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Comissão Judicativa por "fornicação"

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 Comissão Judicativa por "fornicação" Empty Comissão Judicativa por "fornicação"

Mensagem por António Madaleno Ter maio 12 2020, 22:21

 Comissão Judicativa por "fornicação" Screenshot-2020-04-03-at-21-53-43

Muitas pessoas questionam-se sobre o que é e como funciona uma Comissão Judicativa das Testemunhas de Jeová. Para uma análise detalhada sobre o funcionamento daquilo que se pode chamar de "tribunal eclesiástico", leia este artigo que escrevi já algum tempo que detalha em pormenor este assunto.

Até mesmo a maioria das Testemunhas de Jeová nunca foram alvo deste tribunal, onde pelo menos três homens maduros da congregação, chamados de anciãos, se reunem com a pessoa e a julgam, mediante conceitos muitas vezes subjectivos e baseados em regras estipuladas pela sede mundial, com o Corpo Governante à cabeça.

Este artigo pretende expor e recriar o que acontece, por exemplo, num caso em que uma jovem mulher comete aquilo que a organização chama de 'fornicação', ou seja, relações sexuais fora do casamento. A palavra 'fornicação' é descrita pela Torre de Vigia no manual dos anciãos (KS), "Pastoreiem o Rebanho de Deus", do seguinte modo:

"Imoralidade sexual (porneía): (Lev. 20:10, 13, 15, 16; Rom. 1:24, 26, 27, 32; 1 Cor. 6:9, 10) Porneía envolve o uso imoral dos órgãos sexuais, de modo natural ou pervertido, com objetivos sexuais. Sempre é necessário um parceiro — um humano de qualquer sexo ou um animal. Não se trata de um simples toque nos órgãos sexuais, mas envolve estimulá-los de propósito. Inclui sexo oral, sexo anal e a estimulação intencional dos órgãos sexuais entre pessoas que não estão casadas entre si. (w06 15/07 pp. 29-30; w04 15/02 p. 13; w00 01/11 p. 8 par. 6; w83 01/12 pp. 23-25; lvs p. 120) Porneía pode acontecer mesmo que não haja contato pele com pele, penetração ou orgasmo." – ​“Pastoreiem o Rebanho de Deus", cap. 12

Segundo as orientações dadas no manual de anciãos, a mulher deverá receber uma convocação oral para estar presente em determinado dia no Salão do Reino, a uma determinada hora. Ser-lhe-á dito que ela está sendo convocada para uma Comissão Judicativa e que o motivo é ter praticado 'fornicação'.

É preciso explicar que uma Comissão Judicativa só ocorre quando há pelo menos duas testemunhas do "pecado" ou fortes indícios que levem à conclusão de que tal terá ocorrido. Veja o exemplo dado no manual de anciãos:

"Fortes evidências de imoralidade sexual (porneía): Se pelo menos duas testemunhas viram a pessoa passar a noite toda numa casa com alguém do sexo oposto (ou com alguém conhecido por ser homossexual) em circunstâncias impróprias, pode ser que haja base para uma comissão judicativa." – “Pastoreiem o Rebanho de Deus", cap. 12


Isto claramente indicia que tais testemunhas tiveram que estar a noite toda de vigilância à casa, para saberem se o casal passou a noite inteira juntos. Sabe-se que anciãos e outros a seu pedido têm feito verdadeiras vigílias a suspeitos de estarem a cometer este tipo de pecado.

Por isso, quando a pessoa é chamada a uma Comissão destas, das duas uma: ou ela confessou previamente o pecado ou ela foi apanhada por testemunhas a cometê-lo, mesmo que haja apenas fortes indícios.

O que os anciãos irão fazer nesta Comissão será ouvir a pessoa e julgá-la de acordo com o pecado que cometeu, associado à forma como a pessoa demonstra arrependimento. Aqui entra a subjectividade, pois os anciãos não sabem até que ponto a pessoa está sendo sincera ou não. Veja o que diz o manual:

"A Bíblia usa dois verbos gregos ao falar sobre arrependimento. O primeiro destaca uma mudança de atitude ou de ponto de vista. O segundo, um sentimento de remorso. Assim, uma pessoa está arrependida quando ela lamenta profundamente ter prejudicado sua relação com Jeová e manchado o nome dele e de seu povo, e deseja sinceramente voltar a ter a aprovação de Jeová. Além disso, ela precisa rejeitar de coração sua conduta errada, enxergando o que fez como algo repugnante, detestável. (Rom. 12:9) A pessoa deve demonstrar essa atitude por meio de “frutos próprios do arrependimento”, dando provas suficientes de que ela está tão arrependida quanto diz. — Luc. 3:8; it-1 pp. 209-217."

"A comissão deve estar convencida de que a condição de coração da pessoa mudou, de que ela está determinada a corrigir o que fez e de que está totalmente decidida a não cometer o mesmo erro novamente. Mesmo que seja a primeira vez que a pessoa passa por uma comissão judicativa, ela deve dar provas de que está realmente arrependida para poder permanecer na congregação."
– “Pastoreiem o Rebanho de Deus", cap. 16


Como é óbvio, julgar o nível de arrependimento de alguém é extremamente difícil e o resultado de uma Comissão, por vezes, depende mais dos anciãos que julgam do que da atitude da pessoa que é julgada. Quando os anciãos que compõem a Comissão Judicativa são os típicos fariseus que gostam de apedrejar a pessoa sempre que podem, não existe demonstração de arrependimento que valha à pessoa, enquanto que se forem anciãos compassivos e amorosos ela terá maior chance de não ser expulsa.

O mesmo caso, decidido por diferentes Comissões, terá  assim possíveis diferentes desfechos, como é óbvio. Outro aspecto a ter consideração, é a forma como os anciãos são orientados pela Torre de Vigia a questionar a pessoa que pecou, em especial, quando o pecado é de cariz sexual. Muitas pessoas se têm queixado de que há muitos anciãos que parecem derivar algum tipo de prazer em fazerem perguntas íntimas acerca dos actos sexuais praticados, alegando que necessitam saber os pormenores para determinar a gravidade do pecado.

Passarei a descrever, com base em inúmeros testemunhos e conhecimento pessoal acerca das Comissões Judicativas, um diálogo fictício mantido numa Comissão desta natureza, onde uma jovem mulher é julgada por fornicação.

Atenção que este diálogo é para adultos.

Darei o nome de Carla à jovem mulher. Os anciãos serão 3: Joaquim com 53 anos, Fernando com 38 e Alberto com 66 (presidente da Comissão).

Continua aqui: https://www.desperta.net/reflexotildees/comissao-judicativa-por-fornicacao
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