Tenho um dilema e gostaria de saber a vossa opinião

Como já postei aqui num outro topico tenho um filho com 6anos que entrou para um colegio catolico a pedido do pai, porque era um dos melhores e bla bla bla... ok ate aí nada contra, até porque ele ía ter catequese,(ok até aí nada contra também), e etc etc... Mas recentemente veio-me com a conversa de que o menino precisa ser batizado pra ter as tais aulas na catequese e que ele tem que crescer com alguma crença e alguma orientação espiritual. Isto deixa-me em duvida porque por um lado não quero, uma vez que cresci na organização e sempre cresci com esse conceito de cristianismo olhando pra católica como religião falsa, mas agora como já faz anos que não estou na organização, desliguei-me da religião por completo criando o meu proprio conceito de espiritualidade, não sei o que bem fazer ou pensar sobre isto pois gostaria que o meu filho tivesse alguma orientação espiritual nem que fosse na católica...

Nina crescer com um conceito espiritual, não quer dizer que tem que seguir uma religião.
Agora não estou a ver a religião católica com um bom conceito espiritual.

ellipsis escreveu:Nina crescer com um conceito espiritual, não quer dizer que tem que seguir uma religião.
Agora não estou a ver a religião católica com um bom conceito espiritual.

Eu também não, mas a questão aqui e que é séria é ele crescer com algum conceito espiritual ter alguma formação teologica. Pessoalmente continuo a não gostar da religião católica, mas é o que se exige como politica do colegio para ter aulas de catequese...

INDICETJ escreveu:Nina, se os pais estão de acordo, então, deixa o garoto lá mesmo. Encerre o caso. Seja feliz. Quando o garoto crescer, ele decide por si só. E parabéns pelo nenenzinho, viu?

O dilema aqui é batiza-lo ou não INDICE

querida nina
não deves entrar em stress com a questão, na minha opinião deves deixar o menino ir á catequese, mas o pai tem razão, para poder frequentar, ele vai ter que ser batizado. No entanto o batismo na católica, não tem o peso que tem nas tj. Por isso batizam as crianças em tenra idade, porque é giro, porque querem que frequentem a catequese ou por tradição, e claro, sem os interessados saberem o verdadeiro significado de tal. Não deves preocupar-te com a situação, porque a grande diferença entre as duas religiões, é que na católica, não vão exercer pressões e impôr obrigações ao menino e ele é livre de abandonar em qualquer altura que deseje e sem traumas. Não estou a dizer que a católica é melhor ou pior, pois ambas têm erros graves, mas no que toca a este assunto, a liberdade da católica é muito melhor. Ao frequentar a catequese, o menino vai ter os primeiros contactos com a espiritualidade, vai aprender os personagens principais da biblia e pequenas histórias biblicas, e quando o grupinho é engraçado, torna-se um convivio descontraido, onde é benéfico o á vontade que adquirem na expressão e a desinibição, bem como melhoria na leitura. Deves sim estar atenta, á situação dele não querer ou não gostar de frequentar, seja por que motivo for, nunca deve ser obrigado a tal. Ali, lembra-te não há pregação, não há proibição de outras leituras, de ter contacto com outros, etc...Não há motivo para sofreres por antecipação, vais acompanhando a situação, e logo se vê. De qualquer forma, pelo que me parece também não podes puxar pela espiritualidade dada nas tj, uma vez que te afastas-te, até por não concordares com a maneira que é transmitida, certo?...se ele não gostar podes optar por lhe ires tú falando de Deus, do respeito pelo mesmo...enfim aquilo que aches uma boa base espiritual, fazendo uma triagem da tua própria aprendizagem, e quando crescer ele vai fazer a escolha dele conscientemente...vai correr bem...descontrai

Bem, por razões obvias, não sou a melhor pessoa para dar qualquer espécie de ajuda nessa matéria. Tenho 2 filhos e nenhum está a ser educado com alguma crença. Ambos sabem que deus não existe e os 2 sabem o que é certo e errado fazerem (mediante a idade de cada um, pois claro está). Ninguém precisa de qualquer tipo de crença para ser um Ser humano expcional e exemplar. A crença num Deus ou Deuses não farão deles melhores ou piores pessoas. Tanto eu como a minha esposa tentamos educa-los a fazerem o bem e respeitarem os outros, dependentemente da crença de cada um. Para já, não vejo as outras crianças que levam com alguma crença, com mais moral que os meus filhos, espero que no futuro eles respeitem os outros como têem feito até agora e que continuem a portarem-se como até aos dias de hoje. Isso para mim é que é o importante, deus não precisa de estar presente na educação deles... Isto sou eu, e como é obvio cada um é que sabe o melhor para os seus. Pediste uma opinião, deixei a minha. Desculpa se fui um pouco duro no meu comentário (por experiência própria, este é um tema complicado para alguns e muitos não aceitam esta posição), mas como tinha dito no inicio, não sou a melhor pessoa para falar disto (visto quereres que ele tenha algum tipo de orientação religiosa).

Vitor Máximo escreveu:Tenho 2 filhos e nenhum está a ser educado com alguma crença. Ambos sabem que deus não existe e os 2 sabem o que é certo e errado fazerem (mediante a idade de cada um, pois claro está).

Não te sabia tão auto-suficiente!

IT

Tens provas que ele existe? Acho que deu para perceber o que eu queria dizer. Para eles (e para mim) deus não existe.

Como é óbvio, a posição do Vitor, é em si uma das opções, depende das nossas próprias crenças e da importância que isto possa ter para nós. Assim mesmo que Deus exista ele vai estar presente nas nossas vidas, quer se acredite ou não. Acreditar nele, não nos faz melhores ou piores do que os outros, os valores do bem e do mal, que transmitimos ás crianças, acabam por ter um papel mais importante neste assunto. A questão aqui prende-se com a escolha de um dos progenitores e a posição do outro perante esta escolha,esta parece ser a dificuldade da nina, pois no futuro a criança pode, apesar de ter seguido alguma crença optar por não ser coisa alguma e está no seu direito, vai também ser preponderante as suas próprias experiências de vida, e a sua própria percepção do assunto....De qualquer forma entender as várias vertentes também ajuda numa escolha consciente, ainda que esta seja no final ser ateu

open mind escreveu: A questão aqui prende-se com a escolha de um dos progenitores e a posição do outro perante esta escolha,esta parece ser a dificuldade da nina, pois no futuro a criança pode, apesar de ter seguido alguma crença optar por não ser coisa alguma e está no seu direito, vai também ser preponderante as suas próprias experiências de vida, e a sua própria percepção do assunto...

Nem mais...

Mas se no futuro a criança tem a possibilidade de escolher se quer ou não seguir qualquer tipo de crença, porque então "impingir" uma religião a alguém que não pediu nada?

Não me estou a referir ao caso da Nina em particular mas sim no geral.

open mind escreveu:querida nina
não deves entrar em stress com a questão, na minha opinião deves deixar o menino ir á catequese, mas o pai tem razão, para poder frequentar, ele vai ter que ser batizado. No entanto o batismo na católica, não tem o peso que tem nas tj. Por isso batizam as crianças em tenra idade, porque é giro, porque querem que frequentem a catequese ou por tradição, e claro, sem os interessados saberem o verdadeiro significado de tal. Não deves preocupar-te com a situação, porque a grande diferença entre as duas religiões, é que na católica, não vão exercer pressões e impôr obrigações ao menino e ele é livre de abandonar em qualquer altura que deseje e sem traumas. Não estou a dizer que a católica é melhor ou pior, pois ambas têm erros graves, mas no que toca a este assunto, a liberdade da católica é muito melhor. Ao frequentar a catequese, o menino vai ter os primeiros contactos com a espiritualidade, vai aprender os personagens principais da biblia e pequenas histórias biblicas, e quando o grupinho é engraçado, torna-se um convivio descontraido, onde é benéfico o á vontade que adquirem na expressão e a desinibição, bem como melhoria na leitura. Deves sim estar atenta, á situação dele não querer ou não gostar de frequentar, seja por que motivo for, nunca deve ser obrigado a tal. Ali, lembra-te não há pregação, não há proibição de outras leituras, de ter contacto com outros, etc...Não há motivo para sofreres por antecipação, vais acompanhando a situação, e logo se vê. De qualquer forma, pelo que me parece também não podes puxar pela espiritualidade dada nas tj, uma vez que te afastas-te, até por não concordares com a maneira que é transmitida, certo?...se ele não gostar podes optar por lhe ires tú falando de Deus, do respeito pelo mesmo...enfim aquilo que aches uma boa base espiritual, fazendo uma triagem da tua própria aprendizagem, e quando crescer ele vai fazer a escolha dele conscientemente...vai correr bem...descontrai

Obrigada Openmind, ler a tua opinião ajudou-me imenso a decidir o que fazer! Eu quero que ele cresça com algum conceito sobre Deus para que não fique com o vazio espiritual do agnosticismo, isso sim é triste, não acreditar em nada... assim vou deixar a coisa andar como se diz in ingelishhh " GO WITH THE FLOW"...

Abraço

ninasantos escreveu: Obrigada Openmind, ler a tua opinião ajudou-me imenso a decidir o que fazer! Eu quero que ele cresça com algum conceito sobre Deus para que não fique com o vazio espiritual do agnosticismo, isso sim é triste, não acreditar em nada... assim vou deixar a coisa andar como se diz in ingelishhh " GO WITH THE FLOW"...

Abraço

Não acreditar em nada é triste? Porquê? Achas que as pessoas que não acreditam num ser divino são pessoas tristes?

Pelo que eu tenho observado, os ateus são mais felizes do que aqueles que acreditam num ser divino.

Alem de que a religião é a causadora de muitas mortes e guerras.

Faz o que tens no coração, é normal que os homens aqui no forum, tenham tendência a ser mais práticos dos que nós mulheres, onde para além da questão inicial, há algo que lhes passa literalmente ao lado e que me parece implicita neste caso. O facto de por exemplo o vitor, ter a possibilidade de decidir em conjunto com a esposa os valores que pretendem dar aos filhos, não imagina a dificuldade que na maioria das vezes é fazê-lo quando os progenitores não estão juntos e não partilham os mesmos valores. Não pode perceber os desentendimentos que tal pode trazer e claro com prejuízo da criança, estares aberta a não arranjar conflitos que não valham a pena, e entrar na regra da boa convivência com o outro lado, é uma opção inteligente e a criança sai vencedora e agradecida, não quer isto dizer que se fosse algo que prejudicaria o menino de forma grave, aí sim, a guerra ía valer a pena, mas não me parece o caso, e ainda por cima também tú desejas que ele acredite em algo, por isso querida vai em frente...GO WITH THE FLOW

Quanto ao caso do Victor, eu respeito a sua opinião mas não estou de acordo... 1º porque na minha vida aconteceram coisas que vão para além da mera compreensão humana e da simples coincidencia que não vou especular aqui ... sei que tem havido algo que me tem ajudado nas piores alturas, acreditem ou não o poder da oração faz mesmo milagres! Ultimamente aconteceu-me uma situação , se foi coincidencia ou não, nunca hei-de saber mas é das tais coisas que chamarei de "uma grande e feliz coincidencia". Desde que saí da ORG que aprendi verdadeiramente o poder da meditação e oração, e são duas coisas que me tem ajudado no auto controle e a não entrar em panico nas piores alturas...por isso não acreditar em nada, está completamente fora de questão, é claro que num dado momento da minha vida questionei-me sim, se tudo o que há na vida é só isto, nós, os animais, a terra e os planetas... mas com as coisas que já vivenciei tornou-se inconcebivel para mim ser agnostica. 2º Penso que a partir daqui vou tentar criar o mesmo criterio de pensamento ao meu filho e tal como o Openmind frisou e bem ele logo decidirá no futuro se quer continuar a crer ou não! O meu dilema era só se o batizava para ele poder frequentar a catequese, no fundo não quero que ele seja descriminado lá no colegio por não ser batizado, tal como acontece com as doutrinas nas TJ e cheguei á conclusão que não vale a pena levantar dramas sobre o assunto.

ellipsis escreveu:

ninasantos escreveu: Obrigada Openmind, ler a tua opinião ajudou-me imenso a decidir o que fazer! Eu quero que ele cresça com algum conceito sobre Deus para que não fique com o vazio espiritual do agnosticismo, isso sim é triste, não acreditar em nada... assim vou deixar a coisa andar como se diz in ingelishhh " GO WITH THE FLOW"...

Abraço

Não acreditar em nada é triste? Porquê? Achas que as pessoas que não acreditam num ser divino são pessoas tristes?

Pelo que eu tenho observado, os ateus são mais felizes do que aqueles que acreditam num ser divino.

Alem de que a religião é a causadora de muitas mortes e guerras.

Atenção?? Hello?? Terra chama Marte?? Alguem anda a por a carroça á frente dos bois, lê lá bem aquilo que escrevi ellipsis, eu não disse as pessoas, eu disse o proprio conceito do agnosticismo para mim é triste! Se as pessoas não quiserem acreditar e são felizes assim então parabens para elas, cada um pensa como cada qual, eu so quero frisar aqui que eu acho que o facto de não se acreditar na existencia de um Deus pra mim é triste sim, pois como já expliquei anteriormente na minha vida anconteceram coisas que são pra lá de coincidentes... mas também, se na vida isto é tudo o que há, então que raios ando aqui a fazer?? não sei se me estás a captar...

Vitor Máximo escreveu:Tens provas que ele existe? Acho que deu para perceber o que eu queria dizer. Para eles (e para mim) deus não existe.

Tens provas de que ELE não existe?
Tu podes ter essa posição, quanto a (eles) até pela sua idade, não creio que já tenham alguma posição definida!

IT

Não sou eu que tenho que provar nada, mas sim quem acha que ele existe. Não há nenhuma evidencia cientifica da existência de algum ser divino. Quanto aos meus filhos, não lhes vou ensinar uma coisa em que eu não acredito. Mas já agora, qual é a tua posição sobre isto... Não que eu não saiba, mas agora fiquei confuso...

ninasantos escreveu: se na vida isto é tudo o que há,..

Podes acreditar que sim. Ainda ninguém veio cá dizer se havia alguma coisa para depois da morte.
E deram-nos a vida não a eternidade, então à que aproveita-la da melhor maneira, porque a pensar num paraíso com leões a comer palha andamos muito tempo a pensar. Como se isso fizesse algum sentido.

Vou apenas expor a minha experiência.

o meu digníssimo esposo é agnóstico. Eu ando no ateísmo!!
Os meus sogros católicos.
Pai desassociado, não liga a coisa nenhuma.
Mãe, irmãos tjs
um filhote que faz 3 anos este mês. Quid Iuris?

Quando o coloquei no infantário foi para uma IPSS. obviamente há o natal, os anos, a pascoa, e tudo o que está envolvido com a religião católica, apesar de estarmos num país laico.

Eu quando me reuni com a direcção e depois com a educadora disse logo que quem dava educação "religiosa" era eu.
De facto vai ser educado sem existência de uma divindade...

Quando após anos de análise concluí que não acredito em nada, senti-me finalmente confortável.

Se mais tarde o "piqueno" quiser explorar outras realidades, tem a minha ajuda...mas a educação vai ser sem nenhum tipo de doutrina religiosa...
Obviamente que fazendo sempre parte de um país de raiz católica!

Agora uma coisa é certa: é fácil quando pai e mãe remam para o mesmo lado.. A família pode "rosnar" (como a minha) mas se a frente é unida, não há problemas!

D.

DL escreveu:Vou apenas expor a minha experiência.

o meu digníssimo esposo é agnóstico. Eu ando no ateísmo!!
Os meus sogros católicos.
Pai desassociado, não liga a coisa nenhuma.
Mãe, irmãos tjs
um filhote que faz 3 anos este mês. Quid Iuris?

Qd o coloquei no infantário foi para uma IPSS. obviamente há o natal, os anos, a pascoa, e tudo o que está envolvido com a religião católica, apesar de estarmos num país laico.

Eu quando me reuni com a direcção e depois com a educadora disse logo que quem dava educação "religiosa" era eu.
De facto vai ser educado sem existência de uma divindade...

Quando após anos de análise concluí que não acredito em nada, senti-me finalmente confortável.

Se mais tarde o "piqueno" quiser explorar outras realidades, tem a minha ajuda...mas a educação vai ser sem nenhum tipo de doutrina religiosa...
Obviamente que fazendo sempre parte de um país de raiz católica!

Agora uma coisa é certa: é fácil quando pai e mãe remam para o mesmo lado.. A família pode "rosnar" (como a minha) mas se a frente é unida, não há problemas!

D.

Muito bem.

Nina eu sou uma ex tj (graças a deus)o meu marido nao tem religiao ou melhor acredita nas foças da natureza mas a irma da minha filha queria batiza-la, o pai nao acredita no batismo mas concordou como tal eu tambem cedi,porque nao?
A vida é feita de cedencias.
O batizmo da miuda para mim nao significa nada ,mas se para a mais velha é importante, entao "vamos nessa"!

Vitor Máximo escreveu:Não sou eu que tenho que provar nada, mas sim quem acha que ele existe. Não há nenhuma evidencia cientifica da existência de algum ser divino. Quanto aos meus filhos, não lhes vou ensinar uma coisa em que eu não acredito. Mas já agora, qual é a tua posição sobre isto... Não que eu não saiba, mas agora fiquei confuso...

Não existe confusão nenhuma, pois há muito que me identifico como Agnóstico.

IT