez maiores para termos os mesmos efeitos, nota-se bem nas drogas

esse vazio é o espaço que só Deus pode preencher

houve um santo que disse :

"Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti."
S. Agostinho

Altar escreveu:
a verdade é que por muito que façamos não conseguimos preencher esse vazio, quer dizer, numa primeira fase parece que sim, mas depois precisamos de doses cada vez maiores para termos os mesmos efeitos, nota-se bem nas drogas

esse vazio é o espaço que só Deus pode preencher

Tretas e falácia.

Para algumas pessoas esse vazio pode ser preenchido pela fé, sim; mas para outras pode ser preenchido pelo amor, pelo serviço aos outros, pela aquisição de conhecimento, pela família, pelos amigos, pelo trabalho ... 

Não sinto o menor vazio pela ausência de Deus na minha vida. Tive esse medo quando ponderei abandonar as Testemunhas. "E depois disto, o quê?" ... e depois concluí que aceitar a minha mortalidade, a natureza tal qual ela é, aprender sobre o espantoso universo, e rodear-me daqueles que amo e me amam é tudo o que preciso para não ter "vazios" insanáveis. Momentos de depressão e becos aparentemente sem saída? Todos passam por eles.

Se gostava da ideia de um Pai celestial que olha por mim e me oferece uma esperança de vida eterna após a morte do corpo? É uma ideia atraente, confortante, até. Mas como não se trata de algo real, não vale a pena desperdiçar tempo com ela.

Eden

Tendo em conta que Deus, se existir realmente, não foi criado especialmente para me agradar e que esteve aqui muito, muito antes de eu existir, então não tenho de querer que ele seja de uma forma, ou de outra. Terei de limitar a amá-lo tendo em conta todos os seus parâmetros.

Vermute Rossi escreveu:Tendo em conta que Deus, se existir realmente, não foi criado especialmente para me agradar e que esteve aqui muito, muito antes de eu existir, então não tenho de querer que ele seja de uma forma, ou de outra. Terei de limitar a amá-lo tendo em conta todos os seus parâmetros.

Eu por outro lado não tenho que amar alguém se não gostar dos seu parâmetros se os seu parâmetros não me agradam. Quando muito eu terei medo dele para não ser castigado.

Penso que há duas vertentes na forma de estar nesta questão:
- Os que "servem" a Deus por interesse, porque este os vai recompensar com o Céu, a Ressurreição, o Paraíso ou que os vai proteger das calamidades,
- Os que o "servem" por medo de serem castigados com a morte eterna, com o Inferno, Purgatório ou outra porcaria qualquer.

Tudo o resto são tretas. Eu não posso amar alguém que não conheço, nem tenho certeza de que existe e a existir não se manifesta. Essa história de que está à espera que as pessoas se arrependam já tem barbas. Todos os dias nascem pessoas que "precisam?" de arrepender-se. De quê?

Concordo com o que disse Eden One:

Um Deus que deseje ou demande a minha adoração e reverência não deve requerer de mim fé para que eu me possa relacionar com ele. A sua existência e qualidades intrínsecas devem ser óbvias, inequívocas, facilmente observáveis por via directa, e deve estar disponível para comunicar-se comigo bilateralmente e sem mediação. Sem "filtros"