Tenho um dilema e gostaria de saber a vossa opinião

Concordo com o que diz a OpenMind, pelo que conheço do Catolicismo a liberdade é maior, é menos "castradora". Mesmo passando por todas as etapas: baptismo, comunhão e crisma, a possibilidade de simplesmente abandonar sem dar justificação é diferente do que acontece nas TJ, ou mesmo em situação de pecado. Por isso que se ouve tanto o termo "católico não praticamente". Posso não concordar com muita coisa e doutrinas aplicadas no Catolicismo mas posso dizer o seguinte: há cerca de um ano para cá fui à missa católica com amigos praticantes algumas vezes, gostei dos padres que conheci, cheguei a contar a um o meu passado e a pessoa que sou e a aceitação e o amor que ele demonstrou foi extraordinário.

Nina,

eu tenho 2 filhas, eu sou agnóstica, o pai é católico (não praticante), a minha mãe é crente sem religião, os meus sogros são católicos (pouco praticantes).

Os meus sogros sempre pressionaram para nós baptizarmos as crianças e nós fomos deixando andar, agora como a mais velha já sabe ler para ser baptizada tinha de fazer catequese. Tanto andaram que fizeram a cabeça á miuda e ela veio pedir para ir para a catequese... E eu fique com um dilema semelhante ao teu.

Resolvi da seguinte forma: depois de muita conversa cá em casa, pesar os prós e os contras, estabelecemos que ela só ia á catequese quando quisesse e se quisesse. A minha condição foi mantermos o respeito pela vontade dela.

Eu que não acredito não me sinto no direito de lhe impor a minha convicção, assim como não reconheço o direito do meu marido em lhe impor uma crença.

Arranjámos um equilíbrio que não causa desconforto a ninguém.

Acho importante termos ancoras nesta vida. Cabe a cada uma descobrir as suas e usa-las. A Nina certamente tem as suas e não precisa justifica-las. O seu filho à medida que cresce tb vai encontrando as dele. Os pais podem e deve dar algumas dicas ou instrumentos para as encontrar, não impigi-las.
Esta é a minha opinião. Deixe que com o tempo o seu filho encontre as ancoras dele... e a Nina a sua serenidade